Norman contava outra vez a história aos netos, respondendo as mesmas perguntas de sempre e olhando de soslaio para Natasha, a ruiva hirsuta que se recusava a ouvir calada, o conto do avô.

Não passava de besteira, era o que ela pensava. Não era possível que existisse Bruxa alguma vivendo no Parque da frente e muito menos uma com mais de um século de idade.

E enquanto ela e os primos discutiam isso, diante do olhar irritado do avô, ninguém se dava conta da figura pálida que sentava-se na cadeira da varanda, ouvindo tudo com divertimento em seus olhos dourados.