Tony acordou e procurou por ela que já não estava mais na cama.

Notou que a porta francesa que dava para o terraço estava aberta. Ele foi até lá procurar e encontrou Pepper sentada observando o mar. Estava tão distraída que se assustou quando ele começou a falar.

− Aqui estamos nós de novo, os dois com o coração partido e sem saber o que dizer. Tão loucos de amor…

− Parece que vivemos em looping, Tony. Todos os caminhos me trazem de volta para você.

− No fundo, sabíamos que voltaríamos a acertar as coisas.

Ela não conseguia responder e ele continuou.                    

− Nós só começamos, Pep. Não posso viver sem você. - Tony se aproximou e disse: - Me deixa ficar com você.

− Como? Se já tivemos tantas brigas e recomeços e ainda assim não conseguimos acertar.

− Amo você, Pep e depois de tudo que passamos. Acho que era para ser para sempre você e eu.

− Não somos mais só nós dois, Tony. Era muito mais fácil quando éramos só os dois.

− Quero que você fique comigo.

Ele se aproximou dela que se levantou e foi em direção a ele.

− Também quero ficar com você.

Os dois se beijaram, foi um beijo de reencontro, carregado de sentimentos e saudade.

Tony sentou na cadeira e Pepper ao seu lado com a cabeça encostada em seu peito. Os dois ficaram admirando a belíssima paisagem na madrugada.

Algum tempo depois Pepper quebrou o silêncio.

− Tony, não tenho forças para passar por tudo isso novamente. Morgan e eu estávamos devastadas.

− Acabou, Pepper! A última coisa que quero é machucar vocês.

− Você promete?

− Prometo! Só quero ter uma vida normal e criar nossa filha em paz ao seu lado.

− É tão maravilhoso estar ao seu lado novamente. Eu pensei que…

− Você pensou?

− Que… eu, quer dizer nós jamais estaríamos juntos novamente.

− Eu também. Durante o coma sonhava com vocês. Em um dos sonhos cheguei até pedir a Maguna para te entregar o colar que estava no cofre da garagem.

Pepper ficou surpresa ao lembra do que ocorreu no dia em que a pequena lhe entregou o colar.

Tony percebeu que havia algo de errado e perguntou:

− O que houve?

− Lembrei de um dia em que Morgan e eu estávamos no quintal e enquanto fui buscar água ela sumiu. Procurei por todos os cantos, já estava pensando o pior, resolvi ligar para o Rhodes e quando me dei conta ele, Happy, May e Peter já estavam no quintal procurando por ela. Estávamos quase chamando a polícia, quando Peter achou ela dormindo na garagem.

Tony passou a mão no cabelo, um gesto que sempre fazia quando estava nervoso.

− Meu Deus! Pep.

− Quase morri de tanta preocupação. Quando ela voltou com o Peter, perguntamos o que ela foi fazer lá. Ela disse que sonhou com você, lembro até hoje das palavras dela.

“— O papai ensinou-me no sonho a abrir a garagem com os números e o cofre também. Ele disse que eu precisava te dar o colar, senão você não ia acreditar.

— O papai não pode viver sem eu e você, mamãe. Ele faz o que sabe fazer consertar coisas.

— Ele disse que precisa proteger a única coisa sem a qual não pode viver, você. Ele vai voltar, mamãe.”

− Isso foi algumas semanas antes de você acordar.

− Pep, meu sonho foi exatamente assim, disse isso para ela. – Disse Tony surpreso.

Os dois ficaram impressionados com o que descobriram sobre os sonhos. Tony afirmou que alguns dos sonhos que elas tinham eram partes de sonhos que ele próprio havia tido durante o coma.

O casal continuava conversando e trocando carinhos quando perceberam que o sol estava prestes a nascer. Assim que percebeu o nascer do sol, Tony sussurrou no ouvido de Pepper.

“Me abrace até que a manhã chegue

Até que eu veja um sorriso

Tirar toda tristeza de seus olhos (não mais, não)

Abrace-me até o sol da manhã

Deixe-me ficar, nós já começamos

Eu quero que você fique comigo”

E eles continuaram ali trocando beijos e carinhos até o sol nascer por completo.

− Tem tanta coisa que quero te contar, amor. – Disse ele beijando-a no pescoço.

− Agora?

− Agora eu quero outra coisa Sra. Stark. – Disse ele já carregando ela para a cama.

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Tony ouviu o telefone tocar, procurou e achou na cabeceira da cama. Atendeu ainda sonolento.

− Alô?

− Tony?! O que você está fazendo com o telefone da Virgínia?

Droga ele tinha atendido o telefone de Pepper.

− July?! Houve alguma coisa com a Morgan? A Pep deixou o telefone aqui na mesa, vou levar para ela.

− A Morgan acordou chorando. Quer falar com a mãe.

− Deixa eu falar com ela.

− Papai quero a minha mãe.

− Estou levando o telefone para ela filha. Não chora!

Pepper começou a se mexer e perguntou.

− O que houve?

Tony abafou o telefone e explicou a situação.

− Me dá aqui. – Disse Pepper que colocou a ligação na viva voz.

− Filha!

− Você me abandonou. - Disse a menina fazendo drama.

Pepper revirou os olhos e disse baixinho apenas para Tony que riu.

− Bem filha do pai.

− Seus padrinhos vão trazer você, filha. - Disse Pepper

− Queremos passear com ela. – Disse July

− Só queria falar com você, porque estou com saudade.

− Então você vai com seus dindos? – Perguntou a mãe.

− Vou mamãe.

Eles trocaram mais algumas palavras e desligaram.

− Quer dizer que ela é bem minha filha?

− 12% minha, esqueceu?

− Você é que nunca esquece.

− Nesse caso é real, eu tenho apenas 12% do meu bebê.

− Como assim? Ela é mandona igual você...

Os dois ficaram na cama, porém logo, logo descobriram coisas melhores para fazer.

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A manhã de Morgan com os padrinhos foi divertida, eles descobriram que Atenas tinha um roteiro bem divertido para crianças.

Passaram as primeiras horas da manhã em Lagoa Vouliagmeni, um lago salgado natural bem perto do centro de Atenas. Depois foram ao planetário e ao Museu da Arte das Crianças Gregas onde as crianças podem criar seus desenhos que ficarão em exposição permanente no museu.

Após o passeio, almoçaram e retornaram para casa.

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Pepper acordou com o cheiro de café, abriu os olhos e viu movimento no terraço, levantou e descobriu que era Tony que havia não só feito o café da manhã como também arrumado a mesa.

− Hum! Que fome!

− Depois das “atividades” da manhã, sabia que você ia acordar com fome.

Pepper ficou vermelha e Tony continuou.

− Nós não fizemos nada de mais, Sra. Stark.

Pepper revirou os olhos e mudou de assunto.

− Temos tempo livre até eles chegarem.

− Sim e o que você quer fazer Sra. Stark.

− Alguma atividade ao ar livre, chega de “atividades” no quarto.

− Sério? – perguntou Tony com um sorriso debochado.

− Você me faz perder o controle. – disse Pepper

− Adoro quando você perde o controle. – respondeu ele.

Durante o café eles decidiram dar um passeio na praia particular da vila.

A praia era revestida de pedras polidas e havia um deck onde os dois armaram um picnic, após aproveitarem um pouco o mar e degustarem a comida que levaram, decidiram descansar nas espreguiçadeiras do deck.

− Essa casa é espetacular. Disse Tony.

− Queria um espaço onde Morgan e eu pudéssemos viver isoladas por algum tempo.

− Belíssima escolha, essa casa oferece um conforto sem igual.

Tony se levantou e sentou ao lado de Pepper na outra espreguiçadeira. Os dois não demoraram a se beijar e trocar caricias. As coisas esquentaram e ela se afastou.

− Aqui não. – disse Pepper.

− Pensei que você queria ficar ao ar livre.

− Justo para isso não acontecer.

− Estamos isolados Pepper.

− Estamos agindo como dois adolescentes.

− Nós nunca fizemos isso juntos na adolescência, Pep. – disse ele gracejando.

Os dois começaram a se beijar e Pepper novamente perdeu o controle…

−Se essa espreguiçadeira falasse… – Tony comentou sorrindo.

− Meu deus, Tony! Eu não acredito que isso aconteceu.

− Adoro fazer você perder o controle. Sra. Stark.

Quando ela ia responder recebeu uma mensagem de July.

“Chegaremos em 20 min, espero que vocês estejam vestidos. ”

Pepper perdeu a cor e Tony de assustou.

− O que houve, Pep?

Ela respondeu à mensagem e disse:

− Eles chegam em 20 min.

− Calma, ainda temos tempo para tomar um banho, juntos.

Pepper revirou os olhos e com a ajuda de Tony pegou as coisas que levaram para o picnic e subiram.

Em casa foi uma correria para se arrumarem para a chegada da filha e dos amigos.

Quando já estavam terminando o almoço, ouviram o barulho do Helicóptero chegando.

Alguns minutos depois os três entraram na sala.

Morgan correu para os braços da mãe que abraçou e beijou sua bonequinha.

− Eu estava com saudade de você, mamãe. – Disse a menina toda melosa.

− E eu? Você não sentiu saudade de mim? – Perguntou Tony em tom de ciúme.

− Não! – Respondeu a menina.

Apesar da surpresa Tony não disse nada e a menina continuou.

− Eu não gosto mais de você. Mamãe manda ele embora.

Todos ficaram atônitos com a reação da menina e Pepper perguntou.

− Filha! Porque você está dizendo isso?

A menina apontou o pai e falou.

− Ele brigou com você, fez você chorar. O tio Mike me contou.