A Namorada Do Papai escrita por Thay Paixão


Capítulo 13
Bônus: A primeira Vista


Notas iniciais do capítulo

Oie meninas do meu coração! Aqui está o capítulo bônus que usei para medingar recomendação kkkkk ele vai ser necessário aqui, para vcs conhecerem mais do começo de Beward.

Boa leitura ♥



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    Bônus: A Primeira Vista

Isabella.

 

—Filha, esse é seu grande momento. Eu sempre soube que você estava destinada a coisas grandes. - Minha mãe disse e ao contrário do que ela pretendia com sua frase, me deixar mais calma, fiquei mais nervosa.

Por sorte meu pai estava lá para não permitir que nos perdêssemos.

—Renée você está deixando a Bells mais nervosa. - Meu pai disse sério, pigarreando em seguida para esconder a emoção. Era a primeira vez que eu viajava sozinha para longe.

Ou para qualquer lugar fora de Washington. 

—Ela precisa estar confiante para lidar com essa gente de Hollywood! - Ela disse firme.

—Mãe, quem lida com ‘’essa gente de Hollywood’’ é Angela, e está tudo indo muito bem. Eu vou para ajudar com a escolha do elenco.

—Não deixe que aquela gente te passa para trás. - Ela disse como se eu não tivesse dito nada.

—Tudo bem. - Confirmei, abracei meus pais mais uma vez e segui para o embarque.

Eu nunca tinha sonhado com aquilo. Ver meus personagens na tela grande, em um filme. Eu comecei escrevendo fanfics, então só ter minha história transformada em original, um contrato bacana com uma editora, já era algo muito sobrenatural. Agora eu tinha contrato com um estúdio, e meu livro ganharia vida nas telonas. Eu estava vivendo um sonho/pesadelo, quando Angela, minha melhor amiga e agente literária me intimou para estar junto da pré-produção do filme e disse a frase temida; ‘’seus fãs vão te conhecer’’.

Eu não tinha medo dos meus fãs, longe disso. Eu já mantinha contato com eles pela internet, mas como ‘’Isa’’. Eles nunca tinham visto uma foto sequer minha, e agora eu teria que me preparar para o relançamento do livro, lançamento do filme, perguntas e mais perguntas, e claro, a pressão em cima da continuação dos livros.

Lá no fundo eu sentia uma parte minha torcendo para que aquilo não virasse um sucesso ou um fenômeno como ‘’Crepúsculo’’.

Fala sério, eu não me sairia tão bem na frente das câmeras como a Stephenie Meyer. 

Angela discordava veemente, e ela conseguiu que eu fosse para Los Angeles ao usar minha paixão por trilhas sonoras contra mim; ‘’Edward Cullen vai compor para o filme, e ele quer conhecer você.’’

Edward Cullen.

Edward Deus do Piano Cullen, quer me conhecer.

Bom ele não quer conhecer Eu, a Bella, ele quer conhecer a Isa.

Claro que Angela discutiu comigo por telefone durante horas, e saiu vencedora afinal eu estava a caminho de Los Angeles, California.

Logo que desembarquei segui o fluxo de pessoas para fora do aeroporto com medo de parecer uma turista perdida. Peguei um taxi, dei o nome do hotel onde ela tinha feito minha reserva e mandei uma mensagem para Ângela e meus pais avisando que tinha chegado.

—Então, qual a sua história? - O taxista chamou minha atenção, enquanto eu olhava pela janela do táxi o começo de noite da cidade do pecado. Vendo que eu não tinha entendido muito bem o propósito da pergunta e continuou. - Veio tentar a vida? Atriz ou cantora?

—Ah isso! Não, nem uma coisa nem outra. Sou escritora.

—OH isso parece grande. Não vejo muitos escritores da sua idade. 

—Obrigado? - Eu não sabia se era um elogio.

—Aqui tem bastante conteúdo para uma boa história. - Ele continuou, - Se eu quisesse escrever as histórias que passavam por esse táxi… - ele sacudiu a cabeça divertido.

—Imagino que deva ser interessante. -Comentei.

Ele contou algumas histórias e me peguei mais relaxada durante o trajeto. 

—Moça, se quiser sair e conhecer a cidade a noite, nessas redondezas tem ótimos bares! - Ele me disse quando estacionou na frente do hotel.

—Obrigado. - Não precisei dizer que na verdade eu não iria sair, era covarde demais para me aventurar numa cidade desconhecida sozinha.

Me despedi dele, subi as escadas do hotel e contemplei a cidade. Realmente era linda. Tirei uma foto postando no meu instagram de autora com a leganda; ‘’cheguei L.A! Que cidade incrível! Posso até imaginar meus vampiros vivendo aqui!’’

Tudo iria ficar bem, decidi. Eu ajudaria na pré-produção, conheceria Edward Cullen, o filme seria legal…  e eu poderia voltar para Forks e escrever em paz.

No dia seguinte Angela me encontrou no saguão do hotel cedo. 

—Peguei café para você, precisamos ir para o estúdio agora. - Me pegou pelo braço com presa, havia um carro a nossa espera.

—Bom dia para você também. - Resmunguei pegando o café das mãos dela.

—Bella, não surta, ok? - Ela me disse sorrindo de modo forçado. Ah não, quando Angela fazia aquilo…

—O que aconteceu?

—Nada aconteceu, na verdade tudo está indo como planejado. Não como você achou que seria, mas…

—Angela Weber, o que está acontecendo?

—A produção do filme deixou a escolha de elenco um pouco... aberta demais. Muitas pessoas apareceram para o teste de elenco, tem uma fila quilométrica na porta do estúdio.

—Como…

—É, eu imaginava que isso poderia acontecer. Quando anunciamos que seu livro viraria filme, as vendas subiram de forma vertiginosa. Você está no topo no New York Time por semanas!

—Ok, mas… por que anunciaram teste para elenco assim?

—Bella, o orçamento do filme não é um dos maiores, né? - Ele revirou os olhos e jogou os cabelos para o lado. - Não podemos contratar a Jennifer Lawrence por exemplo.

—Ah ela seria tão perfeita como Samantha. - Resmunguei porque meu elenco dos sonhos não iria rolar.

—Sei que vamos encontrar alguém perfeito. Agora vem a notícia ótima e de novo não surte.

—Hum. 

—Edward Cullen já compôs uma canção para seus vampiros!

—Puta merda! - Exclamei e coloquei a mão na boca pelo palavrão olhando para o motorista que nos ignorava. - Como isso aconteceu?

—Ele leu o livro para se familiarizar e bum… criou. Ela é tão… - ela olhou pela janela, o dia ensolarado da califórnia, os olhos sonhadores. - Lindo. E educação. E o jeito como ele passa aquelas mãos com aqueles dedos longos pelo cabelo e dá um sorriso…

—Angela foco! ele é um ótimo músico, eu já sei.

—Ele é lindo isso sim! deveria ser um cantor, ator…

—Você o viu cantar?!

—Não, só o vi tocar piano, né? Mas com aquela voz… com certeza ele canta muito.

—Então vou conhecer Edward Cullen hoje? - Meu coração acelerou como de uma adolescente.

—Sim, ele está louco para conhecer você.

—O que você falou de mim para ele?

—Ah a verdade claro! que você é uma cinquentona divorciada super carente. - Ela riu. A empurrei de brincadeira.

—Você não presta!

—Não falei muito de você. Quero que vocês se conheçam e se apaixonem. Não quero que você volte para Forks e vá ao casamento da Jessica com o Mike, e fique lá assistindo a felicidade deles.

—Angela…

—Bella. Sério, amiga, você precisa viver. Eu amo Forks, sério, mas nossas vidas não vai acontecer lá.

—Vai acontecer aqui, na cidade do pecado? Com Edward Cullen?

—Por que não? certamente o cara da sua vida não está em Forks!

—Por que não? - Fiz uma careta.

—Porque já conhecemos todos lá. - Ela riu.

—Tem razão! - A acompanhei.

Fiquei um pouco chocada ao ver a fila para a escolha de elenco.

—Como vamos escolher dentre tantos? - Perguntei.

—A maioria fica na triagem. Não tem carteirinha de ator, licença para trabalhar no país, essas coisas.

—Ah.

Angela foi me apresentando a todos envolvidos na produção do filme, eu esquecia o nome de cada um depois que era dito.

—Ah, Bella! Posso chamá-la assim? Angela sempre se refere a você assim. - O diretor do filme, Vladimir Ferri um homem de meia idade e sorriso simpático se apresentou.

—Sim, claro! até prefiro. - Brinquei.

—Venha comigo, vou te mostrar o teste da Samantha e Eric!

—Já escolherem? - Me espantei, eu queria estar presente para aquilo.

—Claro que não, não faríamos sem você! Mas tem alguns que se destacaram e quero te mostrar.- Ele me puxou por um corredor, Angela ficando para trás.

—Edward e eu adoramos esses dois juntos em especial, parecem ter uma sintonia perfeita! 

Antes que eu pudesse processar mais um pouco sobre tudo o que estava acontecendo, ele abriu uma porta, então estávamos numa sala pequena cheia de telas e cadeiras acolchoadas.

 Se minha memória não me enganava pelas poucas fotos que haviam dele na internet, aquele era Edward Cullen. Ele tinha um grande copo de café em mãos, falava com uma moça asiática que ria para ele apontando algo na tela. 

—Finalmente temos a criadora desse mundo! - Vladimir me anunciou. - Edward, Vick, essa é Bella Swan, a Isa!

—oi. - Murmurei super sem graça, corando ridiculamente quando ele olhou para mim.

—Isa! - A vick pulou da cadeira giratória e me abraçou. -É tão bom conhecer você.

—Ela prefere Bella. - Vladimir disse.

—Como você quiser me chamar. - Falei para ela.

—Eu acompanho você desde de sua primeira fanfic. -Ela disse solenemente.

—Uau, obrigado.

—Vamos Vick, deixe a garota respirar. Bella, senta aqui, estamos vendo alguns testes de elenco e separamos os que mais gostamos para o casal protagonista.

Edward Cullen falou comigo! Falou como se não fosse nada, como se eu fosse apenas uma garota ao acaso. Uma conhecida.

—Hã… legal. vamos ver isso. -Será que eu não tinha nada melhor para falar?

Me sentei na cadeira ao lado da de Edward, ele se inclinou para as telas chamando minha atenção para o que acontecia ali.

Eu não conseguia me concentrar, olhando para seu rosto.

Ele era incrivelmente lindo! E novo! Tinha o que, vinte e cinco? Mais novo que eu?

—Olhe para a tela - Vick sussurrou no meu ouvido divertida me fazendo ficar roxa de vergonha.

Foi difícil me concentrar nos atores. Eu me sentia hipnotizada pelo homem ao meu lado, seu jeito de falar, sua voz, a forma como suas mãos com seu dedos incrivelmente longo se moviam.

Eu passei a manhã toda envolvida com aquilo, por ele no caso. Depois do almoço eu consegui me concentrar de verdade na escolha do elenco, isso porque Edward pediu licença dizendo que precisava trabalhar na melodia que tinha criado para me mostrar.

—Estou ansioso para ter sua aprovação. - disse antes de se retirar.

—O..ok. - Sussurrei sem fôlego. Nunca tinha me sentindo tão inebria por alguém.

—Ele é mesmo incrivelmente lindo. - Vick me disse.

A olhei procurando propósito na sua declaração.

—Ah por favor, eu vi a forma como olhou para ele. E ele para você. Parecia algo intenso.

—Como ele olhou para mim? - Tive que perguntar.

—Eu conheço Edward a bastante tempo, aquele olhar só quer dizer uma coisa; ele quer entrar você. - Ela disse aquilo pausadamente e me fez corar.

—Vick, que besteira você está dizendo para minha amiga?

—Só verdades. - Vick deu de ombros e se afastou.

—Ela foi chata? - Angela perguntou.

—Não. - Disse logo. Com Angela ao meu lado, apenas nós duas eu consegui desenvolver o que estava achando das atuações que me foram apresentadas.

—E eu quero conversar pessoalmente com essas atrizes. - Falei sobre as quatro que eu tinha gostado mais. Três delas eram as favoritas de Edward.

—Tudo bem. Olha já está um pouco tarde, eu tinha vindo para te dizer que o Edward queria te ver…

—Edward queria me ver? - A interrompi.

—Sim, para te mostrar a música…

—E por que não disse logo?!

—Calma, ok? Não falei nada porque ele podia esperar, a escolha do elenco não.

Bufei contrariada.

—Bella, Edward é aquele tipo de homem ok? Gato, fatal e solteiro. Não corra atrás se você não estiver disposta a dar tudo sem nada em troca.

—O que você quer dizer com isso? - Cruzei os braços sobre os peitos, em sinal de proteção.

—Você não teve muitos namorados querida. Só o Mike e… algum idiota da faculdade? De qualquer jeito, aqui, na vida adulta as pessoas se envolvem sem compromisso. Não entre nessa se não puder lidar com isso.

Aquilo me irritou, por mais que me conhecesse muito bem, Ang não tinha o direito de falar daquele jeito comigo, como se eu fosse uma adolescente sem experiência alguma.

—Angela, está tudo bem, ok? vou ver se ele ainda está aqui.

—E você sabe onde fica o estúdio de música?

parei com a mão na maçaneta.

—Você iria me dizer presumo.

—Siga reto no corredor, entre na segunda a esquerda, primeira porta.

fiz como ela mandou.

Angela não tinha o direito de agir daquela maneira comigo. Ela podia ser minha melhor amiga, mas mesmo assim…

Eu era uma mulher de vinte e oito anos! eu sabia como lidar com os caras!

E quem disse que Edward queria algo comigo? Era só um flerte inocente.

Bati na porta indicada pela minha amiga, e a voz melodiosa de Edward Cullen mandou que eu entrasse.

A luz do ambiente estava baixa, havia um longo piano no meio da sala, e mais instrumentos em volta. Edward estava sentado ao piano, dedilhando uma melodia doce.

E Sensual?

—Pensei que não viria. - Disse sem parar com os dedos.

—Recebi seu recado a pouco. - Justificou parada no meio da sala.

—Entendo. Conseguiu selecionar alguém? 

—Pedi a Angela para que eu pudesse falar pessoalmente com quatro meninas que gostei. Três delas entre as que você me mostrou.

—Boa escolha. - Ele sorriu. -Senta aqui. - Pediu indicando o banco junto a ele. 

Engoli em seco e caminhei para seu lado. Estando tão próximos, eu podia sentir seu cheiro. Era amadeirado, refrescante.

—Logo que comecei a ler seu livro, eu pensei nessa melodia e comecei a compor. Quero a sua aprovação.

—Claro. -Respondi.

Seus dedos fluíam pelas teclas de forma rápida e precisa, e uma melodia doce e envolvente nos cercou.

Era… cheio de emoção. E ao mesmo tempo sexy.

Como era possível?

—O que achou? - Perguntou quando terminou.

—Uau.. eu já sabia que você era incrível, mas assim… ao vivo. 

—Conhece meu trabalho? - Ele parecia surpreso.

—Edward, você está na trilha sonora de vários filmes indicados ao oscar nos últimos cinco anos. -O lembrei. Ele fez uma careta.

—Fico feliz que tenha ouvido algo meu. Antes eu só era ouvido em casamento. -Ele riu.

—Sério?

—Sim, eu tocava em casamento até recentemente, não, um pouco mais que cinco anos atrás, só não me parece um passado tão distante assim.

—Sei o que quer dizer.

—E você, como vai lidar com a fama?

—Acho que não vou ficar tão famosa assim.  -Contei.

—Não conte com isso, você é o tipo que fica famosa. - Fiz uma careta. 

 -Acho que os atores do filme que ficarão.

—Bom, tenho certeza. Se você se decidir por aquele casal que te falei…

—Está fixado neles demais. -Ri.

—Acho que é porque a garota me lembra minha filha.

—Oh… você tem uma filha? - Ótimo, eu estava flertando com um cara casado.

—Sim, ela tem dezesseis anos. Espero que possa conhecê-la. Ai, aqui, uma foto. -Edward fez o mesmo que vários amigos meus da época da escola ou faculdade faziam ao me encontrar. Saco o celular e mostrou uma foto da filha. A garota parecia uma modelo de tão linda, os cabelo acobreados como os delos, os olho verdes.

—Uau… ela é linda.

—É a minha cara. - Ele disse dando de ombros como se isso fosse justificativa. O que na verdade era sim.

—É uma moça já, a mãe deve ser muito orgulhosa. - Comentei pelas pontas.

—Tanya é… as duas tem um gênio parecido. Só que Tanya era muito mais madura que Nessie nessa idade… eu olho para minha filha e não a imagino mãe aos dezesseis anos! - Ele fez uma careta.

—Sua esposa teve sua filha aos dezesseis anos? - Eu estava chocada?

—Esposa? Não, eu não sou casado. Ambos tínhamos dezesseis. Somos bons amigos.

Fiquei olhando para ele sem entender.

Edward respirou fundo e me contou sua história com a mãe de sua filha.

ficou ainda mais tarde enquanto conversávamos na sala de música, Edward me convidou para jantar num restaurante ali por perto e prometeu me deixar no hotel.

Depois de cinco dias em Los Angeles, me rendi a Angela e aceitei sua proposta de me alugar um apartamento. 

—Bom querida, eu te disse que isso não seria do dia para a noite. Acho que você ficará alguns meses aqui.

—Não é um sacrifício, estou mesmo gostando daqui. -A lembrei. 

—Estou vendo, até sua pele já está mais brilhante. - Ela riu. -E você e Edward? Ele vive no estúdio com você, nunca ouvi falar em um músico tão envolvido na produção.

—Edward meio que virou produtor de elenco né? - Revirei os olhos. Edward tinha um palpite a dar sobre a escolha de cada personagem. E eu amava tudo isso.

Minha segunda semana em Los Angeles começou com minha mudança para o apartamento, um quarto/sala próximo ao estúdio. Eu me senti mais à vontade naquele espaço e logo pensei que conseguiria escrever a tão sonhada continuação do livro. Fui para um canto e tirei uma foto do espaço postando no instagram.

Logo eu iria postar uma foto minha. 

Sim, eu faria isso.

Ninguém iria me morder, eu precisava ser mais confiante!

E por falar em confiança…

Eu tinha passado toda a semana anterior rondando e sendo rondada por Edward Cullen. Eu não sabia o que ele queria de mim, devia ser o que Angela chamava de sexo casual, e eu me sentia pronta para aquilo.

Eu tinha de assumir as rédeas da minha vida e do meu desejo. Eu era bonita sim, desejável sim! E se eu queria Edward Cullen, eu poderia ter.

Por que ele claramente queria algo comigo.

Contudo aquilo parecia mais fácil de falar do que fazer. Durante nossas horas no estúdio, ficamos mais cercados de pessoas, e eu o vi falando com o mesmo tom simpático que usava comigo com outras pessoas. Eu não devia ser especial para ele, ele apenas estava empolgado com o filme.

—Ei, Bella o que vai fazer hoje? - Ele me encontrou na saída do estúdio. Eu ia a pé dali até meu apartamento.

—Só ficar em casa, pedir comida chinesa e escrever.

—Hum… ele olhou para a rua. - Eu não quero atrapalhar sua escrita mas estou muito afim dessa parte de ficar em casa e pedir comida chinesa.

Ele torcia a alça do seu violão nas mãos.

—Mas tudo bem se quiser ficar só.

Ele disse pelo meu silêncio.

—Claro que pode vir comigo Edward. Você podia me mostrar um pouco da sua habilidade com o violão, e quem sabe cantar.

—Eu quase nunca canto. - Ele disse.

—Sério? - Começamos a caminhar pela calçada

—Sim, eu faço mais em casa. Com Nessie. 

Ele sempre falava da filha, a reverência na voz ao falar dela, me fazia ovular eu tinha certeza. Estranho, nunca tinha pensado em ter filhos até conhecer Edward.

Corei com o rumo dos meus pensamentos.

—Blla? - Ele me chamou. - O que está pensando? - Soltou divertido.

—O que? Por que a pergunta?!

—Você está mais vermelha que um tomate! - Ele riu com força e senti meu rosto esquentar ainda mais.

—Vamos me diz o que deixou você assim. - Tínhamos chegado na frente do prédio.

—Você não quer saber, é ridículo.

—Deve ser no mínimo divertido.

—Não é.

—Ah Bella por favor. - Ele pediu fechando minha passagem para dentro com o braço. Eu podia passar por baixo do seu braço, mas fiquei nervosa com a proximidade dos nossos corpos, e quis prolongar aquilo. Mordi o lábio pensando em como editar o que tinha pensando.

Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto, passando os dedos pela minha bochecha. 

—Você é tão linda. -Sussurrou e eu esquentei como uma chaleira no fogão.

—Hã… estava pensando que gostaria de ter filhos. Um dia. -Sussurrei de volta.

—Acho que toda a mulher sonha com isso. -     Ele disse. Sorri duro.

—Não, eu nunca tinha pensado nisso antes. E sei que muitas mulheres não sonham com isso.

—Então o que te fez pensar nisso?

Bingo.

—Você. - Soltei sem pensar mais. Eu precisava ser real, falar o que eu eu realmente pensava. Foi a vez dele corar.

—Eu?

—Sim. O jeito como fala da sua filha, com tanto amor e reverência… acho que eu gostaria de experimentar esse tipo de amor. Um dia.

—É realmente algo especial. - Ele deu aquele sorriso para mim, meio deslumbrador, meio sonhador.

Subimos para o meu apartamento, pedimos comida chinesa, e enquanto Edward dedilhava uma melodia no seu violão, eu escrevi um conto sobre uma escritora e um músico. Parabéns Isabella, nada dos seus vampiros.

Depois daquela noite Edward parecia ter se mudado para o meu apartamento. Ele me disse que estava ficando na casa de um amigo dele DJ, um tal de Jasper que eu nunca tinha ouvido falar, ele jurou que o cara era famoso, mas eu não tinha o costume de ouvir esse tipo de música, então…

houveram muitas noites insones, onde ele tocava, conversava comigo, me contava de sua família grande, das namoradas que teve, ficou chocado com meu único namorado e um quase namorado, e me contou muitas histórias da filha. Com esta ele falava o tempo todo pelo celular, mandando mensagens.  E algumas vezes com a mãe dela, esta última eram conversas rápidas e cordiais. A menos que ele estivesse exaltado por ela trabalhar demais.

Os dias foram passando e eu ficando cada vez mais ansiosa com a relação entre nós. Edward estava claramente afim de mim, e eu estava um pouco mais do que comendo na mão dele. Às vezes parecia que ele estava esperando por mim. Esperando que eu desse o passo que definiria nossa relação.

Então foi num sábado a noite, a irmã mais velha dele estava na cidade, havia o chamado para se encontrarem e ele a dispensou no telefone dizendo que tinha um compromisso. 

O compromisso  era o fato de que ele me chamou para ir junto, e eu disse que não queria sair porque estava com dor de cabeça.

Ele não quis me deixar sozinha.

—Se eu tocar um pouco isso vai te incomodar? - Ele perguntou como violão a postos.

—Não, na verdade Edward eu estou bem melhor. Você deveria ir encontrar sua irmã.

—Podemos encontrar ela e Emmett amanhã. -Emmett era o noivo dela, como ele me disse.

—Não deveria deixar de aproveitar seu sábado porque não estou no clima de sair.

Ele me ignorou começando uma melodia no violão. 

Meu coração disparou a reconhecer a música, achei que ele não fosse cantar, afinal o canto vinha antes da melodia, contudo depois de tocar a primeira estrofe toda, ele voltou cantando.

cantando.

Edward Cullen estava cantando no meu quarto aquela música maravilhosa do Ed Sheeran. 

Ele levantou os olhos do instrumento musical, e olhou diretamente para mim. 

*Well, I found a woman

Stronger than anyone I know

She shares my dreams

I hope that someday I'll share her home

I found a lover

To carry more than just my secrets

To carry love, to carry children of our own

 

Eu estava esperando mais o que dá vida? Um raio caísse em cima dele e a fumaça formase os letreiros ‘’ESSE É O CARA’’? 

Eu queria Edward, Edward me queria, eu só tinha que assumir o controle da situação.

Me levantei do meu lugar no meio da cama e sentei no chão a sua frente. Ele parou de tocar esperando meu próximo movimento.

Retirei o violão do seu colo, coloquei ao nosso lado. Muito devagar me inclinei mais em direção a ele, me apoiando nas mãos, e encostei meus lábios no seus.

Edward gemeu baixinho, uma mão segurou minha cabeça me trazendo para mais perto, perdendo a vergonha, me sentei em seu colo com um perna de cada lado, o beijando com vontade. Ele manteve uma mão em minha cabeça, e outra em volta da minha cintura me puxando para junto de si.

Tudo o que eu sentia era Edward, tudo que eu queria sentir era Edward.

Não sei quanto tempo nos beijamos, poderia ter sido dias. Ora beijos mais intensos, ora mais calmo, provando e testando os lábios um do outro.

Abri os olhos e encontrei os dele também abertos. Ficamos nos encarando intensamente, lábios próximos respirações erráticas.

—Finalmente. -Ele disse. -achei que eu teria que te escrever uma carta contando meus sentimentos.

—Eu teria adorado ler.

—Talvez eu escreva. -Ele disse e voltou a me beijar.

—Estou querendo sentir seus lábios nos meus desde nosso primeiro encontro. Aquele beijo não concluído.

—beijo não concluído?

—Bella no momento em que pus os olhos em você, senti nossas almas se beijarem.

Ele disse aquilo com tanta intensidade que eu só pude ficar olhando para aqueles olhos incrivelmente verdes e  intensos.

Eu estava apaixonada por aquele homem lindo e sexy entre minhas pernas.

 


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Notas finais do capítulo

https://www.youtube.com/watch?v=2Vv-BfVoq4g

*Bem, eu encontrei uma mulher
Mais forte que qualquer um que eu conheço
Ela compartilha meus sonhos
Eu espero que um dia eu compartilhe seu lar
Eu encontrei um amor
Para carregar mais do que apenas meus segredos
Para carregar amor, para carregar nossos filhos.
O que acharam?! Notaram como a Bella ficou completamente apaixonada pelo Edward logo de cara? Entendem mais ela agora? Vejo vcs nos comentários bjss