My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress
Notas iniciais do capítulo
Hey, pessoal!!!
Mais um capítulo saindo do forno.
Boa leitura!!!!
No dia seguinte, às 08h:42min...
P.O.V Da Sam
— PAPAI! TIA SAM! - Noah correu alegre quando chegamos para buscá-los na casa dos vizinhos.
— Hey, filhão! - Seu pai o pegou no colo.
Hannah estava dormindo com a cabecinha encostada no meu ombro. Ela amava ficar no meu colo.
— Você se comportou direitinho? - Freddie perguntou.
— Sim. - O garotinho assentiu.
— Mentira, pai. Ele chorou de noite e só dormiu porque a dona Angela deu leite para ele, o Noah ficou fazendo manha. - Ally dedurou o irmãozinho.
— Desculpa, papai. - Noah abraçou o pescoço do Freddie.
— Está tudo bem, filho. Vamos para a casa agora. - O moreno afagou as costas do garotinho.
A pequena garota mal-humorada segurava a mochila contendo as coisas dela e do irmão, ela passou por mim me ignorando.
Freddie agradeceu os vizinhos que tiveram a gentileza de ficar com as crianças, e fomos para a casa.
— Pensei que a Hannah ia ficar no hospital, a irmãzinha da Emily ficou quase uma semana no hospital, a Emily disse que bebês morrem porque são frágeis... - Contou Ally quando entramos.
— Meu amor, não se preocupe com sua irmã, Hannah vai ficar bem. Cuidaremos dela aqui em casa. - Seu pai a tranquilizou.
— O que ela tem, papai? - Noah quis saber.
— Infecção na bexiga. Agora desça, você já está ficando pesado, rapazinho. - Freddie disse o colocando no chão.
— Vou colocá-la no berço. - À caminho de casa, havíamos parado na farmácia para comprar os medicamentos.
— Estou cansado, já liguei para o meu assistente desmarcar meus compromissos, vou ficar em casa. Procure descansar também, não precisa fazer o almoço, nós podemos ligar e pedir comida. - Ele disse com calma.
— Estou bem, até que eu consegui dormir, não estou cansada. Posso cuidar do almoço. - Aquilo era verdade, por incrível que pareça, dormi a noite inteira e não senti um pingo de desconforto. - Você pode descansar. - Sorri para ele.
Ele assentiu concordando comigo.
[...]
— Sam? - Ally me chamou.
— Oi! Já estou indo, só um minuto. - Abaixei o fogo.
Hannah estava deitada no bebê-conforto, com uma das chupetas enfiadas na boca, pelo menos não estava com febre, apenas sonolenta.
Deixei o macarrão no fogo e fui ver o que a pequena resmungona queria.
Noah estava assistindo um daqueles desenhos que as crianças da idade dele gostavam.
— O que você quer? - Me aproximei dela, curiosa.
Ela raramente falava comigo.
— Pode me ajudar com o dever? - Me olhou um pouco acanhada.
— Hum, acho que sim, não entendo muito dessas coisas... - Eu não costumava fazer os deveres de casa e sempre copiava as atividades em sala de aula, colando dos meus colegas.
Passei arrastada com a ajuda da minha amiga, Carly. Não me orgulho de ter sido uma péssima aluna. Simplesmente odiava ter que estudar.
— É sobre qual matéria? - Me abaixei para dar uma olhada em seu caderno.
— Ciências. - Respondeu.
Ela nunca tinha me pedido ajuda antes. Por isso estranhei.
— Bom, eu não entendo muito do assunto, nem lembro de ter estudado sobre isso... - Li o comando do dever.
— Então, me ajuda com Matemática. - Piorou.
— Eu costumava ouvir música na aula. Matemática não é comigo, eu não...
— Vou acordar o meu pai, ele sempre sabe... Você ajuda o Noah e não quer me ajudar. - Largou o lápis.
— Não é isso, o dele é mais fácil e eu...
— Você não sabe de nada. Meu amigo Mike disse que as loiras são burras. Minhocas habitam no cérebro delas e comem seus neurônios. - Disse me ofendendo.
— Você é muito atrevida, sabia? E o seu amigo é um pirralho... - Mordi a língua para não falar o que não devia.
— Você é uma chata! - Me fuzilou.
— Tia Sam, estou com fome. - Seu irmão veio para o meu lado.
— Vamos, Noah, vou fazer a salada de fruta do jeito que você gosta. - O peguei no colo.
Deixei a Ally sozinha na sala, ela já estava emburrada, me olhando de cara feia.
Quando retornei à cozinha, a bebê já estava adormecida segurando um ursinho.
[...]
P.O.V Do Freddie
— Acho que dormi muito. - Abafei um bocejo.
— Papai, você têm cheiro de espuma pra barba... - O pequeno comentou nos fazendo rir.
— É loção para barbear, filho. - Colocou o garotinho que estava sentado no colo, para o chão.
— A Sam têm cheiro doce, não sei o que é, mas ela cheira bem. Já sentiu, pai? - Vi a loira sorrir, envergonhada.
— Vocês já almoçaram? - Mudei de assunto para não constrangê-la.
Sam cheirava muito bem, meu filho tinha razão. Ela tinha cheiro de frutas misturado com algo doce e comestível... Parecia Bolo Gordo.
— Eu ainda não almocei, estava esperando você acordar... - Impressão minha ou ela ficou muito vermelha?
Sorri com aquilo... Ela queria almoçar comigo.
No hospital, Sam dormiu a noite inteira com a cabeça deitada no meu ombro. Eu dormi pouco, ela com certeza tinha o sono mais profundo. Acordei várias vezes com ela ressonando, tão linda, dormindo tranquila...
— Ally precisa de ajuda com o dever de casa, desculpa, não consegui ajudar... - Sorriu sem graça.
— Não se preocupe, depois eu vejo isso. - Peguei um prato.
— Hannah está dormindo, não está febril, mas continua molinha e manhosa... O Noah riscou a parede da sala com lápis de cera, eu limpei, ou pelo menos tentei, não fique bravo... - Ela estava um pouco agitada.
Se movia pela cozinha, tirando a salada da geladeira, pegando talheres e abrindo panelas.
— Isso é o de menos, Sam, se eles estão bem, é o que importa. Uma parede rabiscada não me preocupa. - Eu quis tranquilizá-la.
— Oh, certo... Eu fiz macarrão com atum. Se não gostar, eu posso fazer outra...
— Eu como de tudo, Sam. Senta aí e relaxa, deixa que eu nos sirvo. - Me prontifiquei.
— Você gosta mesmo das minhas comidas simples? Eu vivi à base de macarrão instantâneo sabor carne, frango empanado e carne para hambúrguer congelada... Eu pegava dinheiro da gaveta de calcinhas da minha mãe, era aonde ela escondia as notas, eu me virei sozinha quase minha vida toda, aprendi a cozinhar com 7 anos. - Sua história era comovente.
— O que sua mãe fazia da vida? Por quê nunca foi uma mãe presente? - Comecei a colocar uma generosa porção de macarrão com atum em seu prato.
— Minha mãe conheceu meu pai numa boate, ela dançava para ganhar a vida, engravidou, foi expulsa de casa pelo meu avô, ela só tinha 21 anos, morou com uma prima, me teve e depois me largou no mundo, com 5 anos tive que lidar com tantas coisas... Desculpa, eu não deveria despejar essas coisas em você. Vamos comer, estou faminta. - Mudou de assunto.
— Tudo bem, Sam. Estou aqui disposto a te ouvir quando precisar desabafar, pode confiar em mim. - Falei.
— Obrigada. - Sorriu fraco, seus olhos estavam brilhantes e melancólicos.
[...]
Horas depois, às 19h:07min...
— O que vai fazer nesse sábado? - Perguntei, curioso.
— Não sei, você vai levar as crianças para passear? - Estava separando as roupas para passar.
— Domingo eu levo. Pode ir com a gente se quiser. - Montei a tábua de passar.
Estávamos no meu quarto, a lavanderia estava muito abafada.
Eu precisava perguntar antes que eu perdesse a coragem...
— Quer ir comigo ao aniversário de um amigo? - Isso, Benson, você não gaguejou.
— Quer me levar como acompanhante para um compromisso importante? - Virou para mim, surpresa.
— Vai ser divertido. Ele alugou um salão de festas, vai ser uma noite de rodízio de massa, degustação de Vinhos e músicas latinas para quem curte dançar. - Expliquei.
— Parece divertido mesmo. - Sorriu.
— Você topa? - Minhas mãos estavam suando.
— Está bem, Sr. Benson, te acompanho. - Disse brincalhona, me chamando de senhor.
— Vou logo avisando que não sei dançar... - Ufa, ela havia aceitado.
— E eu não bebo, minha fase de rebelde que enche a cara já passou. - Me fez rir.
— Sem problemas. Vou comprar o presente amanhã, vai dar tudo certo. E não venha me dizer que não têm roupa para ir, sei que essa é uma das desculpas que vocês mulheres arranjam. - Eu a fiz rir.
— Ei, você não me conhece! Eu jamais perderia a chance de degustar de um rodízio de massas! Mas espera, com quêm as crianças vão ficar? - Ih, ela tinha razão.
Ainda tinha as crianças, não pensei naquele detalhe.
— Acho que minha mãe não se importaria de ficar com elas por algumas horinhas. - Dona Marissa amava os netos.
Sam assentiu, então, estava tudo combinado... Ela iria ser minha acompanhante.
— Precisa de ajuda? - Apontei para as roupas.
A loira negou e foi pegar o cesto com as roupas da Hannah. Ela passava todas as fraldas de pano. Ao se virar, acabou se atrapalhando toda, enrolou os pés no fio do ferro de passar e quase foi ao chão com o pequeno cesto de roupa.
Prontamente a amparei, segurando-a pela cintura. Sam arfou, balançando, procurando equilíbrio, e ergueu a cabeça, me fitando com aqueles olhos azulados, arregalados.
Encarei seus lábios entreabertos, tão convidativos.
Antes que eu pudesse fazer, ou pensar em qualquer outra coisa, ouvimos o som estrondoso de um trovão caindo, e luzes de relâmpagos transpassando pela cortina fina e clara, cortaram o céu.
Sam estremeceu ainda em meus braços.
A chuva caiu em cheio junto com a queda de energia.
Era só o que nos faltava, o choro de Hannah soou pela babá-eletrônica movida à pilhas.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí? O que acharam do Benson convidando a Sam para acompanhá-lo num aniversário???
O que será que pode rolar???
Ally pedindo a ajuda da Sam hehehe
Pena que não deu certo dessa vez...
Gostaram do capítulo???
No próximo teremos: Mais chuva e vamos ver como eles lidarão sem energia hahaha
Até. Bjs