A Peça escrita por Jules
Notas iniciais do capítulo
Oi gente
É a minha primeira fanfic, peguem leve comigo hahahaha
Da janela do meu quarto eu via a chuva caindo lá fora, as gotas escorrendo pelo vidro. Grande parte da população de Forks, incluindo a minha mãe, odiava o tempo chuvoso que durava praticamente o ano inteiro. No entanto, eu gostava; o barulho suave transmitia uma certa paz, era uma boa forma de terminar aquele domingo tedioso.
– Bells? O jantar está pronto, bebê. – minha mãe chamou, afastando meus pensamentos. Apenas podia ver sua cabeça inclinada passando pela fresta da porta, o cabelo ruivo ocultando parcialmente o rosto.
Eu não herdei aquele tom ruivo de cabelo e nem seus olhos azuis, apenas o nariz e os traços do rosto. O meu cabelo cor de mogno e os olhos de um marrom chocolate eram presentes do meu pai.
– Estou indo. – disse, me levantando e andando até ela. Passei pela porta e seu braço esquerdo foi para os meus ombros em um abraço de lado.
– Meu bebê está do meu tamanho e no último ano do ensino médio. – falou com um tom nostálgico, estreitando o abraço enquanto descíamos a escada para o térreo. "Bebê" era o apelido favorito dela para mim.
– Você vai ficar bem com isso, certo? Mesmo quando eu for fazer faculdade, sair de casa e morar fora, quando forem só você e o papai… – eu provoquei um pouquinho. Ela apenas revirou os olhos e me ignorou, me fazendo rir.
Meu pai já nos esperava sentado à mesa. O jantar transcorreu tranquilamente, com minha mãe contando sobre os últimos acontecimentos na escolinha de jardim de infância na qual ela dava aulas.
– ...E vocês acreditam que aquela mãe veio tirar satisfação comigo? Por que o filho dela tropeçou enquanto brincava e ralou o joelho no recreio? Nem era eu quem estava lá para olhar eles. Ah, ela me falou tantas coisas, mas quieta eu não fiquei também. – ela narrava, com satisfação na voz durante o final.
– Eu imagino que não mesmo. – meu pai disse, levantando seus olhos de seu prato para ela. Os dois sorriram cúmplices.
Eu também conseguia ver como minha mãe não ficaria calada diante de alguém a afrontando. Renée era a melhor pessoa do mundo, mas podia ser firme e direta quando precisava. Eu admirava isso nela; sinceramente não sabia o que faria se estivesse em seu lugar, fugia de confrontos como o diabo da cruz. Mais do que isso, tinha as minhas dúvidas sobre se conseguiria me expor daquela forma, superar a minha vergonha e me impor perante um estranho.
– Bells, como está Alice? Faz tempo que não a vemos. – meu pai falou, mencionando minha melhor amiga e me trazendo de volta a mesa de jantar.
– Ah, Lice está bem. Conversei com ela hoje, ela prometeu vir para visita em breve. – respondi.
Quando o jantar terminou, eu fui me preparar para dormir. Deitada na minha cama com os olhos fechados, os pensamentos de mais cedo na mesa com meus pais voltaram. Eu admirava o modo de ser da minha mãe e até o invejava, parecia tão fácil para ela. Até meu pai que era mais fechado e na dele não tinha a dificuldade que eu tinha em se apresentar para o mundo ao seu redor.
No fim das contas, era a minha realidade. Eu fugia daquilo com o qual não podia lidar e no que dizia respeito a minha vergonha sempre funcionou. Sempre tinha sido assim; não era por nenhum trauma passado, nenhuma experiência ruim, apenas como eu era.
O que eu jamais poderia imaginar era que o dia seguinte guardava uma surpresa que abalaria toda essa realidade.
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