1 mês depois...

P.O.V Do Freddie

Sempre é uma correria quando saímos com as crianças. Sam só sabe me apressar. Eu me atrapalho todo, as crianças não ajudam, acabam atrapalhando também. E sempre que saímos de casa, a gente acaba esquecendo alguma coisa, seja algo que as crianças precisam, ou até mesmo alguma coisinha que Sam alega ser importante, e eu sempre discordo, o que faz ela ficar irritada comigo.

Uma vez esquecemos de levar um guarda-chuva extra, o que para mim era desnecessário por estamos de carro, mas ela acabou batendo o pé e brigou comigo afirmando que o guarda-chuva extra era de fato essencial.

— Piquenique! Piquenique! Piquenique! - Noah pulava e batia palminhas, Hannah imitava o irmãozinho.

Era uma bebê muito esperta e danadinha. Ela já estava com 2 aninhos.

Sam apareceu carregando o Alex no bebê-conforto, nosso caçulinha se encontrava todo arrumadinho, seria o seu primeiro piquenique.

Só tinha 6 meses, a coisinha mais fofa do mundo. Um anjinho de cabelos escuros e olhos azuis.

— Vamos logo! - Ally apressava, impaciente. - Papai, coloca a minha bicicleta no porta-mala, o Jake foi buscar a dele! - Seu amiguinho era filho dos nossos vizinhos, eles eram inseparáveis.

Quando íamos passear, levávamos o Jake conosco.

— Solte a laranja, amor, dá aqui para a mamãe colocar na cesta de frutas. - Sam pediu a Hannah.

Ela já tinha preparado a cesta com nossos lanches. Também estava preparando uma cesta com frutas, as crianças amavam uvas e laranjas. Sam colocou o potinho com banana amassada para o Alex.

Fui com minha filha colocar a bicicleta dela no porta-mala, logo seu amigo apareceu com a dele, o porta-mala do nosso carro tamanho família era bem espaçoso.

A mini-Van estava passando por uma revisão.

Voltei para ajudar a minha loira, ela ainda estava conferindo se tudo estava certo. Se algo faltasse, ela com certeza jogaria a culpa em mim.

Piqueniques em família eram importantes para nós.

[...]

P.O.V Da Sam

Freddie e eu casamos no cartório. Nossos amigos serviram como testemunhas. Após a nossa união, apressamos as coisas para o batizado do nosso Pitoquinho, a cerimônia foi linda e uma semana após o batizado, minha sogra e Spencer começaram a sair. Eles não demoraram para engatar namoro.

Olhei para a minha aliança, tudo ainda parecia um sonho.

Enfim, me tornei sua esposa, antes mesmo disso, eu já tinha me tornado a mãe dos seus filhos.

Freddie me tratava como uma rainha.

Chegamos ao parque, logo Ally e Jake apressaram o Freddie para pegar as bicicletas. Era um comecinho de tarde muito bonita, milagrosamente com o tempo agradável e fresco, o céu estava claro, com nuvens em forma de algodão. Já tínhamos visto que não tinha previsão de chuva naquele dia.

Tiramos os bebês das cadeirinhas.

— Já está ficando pesadinha, mocinha. - Sorriu para Hannah.

Ela mostrou os dentinhos de leite, apertou o nariz dele e soltou uma risada nos contagiando.

Ajeitei o Alex dentro do bebê-conforto.

— Não vão para longe, crianças! - Avisei para os dois que montaram em suas bicicletas.

— Tá, mamãe. - Ally assentiu.

— Quero andar de bicicleta com eles, mamãe. - Noah puxou minha blusa.

Como a bicicletinha de rodinhas estava com uma roda furada, não levamos. Freddie tinha esquecido de mandar consertar.

— Sua bicicleta está em casa, querido, que tal ajudar a mamãe? Pegue a cestinha de doces. - Pedi gentilmente.

Separei tudo em três cestas, lanches, frutas e sobremesas que preparei cuidadosamente.

— Vamos escolher um lugar para estender a toalha de mesa. - Freddie pegou as duas cestas maiores.

Com o Alex no colo, dei a mão livre para a Hannah segurar.

Ally e Jake pedalavam ali perto, me obedecendo.

[...]

P.O.V Do Freddie

Ainda mais linda, a maternidade só ressaltou a beleza da minha mulher. Sim, oficialmente minha esposa, eu não poderia estar mais feliz. Casei com a mulher da minha vida. Sam com certeza foi a minha escolha mais acertada de todas.

Minha ex continuava pagando caro na penitenciária. Missy estava tendo o que merecia.

Como já estava fazendo 26°C, Sam tirou as meias do bebê, ele não suportava ficar de meias.

— Pezinhos rosados. - Jake foi tocar no Alex.

— Não toca no meu irmãozinho com as mãos sujas. - Noah deu bronca.

Sam e eu rimos, ele se apegou ao bebê à ponto de se tornar muito ciumento. Sempre que algum estranho se aproximava, o nosso garotinho não permitia que alguém tocasse no bebê.

Vimos o Noah arrumar a roupinha do irmão caçula. Aquilo era de derreter qualquer um. Tão fofo. Finalmente tinha aceitado o irmãozinho.

— Banana. - Hannah pediu.

Peguei uma e descasquei, dando para ela.

O vento gostoso fazia os cachos da minha loira esvoaçar. Seus olhos estavam num tom azul-celeste.

— Eles são tão bonitinhos juntos. - Sorriu para nossa filha e para o Jake que se lambuzavam com picolés caseiros.

— Não são não. - Neguei rapidamente.

— Ela gosta dele. - Aumentou o sorriso.

— Ally não tem idade para gostar de...

— Deixa de ser chato, amor. - Deitou a cabeça nas minhas pernas. - Jake é filho dos nossos vizinhos/amigos, o garoto é um amorzinho. - Ela insistia naquilo.

— Hum... - Olhei para os dois que riam de algo.

— Papai ciumento! - Achou graça. - Me dá um beijo, moreno? - Pediu fazendo bico.

Abaixei o rosto lhe dando um selinho.

— Só darei a mão dela quando Ally tiver 35 anos. - Avisei.

Sam me deu um tapa na cabeça.

— Ai! - Exclamei.

Hannah estava sentadinha na toalha de mesa, com as mãozinhas e a boca melecadas de banana.

— O bebê soltou pum! — Noah avisou saindo de perto.

Vi o Alex se espremer todo, agitando os bracinhos e as perninhas.

— Eu disse para não dar vitamina de mamão. Agora vai lá trocar a fralda, papai teimoso. - Muito mandona.

Peguei a bolsa dele que estava ao meu lado.

Ela levantou indo limpar a Hannah. Fui trocar nosso caçulinha.

Nossa vida com as crianças era uma loucura. Apesar da correria do dia à dia, nos sobrava um tempinho só para nós dois.

Aproveitávamos bastante quando não estávamos esgotados.

Nossos amigos estavam ótimos, todos felizes.

Minha mãe tinha encontrado alguém que era divertido, e que a fazia muito bem, Spencer era legal e eu aprovei.

Eu tinha uma família grande, linda e a mulher mais incrível de todas.

Me sentia completo e realizado.

Sam não foi apenas a nossa querida babá.

Ela com certeza se tornou tudo para nós.