Pouco Além 2 - Harry Potter: The New Marauders escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 10
O time dos sonhos




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                        Ao contrário da aula de Transfiguração, o professor Harry já estava presente quando os alunos entraram na sala. Ele vigiava uma gaiola grande e retangular, coberta com um pano, e se virou quando viu os alunos entrando.

— Bom dia, classe – disse ele. – Sou Harry Potter, professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Neste ano estudaremos algumas criaturas das trevas interessantes e como devemos nos defender delas.

                        Os alunos foram se sentando e suas atenções foram se voltando para a gaiola sobre a escrivaninha de Harry.

— Hoje vamos à nossa primeira criatura – continuou Harry. – Conheçam o lagarto draconiano.

                        Com a varinha ele acenou para afastar o pano. A gaiola continha um lagarto verde e escamoso, grande, gordo, fedorento e mal-encarado.

— Uma criatura dócil quando não é perturbada – prosseguiu Harry -, mas que pode afastar invasores com seu... Por falta de uma palavra melhor, “bafo”.

                        Alguns alunos riram, mas a maioria mirava atentamente o lagarto.

— Eu não acharia graça – avisou Harry. – Então, quem seria capaz de noz dizer como poderíamos evitar o “bafo” do nosso amiguinho?

— Ficando bem longe dele? – arriscou Godrico Amós.

                        Agora ninguém segurou o riso. Até Harry forçou uma risada.

— Uma sugestão boa, Godrico. Mas há maneiras mais eficazes de repelir o bicho. Alguém poderia citar, por exemplo, o que deveríamos fazer para distrair o lagarto? Fazer com que ele desviasse a atenção de nós?

— Alimentá-lo – disse Emília Bones. – Isso o faria desviar a atenção da gente.

— É verdade – confirmou Harry. – Por isso é preciso saber o que o lagarto gosta de comer. Vou lhes dizer de antemão que eles adoram carne de animal. A tarefa que vou lhes passar é pesquisar os tipos de carne preferidos pelos lagartos draconianos.

                        Após algumas anotações e perguntas, a aula terminou.  Eles seguiram para a aula de Estudo dos Trouxas. O professor era um bruxo australiano, chamado Fabian Grella. O prof. Grella era bastante animado; havia morado com os trouxas e contava histórias que presenciou nessa época, de onde tirava perguntas sobre como os trouxas resolviam seus problemas sem magia. Mas apenas Thiago, Betinho, Augusto Snape e Marília Mustel vinham de famílias trouxas ou mestiças, e sabiam responder ao professor com precisão.

                        Os alunos foram almoçar no Salão. No intervalo das aulas, na sala comunal, os alunos da Grifinória viram no quadro de avisos que os alunos de 1º ano teriam sua primeira aula de voo com os demais novatos.

                        O instrutor de voo era Rony Weasley. 20 alunos ficaram à direita do professor e 20, à esquerda.

— Um impulso na vassoura, pessoal – disse o professor quando todos conseguiram erguer as vassouras de treino. – Agora, fiquem um tempo no ar.

                        Alguns alunos flutuavam a alguns centímetros, mas Matt e Guga subiram um pouco mais altos. Thiago e Betinho os acompanharam. Logo, o céu estava dividido entre os alunos habilidosos com a vassoura e os inexperientes.

— Ei, galera, cuidado! – exclamou Rony, mas não havia com o que se preocupar. Os dois Weasley e os Felton desceram, acompanhados dos demais alunos, ao som do apito do professor. – Fantástico! A quem se interessar, procurem por mim na sala dos professores, onde podem se inscrever para os testes dos times de quadribol das Casas.

...

...

                        A essa altura, os alunos novos já faziam de Hogwarts seu lar. Mas também já haviam tomado conhecimento uns dos outros, sabendo que era amigo e quem não era.

                        Matt e Guga tinham um pequeníssimo tratamento VIP nas aulas de Transfiguração e Defesa Contra as Artes das Trevas, mas isso não impedia Hermione ou Harry de lhes passarem um pouco mais de dever de casa, porque os dois passavam muito tempo bolando brincadeiras. Thiago e Betinho eram bastante humildes, mesmo sendo filhos de um auror conhecido. Pedro Malcolm era mais reservado em relação aos colegas de quarto. Era de uma família humilde da Irlanda do Norte. Rina Lupin, Maílla Higgs, Isabella Bell e Diandra Fletcher não eram muito ricas nem muito pobres, e desde o incidente com os sonserinos, eram bem amigáveis com os garotos da Grifinória. O irmão de Rina, Ted Lupin, era um dos “homens de confiança” do Auror Chefe Matt Stick. O pai de Maílla, Berto Higgs, era o atual chefe do Departamento de Cooperação Internacional de Magia. O pai de Isabella era irmão de Cátia Bell, ex-jogadora de quadribol da Grifinória. Já Diandra tinha pai escocês e mãe estoniana, e o gosto por história bruxa os havia aproximado. Marília Mustel era a única exceção desse grupo: sua família era inteiramente trouxa e pobre.

                        A Lufa-Lufa era a única casa onde os alunos se davam inteiramente bem com os alunos da Grifinória. Godrico Amós e Thomas Rhaséc haviam formado um grupo com Matt e Guga durante uma aula de Herbologia, e tinham se tornado amigos. Thiago e Betinho tinham trabalhado com Nigel Wander e Diogo Mounth. Godrico tinha ascendência portuguesa, e seu pai trabalhava no Departamento de Execução das Leis da Magia. Thomas era natural da República Tcheca, e seus pais eram bruxos comerciantes. Nigel era filho de Plank Wander, especialista em história mágica dos Estados Unidos. Os pais de Diogo eram confeiteiros mágicos. Victor Marley tinha origens jamaicanas, e seu pai era músico na banda “As Esquisitonas”. Letícia Davies era neta de italianos e filha de Roger Davies, jogador de quadribol. Inácia McMillan era filha de Ernesto McMillan. Juliana Smith era filha de Zacarias Smith. Diana Abbott era sobrinha de Ana e Neville Longbottom. Emília Bones era filha de Jeff, irmão de Susana Bones.

                        Os alunos da Corvinal eram, em sua maioria, filhos de bruxos que haviam feito fortuna no mundo trouxa e até mesmo no mundo bruxo. Leo era filho de Miguel Corner. Chiara Cecchi era filha de italianos. Fernanda era filha de Terêncio Boot. Amanda era filha de Don Fawcett. Karol e Kevynne Jones eram filhos de americanos. Júlia Fudge era filha do ex-ministro Cornélio Fudge. Estes por vezes menosprezavam os alunos das outras casas, principalmente os da Grifinória e da Lufa-Lufa, fazendo referência a detalhes como tamanho das orelhas, estado de conservação das roupas e penteados. Também procuravam ser vistos como alunos exemplares; mas nem todos conseguiam se sair bem nos deveres. As exceções eram Luke Goldstein e Nelson Longbottom. Nelson era humilde como o pai Neville. Luke era fanático por jogos como xadrez de bruxos e snap explosivo, e era o melhor amigo de Nelson. Ambos gostavam dos Weasley e dos Felton. O pai de Luke era Antonio Goldstein. Paulo Martyn costumava andar com Nelson e Luke, mas era deveras tímido. Seus pais eram oriundos do Panamá.

                        Os alunos da Sonserina estavam praticamente na mesma escala dos da Corvinal. Mas com algumas diferenças. Fidel Malfoy andava para cima e para baixo seguido por Mark Crabbe e Julius Goyle. Tainá Bletchley (filha de Milo Bletchley, jogador de quadribol) geralmente acompanhava Malfoy. Laura Creevey (filha de Denis Creevey) era um meio-termo: por vezes estava com Malfoy e Tainá, outras estava com as demais garotas da Sonserina, que, apesar das diferenças, eram bastante amigas. Mariana Nott era filha de Teodoro Nott, e neta de um Comensal da Morte. O pai de Luciana Avery também fora um Comensal. Ambos já haviam morrido. Luana Pucey era filha de Adrian Pucey, jogador de quadribol. As três eram as únicas que eram amistosas com os alunos de outras casas e com Rubi MacDonald e Augusto Snape. Os dois amigos viviam afastados do restante da turma. Rubi era difamado devido à cor vermelha de sua íris, e Snape nunca conseguia deixar seu cabelo totalmente limpo. Apesar disso, costumavam dar dicas aos alunos da Grifinória na aula de Poções, onde se saíam bem. Silenciosamente, desafiavam Malfoy a criticá-los, e o louro chamava a amizade de Rubi e Snape com os Weasley de “traição”.

                        Com todas essas divergências, porém, os Weasley e os Felton conseguiam se divertir. Queriam bolar uma brincadeira impactante para toda a escola. Mas ainda esperavam por uma chance.

                        O caso é que Matt e Guga foram procurar Rony na sala dos professores após as aulas de sexta-feira. Ele aconselhou-os a procurar James Potter no dia seguinte no campo, onde seriam realizados os testes para o time de quadribol da Grifinória.

                        Os Weasley acordaram cedo, tomaram o café, e às 09h pegaram suas vassouras Nimbus 2001 e seguiram para o campo. No caminho, encontraram Thiago e Betinho Felton.

— E aí – saudou Guga. – Vão tentar a sorte?

— É, é o jeito – disse Thiago. – Vassouras legais.

— Maneiro! – disse Betinho. – O modelo da vassoura é radical!

— Valeu – disse Matt. – As suas também estão demais.

                        Thiago e Betinho mostraram suas Cleansweep 20.

— Obrigado – disse Thiago. – O suficiente para ultrapassar a velocidade do som, eu acho.

                        Os outros três riram e seguiram para o campo.

— Em qual posição pretendem jogar? – perguntou Guga.

— Goleirão! – exclamou Betinho. – Não vou deixar uma única goles passar.

— Quero ver defender um arremesso meu – desafiou Matt. – Serei o artilheiro.

— E eu vou fazer umas rebatidas – disse Thiago. – Vou me tornar o melhor batedor que Hogwarts já viu.

— Depois de mim, garotão – avisou Guga.

— Ah! Mal comecei e já tenho um concorrente.

— Somos da mesma casa, bobão. Não seremos concorrentes.

— Você fala como se já fossemos do time.

— Estou com um pressentimento – garantiu Guga.

                        Os quatro chegaram ao campo. Havia vários alunos da Grifinória, todos com vassouras e vestes de treino. Os garotos gelaram; Rony não mencionara quantas pessoas tinham se inscrito para os testes.

                        A surpresa maior, no entanto, foi ver alguns rostos conhecidos no campo. Rina Lupin conversava com Isabella Bell e Pedro Malcolm, quanto de repente notou a chegada dos Felton e dos Weasley.

— Que legal! Tudo combinado, então? – exclamou Rina. – Seu primo é o capitão, não é? Vai dar a vocês um lugar no time na hora?

— Vai sonhando! – disse Matt. – O James gosta de se exibir. Vai nos torturar.

— Vão tentar qual posição? – perguntou Thiago.

— Artilheiros – disse Pedro. – Nós três. Coincidência.

— Muito interessante – comentou Matt. – Eu também vou ir no teste de artilheiro. Guga e Thiago irão para o de batedores.

— E eu para goleiro – completou Betinho.

— Atenção, pessoal! – bradou James Potter para o restante dos alunos. Ele era o único que utilizava o uniforme vermelho da Grifinória e tinha um distintivo de capitão no peito. – Vamos nos dividir. O grupo para goleiros do meu lado direito, por último. Batedores à frente, irão voar depois dos artilheiros.

                        Matt, Pedro, Rina e Isabella posicionaram-se atrás das balizas. James voou até o centro do campo, e soou um apito.

— Meus colegas goleiros da Lufa-Lufa e da Corvinal tiveram a bondade de servir de voluntários para os artilheiros – disse ele, e dois goleiros, um de uniforme azul e outro de amarelo voaram para as duas extremidades do campo. – Os candidatos a artilheiros terão que disputar a posse da goles e marcar o gol. Temos três vagas para artilheiro esse ano, portanto serão três grupos, e um vencedor para cada grupo. Todos aos seus postos!

                        Por sorte, Rina ficou no primeiro grupo. Um artilheiro gordão do 3º ano escapava de todo mundo, até que Rina voou por baixo dele e roubou-lhe a goles. Ela disparou para o gol defendido pelo goleiro da Corvinal, arremessou a goles... E marcou o ponto.

                        Matt ficou no segundo grupo. Quando James lançou a goles ao alto, vários artilheiros bateram a cabeça e Matt se aproveitou, voando no meio do embolado e se apropriando da goles. O jovem Weasley voou em ziguezague até se aproximar da meta defendida pelo goleiro da Lufa-Lufa. Arremessou... E marcou o ponto.

                        No terceiro grupo, ficaram Pedro e Isabella. Foi o grupo mais disputado. A goles ia de um lado para o outro. Pedro se apoderou da goles e já ia se aproximando da baliza, quando colidiu com outros dois artilheiros, e a bola vermelha escorregou de sua mão. Isabella a apanhou e voou alto para se distanciar dos artilheiros que a perseguiam e arremessou... E “furou” o goleiro da Lufa-Lufa, marcando o ponto.

— Fantástico! – bradou James aos novos artilheiros. – Brilhante, Matt – acrescentou baixinho ao primo quando Rina e Bella se afastaram.

                        Matt aterrissou e alcançou Bella enquanto James chamava os outros artilheiros.

— Ei – disse ele. – Você voou muito bem.

— Tive sorte.

— Todos tivemos, então – retrucou Matt e os dois foram com Rina beber água.

                        James separava os batedores dos dois lados do campo. Havia duas vagas para batedor. É, o time do ano anterior tinha se desfeito quase por completo: James era o único remanescente. Os demais tinham saído da escola ou tinham se contundido. Os goleiros das outras Casas tinham que atravessar o campo, e os batedores deviam desviar os balaços para eles, para derrubá-los das vassouras. Detalhe para quem se preocupa com a altura: eles iam voar a apenas seis metros do chão.

                        Os candidatos receberam cada qual um bastão. Se me lembro bem, havia uns trinta candidatos a batedores que tentaram derrubar os jogadores.

                        Mas só dois conseguiram derrubar os goleiros.

                        Ponto para quem disse: Thiago e Guga.

— Cara! – exclamou Guga quando ele e Thiago desceram para falar com Matt. – Não achei que fosse possível derrubar aquele cara da Lufa-Lufa. Ele deve ter uns 70 quilos e só está no 4º ano.

— Geniais, vocês dois – disse Matt. – Gostaram do meu voo?

— Incrível – disse Thiago. – A Rina também se saiu bem.

— Com uma vassoura dessas aqui, querido... – disse Rina. – Quem não conseguiria?

                        Ela mostrou a vassoura. Os queixos de Guga, Matt e Thiago caíram.

                        Uma Firebolt.

                        As Nimbus e as Cleansweep presentes pareceram murchar.

— Fascinante – murmurou Thiago. – Explica, hã, muita coisa.

                        Matt e Guga procuraram Pedro com o olhar para ver o que ele achava da vassoura de Rina, mas o garoto já havia saído desolado do campo, arrastando a vassoura.

                        Só restava o teste de goleiros. Simples: os três novos artilheiros iriam testar os cinco candidatos, arremessando a goles cinco vezes.

                        Beto Felton acabou ficando por último. O segundo candidato segurou três penalidades. O quarto agarrou três. O irmão Felton mais moço respirou fundo e dirigiu-se às balizas.

                        E agarrou cinco arremessos.

                        Thiago deixou a pose de irmão sério para trás abraçou, vibrando, o irmão quando este desceu da vassoura.

                        James desceu para falar com seu novo time.

— Estou pasmo, sinceramente – disse. – Acho que é a primeira vez aqui na escola desde que os novatos ganharam permissão para se inscrever no time. Sabe, estou falando... De o time inteiro ser preenchido por novatos, exceto o capitão.

                        Thiago, Betinho, Guga, Matt, Bella e Rina sorriram para o colega.

— OK, pessoal. Agora, não devem relaxar. Os treinos serão marcados no quadro de avisos. Se precisar eu aviso ao Matt e Guga primeiro para que eles avisem o resto do time. Até depois!


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