Onimusha: The Journey by the Five Warriors escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 10
Perseguição por Arendelle


Notas iniciais do capítulo

Boa noite meus amigos e amigas! Estamos de volta com mais um capitulo de Onimusha. Neste capitulo veremos se Elsa conseguira salvar sua amada irmã das guarras do temível Grifon? Leia e descubram!

Desde já uma leitura e semana para todos!



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Gritos de ordem ecoavam pela cidade. Soldados guiavam os cidadãos para o castelo, alguns tentavam perguntar o porquê de tudo aquilo, mas os soldados não respondiam, na verdade nem eles mesmo entendiam muito bem o que acontecia. O dia estava tranquilo sem acontecimentos extraordinários, o sol estava suave e o vento carregado de aromas doces típicos da estação as flores. Um dia tranquilo é o que deveria ser... que se transformou em um verdadeiro caos! Do nada um enorme pássaro assustador cruzou os portões do castelo carregando em suas garras a princesa Anna e logo atrás veio a rainha furiosa como ninguém nunca a tinha visto antes.

Depois as pessoas começaram a desmaiar pela cidade de maneira misteriosa, alguns soldados também apagaram sem explicação nenhuma. Aqueles que conseguiram ficar de pé disseram que sentiam um grande peso sobre seus ombros, suas pernas e suas pálpebras cansadas, restando assim poucos para lutarem contra o que quer fosse e ajudar a rainha que por sua própria conta continuava a perseguição do raptor de sua irmã. Deslizava pelas ruas criando um longo caminho de gelo fino por onde passava. Seus olhos azuis cintilavam enquanto mantinha o pássaro em seu campo de visão, quando percebeu que ele ia sair do caminho brandiu sua espada lançado uma lamina de gelo em pleno ar forçando o pássaro a ir por outro caminho, o caminho que ela planejou.   

“Mais um pouco... só mais um pouco!”

Entoava em sua mente enquanto via o grande relógio se aproximando, seus soldados não estavam a vista o que significa que já estavam a posto dentro das casas e da torre.

“Tudo bem... vai dar certo... vai dar certo!”

Gritava em seu interior, não tinha como dar errado, não iria dar errado! Foi então que aconteceu...

O pássaro ao chegar perto da torre ouviu vários latidos, então bate com força suas assas ganhando velocidade disparando assim na direção da enorme torre.

“O que ele está fazendo?!”

Grita a rainha em sua mente ao ver o pássaro avançar com tudo na direção da torre como se fosse chocar-se contra ela.

— ANNA!!!

Elsa gritou por sua irmã e sem pensar afundo os pés sobre seu gelo criando duas enormes rajadas de luz azul que a impulsionaram na direção do pássaro que encolheu as assas planando rente ao chão ao ponto das pontas das tranças da princesa rasparem no solo. Elsa, devido a nova velocidade agora estava a poucos centímetros do pássaro, mais um pouco ela o pegaria e acabaria com todo esse caos, no entanto, quando ia tocar em suas penas ele abriu novamente suas assas desacelerando na mesma hora.

— MAIS O QUÊ?!

A rainha passou direto por ele, seus olhares se cruzaram por alguns segundos e ela pode ver abismada que ele sorria e...

— Bela tentativa... pirralha!     

Os olhos de Elsa se arregalaram, sua mente travou naquele momento, seu corpo, sentidos, tudo havia congelado. Ela havia ouvido o pássaro falar com ela?

“Mais isso é...”

MAJESTADE!!!   

— Ah?!

Um grito a despertou de seus devaneios a tempo de olhar para a frente e ver a torre do relógio bem na sua frente!

— Ah, não...

Estava tão focada em alcançar o pássaro que não se deu conta que estava indo muito rápido, não iria conseguir parar e então fez a única coisa que poderia naquele momento.

“Vai ser ariscado... mais!”

A rainha larga sua espada de gelo, estica ambas as mãos a sua frente criando um caminho de gelo que acendia para o céu e como uma flecha ela deslizou pela rampa improvisada a lançando para o alto. Os soldados de dentro das casas e do enorme relógio ficaram boquiabertos com o que viram, a jovem monarca alçando os céus e depois pairando em pleno ar cintilando sobre o a luz do sol, era sem dúvida nenhuma uma visão digna de uma obra da arte.

— Um anjo...

Comentou um soldado que olhava fascinado para sua rainha. Outro que ficou fascinado foi o pássaro que estava parado em pleno ar batendo suas assas enquanto assistia boquiaberto aquela cena.

Que gata...

Comenta ao esboçar um sorriso torto girando sua cabeça, comtemplando as pernas descobertas da rainha, mais um pouquinho e ele viria algo fascinante! Só que esse momento de contemplação acabou na hora quando a rainha se voltou para ele o fulminando com seus olhos.

Oh, merda!

Foi ai que ele se deu conta que estava parado que nem um idiota em pleno ar com sua preciosa carga, vulgo, irmã da rainha furiosa.

Me ferrei!

E se vira tentando sair de lá o mais rápido possível, porém a rainha disparou outras duas rajas que a lançaram em sua direção que dessa vez não teve tempo de desviar sentindo seu pescoços ser envolvido pelos magros, mas forte braços da rainha que grita:

— SOLTA MINHA IRMÃ, SEU DEMÔNIO!!!

UUUAAAAHHHH!!! – O pássaro grita junto tentando se manter no ar, porém o peso extra da jovem monarca o estava desestabilizando e para piorar sentiu suas assas sendo congeladas. – Ferrou, ferrou, ferrou!!!

Desesperado para sair dessa o pássaro f az o único movimento capaz de salva-lo... soltar sua carga.

— ANNAAAA!!!

O corpo de Anna caia em câmera lenta diante dos olhos de Elsa que largou o pescoço do pássaro dando chance para ele girar 180° no ar derrubando também a jovem monarca de cima dele

— AAAHHHH!!!

Em queda Elsa estica sua mão direita tentando alcançar sua irmã, se conseguisse criaria algo de neve para amortecer a queda de ambas.

— Mais um pouco, só mais um pouquinho!

— Perdeu anjinho!

— O quê?

O pássaro passou por ela agarrando seu pulso direito com suas garras a girando no ar e a lançando contra a janela do último andar de uma casa. Seu corpo bateu com força no assoalho de madeira, rolando e derrubando alguns moveis pelo caminho só parando quando se chocou contra uma parede. Sua vista ficou turva, sentia ferimentos por todo o seu corpo, provavelmente causados pelos vidros da janela. Sentiu-se fraca aponto de desmaiar, mas não se daria a esse luxo, não ficaria caída sentindo dores, gritando ou chorando, não havia tempo para isso! Se levantou e correu aos trancos e barrancos até a janela a tempo de ver o pássaro pegar sua irmã quase perto do chão e subir de novo.

— Não... – Ela rosna em fúria. – Eu não vou deixar!!! – Ela não permitiria que ele fugisse novamente com sua amada irmã. Então superando todas as expectativas ela pula do prédio mexendo os dedos criando uma espécie de corrente de gelo a lançado sobre o pássaro, enrolando sobre seu pescoço e com satisfação ela pode ouvi-lo gritando de dor.

— Gaaaaahhhh!!!

O animal sente o fino e puro gelo queimando suas penas e seu corpo ser puxado para baixo. Olhou para trás e viu a garota do gelo voltar ao chão com o a corrente em suas mãos.

— Sua pirralha persistente!!!

— Sou... mesmo!!! – Devolve a rainha usando toda a sua força para puxar o pássaro para baixo. – Pela última vez... solta a minha irmã!!!

— Ahhhh, me deixa pensar por um instantinho... NÃO! – Devolve o animal empregando uma força oposta puxando o corpo de Elsa que caí de bruços no chão.

— Aí!

— Quer me segura menina do gelo? Então vamos ver se aguenta!

Brada o pássaro que bate com força suas asas disparando pela rua levando a rainha acorrentada junto com ele a arrastando pela rua congelada.

— AAAAAHHHHHH!!!! – Elsa grita enquanto sentia seu corpo deslizando sobre o gelo, seus cotovelos raspavam no solo, suas pernas queimavam assim como seu abdome e peitos, era uma dor que ela nunca imaginou sentir e mesmo assim ela não soltou a ponta da corrente.

“Eu não vou soltar, eu não vou soltar!!!”

Pensa a rainha sentido suas mãos arderem, logo o gelo puro começa a ser tomado por manchas de sangue que escorriam de suas mãos. O pássaro olha para baixo vendo que sua adversaria continuava firme.

— Ela é persistente... mas vamos ver até quanto!

Declara o pássaro começando a ziguezaguear pela rua fazendo Elsa deslizar da mesma forma rodando pelo chão, mais ela não soltou a corrente.

— Droga!

Ele parrou em pleno ar fazendo o corpo da rainha ser projetado para frente se chocando contra uma barraca de madeira a quebrando no processo.

Agora ela solta!

Mas para sua surpresa ele vê a rainha se lançar da barraca quebrada, através de outro jato de luz azul e com uma nova espada de gelo além da corrente em mãos.

FALA SÉRIO!!!

Berra o pássaro esquivando por pouco da lâmina da rainha que passou por cima dele tentando ainda pegar sua asa esquerda, só que ele percebeu a tempo e a tirou na hora sentindo as pontas congelarem.

MERDA!

Rosna o animal pegando impulso e voltando a voar. Elsa por sua vez ao voltar para o solo tenta se manter de pé usando seus pés para deslizar pelo gelo como se fossem patins. Colocou sua espada entre os dentes e aos poucos foi puxando a corrente encurtando a distância entre ela e o pássaro, mais principalmente entre ela e Anna.

“Só mais um pouco!”

Quando estava próxima da pata do pássaro segurou sua corrente com a mão esquerda, removeu a espada da boca com a direita e quando desferiu o golpe algo passou velozmente por ela destruindo sua espada.

— MAIS O QUÊ?!

E como se isso não fosse o mais estranho um enorme cachorro de pelos cinza e branco com um pano azul amarrado sobre suas costas avançou na sua direção e sem nenhuma dificuldade a derruba no chão a fazendo soltar a corrente.

— NÃO!

Ela estica a mão pegando por pouco a ponta da corrente sendo arrastada novamente.

— Arg!

Ela geme de dor sentido suas mãos arderem ainda mais, se continuasse daquele jeito não iria aguentar por muito tempo, precisava sair daquela situação o quanto antes.

Mais como?

“Se tivesse uma forma de prendê-lo ou parar seu voo!”

Pensou enquanto o pássaro virou uma curva a fazendo rolar pelo chão, fechou os olhos ao sentir suas costas baterem na parede de uma casa.

— ARG!

HÁ! Desiste loirinha, você não vai conseguir me segurar por muito tempo!

Debocha o pássaro voltando a arrestar a rainha pelas ruas congelas. Esperava que ela desistisse depois daquele impacto, porém para sua desagradável surpresa ela não soltou.

Tá me zoando!

A rainha por sua vez ergue sua cabeça fitando o pássaro. Seus olhos azuis ardiam em chamas de determinação, algo raro que ele não via com tanta frequência, principalmente em uma garota.

“Ela não vai desistir tão fácil... pois bem... que seja!”

Brada o animal que acelera seu voou levando a rainha junto a chocando contra outras barracas e paredes e nada dela soltar. Foi então que chegaram à rua principal que daria para o porto, ali seria o fim! Rodaria ela mais uma vez e a levaria direto para a água onde ela afundaria com toda a certeza.

HÁ! Agora acabou loirinha!

ACABOU PRA VOCÊ!!!

AH?!

O pássaro olhou para trás e contemplou incrédulo a menina rodar pelo chão, só que dessa vez a jovem pareceu fazer de próprio parando ao lado de um poste de aço, ficar de joelhos e amarra ponta da corrente no mesmo. Na mesma hora sentiu o fino gelo se apertar o estrangulando.

Guarrraaggg!!!

O animal berrou em desespero, a jovem cativa escalpou de suas garras sendo lançada a frente em pleno ar, iria se ferir ou até morrer na queda. Isso se uma enorme massa de neve não tivesse surgindo bem no local onde ela caiu amortecendo sua queda a salvando da morte certa e a responsável por isso foi...

— Anna...

Uma voz cansada chama pela princesa caída sobre o monte de neve. Voz essa pertencente a uma jovem machucada que se levanta com dificuldade se apoiando no poste de metal. Seu plano de prender o animal em algo pesado e resistente deu certo, mas o preço a pagar foi caro...

Seu belo corpo estava repleto de ferimentos. Mesmo que ela não tenha sido arrastada pelo asfalto e sim pelo gelo, não quer dizer que ela não sentiu dor. O atrito de seu corpo com o gelo queimou sua pele rasgando praticamente todo o seu vestido. Grandes hematomas misturavam-se a cortes dando ao corpo da rainha uma coloração vermelha e roxa. Seus dedos estavam vermelhos pelo constante esforço em segurar a corrente gotejando sangue, criando uma trilha carmesim pela gelo enquanto caminha mancado até onde está sua amada irmã. Seu cabelo platinado se solta esvoaçando pelo vento dando lhe um semblante bem diferente da que as pessoas estavam acostumadas a ver. Não a bela e pacifica rainha, mais sim uma valente guerreira que luta com todas as suas foças para proteger aqueles que ama... custe o que custar.

— Eu... consegui... – Murmura esboçando um fraco sorriso enquanto se aproximava de sua irmã.

— GUAAAAR! ME SOTA SUA BRUXA! – Berrava o pássaro tentando se soltar. – VOCÊ VAI VER SÓ! QUANDO EU SAIR DAQUI EU VOU...

Um jato de gelo voou em sua direção o prendendo por completo em um cubo de gelo.

— Eu cuido de você depois! – Vocifera a rainha sem olhar para o animal. – Agora...

Ela se agacha tocando de leve no rosto da irmã com as costas da mão direita. Podia sentir a respiração pesada da mais nova mostrando que estava em um sono bem profundo.

— Anna, acorda... por favor!

Pede a rainha balançando de leve sua caçula que nem se mexeu.

— Por favor, eu preciso ouvir sua voz!

Ela sacode a irmã com mais força e mesmo assim ela não acorda.

— Anna...

A rainha começava a se preocupar, será que o pássaro havia feito algo com suar irmãzinha?

— Anna por favor...

Ela abraça o corpo de sua irmã, quente como sempre, sentido seus batimentos cardíacos, mas sua consciência parecia estar fora de seu corpo.

— Eu preciso de você...

Sussurra a rainha derramando lágrimas que escorrem por sua face caindo no rosto de sua irmãzinha.

— Anna...

Elsa agora chorava com mais intensidade, enquanto abraçava com ainda mais força o corpo de sua irmã. Seus ombros tremiam e seus soluços aumentavam enquanto jazia ali sozinha, velando sua irmã de um sono que ela não sabia se um dia despertaria. Talvez essa fosse sua sina no fim das contas. Ser solitária, desprovida de carinho e afeto, fria e rígida como seu gelo.

Seria seu destino lhe chamando enfim?

Não... não seria, pois enquanto chorava perdida em tristeza a rainha sentiu um leve toque em sua face esquerda.

Um toque quente e acolhedor...

— Ah?

Ela ergue a cabeça deparando-se com a face sonolenta de uma ruiva que abria os olhos sorrindo para ela. Um sorriso cálido e lindo que preencheu o coração e a alma da rainha que vertia mais lágrimas, só que dessa vez de alivio e alegria.

— Anna!

— Bom dia... maninha. – Entoa a jovem princesa olhando serenamente para sua irmã mais velha que sorria enquanto mais lágrimas brotavam de seus belos olhos azuis. A alegria pulsava por suas veias, assim como o alivio e elas os demonstrou não em palavras, mais sim em um baraço, forte cheio de amor e zelo por aquela que ela mais ama. – Mana tá tudo bem? Por que você tá chorando?

— Eu... só tô feliz... muito feliz! – Exclama a rainha apertando com ainda mais força sua irmãzinha. – Eu tava tão preocupada, pensei que você não ia mais acordar!

— Hein? – A princesa ergue uma sobrancelha. – Mais eu só dormir por uma noite e... peraí... por que que eu tô de vestido e não de pijama? – Ela se olha. – Porque minha cama virou um motinho de neve? E o que diabos eu tô fazendo na cidade?! E por que você tá seminua?!

Ao ouvir essa última parte Elsa pisca, abaixa a cabeça se olhando e percebe que seu vestido estava em farrapos deixando boa parte de seu corpo a mostra.

— Aí, que vergonha! – Ela se abraça ficando vermelha.

— Nossa mana, eu não sábia que você era adepta do naturalismo! – Exclama a princesa ruiva sorrindo. – Se bem que eu acho meio estranho você demostra isso em público sabe... eu teria muita vergonha.

— EU NÃO SOU ADEPTA DE NADA SUA MALUCA!!! – Berra a rainha sacudindo a mais nova. – EU TÔ NESSE ESTADO POR QUE TE SALVEI SUA DESMIOLADA!

— Me salvou? – A ruiva questiona após sacudir a cabeça. – De quem?

Elsa estava pasma, encarou sua irmã com perplexidade, ela foi carregada pelo pássaro por quase uma hora inteira e parece que nem se deu conta.

“Eu sei que ela é meio tonta e lerda para perceber as coisas, mas nesse caso...”

A rainha pensou um por um minuto e então perguntou?

— Anna... qual foi a última coisa que você se lembra antes de dormir?

A princesa toca a ponta dos lábios fazendo pose de pensadora.

— Eu lembro de estarmos conversando no seu escritório, depois eu fiquei toda feliz por algo que eu não lembro bem o que era e depois disso fui mimi!

— Só isso? – Questiona a rainha.

— Só! – Responde a princesa. – Se bem que eu tive um sonho bem maluco, sabe?

Elsa engoliu seco.

— Que... sonho?

— Tipo... eu era sequestrada por um pássaro grande e feio! Ele me levou pelo ar tanto alto, mais tão alto que eu conseguia ver todo o reino! Depois você veio atrás de mim em meu socorro e o Olaf tava junto só que ele era grande, forte e todo parrudo e falava com a voz do Kristoff! Acredita?!

Elsa piscou e deu um tapa na própria testa.

— Você tá bem mana?

— Tó! – Exclama a rainha levantando a cabeça com uma marca bem vermelha na testa. – Mas tirando a parte do Olaf parrudo com a voz do Krsitoff, o que mais você se lembra?

— Ah, sim! Tinha também uns cachorros bem fofos e eles falavam!

Elsa revirou os olhos.

— Algo menos fantasioso?

— Ah, sim claro! Tinha muita correria para todos os lados. Os soldados ajudando o povo e se atrapalhando no caminho. Um garoto salvando três crianças de um grupo de malfeitores, você lutando, deslizando, botando pra quebrar, chutando o pau da barraca, se machucando e no fim me salvando do... UAAAAHHHH!!!

— O QUE, O QUE FOI?!

— O QUE É AQUELA COISA?! – Esbraveja a princesa apontando para o tenebroso pássaro preso no cubo de gelo. – Ele, ele, ele é igualzinho ao do meu...

— Do seu sonho?

— É... – A princesa se levanta e começa a olha tudo em volta. – Espera um pouco... ninguém a vista, as ruas congeladas, o pássaro feio e você... – Os de olhos Anna se arregalam sem brilho. – VOCÊ TÁ TODA MACHUCADA!!!

A rainha esboça um sorriso zombeteiro após o grito da mais nova.

— Até que enfim você notou... sua burrinha... aaahh!

— Elsa! – A princesa acode a irmã ao ouvir seu gemido de dor. – Meu Deus, o que você fez?!

— Nada demais... apenas salvei minha irmãzinha de um monstro... só isso. – Responde a mais velha com um sorriso fraco. A adrenalina que percorria seu corpo estava passando e ela finalmente começava a sentir as dores da batalha.

Lágrimas de preocupação e aflição brotavam os olhos da princesa que abraça sua irmã com força.

— Não foi um sonho?

— Não... não foi. – Confirma a mais velha. – Por favor não chora... eu não me arrependo do que fiz.

— Mais eu me arrependo! – Esbraveja a princesa desfazendo o abraço e encarando a mais velha. – Eu devia ter sido mais cuidadosa, se eu tivesse percebido o pássaro antes, nada disso teria...

Ela se cala ao sentir o dedo de sua irmã sobre seus lábios a silenciando.

— Chega maninha... ninguém podia prever que isso ia acontecer... ninguém mesmo.

Anna funga engolindo o choro.

— Mas...

— Psiiii, mas nada. – Pede a rainha. – Só... me ajuda a levantar e vamos resolver tudo isso como sempre fizemos, tá bom?

— Juntas? – Pergunta a princesa fugando.

— Sempre. – Devolve a jovem monarca acariciando a face da irmã e lhe depositando um beijo em sua testa fazendo-a sorrir. – Agora é sério me ajuda, não consigo ficar de pé.

— Claro! – Responde a mais nova de prontidão passando o braço esquerdo de sua irmã por cima de seu ombro a ajudando a se erguer. – Pronto! Agora devagar, um passo de cada vez, acha que consegue?

— Acho que sim...

Devagar e com cuidado Anna ajuda sua irmã a caminhar, o gelo que se estendia pela rua vai se desfazendo sozinho como se atendesse as necessidades de sua mestra, deixando assim um caminho seguro para ambas passarem.

— Eu já disse isso uma vez, mais não canso de repetir... amo sua magia!

— É... acho que também tô apreendendo a gostar dela.

— Reaprendendo você quer dizer, né? Por que você amava seus poderes na infância. – Brinca Anna dando uma piscadela para sua irmã.

— Hi, hi, verdade. – Responde Elsa sorrindo. – Só espero que o povo esteja em segurança.

— Eles estão! – Retruca Anna com convicção. – Os soldados recolheram todo mundo como você havia os treinado e agora estão todos sãos e salvos e em segurança no castelo tomando chocolate quente... hummm só de pensar nisso bateu uma fominha!

— Sua gulosa!

— Sou mesmo! – Declara a mais nova sem pudor nenhum. – Só queria saber porque nenhum soldado veio te ajudar depois.

— Também gostaria de saber, eles não são de abandonar uma batalha e fugir. – Afirma a jovem monarca olhando envolta. – E está muito quieto, não acha?

— Verdade. – Responde a mais nova. – Será que aconteceu alguma coisa?

— Pode ser... – Murmura a rainha sentindo uma estranha inquietação a preenchendo, assim como uma sensação bem peculiar como seu algo as estivesse vigiando. – Anna... eu posso estar meio paranoica, mas está sentindo como se alguém estivesse nos observando?

— Não. – Responde a princesa parando. – Só estamos nós aqui! Você, eu e esse lindo cachorro!

— Ah, tá. Peraí... cachorro? – A rainha olha para a direita e percebe que tem um cachorro de estatura baixa e bem peludo olhando para elas. – De onde esse a carinha saiu?

— Não sei. – Responde Anna. – Mais ele é tão fofo!

O cachorro ao ouvir aquilo balança a pata dianteira esquerda diante do focinho como se estivesse acanhado.

— Olha só, ele ficou acanhandinho!

— É... parece até que ele te entendeu. – Diz Elsa sentido novamente a inquietação percorrer seu corpo, só que dessa vez com mais intensidade. Olhou para o cachorro com mais atenção e percebeu que ele usava um tipo de capa sobre seu pelo, amarrada por uma pedra de cor roxa que substituía uma coleira. – Essa capa...

Os olhos de Elsa se arregalaram, imediatamente se recordou de quando quase pegou o pássaro, um outro cachorro havia aparecido como que por encanto a derrubando e ele usava uma capa parecida com a do cachorro diante delas.

“Não pode ser...”

Um calafrio passou pelo corpo da rainha que olhou envolta e sentiu presenças, várias delas na verdade e todas elas convergiam na direção delas.

— Anna... temos que sair daqui.

— Ué? Por que? – Questiona a princesa. – Você já cuidou do pássaro então acabou, né?

— Eu não teria tanta certeza. – Murmura a rainha erguendo sua mão livre diante do cachorro que balança a cauda animadamente enquanto botava a língua para fora.

— Ohhh, ele quer carinho!

— Não, ele não quer! – Exclama a rainha apertando com força o ombro de sua irmã a puxando para trás.

— Aí! Mana o que você...

— Se afasta! – Brada a rainha apontando seu punho carregado de ar congelado na direção do cachorro, assustando sua irmã.

— Elsa o que você tá fazendo?

— Nos afastando dessa coisa! – Responde a mais avelha em tom de ameaça.

A mais nova não entende.

— Mas... é só um cachorro!

Porém a mais velha discorda.

— Não... não é não! – Exclama a monarca disparando sem hesitar uma rajada de ar congelado sobre o animal.

— ELSA, NÃO!!! – Anna grita tentando impedir sua irmã, mas já era tarde, a rajada de gelo cruzou o curto espaço entre as irmãs e o cachorro que piscou freneticamente. Seria congelado em instantes... isso se ele fosse um cachorro normal, é claro!

O pequenino afundou as patinhas no solo e saltou dando várias e várias cambalhotas no ar parando no topo de um dos postes de aço. Todo esse movimento foi registrado pelos olhos afiados e destemidos da rainha e pelos olhos esbugalhados e completamente abobalhados da princesa.

— Aí... Meu... Deus! – Sussurra a mais nova não crendo no que viu. – Nos realmente vimos o que acabamos de ver?

— Infelizmente sim maninha... e ele não tá sozinho.

— Ah? – Mal Anna respondeu e ouviu outros latidos próximos a ela e sua irmã. Olhou para a esquerda e viu mais três cachorros, um de pelos rosados felpudos usando um manto rosado preso com um orbe da mesma cor, ao seu lado um cachorro bem maior de pelos marrons e com uma capa azul claro sobre seu pelo preso por uma obre também da mesma cor e junto deles outro cão igualmente grande de pelos verde ralo, com uma capa amarela sobre suas costas e preso por uma orbe amarela.

O trio caminhou devagar na direção das irmãs as olhando com atenção, a essa altura a princesa percebeu o que estava acontecendo.

— Mana... lembra do meu sonho?

— Qual parte?

— Dos cachorros fofos e falantes!

Elsa arregalou os olhos.

— Não me diga que são...

— Acho que são!

— Mais eles não falam!

É porque você não pediu com jeitinho.

Os olhos das duas irmãs se arregalam quase saindo de orbita, seus pescoços rangem ao se virarem na direção do cachorro de capa rocha que estava sobre o poste abanando o rabo e sorrindo para elas.

Oi! Tudo bem?!

A resposta a essa singela e simples pergunta foi respondida com um sonoro e harmonioso:

— KKKKKKKAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!

Das duas irmãs que caíram para trás se abraçando e se afastando

Xíííí... vou entender isso como um não! – Responde o pequenino descendo do poste tranquilamente.

Já a princesa e a rainha não estavam tão tranquilas assim e aquele longo, longo dia havia acabado de ficar ainda mais bizarro!

 


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Notas finais do capítulo

E assim chegamos ao fim de mais um capitulo! Quem serão os cachorros falantes que cercaram as meninas? Serão amigos ou inimigos?

Essas e outras resposta você só encontra em Onimusha!

Desejo a todos uma boa semana e se cuidem por favor. Até a próxima



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