My Dear Babysitter - Concluída escrita por Julie Kress


Capítulo 15
Convite inesperado


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Mais um capítulo saindo do forno.

Boa leitura!!!!



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No dia seguinte, às 08h:42min...

P.O.V Da Sam

— PAPAI! TIA SAM! - Noah correu alegre quando chegamos para buscá-los na casa dos vizinhos.

— Hey, filhão! - Seu pai o pegou no colo.

Hannah estava dormindo com a cabecinha encostada no meu ombro. Ela amava ficar no meu colo.

— Você se comportou direitinho? - Freddie perguntou.

— Sim. - O garotinho assentiu.

— Mentira, pai. Ele chorou de noite e só dormiu porque a dona Angela deu leite para ele, o Noah ficou fazendo manha. - Ally dedurou o irmãozinho.

— Desculpa, papai. - Noah abraçou o pescoço do Freddie.

— Está tudo bem, filho. Vamos para a casa agora. - O moreno afagou as costas do garotinho.

A pequena garota mal-humorada segurava a mochila contendo as coisas dela e do irmão, ela passou por mim me ignorando.

Freddie agradeceu os vizinhos que tiveram a gentileza de ficar com as crianças, e fomos para a casa.

— Pensei que a Hannah ia ficar no hospital, a irmãzinha da Emily ficou quase uma semana no hospital, a Emily disse que bebês morrem porque são frágeis... - Contou Ally quando entramos.

— Meu amor, não se preocupe com sua irmã, Hannah vai ficar bem. Cuidaremos dela aqui em casa. - Seu pai a tranquilizou.

— O que ela tem, papai? - Noah quis saber.

— Infecção na bexiga. Agora desça, você já está ficando pesado, rapazinho. - Freddie disse o colocando no chão.

— Vou colocá-la no berço. - À caminho de casa, havíamos parado na farmácia para comprar os medicamentos.

— Estou cansado, já liguei para o meu assistente desmarcar meus compromissos, vou ficar em casa. Procure descansar também, não precisa fazer o almoço, nós podemos ligar e pedir comida. - Ele disse com calma.

— Estou bem, até que eu consegui dormir, não estou cansada. Posso cuidar do almoço. - Aquilo era verdade, por incrível que pareça, dormi a noite inteira e não senti um pingo de desconforto. - Você pode descansar. - Sorri para ele.

Ele assentiu concordando comigo.

[...]

— Sam? - Ally me chamou.

— Oi! Já estou indo, só um minuto. - Abaixei o fogo.

Hannah estava deitada no bebê-conforto, com uma das chupetas enfiadas na boca, pelo menos não estava com febre, apenas sonolenta.

Deixei o macarrão no fogo e fui ver o que a pequena resmungona queria.

Noah estava assistindo um daqueles desenhos que as crianças da idade dele gostavam.

— O que você quer? - Me aproximei dela, curiosa.

Ela raramente falava comigo.

— Pode me ajudar com o dever? - Me olhou um pouco acanhada.

— Hum, acho que sim, não entendo muito dessas coisas... - Eu não costumava fazer os deveres de casa e sempre copiava as atividades em sala de aula, colando dos meus colegas.

Passei arrastada com a ajuda da minha amiga, Carly. Não me orgulho de ter sido uma péssima aluna. Simplesmente odiava ter que estudar.

— É sobre qual matéria? - Me abaixei para dar uma olhada em seu caderno.

— Ciências. - Respondeu.

Ela nunca tinha me pedido ajuda antes. Por isso estranhei.

— Bom, eu não entendo muito do assunto, nem lembro de ter estudado sobre isso... - Li o comando do dever.

— Então, me ajuda com Matemática. - Piorou.

— Eu costumava ouvir música na aula. Matemática não é comigo, eu não...

— Vou acordar o meu pai, ele sempre sabe... Você ajuda o Noah e não quer me ajudar. - Largou o lápis.

— Não é isso, o dele é mais fácil e eu...

— Você não sabe de nada. Meu amigo Mike disse que as loiras são burras. Minhocas habitam no cérebro delas e comem seus neurônios. - Disse me ofendendo.

— Você é muito atrevida, sabia? E o seu amigo é um pirralho... - Mordi a língua para não falar o que não devia.

— Você é uma chata! - Me fuzilou.

— Tia Sam, estou com fome. - Seu irmão veio para o meu lado.

— Vamos, Noah, vou fazer a salada de fruta do jeito que você gosta. - O peguei no colo.

Deixei a Ally sozinha na sala, ela já estava emburrada, me olhando de cara feia.

Quando retornei à cozinha, a bebê já estava adormecida segurando um ursinho.

[...]

P.O.V Do Freddie

— Acho que dormi muito. - Abafei um bocejo.

— Papai, você têm cheiro de espuma pra barba... - O pequeno comentou nos fazendo rir.

— É loção para barbear, filho. - Colocou o garotinho que estava sentado no colo, para o chão.

— A Sam têm cheiro doce, não sei o que é, mas ela cheira bem. Já sentiu, pai? - Vi a loira sorrir, envergonhada.

— Vocês já almoçaram? - Mudei de assunto para não constrangê-la.

Sam cheirava muito bem, meu filho tinha razão. Ela tinha cheiro de frutas misturado com algo doce e comestível... Parecia Bolo Gordo.

— Eu ainda não almocei, estava esperando você acordar... - Impressão minha ou ela ficou muito vermelha?

Sorri com aquilo... Ela queria almoçar comigo.

No hospital, Sam dormiu a noite inteira com a cabeça deitada no meu ombro. Eu dormi pouco, ela com certeza tinha o sono mais profundo. Acordei várias vezes com ela ressonando, tão linda, dormindo tranquila...

— Ally precisa de ajuda com o dever de casa, desculpa, não consegui ajudar... - Sorriu sem graça.

— Não se preocupe, depois eu vejo isso. - Peguei um prato.

— Hannah está dormindo, não está febril, mas continua molinha e manhosa... O Noah riscou a parede da sala com lápis de cera, eu limpei, ou pelo menos tentei, não fique bravo... - Ela estava um pouco agitada.

Se movia pela cozinha, tirando a salada da geladeira, pegando talheres e abrindo panelas.

— Isso é o de menos, Sam, se eles estão bem, é o que importa. Uma parede rabiscada não me preocupa. - Eu quis tranquilizá-la.

— Oh, certo... Eu fiz macarrão com atum. Se não gostar, eu posso fazer outra...

— Eu como de tudo, Sam. Senta aí e relaxa, deixa que eu nos sirvo. - Me prontifiquei.

— Você gosta mesmo das minhas comidas simples? Eu vivi à base de macarrão instantâneo sabor carne, frango empanado e carne para hambúrguer congelada... Eu pegava dinheiro da gaveta de calcinhas da minha mãe, era aonde ela escondia as notas, eu me virei sozinha quase minha vida toda, aprendi a cozinhar com 7 anos. - Sua história era comovente.

— O que sua mãe fazia da vida? Por quê nunca foi uma mãe presente? - Comecei a colocar uma generosa porção de macarrão com atum em seu prato.

— Minha mãe conheceu meu pai numa boate, ela dançava para ganhar a vida, engravidou, foi expulsa de casa pelo meu avô, ela só tinha 21 anos, morou com uma prima, me teve e depois me largou no mundo, com 5 anos tive que lidar com tantas coisas... Desculpa, eu não deveria despejar essas coisas em você. Vamos comer, estou faminta. - Mudou de assunto.

— Tudo bem, Sam. Estou aqui disposto a te ouvir quando precisar desabafar, pode confiar em mim. - Falei.

— Obrigada. - Sorriu fraco, seus olhos estavam brilhantes e melancólicos.

[...]

Horas depois, às 19h:07min...

— O que vai fazer nesse sábado? - Perguntei, curioso.

— Não sei, você vai levar as crianças para passear? - Estava separando as roupas para passar.

— Domingo eu levo. Pode ir com a gente se quiser. - Montei a tábua de passar.

Estávamos no meu quarto, a lavanderia estava muito abafada.

Eu precisava perguntar antes que eu perdesse a coragem...

— Quer ir comigo ao aniversário de um amigo? - Isso, Benson, você não gaguejou.

— Quer me levar como acompanhante para um compromisso importante? - Virou para mim, surpresa.

— Vai ser divertido. Ele alugou um salão de festas, vai ser uma noite de rodízio de massa, degustação de Vinhos e músicas latinas para quem curte dançar. - Expliquei.

— Parece divertido mesmo. - Sorriu.

— Você topa? - Minhas mãos estavam suando.

— Está bem, Sr. Benson, te acompanho. - Disse brincalhona, me chamando de senhor.

— Vou logo avisando que não sei dançar... - Ufa, ela havia aceitado.

— E eu não bebo, minha fase de rebelde que enche a cara já passou. - Me fez rir.

— Sem problemas. Vou comprar o presente amanhã, vai dar tudo certo. E não venha me dizer que não têm roupa para ir, sei que essa é uma das desculpas que vocês mulheres arranjam. - Eu a fiz rir.

— Ei, você não me conhece! Eu jamais perderia a chance de degustar de um rodízio de massas! Mas espera, com quêm as crianças vão ficar? - Ih, ela tinha razão.

Ainda tinha as crianças, não pensei naquele detalhe.

— Acho que minha mãe não se importaria de ficar com elas por algumas horinhas. - Dona Marissa amava os netos.

Sam assentiu, então, estava tudo combinado... Ela iria ser minha acompanhante.

— Precisa de ajuda? - Apontei para as roupas.

A loira negou e foi pegar o cesto com as roupas da Hannah. Ela passava todas as fraldas de pano. Ao se virar, acabou se atrapalhando toda, enrolou os pés no fio do ferro de passar e quase foi ao chão com o pequeno cesto de roupa.

Prontamente a amparei, segurando-a pela cintura. Sam arfou, balançando, procurando equilíbrio, e ergueu a cabeça, me fitando com aqueles olhos azulados, arregalados.

Encarei seus lábios entreabertos, tão convidativos.

Antes que eu pudesse fazer, ou pensar em qualquer outra coisa, ouvimos o som estrondoso de um trovão caindo, e luzes de relâmpagos transpassando pela cortina fina e clara, cortaram o céu.

Sam estremeceu ainda em meus braços.

A chuva caiu em cheio junto com a queda de energia.

Era só o que nos faltava, o choro de Hannah soou pela babá-eletrônica movida à pilhas.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam do Benson convidando a Sam para acompanhá-lo num aniversário???

O que será que pode rolar???

Ally pedindo a ajuda da Sam hehehe

Pena que não deu certo dessa vez...

Gostaram do capítulo???

No próximo teremos: Mais chuva e vamos ver como eles lidarão sem energia hahaha

Até. Bjs