Rubro escrita por Siaht


Capítulo 12
11. Louca


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!! ;D
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem do capítulo! ♥
ALERTA DE GATILHO: esse capítulo vai falar sobre automutilação, ataques de pânico e transtornos de ansiedade. Não é nada explícito ou descritivo, mas fica o aviso mesmo assim.

{Palavra do dia: ALVIDRA - decidir tendo em conta convicções e opiniões próprias}



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/782734/chapter/12

— Você está bem? — Louis indagou preocupado.

— Estou.

— Quer que eu soque o Wright?

— Não!

Frida suspirou incerta de sua alvidra. Talvez o idiota com quem discutira merecesse um soco...

— Apenas odeio aquela palavra. Louca. É misógina...

 — ...

— É o que sou.

A menina puxou a manga da blusa, revelando as cicatrizes.

 — Não faço mais isso. Tomo remédios, faço terapia. Esforço-me diariamente para não cair na espiral de auto-ódio. Mas sou louca.

Louis suspirou.

— Tive meu primeiro ataque de pânico aos 11 anos. Tomo remédios para ansiedade desde os 13. Às vezes mal consigo sair do quarto. Também sou louco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok, mais um capítulo que foi difícil escrever, porque eu queria enfiar mais informações do que o número de palavras permitiam.
Frida e Louis têm suas questões. Eles não vão salvar um ao outro, não acho que isso seja possível e não é o objetivo, além disso, os dois fazem terapia e tomam seus remédios para isso, mas é legal ter alguém que vai entender e não julgar. Sem falar que é um passo a mais para se conhecerem de verdade.
A Frida é sim uma menina super consciente e inteligente e que se esforça para ser entender seu valor como uma mulher latina e aborto, mas isso não quer dizer que sempre foi fácil, até porque ela é muito nova. Mas entender toda as consequências que o auto-ódio, que a sociedade a fez desenvolver, na sua vida e saúde mental é uma das coisas que a joga na militância.
P.S.: chamar mulheres de loucas durante uma discussão é simplesmente misógino. E a Frida se sentir estigmatizada por ter uma doença mental não quer dizer que esse estigma seja correto. Pelo contrário.
Beijinhos,
Thaís