Corações Indomáveis Reylo escrita por Lyse Darcy


Capítulo 16
Capítulo 16 Um Embate Adiado.




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A casa principal da Fazenda Millenium era muito ampla, com alpendre que circundava toda a residência, em um estilo colonial. Assoalho de madeira muito bem assentado e envernizado, janelas grandes e azuis com jardineiras com flores da estação em cada uma, a porta ampla que dava acesso a uma grande sala que com certeza daria para fazer um baile. O local era muito bonito, num estilo rústico, mas com toques de requinte clássico. Cheirava a eucalipto, pois a madeira que decorava o cômodo eram dessa espécie, misturado as rosas-chá que Leia amava e colocava por todos os lados.

Rey conhecia a fazenda desde que era uma menina. Contudo, seu sentimento no momento, eram diferentes, sentia um peso em seu coração, segurava a mão da menina firmemente, como se a garota desse o apoio que precisava, isso realmente era uma verdade, embora estivesse assustada com todo o que estava acontecendo tinha uma ideia fixa. Tinha certeza que precisava fazer algo par impedir o que for que o pirata estivesse tramando.

Observava o homem que caminhava mais à frente, que há poucos instantes estava muito raivoso, agora se mostrava tolerante e ouvinte atento de Ben Solo. Pressentiu que ele estava mais racional, não estava entregue aos seus sentimentos obscuros. No entanto, precisava ser mais rápida em evitar o que quer que estivesse em seus planos de ser executado, ganhar tempo na tentativa de remediar aquele situação, por causa das ações impensadas de Desirée. Amaldiçoou baixinho sua irmã egoísta, ela era culpada de tudo que estava acontecendo ali.

A cada passo que dava rumo a residência, mais seu coração se afundava em profundo desespero e vergonha, se Kylo agora pensasse em levar Desirée com ele. Como ficaria Ben? Como evitar tamanho sofrimento para o seu ex-noivo? A sua mente berrava para que ela impedisse que isso acontecesse. Também se lembrava que tinha que resolver as questões não arrumadas do senhor idoso e sua netinha. A sua cabeça estava em ebulição, tentava serenar as emoções, contudo, as coisas pareciam querer sair dos eixos cada vez mais.

Um vento frio soprou em seus cabelos, a brisa a arrepiou, sentindo um calafrio perturbador. Chewie permanecia a seu lado, a acompanhava silencioso, também se mostrava preocupado, atento a qualquer movimento de seu amigo pirata. Subiram os degraus que davam acesso ao interior da propriedade, tudo estava calmo sem nenhuma sombra de perturbação. Todavia as coisas estavam prestes a mudar.

    Leia estava sentada próximo à lareira, bordava uma linda flor em um lenço de linho, estava bastante compenetrada na tarefa. Junto a ela estava Luke Skywalker lendo o jornal matutino, mais afastada totalmente alheia aos últimos acontecimentos estava Desirée, folheando uma revista de moda, enquanto enrolava um cacho de seu cabelo nos dedos.

A ex-noviça estava perplexa com o quadro que observava em sua frente. Olhou de lado para os homens que entraram no cômodo, um estava sorridente e festivo, ao passo que o outro estava com um semblante irônico e debochado. Isso de fato a inquietou muito. Com isso Ben se introduz animado.

— Olha só quem veio nos visitar? — Todos no recinto olharam de uma vez para os convidados na Fazenda Millenium. Especialmente Desirée que levou um grande susto ao encarar seu amante de frente. Antes que qualquer coisa fosse dita ou ouvida. Ela caiu no chão num desmaio repentino.

Os que estavam ali foram acudir a garota que teve um mau súbito. Exceto Ren que examinava a todos com traços de humor, Rey achou estranho aquilo. A noviça também não foi em socorro da mais nova, pois de um modo muito peculiar também imaginava assim como o pirata que tudo fora um teatro para não encarar a verdade. Sempre resolvia suas coisas com mentiras e enganos. Preferiu se isentar daquilo tudo.

No entanto, Ben Solo era o mais preocupado com o que ocorreu com sua linda esposa. A tomou nos braços, a levando ao quarto do casal.

— Por favor chamem um médico!

Leia e Luke seguiam o rapaz com muita preocupação com o estado de saúde de Desirée. Então o tutor pediu para que Chewbacca chamasse alguém para auxiliar a jovem. Chewie hesitou ter que deixar Kylo Ren ali. Ele furioso de certo modo era previsível, no entanto, assim tão tranquilo, tudo ficava mais perigoso. Inesperado. Decidiu mandar um rapaz para chamar um doutor na vila.

Rey se distanciou dos homens, se ajoelhando para ficar na altura de Ayla. Afagou o rosto da menina para a consolar. A menina estava agitada. A mais velha já sabia o motivo dela estar assim.

— Vamos encontrar um jeito de tirar o seu avô daquele lugar horrendo. Não se preocupe. — Sussurrou para a garota. Ayla abriu um sorriu infantil doce. Rey se ergueu pegando na mão pequenina saindo da sala prontamente.

Resolveu ir libertar o homem com as suas próprias mãos. Sua irmã iria continuar o fingimento, a fim de fugir das responsabilidades, o pirata parecia muito calmo diante de tudo, quanto ao Ben, se continuasse sem saber da verdade não teria muito que fazer ali, Desirée já tinha a sua pequena plateia.

Então, entendeu que seria muito melhor se pôr a ajudar a quem realmente precisava. Caminhou até a varanda calmamente olhando em todas as direções como se estivesse sendo perseguida. Agiu muito estranhamente. Às duas foram em direção ao bosque caminhando a essa altura a passos largos.

Kylo Ren tentou ouvir o que Rey falava, no entanto, só ouviu um burburinho. Sua curiosidade só aumentou ao ver a ex-noviça saindo assim tão furtiva. Olhou para a sala vazia, sabia que sua ex-amante criou tudo aquilo para ganhar tempo. Ele podia esperar até ela voltar a circular pela fazenda, afinal de contas, não ficaria trancada eternamente. Observou Chewie distraído dando instruções a um rapazote para buscar um médico, então, de modo oculto foi atrás das duas que saíram misteriosamente da casa. Seguiu a direção das copas que se adensavam as margens da Millenium.

Alcançou com a vista às duas que caminhavam desviando dos arbustos e cipós, espreitava o caminho de modo silencioso. A luminosidade do dia não alcançava o solo com nitidez, devido às árvores nesse ponto serem muito frondosas. Apenas alguns feixes de luz adentravam no bosque. Ver a noviça assim parecia uma entidade mágica, envolta de seus súditos escondidos na mata.

Assim, elas pararam diante de um casebre muito velho. Ren se escondeu atrás de uma árvore antiga, não queria ser descoberto. Pelo menos não desejava isso agora. Queria saber o que aquelas duas estavam tramando. Sua curiosidade falou mais alto. Notou que Rey estava respirando pesado. Também notou que ela segurava algo na mão. Não conseguia distinguir, pois, estava envolvido na saia dela. Sentiu que ela sugava o ar com força e soltava todo o peso na alma como se tivesse ganhando coragem.

Queria ir lá falar com ela, mas preferiu esperar mais para saber mais o que se passava entre ela e a menina. Ela voltou a caminhar e às duas desapareceram dentro da choupana. Kylo estava alerta a tudo que acontecia fora, e principalmente com o interior da casa. Encolheu seu corpo ao ouvir passos, que amassavam as folhas no chão, aguçou os ouvidos, para saber em que direção se aproximavam, com isso, arrodeou o tronco, para continuar oculto.

Notou que o homem que se aproximava ia na direção da dupla, então pensou rapidamente, ou eram amantes e estavam tendo encontros clandestinos ali, ou elas estariam num lugar que não deveriam, sendo a segunda opção elas estariam muito encrencadas.

Em meio de suas questões e reflexões, acerca do que estava acontecendo no interior daquele cubículo ouviu uma voz feminina exclamar com muita autoridade. Sem pensar duas vezes avançou até o local de modo impetuoso. Ao entrar ficou estarrecido com o que testemunhou. O local realmente era espantosamente decaído, porém, o que mais o surpreendeu foi visualizar Rey de um modo que jamais teria pensado ou cogitado.

Ela estava em postura combativa com um facão diante de um homem mais alto. Todavia não se intimidava. Exigia a libertação de um homem muito velho prostrado no chão. Tentou se situar no assunto falando com autoridade.

— O que está acontecendo aqui?

A garota desviou o olhar do administrador a sua frente, voltando a sua atenção ao pirata que não sabia como tinha chegado ali. Temperou a garganta, para mostrar firmeza.

— Vim libertar o senhor Lor San Tekka. O que estão fazendo com ele é injusto! — Apontou a catana na direção de Fett. — Solte esse homem agora!

— Senhorita tome cuidado com isso. — Boba Fett mostrava cuidado fingido. — Melhor seria abaixar essa arma. Além disso, esse homem é um ladrão, estou o castigando para não voltar a fazer.

Kylo logo notou que o homem mentia descaradamente. Olhou com cuidado todo o ambiente fétido, pouco iluminado, convenientemente afastado da sede, percebeu que não era um simples castigo pelo delito que o sujeito afirmava que o ancião supostamente havia cometido. Tornou a olhar a mulher que em nenhum momento abaixou a guarda, parecia uma deusa guerreira. A garotinha estava enroscada no pescoço do homem acorrentado, que tinha uma aparência sofrida.

— Faça o que a senhorita Rey ordenou. — A voz saiu baixa, contudo carregada de autoridade e ameaça.

— Sinto muito senhor… — Colocou as mãos para o ar como uma ação caricata de rendição. — Não poderia fazer isso, até porque nem sei quem é vossa senhoria. Só respondo para a Senhora dessa fazenda ou ao seu filho, lamento. — Falava de modo traiçoeiro.

— Também tenho autoridade sobre você. — Ergueu-se sobre o homem com uma postura régia.

Rey o olhou de modo confuso, não conseguia entender o que o homem estava falando. Como ele teria poder de mandar nessa propriedade? Acreditou que esse argumento se dava pelo fato que o pirata se colocava assim para ajudar a ela. Todavia, porque ele estava fazendo isso por ela?

Kylo Ren avaliava tudo, concluindo que a fazenda estava abandonada as mãos desse homem que se mostrava ser alguém que abusava de seu cargo de confiança, nesse caso isolado, pode notar que muito mais coisas irregulares estavam ocorrendo na propriedade, sem que ninguém se desse conta disso. Encarou o administrador com superioridade.

— Sou Kylo Organa Solo, filho de Han. — O sujeito piscou incrédulo ao ouvir o homem. Lembrou da carta testamento do velho patrão, que escondia há anos, então soube que o rapaz finalmente apareceu. Sorriu malevolamente. — Esse é o meu nome para que possa tomar medidas apropriadas para colocar o senhor em seu lugar.

Rey observava tudo atônita, não conseguia emitir qualquer som de sua boca. Ele é um Organa Solo. Como isso era possível? Poderia ser um engano, ou ele queria deixar o administrador em xeque? Ela voltou sua atenção ao homem que tinha um ar debochado, agora mostrava uma face conspiratória, contudo, já não tinha uma postura altiva.

— Sou Boba Fett. — Hesitou por um instante. — O senhor não é nada. É apenas um pirata, está mentindo quanto ao seu nome e autoridade sobre a Millenium.

— Não mentiria. Não teria motivos para isso. — Olhou para Rey. — Me dê esse facão, por favor.

A ex-noviça oscilou por um momento em baixar a arma.

— Solte o senhor Tekka, precisa de cuidados. — Se mostrava irredutível quanto a liberação do prisioneiro. Kylo esticou a mão para que ela entregasse o objeto. A olhava com intensidade.

— Esse senhor será solto. Tem a minha palavra. — Então ela entregou o alfanje para o pirata. — Solte o homem agora! — Apontava a arma branca ao administrador.

Boba Fett olhava para a dupla à sua frente com desprezo. Fitou Lor San Tekka como se quisesse matar ele naquele momento, Rey pegou Ayla no colo para proteger a jovenzinha da fúria do homem caminhando para longe dele. O administrador sorriu debochado.

— Não me desafie senhor Fett!

O homem, de modo lento colocou a mão no bolso revirou com muita morosidade retirando dele um molho de chaves fitou o homem com o facão na mão com uma face que exprimia uma promessa velada que tudo aquilo não ficaria assim, teria uma vingança. Kylo se apercebeu que Boba era uma criatura muito sinuosa, portanto muito perigosa.

Jogou elas no chão, na tentativa de tirar Ren de seu foco. Contudo, Ayla saiu do colo da jovem caminhou até as pernas do pirata recolhendo o objeto do chão, se voltando para Rey que foi com a menina até o senhor acorrentado. Kylo Ren continuava em sua postura alerta.

Às duas foram até as correntes e começaram a testar uma a uma, as chaves na abertura do cadeado enferrujado, as tentativas estavam se rareando, Rey começava a se agitar, será que Boba estava enganando a eles, olhou de esguelha para Ren que fez um gesto com o queixo para que continuasse a tentar. Ela voltou a testar as chaves, até que a última fez um click, o mecanismo interno desconectou abrindo o cadeado, soltando as correntes do ancião.

Lor San Tekka tombou para o lado seu corpo estava dormente, devido a estar muito tempo com os movimentos limitados. Ele gemeu sentido muita dor em seus ossos e músculos. Ayla tentou o sustentar, porém, ela era muito pequena para erguer seu avô. Então, Rey colaborou com a menina sustentando Tekka, que sorriu minimamente em meio a dor.

— Ele precisa sair deste local. — Olhou para Kylo. — Está muito fraco.

Ren se aproximou de Boba Fett, de modo ameaçador, para mostrar quem estava dando as ordens naquele casebre pouco iluminado. Encarou o homem com um olhar duro, baixou o facão depositando-o no chão.

— Vamos levar ele para a fazenda. — Rey insistiu.

— Falarei com a senhora da Millenium, isso não ficará assim. — Cuspiu em tom de ameaça.

 — Ótimo! — Kylo Ren disparou. — Vamos colocar toda essa situação a luz da verdade.

O pirata se abaixou, para levantar o senhor que convalescia fraco no assoalho. Passou o braço dele em seu ombro para que saíssem daquele lugar pavoroso. Boba Fett se adiantou para chegar a casa o mais rápido que podia, para contar os últimos acontecimentos a partir do seu ponto de vista dissimulado.

O grupo, por outro lado, foi um pouco mais lento, seguindo com o senhor enfraquecido, seus passos eram imprecisos, o pirata tentava firmar o homem que fazia caretas para conter a dor que atingia por todos os lados. Às duas seguiam mais atrás.

Rey contemplava as costas largas do homem que servia de muleta para um velho ferido e cansado. Tentava racionalizar os últimos acontecimentos, que foram agitados e confusos. Avaliar o caráter do sujeito que a ajudou, num momento estava transbordando ódio e desejo de vingança. No outro momento, se mostrou benevolente, interessado em ajudar a um estranho desfavorecido. Afinal, ele não precisava interferir no assunto. Ajudar. No entanto, apoiou, retirando o senhor Tekka daquele cativeiro horrível.

Ela ergueu a vista para observar que a Fazenda Millenium, aparecia imponente diante deles. Pode ver que Boba Fett. Já estava na varanda conversando com Ben Solo, julgou que o canalha estaria fazendo a cabeça do proprietário com mentiras. Kylo também olhava para a mesma cena, se voltou um pouco olhando para o rosto de Rey que estava aflito. Se comunicaram sem emitir nenhum som de suas bocas, sabiam que o administrador seria um problema para superarem juntos, o diálogo entre eles precisavam ser coeso, sem nenhuma hesitação. Ele anuiu para ela, continuando a caminhada até o alpendre.

Chegaram ao local, Ben os esperava com as mãos na cintura seu semblante estava enigmático. Olhava o grupo de cima, pois estava no alto das escadarias. Kylo não se dobrou com a postura de seu meio-irmão.

— Trouxemos esse homem de uma cabana do meio do bosque. Estava todo acorrentado.

— Esse senhor está muito machucado, precisa de cuidados médicos. — Completou Rey.

— Vamos cuidar desse senhor, aproveitaremos que o médico está aqui, na propriedade. — Sua voz não mostrava nenhuma emoção.

Então, pediu que alguns dos seus empregados levassem o sujeito ferido para uma casa anexa, para ser examinado, Ayla acompanhou o avô. Tornou a mirar Rey e Kylo de um para o outro.

— Vamos conversar em meu escritório. Aqui não é o local apropriado para essa conversa. — O pirata deu de ombros com aquela representação de homem sério. Não se sentia de nenhuma maneira, intimidado com aquela cena.

Assim todos, foram para o cômodo que Ben Solo apontou.

O recinto era espaçoso, os móveis eram de madeira escura, as estantes estavam repletas de livros, nas paredes algumas condecorações e honrarias que recebeu da Marinha. Na escrivaninha tinha um mata-borrão, tinteiro, pena-mosquito e um punhado de folhas timbradas com o selo familiar.

— Boba, por favor nos deixe a sós. — O administrador ficou desconfiado com essa petição do seu patrão, mas não poderia contestar nesse momento, tinha que conquistar sua confiança. Assim saiu do lugar fechando a porta atrás de si.

— Aquele homem estava sofrendo uma punição injusta. — Se adiantou Rey com um tom enérgico.

Kylo se controlava para não gargalhar. Aquela situação toda era um absurdo. Ele estava ali para se vingar, tomar satisfação, agora estava diante do seu irmão para receber um sermão. Fitava o mais novo com um ar irônico. Ben Solo caminhou até o aparador para tomar uma bebida, ofereceu um copo ao outro que aceitou de pronto porque só com álcool na veia poderia suportar aquele quadro caótico.

Rey era a mais agitada do trio, não conseguia esconder a sua ansiedade e nervosismo. Agora que o senhor Lor San Tekka estava sendo atendido pelo médico, Ayla estava como o avô. Não tinha como separar os dois homens. Temia que Kylo Ren agora exigisse a sua vingança. Sua mente estava fervilhando com o intuito de obter uma saída perfeita para aquele impasse.

Ben entregou a bebida ao irmão.

— O que aconteceu hoje em minha fazenda foi muito grave. — Bebericou o líquido âmbar. — Boba Fett falou que você atropelou a sua autoridade como administrador. Ele punia um ladrão.

— É um castigo excessivo. — Falou ríspida. Ben Solo, tornou o olhar para ela.

— Sim muito exagerado. Concordo. — Apaziguou. — Contudo, vocês tiraram o poder do administrador.

— Acredito que ao invés de ficarmos aqui discutindo quem tirou a autoridade de quem. — Se ergueu da cadeira. — Devemos apurar o porquê de um homem estar encarcerado o outro, num lugar tão longe. Boba Fett deveria comunicar tal situação aos patrões.

Ben Solo ouvia o irmão com cuidado. Avaliando e pesando toda a situação. Voltou a olhar a sua cunhada que estava muito estranha. Nunca tinha visto a garota tão corajosa e combativa. Jamais tinha levantado a voz. Sentiu que de algum modo o homem, seu irmão mais velho, estava a influenciar a jovem. Pensou em entender melhor o que estava acontecendo, mesmo antes do acontecimento do senhor aprisionado. Eles estavam agindo muito estranho.

— Irei apurar tudo a respeito desses acontecimentos. — Colocou a mão no ombro da garota. — Boba Fett, por enquanto não será o administrador da Millenium. — Voltou a caminhar pelo recinto. — Bom, vejo que antes de tudo, Kylo não viria aqui para libertar senhores. — Sorriu sem humor. Deu as costas para o pirata. — Então minha questão é… — Colocou o copo na mesa. — Qual motivo teria você de vir aqui? Uma vez que faz anos que não pisa nessas terras?

Rey percebendo que Kylo estava deixando o homem o questionar de propósito, com a finalidade de expor sua verdadeira intenção de estar diante dele. Mirou o rosto do homem que esboçava deboche, então ela se interpôs sem pensar em nada. Apenas desviar a atenção dos homens que de um modo velado estavam começando a se estranhar.

— Ele veio se encontrar comigo! — Falou num sussurro.

Ben e Kylo a olharam ao mesmo tempo, em tamanho espanto. Atônitos responderam ao mesmo tempo.

— O que você está dizendo? — Kylo Ren não conseguia acreditar a que ponto ela chegaria para defender aquele sujeito simplório.

— Isso é verdade, Rey? — Ben Solo, queria tentar encontrar lógica naquela fala descabida.

Assim Rey, fungou baixinho tentando controlar as lágrimas. Anuiu silenciosa a afirmação. Na tentativa de remediar o embate entre irmãos. Tudo que ela queria era sumir daquela sala. Contudo, ela jogou suas últimas cartas na mesa, agora era esperar o que o destino lhe reservava.


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Notas finais do capítulo

Obrigada quem acompanhou a fanfic até aqui ...
Entraremos no segundo momento da estória .... espero que sigam apoiando e comentado ... Me deixam muito feliz ...
Agradeço todos os likes e comentários que recebi ... MUITO OBRIGADA!

Beijos de Caramelo ... em todos!



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