A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 4
A namorada e o Hospital


Notas iniciais do capítulo

A fanfic recebeu a primeira recomendação! 0/ capítulo dedicado a Fernanda Oliveira, obg meu bemmmm *_*
Leiam as notas finais!
Boa leitura ♥



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Renesmee

—Qual é o seu problema? -Jane sussurrou para mim muito brava.

Minha pequena e enérgica amiga não era dada a isso, mas parecia muito irritada comigo.

—Não momento meu problema é ela. -Resmunguei caminhando para longe dela no corredor. 

—Ela podia ter morrido! 

—Não seja exagerada. -Revirei os olhos.

—Não estou sendo! Cair é perigoso! 

—Ela parece bem. -Dei de ombros. Isabella estava em repouso, o médico amigo do meu avô, conhecia meu pai a vida inteira, queria ter certeza de que a namorada do "menino Edward" estava bem para poder dar alta. Ela tinha mesmo um galo nada bonito na testa, queixo, joelho e palma das mãos raladas. E só. Não tinha porque Jane ficar me encarando como se eu tivesse cometido um crime!

—Olha, eu sempre achei engraçado seu ódio pelas namoradas do seu pai, mas você nunca as machucou. Estou preocupada com você agora.

—Jane pela última vez. -falei firme, entre dentes querendo que ela realmente entendesse aquilo.- eu não empurrei Isabella. Ela mesma disse que se desequilibrou.

—Por que ela é uma idiota se pensa que você está apenas com um ciúme bobo. Ness, sou sua melhor amiga, mas não vou passar pano nas suas merdas. E o seu pai? Eu nunca o vi olhar assim para alguém. Ele realmente está apaixonado e espero que você entenda isso.

—É muito fácil para você dizer isso. Tem o Seth, tem a família perfeita.

—Minha família passa muito longe da perfeição e você sabe!

—Meninas? Silêncio isso é um hospital. -Uma enfermeira chamou nossa atenção.

—Desculpe - dissemos juntas.

—Eu entendo que seja difícil, mas olhe pelo lado bom: seu pai não ficará mais tão só.

Jane não podia me entender, era isso e ponto final 

Meu pai era… meu porto seguro.  Se ele realmente gostasse dessa mulher e quisesse uma vida ao lado dela… onde eu me encaixaria?

—Ele nunca se sentiu só. 

—Toda mundo se sente só. -Ela sacudiu.

—Lá vem você com esse papo meloso de garota apaixonada. Vá procurar o Seth.

—Você devia vir comigo e dar espaço para o seu pai e Isabella.

—Tá louca? Eu não vou deixar aquela mulher ter o meu pai. 

Jane parecia querer discutir mais alguma coisa, bufou deu de ombros.

—Você que sabe. -Me deu um beijo no rosto e partiu.

Me preparei mentalmente para voltar ao quarto de Isabella e fazer a pose de boa filha, a que aturava a namorada do pai.

Meu celular tocou, outra mensagem de Tanya.

Filha, porque não voltou para casa ontem? Era a primeira.

Edward disse que você deu a ideia de irem ao central park. Seria muito estranho se eu fosse? Segunda.

Tudo bem seria muito estranho talvez. Ele tem uma nova namorada certo? Terceira.

Renesmee por favor me responde, filha. Quarta.

Imagino que esteja se divertindo muito com seu pai e a namorada dele. Tudo bem, ele me disse que você está ocupada com a programação de vocês. Só não esquece de comer, por favor. Quinta.

Te amo filha.

 

Como Tanya tinha tanta coragem de me encher de mensagem?

Antes que eu pudesse abrir a porta, ela foi aberta do lado de dentro, e meu pai saiu.

—E Bella? -Perguntei doce.

—Ela estava se fazendo de forte, mas estava com dor. Acabou dormindo com a medicação. -Explicou em voz baixa.

—Ela vai ficar bem? - perguntei temerosa, fingindo temor. Ou foi o que pensei. Papai passou um braço pelo meu ombro e caminhou comigo para longe do quarto.

—Filha, desculpe por não ter falado da Bella antes. Eu só estava… tão envolvido. -Ele riu nervoso no final. -Tem sido tudo muito intenso e novo.

—Tudo bem, pai. Ela parece legal. -Comentei controlando o nojo na minha voz.

—Pode está sendo mais fácil do que imaginei. -Parecia que ele falava consigo mesmo, então não respondi.- Quer comer algo?

—Eu estou bem. -Garanti.

—Você devia... ligar para sua mãe. Ela me mandou algumas mensagens perguntando de você, porque não a respondeu.

—Não vi, estava conversando com Jane.

—Onde está Jane?

—Já foi, ficou de encontrar o namorado.

—Se quiser sair com seus amigos…

—Prefiro ficar com vocês, me sinto culpada pela Bella, se eu estivesse mais próxima dela isso não teria acontecido.

Algo na expressão do meu pai me deixou com um gelo no coração. Pensei que ele gritaria acusações na minha cara, mas apenas respirou fundo, pegou a carteira no bolso e tirou um cartão.

—Vai na cantina, compre algo para comer. Já passou da hora do almoço.

Dizendo isso se afastou de volta ao quarto de Isabella.

 

Já era o comecinho da noite quando ela teve alta, ficou com um curativo ridículo no queixo, e outro em ambos os joelhos. As Palmas das mãos ficaram livres, os arranhões visíveis.

Ela estava muito quieta no carro e meu pai também.

—Então Bella, você cresceu numa cidade pequena, com floresta… praticava muito esporte ao ar livre?

Edward bufou mas não falou nada. A mulher olhou para ele com um sorrisinho como se houve uma piada entre os dois que eu não fazia parte.

Me irritava saber que meu pai tinha algo com alguém que eu não participava. 

—Eu não sou muito de esporte, não tenho uma condenação muito boa. -Ela levantou as mãos um lembrete. -Mas tem muitos montanhistas passando por Forks todo o tempo, e acampamentos e essas coisas. Acho que é algo que toda a família Cullen gostaria.

—Sim, costumávamos acompanhar bastante, até a tia Alice por mais que ela não goste muito do mato. Sempre encontra o que fazer.

—Alice ama pescar. -meu pai falou. -Renesmee também.

Renesmee. Por que ele estava usando meu nome completo?

Dei de ombros dando pouca importância, mas sim eu amava pescar e até assistia ao canal de pesca na tv fechada.

—Meu pai ama! Ele amaria levar toda a sua família ao rio dele. —Ela riu.

—Quem sabe no natal? -Meu pai pegou a mão dela machucada com muito carinho, levando aos lábios e a beijando. 

O gesto parecia tão íntimo que tive que desviar o olhar constrangida.

—Estão pensando em passar o natal lá? -Perguntei num tom leve. Meus avós maternos sempre davam uma festa enorme no natal e a família do meu pai comparecia. O almoço do dia vinte e cinco era com a família de papai.

—Sim, ou eles viram passar conosco. -papai disse.

—Sasha vai adorar. -Comentei dura. Eu não chamava minha avó materna de "vó", ela não gostava muito, dizia que era nova demais. Tanto eu quanto meus primos a chamávamos de Sasha.

—Talvez o natal seja na casa dos meus pais mesmo se não formos a Forks, Ness. Você é livre para decidir onde quer ficar. 

Papai disse isso já  estacionado na frente do prédio da minha mãe. Eu não tinha percebido que estávamos indo para lá.

—Por que me trouxe para cá? -Perguntei.

—Sus mãe me pediu. Você não respondeu às mensagens dela.

—Só por disso? -eu estava muito brava, não teria como disfarçar! Não podia deixar essa mulher sozinha com o meu pai, ela podia fazer a cabeça dele contra mim!

—Era o fim de semana de Tanya e você ficou comigo. Seja boazinha com sua mãe o resto do domingo.  Ela me disse que vai tirar uma folga essa semana para curtir o fim das férias com você.

—É claro. Melhoras Isabella.

Sai do carro batendo a porta, não adiantava discutir mais nada com meu pai depois disso.

Ela devia ter dito que a derrubei, não havia outra resposta! Por isso ele parecia frio e distante comigo! Quem era ela para surgir assim na vida dele e dominá-lo? Mas se Isabella Swan pensa que vai tirar o meu pai de mim e construir sua família perfeita ela está muito enganada!

 

Passei pela entrada como um furacão, nunca em toda minha vida meu pai deixou de ficar comigo para ficar com uma mulher. Nunca ele colocou uma mulher acima de mim! 

Eu tinha deixado as chaves de casa na casa do meu pai, por isso toquei a campainha sem parar até que Tanya abrisse a porta.

—Estamos impacientes. -reclamou. A empurrei para o lado, passando por ela em direção a cozinha. Água, eu precisava de um copo de água.

—O problema é você não ter um pingo de senso! -reclamei enchendo meu copo.

Tanya bufou, estava com seu pijama de seda da Victoria Secrets num tom preto discreto. O cabelo solto e já sem maquiagem.

—O que eu fiz agora, filha?

—Não use esse tom de vítima comigo! -eu estava sem nenhuma vontade de ser pacífica. -Você escolhe a merda do seu trabalho ao invés de mim, e quando eu tenho planos você acredita que eu tenho que mudá lo para me ajustar a sua agenda!

—Que planos você tinha Renesmee? Por que não me contou sobre eles? Eu poderia ter…

—Poderia ter um caralho! -soltei o palavrão, no meu limite. Tanya me encarou pálida. -Você só pensa em você mesma e no trabalho! Em ser a melhor em tudo! Tenho novidades querida, não é a melhor mãe, muito longe disso!

Dei as costas seguindo para o meu quarto.

Tanya me impediu segurando no meu braço.

—Filha… desculpe. -Disse muito baixo. -vamos conversar, me conte o que aconteceu, você tinha planos com seus amigos…?

Puxei meu braço do seu aperto.

—Eu queria ficar com meu pai. -falei com o bolo na garganta se rompendo e chorando finalmente. As imagens desde ontem voltando a minha mente; Edward e Isabella na piscina rindo e brincando como dois adolescentes; eles abraçados no sofá dos meus avós contando de planos para um futuro; sua troca de sorriso e beijos.

Quem era eu no meio daquilo?

Quem eu seria em alguns meses?

O acidente de percurso? A filha teste que não deu certo antes dele conhecer a mulher perfeita para ter uma família?

—Querida. -Tanya disse limpando minhas lágrimas, tentei virar o rosto sem sucesso. -Pode ficar com seu pai quando quiser sabe disso. Sempre foi assim, só dividimos para ter… algo oficial. Mas ele estava com uma namorada e eu fiz o jantar… desculpe querida.

—Ele iria me jogar aqui de qualquer jeito. -Ofeguei em meio ao choro. -Está muito ocupado com Isabella.

—Ele me disse que ela se machucou andando de patins com vocês hoje. Ele parecia preocupado, ela deve ser especial.

—Especial. -Debochei com ódio.

—Ela te tratou mal? -Tanya perguntou.

Eu poderia mentir, mas Tanya conhecia meu pai muito bem. Ela sabia que ele perceberia antes de mim se alguém me tratasse mal e enxotava a pessoa. 

—Não, ela parece legal.

—Ok… -ela se afastou um pouco. -Eu percebi pelo jeito que ela falou dela. Isso parece bom, certo? 

—Isso parece um pesadelo. -Falei.

—Ness..  seu pai é jovem. É bom que ele encontre alguém legal para…

—Construir uma família? -completei, meu sangue voltando a ferver.

Tanya não respondeu, me olhou atentamente e eu não queria saber o que ela estava procurando.

—Por que não toma um banho enquanto eu esquento o jantar? Depois você me conta tudo sobre essa mulher.

—Eu vou dormir. -Falei dando as costas para ela de novo.

 

Na segunda feira acordei no meio da tarde sem vontade alguma. Para minha surpresa encontrei Tanya em casa, fazendo ioga na varanda.

—Não foi trabalhar?

—Tirei a semana de folga. -Sorriu para mim da posição complicada em que estava.

—Nenhum político metido em confusão?

—Nenhum deles terá a minha ajuda essa semana.

A resposta devia ser "nenhum deles pode se meter em problemas essa semana" porque se algum precisasse dela, ela iria correndo.

—Que seja. -Resmunguei.

—Quer comer algo? Fiz o almoço, posso esquentar…

—Eu me viro.

Peguei um suco de caixinha na geladeira, coloquei em copo e bebi.

Peguei meu celular olhando o Instagram, foto de Maggie, minha prima filha de Irina e Laurent, de ontem foi a primeira coisa que vi. A modeliho da família.

Vendo mais fotos dos meus amigos senti que precisava tirar uma foto nova. Mas não estava com humor para aquilo, chequei minha galeria em busca de algo não tão velho nem tão novo.

Postei uma foto minha com meu pai na Disney. Ele não tinha conta no Instagram para marca-lo.

"Que a força esteja com vcs. Saudades da Disney.. Quem topa?" 

Poderia ser uma boa, as férias de verão estão quase no fim e eu não tinha viajado para lugar algum. Logo voltaria para a escola para cursar o último ano e com certeza não teria muito tempo para diversão. Aproveitaria essa semana com Tanya, pediria para ela falar com os pais do meus amigos… sim era perfeito!

—Mamãe! -usei meu tom bajulador, voltando a varanda.

...

Era incrível como Tanya conseguia organizar uma viagem em dois dias. Na quarta feira estávamos no aeroporto junto de Jane, seu namorado Seath, Bree, Quill melhor amigo de Seath. 

—Não me importa o que Quill diga, se você ficar com ele nunca mais viaja com a gente. -Ameacei Bree.

—Por que isso? -Ela riu.

—Por que Jane e Seth vão ficar se agarrando e eu não quero ser uma grande vela.

—Poderíamos ter chamado o Riley.

—Eu não quero saber do Riley. -revirei os olhos. Riley e eu tivemos um breve e conturbado namoro no começo do ano. Agora que ele estava indo para o faculdade eu teria a sorte de não o ver mais na escola.

Ele era um babaca que só queria sexo comigo e quando eu não dei ele tratou de me trair Victoria, uma ruiva da faculdade.

Por acaso eu sabia que ela cursava faculdade com Alec irmão de Jane. Não que eu a tivesse stalkeado ao algo assim…

—Riley e você eram um casal lindo. Não entendi por que ele te traiu. -Bree disse 

—Por que ele era um babaca. Nada mais, nada menos.

—Você não fez nadinha para ele te trair? Não deixou de dar nada a ele? -ela me olhou sarcástica.

—eu… o que… esquece isso, Bree. -reclamei me afastando dela. 

Já estávamos no hotel, deixei Bree sozinha no corredor voltando ao quarto. Eu odiava pensar em Riley e em como o nosso namoro terminou. Não tive vontade de sair pelo resto do dia.

 

Isabella

 

Desastre. Essa palavra descreve muito bem meu fim de semana com a filha de Edward. A garota era tudo o que meus piores pesadelos supunham; mimada, possessiva com o pai, patricinha, irritante.

Eu precisei me esforçar muito para não correr para longe dela chorando. Ela estava me fazendo reviver minha adolescência com Lauren e me peguei ligando para Angela desesperada.

 Bella, você é uma mulher adulta, forte e independente. Coloque essa pirralha no lugar dela! 

—Você não a conhece Angela!

Conheço o tipo dela muito bem. Filha única, riquinha mimada. Você é namorada do Edward agora e ela vai ter que aceitar isso!

—Não é tão simples!

Conte a ele o que ela fez!

—E se ele não acreditar?

Então é o maior motivo para você cair fora. Bella, amiga, você não é mais uma adolescente insegura, ok? sei que está apaixonada pelo Edward, e se quiser que isso dê certo…. vai precisar ser sincera com ele, para que ele tome as medidas cabíveis com a filha dele!

—vou tentar falar com ele.

Não vai tentar vai conseguir. Se quiser eu mesma vou aí e dou uns tapas nela que pelo visto a faltou.

Ri mais nervosa do que achando graça.

—beijo, Ang.

Se cuida.

respondeu firme.

—E para encerrar o domingo… torta de limão. - Edward trouxe uma bandeja para a cama. A calça de moletom que havia vestido se pendurava de modo insinuoso em seu quadril, me peguei mordendo o lábio inferior com a visão do seu caminho da felicidade.

—Como é possível você comer tanto doce e ser tão… bem de forma?- Brinquei.

—Dedicação. - Ele beijou minha bochecha e me ofereceu uma garfada da torta que ele mesmo havia feito. Maravilhosa.

—Está sentindo alguma dor?

—Não, os analgesicos funcionaram. Estou meio sonolenta na verdade.

—Não acredito que você caiu daquele jeito. - Ele disse com pesar. - Eu não devia ter me afastado de você, mas você parecia estar indo bem

—Sou desajeitada mesmo.- Era a hora certa para dizer "então, por acaso sua filha esbarrou em meu ombro com força de mais. E nem sei o porque dela ter se aproximado de mim naquele momento, já que…’’ aquilo não soava bem, parecia uma acusação descabida. 

—Tudo bem?- Ele perguntou com meu silêncio.

—Sim. Amo sua torta.

—Então, o que achou de Nessie?

—Ela é a sua cara. - Respondi de pronto porque aquilo era a mais pura verdade.

—Sim ela é. - E lá estava, a reverência na voz ao falar da filha. Se eu dissesse naquele momento que a filha dele tinha me empurrado - sendo que eu não tinha absoluta certeza daquilo, - iria criar uma contenda tanto com ele quanto entre os dois.

Que tipo de namorada eu queria ser?

A que ignora a existência de uma filha?

A que começa uma guerra com a filha?

Ou a que se encaixava mais com a pessoa que eu sempre fui, aquela que passa despercebida? A neutra?

—Bella, você está com uma cara de quem está tentando resolver uma equação complicadíssima. - Ele fez uma careta. - A torta está ruim?

—Claro que não! 

—Então por que essa cara?

—Você acha que sua filha gostou de mim? - Soltei, era melhor começar pelas pontas.

Ele torceu os lábios como se pondera-se. Ótimo, ele tinha notado!

—Foi um primeiro encontro.  -Ele fugiu e senti meu coração afundar. - Mas ela quis estar com você e isso foi uma surpresa positiva.

—Edward, eu não acho que Renesmee tenha gostado de mim. - Fui sincera. - E acho que não ter a provação da sua filha…

—Bella, o que você está querendo dizer? - Ele me olhou ansioso. Peguei sua mão a colocando em meu rosto e criando coragem para dizer as próximas palavras.

—Talvez Renesmee seja… um pouco possessiva demais com você. - Tentei. - E eu não sei se posso lidar com isso.

Edward abriu e fechou a boca, mas não disse nada. Se afastou do meu toque, ficando ainda na cama, contudo de costas para mim. Fiquei em silêncio a torta derretendo entre nós.

Eu não falei nada deixando que ele tomasse o seu tempo, aquela última frase dita por mim era um encerramento, eu tinha deixado nas mãos dele a decisão.

Edward bufou duas vezes, colocou as mãos no rosto. Respirou fundo, soltou o ar pela boca. Se virou para me fitar, os olhos esmeraldas muito duros.

Era o fim, pensei. Eu seria apenas mais uma de suas namoradas que se mandava quando conheciam a filha dele.

—Não posso abrir mão de você.  -Foi o que ele disse. Ele pegou minhas mãos, se aproximando mais de mim. - Bella… eu sinto que isso, nós, é certo. E quero muito que dê certo.

—Eu também . -Sussurrei.

—Renesmee está numa fase muito difícil. As vezes eu sinto que nada é o bastante para ela, que nada que façamos é o bastante para ela, nada que ela tem é o bastante.

—Já conversaram com um especialista?

—Ainda não, ela nunca teve problemas para se abrir comigo. Mas acho que é a hora, porque… sinto que ela está fingindo para mim que gosta de você. Acho que por algum motivo obscuro ela se sente ameaçada.

—Não quero que ela se sinta assim. - Falei com a voz embargada.

—Ela vai ter que aprender a lidar com isso. E a aceitar você. Por que isto, nós, é real e permanente. - Ele disse sem desviar os olhos dos meus. - Nós vamos dar um jeito, ok? Prometo que ninguém vai sair machucado, só por favor… não desista de nós.

Segurei seu rosto o puxando para um beijo.

foi calmo, lento e gosto. Nossas testas ficaram colocadas, permanecemos de olhos fechados, respiração controlada.

—Eu amo você.  -Falei com confiança.

Sim, eu amava Edward Cullen, e não estava desistindo dele.

 


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Notas finais do capítulo

Alguém um pouco mais solidário com a Nessie? Sim? Não? Kkk
Gente, quem quer ganhar um bônus do primeiro encontro de Edward e Bella? Vamos fazer assim, quem recomendar a fanfic vai ganhar esse bônus, por email, whatsapp... O que achar melhor! *_*
Vou postar esse bônus aqui também, não sou má! mas não vou postar agora, só mais pra frente.
Comentem, recomendem, favorito! Façam uma autora feliz *__*