Um pequeno problema escrita por Celso Innocente


Capítulo 13
Criança vive como criança.




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Quando George levantou-se pela manhã, encontrou sua mãe na cozinha preparando o café para todos. Ele, talvez desempenhando o papel de homem da casa, embora fosse assim o tal homem ausente, sabia que os dois precisariam esclarecer os pormenores daquela mudança drástica.

            — E aí mãe, o que vai ser agora?

            — Sobre?

            — Aquele menininho que está dormindo lá em meu quarto e o homem que deveria estar dormindo lá em sua cama.

            — Vai ficar assim até quando as coisas voltarem ao normal.

            — Será que vai voltar? — Duvidou o rapaz.

            — Se aconteceu assim, terá que desacontecer! Sei que essa palavra nem existe, porque nada desacontece.

            — Claro que não! O impossível pode até acontecer uma vez, duas… jamais!

            — Eu também estou perplexa. Não sei o que fazer! Pensa que também não estou sentindo falta de meu marido dormindo ao meu lado!

            — Esse garotinho que apareceu aí, parece tudo uma maravilha… um conto de fadas… — concordou George. — A Maysa está adorando! Arranjou um amiguinho para brincar. Eu acho a coisa mais linda! A senhora perdeu um marido e arranjou um novo nenê pra cuidar. Tudo parece divino, mas… E as contas? Vão chegar! Eu posso até ajudar! Só que não venceremos!

            — Não se preocupe com as contas — tentou tranquilizá-lo Luciana. — Por enquanto está tudo sob controle.

            — Como assim?

            — Seu pai é aposentado. Seu salário é depositado mensalmente em uma conta bancária, ao qual eu tenho acesso por ser em conjunto. O problema é que anualmente o banco exige que se faça uma prova de vida. Parece fácil, seu pai está vivo e vai ao banco assinar o documento e registrar a senha. O que não vai ser fácil será convencer o agente bancário de que um menino de nove anos de idade seja aposentado.

            — E aí? — Insistiu George.

            — Temos tempo. Espero que até lá as coisas se resolvam.

            — E a escola dele? Ele é uma criança. Precisa ir pra escola.

            — Vou aguardar mais alguns dias. Se a gente não acordar e descobrir que seja apenas um longo sonho, vou em busca da escola.

            — Não é um sonho, mãe! O tempo de despertar já passou. Ele é só uma criança! Não é um adulto que voltou! A inteligência dele é de uma criança. Precisa ir pra escola. Acho que terá que ser matriculado no primeiro ano, pois a escola não o aceitará na terceira.

            — Quanto a isso eu não me importaria — alegou a mulher. — O complicado será a falta de documento.

            — Acho que a senhora terá que ir a um cartório, ou no juiz e alegar que ele nunca teve documentos e fazer novos.

            — Parece simples — riu ela. — Se você fosse o juiz e aparecesse em sua frente uma mulher arrastando uma criança crescida e dizendo “vim trazer meu filho pra registrar”, o que você faria?

            — É! — Concordou ele. — Complicado. Acho que a senhora terá que convencê-lo da verdade. Vai ter que contar a verdade.

            — De novo — insistiu ela. — Se você fosse o juiz, você acreditaria?

            — Eu nem sou o juiz e já não acredito! Pra mim ainda é fantasia.

©©©©

            Tarde de domingo, Maysa estava brincando sozinha, andando até que com boa experiência em seu skate, na larga calçada lateral de sua casa. Regis saiu na porta e admirado perguntou:

            — É um carrinho de rolimãs?

            — Não, bobo! Não tá vendo que é um skate?

            Ele se aproximou pedindo:

            — Posso andar?

            — Já andou num desses?

            — Muito! Mas era com rodas de rolimãs e era maior.

            A menina lhe entregou o brinquedo e ele sentando-se sobre tal, desceu até que graciosamente pela rampa do terreno cimentado, conseguindo fazer inclusive a curva aos fundos. Quando retornou com a prancha nas mãos ela protestou:

            — Não é assim que anda! Tem que ser de pé!

            — Eu não, owh! Aí eu caio!

            — Não sabe andar de bicicleta?

            — Claro que sei!

            — No skate é a mesma coisa! Deixe eu lhe mostrar.

            Ele lhe entregou tal brinquedo, ela desceu graciosamente de pé pela rampa, depois, retornando pediu a ele:

            — Pode ir. Agora é a sua vez!

            — De pé eu tenho medo! Só sei andar se for sentado. Sempre ando com meus amigos, sentado.

            — Aquele que você anda é outro! Espere!

            Entregou o skate ao menino e correu para seu quarto, enquanto ele, vendo que estava só, tornou a descer a rampa sentado sobre o mesmo.

            A menina voltou em poucos segundos com todos os apetrechos de segurança e entregou a ele dizendo:

            — Use isto, que se você cair não machuca tanto!

            — Não machuca? — Desconfiou ele.

            —É! Mais ou menos! — Gesticulou. — Pelo menos não rala os joelhos e nem os cotovelos.

            Ajudou-o a colocar as proteções nos cotovelos, nos joelhos e o capacete (ele já estava de tênis), depois insistiu:

            — Agora pode andar de pé.

            Ele tentou, mas devido nunca sequer ter visto coisa semelhante, não estava conseguindo.

            A menina ajudou-o segurando em sua cintura e depois, ele mesmo preferiu segurar nas paredes. Mesmo assim, estava duro igual uma estátua sobre tal prancha perigosa, para quem é leigo.

            — Tem que acompanhar o sentido do terreno — orientou-o a menina. — Você não sabe rebolar não?

            — Sai de mim! Não sou viado!

            — Quem rebola não é viado! — Protestou Maysa. — Trata de mexer essa bundinha magra pra acompanhar o sentido do terreno.

            Depois de algum tempo ele desistiu, convidando a menina:

            — Acho melhor irmos andar de bicicleta.

            — Está bem! — Concordou ela.

            O menino, mesmo com os equipamentos de proteção para skate, correu a apanhar uma das bicicletas, optando pela de tamanho pequeno. A menina que o acompanhara, desistiu da brincadeira:

            — Não quero andar!

            — Não quer por quê? É legal!

            — Eu não quero! Ande você!

            — Vamos apostar corrida na rua!

            — Não consigo andar na grande! — Negou ela.

            — Tudo bem então! Pegue esta — entregou a bicicleta menor para a menina. — Eu ando na grande.

            — Você consegue?

            — Claro! — Exclamou ele apanhando no quartinho de ferramentas a bicicleta maior. — A do meu pai é mais maior e eu ando nela, por cima!

            — Mais maior? — Riu a menina do jeito do pequeno falar errado.

            — Sei lá! — Protestou ele dando com os ombros. — Mas eu ando! Minha irmã aprendeu primeiro que eu! Aí eu fiquei com vergonha porque ela é menor e aprendi no mesmo dia. Só que minhas pernas não alcançam direito.

            E assim, os dois seguiram para a rua, na qual passaram a se divertir bastante, com aqueles veículos com tração a pequenos músculos de tais pernas curtas, apostando realmente pequenas corridas, rindo e gritando bastante das trapalhadas que eles mesmos provocavam.

            — Você disse que não sabe rebolar — observou a menina. — Pra você andar nessa bicicleta você rebola mais do que… o Michael Jackson.

            — Quem? — Não sabia ele, continuando a pedalar.

            De fato, devido suas pernas curtas, para poder alcançar os pedais, precisava fazer um gingado com o corpo sobre o quadro da tal bicicleta grande, não conseguindo inclusive sentar-se sobre tal cilinho e correndo até o risco de machucar sua virilha no cano superior.

            Depois de pedalarem bastante, com diversas voltas em trecho de pouco mais de duzentos metros, suados, pararam diante do portão de entrada da casa.

            Regis, que durante todo o tempo observara algo estranho (para ele), admirado perguntou à menina:

            — Aqui no seu tempo não existe crianças?

            — O quê!? — não entendeu ela.

            — Crianças! Neste seu mundo não tem crianças?

            — Claro que tem, Regis! É o que mais tem!

            — Cadê elas? — achou estranho o menino. — Não vejo nenhuma.

            — Estão em suas casas! Onde deveriam estar?

            — Por que não estão na rua?

            — Que pergunta boba! — estranhou Maysa. — Não pode ficar na rua. Ficam dentro de casa.

            — Por que não pode ficar na rua?

            — Sei lá! — Deu de ombros a menina. — Não pode.

Com isso o fim de semana passou rápido demais e George teria que partir. Seus deveres e responsabilidades de adulto os obrigavam.

            Já estava pronto: Botas, jaqueta de couro, capacete, mochila nas costas e empurrando a moto pela saída lateral da residência, chegando até à rua, onde as crianças pararam suas aventuras com as bicicletas.

O menino, que só conhecera tamanho veículo de duas rodas naquele final de semana, estava encantado.

            — Muito bonita sua lambreta — alegou o pequeno.

            — Isso não é lambreta, moleque! — Protestou o rapaz. — É uma potente motocicleta de quatrocentos e cinquenta cilindradas.

            O menino só franziu toda a cara.

            — Você nunca viu uma dessas, não é?

            Ele balançou os ombros.

            — Quer dar uma voltinha?

            — Jura?! — Animou-se o pequeno, abandonando a bicicleta.

            — Busque o capacete na casinha.

            — Já estou com capacete!

            — Este não vale!

            O pequeno voltou-se correndo até a sala da casa menor, encontrou um capacete pequeno, trocou-o com o que usava até então e voltou correndo, sendo ajudado pelo jovem em subir na alta garupa de tal veículo motorizado.

            A volta foi de apenas mil metros, indo e voltando até a travessia da rodovia em menos de um minuto, fazendo o menino, apesar de, por medo grudar-se forte na cintura do rapaz, que exibia sua experiência ou irresponsabilidade de adolescente, fazendo-o sentir-se como um pássaro cortando o vento, livre para voar.

            É claro que George se viu obrigado a fazer a mesma ação com a irmã ciumenta. Ou nem tanto. Com a irmã que também é criança e sente necessidade em se divertir.

            Depois de tal carinho em forma de aventura era hora de ir.

            Já que a mãe, devido à demora, teria voltado para a casa, George precisou entrar para se despedir, encontrando-a na pia da cozinha. Beijou-a e lhe disse tchau. Virou-se para o menino que o acompanhara para tomar água, já que estava todo suado.

            — Quer ir comigo passar uma semana em minha casa? — Convidou-o George.

            — Não, obrigado!

            — Por que não? Você vai gostar!

            — Não gosto de ficar sozinho! — Negou o pequeno.

            — Eu arranjo umas… gatinhas pra ficar lá com você!

            O menino só riu.

            Luciana esfregando uma faca à outra, fingindo amolá-la ameaçou:

            — E eu corto umas coisinhas pequeninas de alguém, se resolver me trair com outras.

            — É ele quem tá falando, óh! Não sou eu! — Protestou assustado.

            — Não se preocupe que ela não vai ver! — Confortou-o George, com sorriso sarcástico.

            — Eu vou ficar aqui! Por que você tem que morar em outra cidade?

            — Trabalho, meu querido papaizinho! Meu tempo de criança… dá saudades, mas já passou!

            — Por que aqui em seu mundo as crianças não ficam na rua?

            — Porque o lugar de criancinhas bobinhas é dentro de casa — interferiu Luciana. — Debaixo da saia da mãe.

            — Por que as pessoas pensam que crianças são bobinhas? — protestou o menino.

            — Por que as pessoas grandes já foram crianças um dia — insistiu Luciana.

            — Se elas eram bobinhas, não são todas que são — foi incisivo, o pequeno. — Eu não sou!

            — E por que você tá perguntando de as crianças não ficarem na rua? — interferiu George.

            — Porque eu nunca vejo crianças na rua, brincando. Cadê elas?

            — Estão dentro de casa.

            — Por quê? — balançou os ombros, como a não entender.

— Já não chega de tantos por quês?

O menino balançou os ombros e insistiu:

— Estão de castigo?

            — Não! — negou Luciana. — O que estariam fazendo na rua?

            — Brincando, ué! Crianças brincam!

            — Elas ficam dentro de casa, Regis — continuou Luciana. — Assistindo televisão, jogando videogame, usando computador… ou celular.

            — Legal! — mas Regis ficara triste. — Em meu mundo estas coisas legais não existem.

            — Engano seu, papaizito — compreendeu George, sabendo que no passado as crianças se divertiam muito nas ruas, correndo em algazarras saudáveis por diversas quadras quase sem construção. — Suas brincadeiras de seu tempo, com certeza são bem mais divertidas do que as que temos aqui no meu.

            — Não são! Jogar videogame é legal!

            — Pode até ser — concordou o rapaz. — Mas acredite, namoro no escuro é muiiiito melhor! Quando eu fui criança, que não faz tato tempo assim, acho que fui da última geração de crianças que eram felizes e nem sabiam. Eu brincava muito na rua, principalmente com meus primos Alex, Aline e seus amigos. Só voltava pra dentro de casa, quando minha mãe ou você grandão, ameaçava algumas cintadas.

            — Eu não daria cintadas em ninguém! — protestou Regis. — Quando eu tiver filhos nunca baterei neles. Meu pai nunca bateu em nós!

            — E a vovó?

            — Sim! Milhões de vezes!

            — De varinha verde?

©©©©

            Sabendo que o menino realmente precisaria voltar à escola, Luciana procurou à delegacia de ensino da cidade, gastou horas tentando convencer a todos de sua história, sem, contudo, conseguir de fato. Conseguindo, no entanto, uma vaga provisória para que ele frequentasse o segundo ano primário (a direção escolar exigia que fosse no primeiro ano, mas convencidos por Luciana que ele se sentiria rejeitado em tal retrocesso, concordaram em mantê-lo no segundo), na mesma escola da filha Maysa, já que lá seria mais viável, pois além de aproveitar o mesmo tempo de transporte, o menino estaria perto da “irmã”, que, embora em sala diferente, o apoiaria em tal mundo diferente do seu.

            Na verdade, ele não deveria estranhar quase nada, pois, apesar da escola ser outra, em tempo também diferente, o método de aprendizagem não teria mudado praticamente nada, com exceção de duas reformas ortográficas ocorridas neste período, uma delas em 1971 e outra mais recente no final do ano de 2008, imitando a antiga e primeira reforma ocorrida em 1943. Mas para Regis isto não atrapalharia em nada em seu aprendizado de segundo ano no ensino fundamental, pois os professores continuam fazendo uso de giz branco e quadro negro para passarem as atividades diárias. Os estudos continuam sendo feitos em livros impressos e os cadernos em brochura, quase no mesmo formato da época em que ele saiu {antes se usava cadernos tamanho A.5 (pequeno), atualmente se usa A.4 (grande)}.

            As principais diferenças estariam a partir da criação moderna de aulas de informática, que o menino com certeza iria se adaptar rapidamente; a exclusão de aulas de religião, que ele não iria estranhar, pois em sua época sentia até uma pontinha de inveja das crianças de outras crenças, que eram dispensadas de tal obrigação; a inclusão da merenda escolar, que ele acostumado a uma vida difícil de escassez iria adorar, já que em sua época quem quisesse teria que levar o lanche de casa, ou então o dinheiro para comprar do senhor Romualdo, que mantinha sua cesta apetitosa pendurada no alambrado que separava a escola da rua, para os felizardos que podiam abusar desta sorte privilegiada.

Ele sempre levava embrulhadinho nos fundos de sua bolsa de couro marrom, com laterais em madeira de ripas (fabricada por seu próprio pai), um abusado pedaço de pão caseiro, lambrecado pela deliciosa manteiga original em lata, que daria até para pensarmos assim: “será que ele era mesmo pobre”?

            Bem: Apesar de que seria por um tempo provisório, agora ele estaria de volta à sala de aulas, já que a própria delegada de ensino concordava, que por determinação do governo federal, nenhuma criança com idade entre sete e quatorze anos de idade, não pode sofrer restrição quanto ao seu direito de estudar. Está na constituição. Está dentro do estatuto que rege os direitos da criança e do adolescente.

            Só que a própria delegada exigiu: Luciana teria que procurar um juizado da infância, para regularizar a situação de uma criança que oficialmente para a lei, não existe.

            Apesar de a mãe protestar, mostrando que o menino estava diante de ambos e que era de carne e osso, a delegada insistia que, se não existe um registro civil real (já que o dele com a errônea data do ano um mil novecentos e cinquenta e oito não valia), o menino também não existe.

            Mesmo assim, Luciana tomara ciência depois, que a delegada de ensino mandou investigar e encontrou no arquivo morto da “Escola Estadual de Primeiro Grau Marcos Trench”, a matrícula de uma criança por nome “Regis Alexander dos Santos”, que se dera em Agosto de um mil novecentos e sessenta e seis e a transferência do mesmo, três anos depois para a “Escola Municipal de Primeiro Grau Casa da Amizade”, onde ele permanecera matriculado até o final de um mil novecentos e setenta, com todo histórico escolar registrado.

            Em casa, Luciana conversando com as duas crianças, alegou:

            — Sinto muito, mas você tem que voltar pra escola.

            — Não tem problemas — concordou ele. — Eu vou gostar de ir na escola da Maysa.

            — Mas não será na mesma sala.

            — Eu sei! Estou no segundo ano.

            — Você está atrasado! — Caçoou a menina.

            — E daí? — Deu de ombros ele. — Entrei um ano atrasado na primeira.

            — Só que eu quero pedir uma coisa pra vocês dois — alegou a mulher. — Eu não quero que vocês falem pra ninguém… ninguém mesmo! Nem para os coleguinhas, nem para os inspetores e nem para os demais professores, a sua origem. Regis, estamos entendidos?

            — Por que eu falaria? — Questionou a menina.

            — É! — Concordou o menino. — Eu também não quero falar!

            — É que às vezes conversando, o assunto aparece. Nunca conte a ninguém, para que você não venha sofrer retaliações.

            — O que é… retaliações? — Não entendeu o pequeno.

            — Que as outras crianças não venham caçoar de você! Fazer bullying.

            — Credo! — Fez careta o menino. — O que é isso?

            — Brincadeiras maldosas com você.

            — Por que elas fariam maldades, mamãe? — Questionou a menina. — Por que caçoariam de Regis?

            — Eu não sei! Às vezes seja até ao contrário! Às vezes se vierem saber, Regis se torne até popular entre eles. Em todo caso, ninguém precisa ser popular e vamos evitar.

            Sendo assim, apesar do coraçãozinho ansioso pela nova escola, ele estava até feliz, em uniforme novo (bermuda azul marinho com listras brancas, camiseta branca com a logomarca da prefeitura municipal e palavras como “Educação Infantil”, além de um par de tênis azul escuro) que Luciana já teria pego com antecedência.


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