Assim que botou os pés para fora daquele apartamento Scorpius sentiu toda dor arrastar seu peito. As lágrimas queriam sair mas o loiro precisava ser forte para cumprir a missão que lhe foi dada.

Horas mais cedo Harry Potter havia lhe chamado em seu gabinete dizendo que tinha uma missão para o jovem auror, mas que infelizmente era completamente secreta. Scorpius teria que servir ao governo bruxo Alemão por alguns meses, pois uma organização de bruxos das trevas estava tentando fazer uma guerra bruxa entre a Alemanha e a Rússia. O primeiro ministro bruxo inglês que havia acabado de assumir depois de anos de governo de Hermione estava uma pilha, precisavam de um auror que já tivesse tido contato com artefatos das trevas. O senhor Potter tinha Scorpius como homem de confiança e sabia que o jovem era o melhor para esse serviço. O loiro até pensou em recusar, mas sabia que não era um pedido e sim uma ordem. Harry também mandou que não contasse nada a outros aurores até o fim da investigação, inclusive Albus. E que também não poderia contar a Rose. Foi o próprio Potter que com tristeza sugeriu que o loiro pedisse a sobrinha um tempo ou terminasse com ela.

Agora ele está parado em frente ao apartamento onde dividia com Rose, ouvindo o choro da ruiva no outro lado da porta, aquilo cortava o seu coração. Faria de tudo para aquela missão acabar rápido e voltar para os braços da sua amada. Pensando assim aparatou direto na entrada do ministério bruxo.

Seguiu para a seção dos aurores. Pode ver seus amigos rindo de histórias engraçadas de missões antigas, alguns olharam e estranharam o Malfoy chegar com duas malas. Caminhou em direção a sala de Harry, podia ouvir a voz de Albus conversando com o pai sobre coisas triviais. Adentrou na sala caminhou em direção a mesa do chefe.

—Estou pronto Senhor Potter. - disse com a voz embargada.

Harry suspirou pesadamente. Levantou da mesa ignorando completamente o filho que não entendia o que estava acontecendo. Pegou um livro que estava sobre a mesa. Entregou a Scorpius.

—Vou mandar ativá-la. Dentro de alguns minutos você estará na Alemanha.

Scorpius confirmou com a cabeça e saiu em direção a sua sala. Albus tentou segui-lo porém foi impedido pelo pai.

Ao chegar a sua sala o loiro olhou para cima da mesa e viu o porta retrato com duas fotos. Uma delas era sua com sua família, seu pai, mãe e irmã, na outra era uma com Rose no apartamento dos dois ainda vazio. Pegou o objeto e colocou dentro da mala.

—Está na hora.

—Mais que merda! - disse o loiro jogando os papéis longe.

Fazia quase dois meses que estava na Alemanha e não havia progredido muito.

—Se acalme Malfoy. - disse o jovem rapaz a sua frente com um pouco de sotaque. - Logo as coisas se encaixam.

O rapaz tinha os olhos verdes e os cabelos castanhos, era bem mais novo que Scorpius e havia sido designado a ele por indisciplina.

—Tudo bem Adam. Acho que por hoje já deu. Pode ir para casa.

O jovem se retirou se despedindo do loiro que juntou suas coisas e seguiu para o hotel onde estava hospedado. Claro que ele havia levado trabalho consigo para o quarto. Mas naquele dia tudo que queria era seu apartamento em Londres. Sua cama com Rose ao seu lado.

A como estava difícil aqueles meses longe da ruiva. Queria saber como ela estava, se estava bem, seu alimentando direito, dormindo direito. Havia recebido uma carta de sua mãe, mas não havia notícias da jovem ruiva.

Como sentia falta dela. Em dias assim deitava a cabeça no colo dela enquanto ela massageava seu cabelo.

Pegou a foto que ele havia colocado na cabeceira da cama do hotel e olhou novamente o sorriso da ruiva na foto.

Como sentia saudades daquele sorriso.

—Como será que você está minha pequena?

Se Rose o visse agora estaria gritando devido ao maldito cigarro em sua boca. Havia adquirido o maldito hábito de fumar na Alemanha em quatro meses. Era uma forma de desestressar e não pensar em Rose, ainda mais depois da carta de Lyra. Não respondia as cartas da família mas aquela em sua mão lhe dava vontade de responder, mas não podia.

Rose estava sofrendo tanto quanto ele. Saber da dor dela o deixa ainda mais triste. A dor no peito aumentava a cada instante que lia a carta escrita pela irmã.

Lembrava do quanto a ruiva havia sofrido por ter caído na sonserina, dos meses que chorava no dormitório por não receber cartas do pai. Lyra se aproximou de Rose e tornou- se a melhor amiga da ruiva e ele o melhor amigo de Albus. No segundo ano se aproximaram um pouco mais. Ainda mais depois da pegadinha com a nova professora de poções. No terceiro ano, se tornaram o quarteto sonserino, os quatro viviam grudados e ainda tinha Anthony Zabine para completar o quinteto de renegados. No quarto ano as insegurança de Rose sobre a aparência vieram a tona para o loiro. Rose se achava fora dos padrões. Scorpius achava que aquilo tudo era ridículo e que a ruiva era linda. No quinto ano seus sentimentos pela sua melhor amiga começaram a florescer, mas era difícil enfrentar a barreira que Rose havia criado em si, ainda mais depois do Wood havia feito. Porém no sexto ano depois do beijo na sala dos monitores tudo mudou e naquele mesmo ano os dois começaram a namorar.

Estava preocupado com a ruiva. Tudo o que não queria era ver Rose sofrer.

—Me perdoe meu amor.

—Feliz Natal! - disseram todos os membros daquela sala juntos.

O departamento de aurores da Alemanha decidiu fazer uma festa de Natal. Então muitos haviam trazido família e o loiro estava sozinho encostado em sua porta do departamento.

Se sentia um intruso no local. Era para estar na Toca com Rose e quem sabe a pedindo em casamento como todos imaginavam. 

Mas estava longe da ruiva, dos doces da dona Molly, dos jogos de xadrez com seu sogro, da discussão do casal capa de revista, das birras de Albus, das pegadinhas de Fred e James, da gritaria de Lily com Anthony. Mas sua maior distância era Rose. 

—Feliz Natal Hyperion. - falou Mia.

Mia Kiefer era  loira e olhos azuis estava na equipe que trabalhava junto com o loiro e sua irmã Verena Kiefer. Claro que estava sempre jogando verde para o lado de, além de agir de forma indisciplinar.

—Feliz Natal Kiefer. - disse meio seco.

—Ja lhe disse para me chamar de Mia, não precisamos de tanta formalidade. - disse ela colocando as mãos sobre a camisa de Scorpius que segurou os dois braços de maneira delicada afastando-os.

 -Eu prefiro continuar com as formalidades. Com licença. - disse indo em direção a sua sala.

A loiro bufou e seguiu o loiro.

—Kiefer por favor me deixa em paz! - falou curto e grosso ao ver ela passar pela porta de sua sala.

—Eu não sou boa para você Hyperion ? - disse ela com voz manhosa. - Não sou bonita o suficiente? - perguntou de forma sexy.

—Kiefer, sai da minha sala agora. Eu não estou afim de você. Nem nunca vou estar.

A jovem riu achando que o Malfoy estava jogando com ela.

—Hora Malfoy. Todos uma vez me querem- disse colocando as mãos sobre a mesa de Scorpius.

—Mas eu não.- disse Scorpius de forma dura. - Agora saia e feche a porta. Vá curtir seu Natal Kiefer.

A loira bufou e jogou todas as coisas que estavam na mesa no chão. Inclusive o porta retrato com a foto de Rose.

—O que você fez sua louca? -falou recolhendo os papéis - Você sabe o quanto isso é importante para mim sua pirralha mimada? - falou pegando o porta retrato no chão vendo que a foto adquiriu pequenos arranhões.

—O que está acontecendo aqui? - disse a voz feminina na porta.

Era Verena, loira de olhos claros e porte elegante para uma auror.

—Sua irmã estava me importunando senhorita Kiefer.

—Mia saía! - falou Verena apontando para a porta.

A loira mais nova bufou e seguiu porta fora.

—Me desculpa Malfoy. Mia às vezes é um pouco sem noção.- disse ajudando Scorpius a recolher os papéis. - Vou pedir para o chefe mudá-la de setor.

—Tudo bem. Obrigado.- disse o loiro ainda olhando para a foto.

—Bonita ela. - disse a loira vendo a foto de Rose. - Uma beleza rara.

—Queria que ela acreditasse nisso.

—Sua mulher? -perguntou a loira.

—Namorada, ou melhor ex namorada. Terminei com ela para poder cumprir a missão. - disse o loiro meio triste. - Sinto mais falta dela do que de Lyra. Só queria que isso acabasse e eu pudesse voltar para ela.

—Eu sinto muito Hyperion.- disse colocando a mão no ombro do loiro de forma solidária.

—Eu também.

—Parabéns Malfoy você conseguiu. - disse o chefe do departamento de aurores da Alemanha. - Agora me entregue o relatório e poderá ir embora. Kiefer.- disse olhando para Verena. - Seu noivo pediu para lhe dar férias. Então assim que entregarem o relatório os dois estarão dispensados. Agora vão.

Os dois estavam saindo da sala quando o chefe chamou o loiro novamente.

—Isto chegou para você ontem no fim da tarde. - disse entregando um envelope branco. - Agora saia.

O loiro seguiu para sua sala, que logo deixaria de ser sua. Chegando lá abriu o papel branco com detalhes bordados dentro havia um convite e um bilhete amassado.

"Ainda estou com raiva de você doninha"

Reconheceu a caligrafia e sua irmã e sorriu. Era o convite de noivado de Albus e Lyra que resolveram finalmente oficializar as coisas.

—Está rindo feito um palhaço inglês. - disse a voz grave a sua frente.

O loiro alto robusto e com os olhos verdes estava parado na porta do escritório do Malfoy. Tinha uma roupa preta social, porém parecia estar despojado.

—Braun, o que faz aqui? - perguntou Scorpius.

Klaus Braun era filho do primeiro ministro bruxo da Alemanha, e trabalhava na parte burocrática do departamento de aurores. Também era noivo de Verena Kiefer. 

—Vim ver Verena. Onde ela está?

—Na sala de interrogatórios. Terminando alguns para podermos encerrar o caso de vez e eu poder ir embora.

—Ah sim. E o que tinha de tão engraçado quando cheguei? - perguntou Klaus vendo que sua noiva ia demorar.

—Minha irmã e meu melhor amigo vão ficar noivos no próximo sábado. Queria estar lá. Albus deve estar uma pilha e pequena Lyra um saco.- riu ao lembrar de como sua irmã fica quando estava sobre pressão.

—Você vai Malfoy, devo encerrar o caso de vocês na quarta, aí no mesmo dia já pode voltar. Quero muito viajar com Verena para Inglaterra. Poderia me indicar lugares para ir com ela Hyperion.

Scorpius riu outra vez.

—Isso pode ser um pouco difícil, eu nunca escolhia os lugares para sair, sempre foi Rose. Ela tinha mania de querer estar no poder das escolhas e quando eu inventava de escolher, ela fazia um biquinho emburrado lindo e fechava a cara o tempo todo no passeio, até a hora da comida chegar. 

A saudade apertou no peito do bruxo ao lembrar de Rose. Já haviam se passado um ano e ele ainda sentia falta dela. Queria chegar rápido a Londres para poder tentar acertar as coisas com ela mas parecia que o tempo só demorava mais.

Scorpius estava bufando, era para ter voltado a Londres na quarta feira, porém por causa de um depoimento ele só conseguirá sair da Alemanha no sábado e ainda por cima quase no meio da festa. Havia convidado Klaus e Verena para irem com ele, mas só a loira iria já que o noivo tinha que entregar uns documentos então só iria chegar no domingo a noite.

Estavam esperando a chaga de portal para porém ir direto para casa dos Malfoy, casa onde o loiro havia crescido.

Verena estava realmente linda naquele vestido vermelho, mas Scorpius só conseguia pensar em rever Rose. Como será que ela estaria naquele momento.

—Hyperion chegou.- disse Verena ao ver o jovem trazendo a chaga de portal para eles.

Minutos depois os dois estavam na porta do mansão Malfoy, Scorpius nem se importou ou lembrou que estava acompanhado e adentro direto no salão vendo a irmã e o melhor amigo dançarem juntos.

—Espero que não tenha chegado para o final da festa. - disse o loiro chamando a atenção de todos na festa

—Scor. - Lyra gritou e correu ao seu encontro de forma alegre e espontânea.

Albus foi atrás, mas não com tanta pressa quanto a loira, estava meio preocupado com a situação.

A loira correu até o irmão,  pulou no seu colo fazendo o loiro a rodar pelo ar rindo.

—Estava com saudade de você pequena. - disse beijando o topo da cabeça da loira depois de colocá-la no chão.

—Achei que só viesse para o casamento. - falou Albus o comprimentou um pouco recuso.

—Na verdade era para termos chegado antes, mas o chefe do departamento Alemão não estava aceitando meu relatório final, então atrasou a nossa viagem. - disse o loiro sem jeito.

—Nossa viagem? - repetiu Lyra olhando para o irmão.

—Esqueci de apresentar. Pode vir - disse ele chamando alguém do lado de fora. 

Verena entrou no salão arrancando alguns suspiros de marmanjos que estavam no local e alguns olhares curiosos.

—Esta é Verena Kiefer. Esses são minha irmã Lyra Adhara Malfoy e meu melhor amigos Albus Severus Potter. - apresentou.

—É um prazer conhecer vocês, Hyperion fala muito em vocês. - disse ela com um pouco de sotaque.

—Engraçado, nunca ouvimos sobre você. - disse Lyra um pouco ácida.

—Lyra! - censurou Scorpius que fez cara feia e olhou para o irmão com um olhar de depois conversamos .

—Sinta-se a vontade senhorita Kiefer. Eu preciso falar com… Onde ela foi? - disse Lyra olhando para trás procurando alguém.

—Merda. - disse Albus olhando para onde a noiva olhava. - Lyra meu amor, encerre a festa por mim, eu vou atrás dela, antes que cometa uma loucura. - falou olhando para a noiva que assentiu com a cabeça. - E você Malfoy temos muito que conversar. - disse olhando para Scorpius que não entendeu a atitude do amigo.

Albus deixou os três sozinhos enquanto Astoria e Draco se aproximavam sorridentes.

Astória foi direto abraçar o filho para ver como ele estava enquanto Draco olhava o genro sair correndo.

—O que houve?- perguntou Draco.

—Papai encerre a festa por favor eu vou para meu quarto, esperar notícias de Al. - falou Lyra sem ao menos se despedir.

—Onde Albus foi minha pequena? - perguntou Draco enquanto a filha saia.

—Onde o Senhor acha papai, atrás de Rose. - disse Lyra indo em direção aos quartos no segundo andar.

—Rose estava aqui? - perguntou Scorpius estático.

—Claro meu amor, ela a madrinha. - falou Astória que agora conversa com Verena.

Scorpius engoliu seco, uma dor invadiu seu peito sem nenhum explicação. Saber que se passava na cabeça de Rose era o que mais queria o loiro, além de tê-la outra vez.

—Vem seu pai vai encerrar a festa, vou levar você pro seu quarto e acomodar a sua namorada nele . - disse Astória.

—Oh não Senhora eu não sou namorada de Hyperion. Somos só amigos. Meu noivo até viria conosco porém houve um imprevisto. - falou um pouco embolada a jovem.- Não se preocupem, minhas bagagens já estão no hotel. Klaus deve chegar amanhã para aproveitarmos nossas férias.

—Claro. Vou mandar Frida arrumar seu quarto Scor pode esperar um pouco.

O loiro só assentiu concordando com mãe.

Verena viu o casal Malfoy se afastar assim colocou a mão no ombro de Scorpius.

—Rose é a garota da foto? - falou lembrando do incidente do natal.

—Sim.

—Eu sinto muito Hyperion. - disse virando as costas para o loiro.

Estava sentado na sala dos Malfoy. Nem parecia que a algumas horas atrás havia tido um banquete naquele lugar. 

O loiro estava sentado na janela, com cigarro na boca. Estava ainda com a roupa que usará mais cedo e olhava a chuva forte que caía pela janela.

Ele não imaginou nas consequências de deixar Rose a longo prazo e achou que senhor Potter fosse informar algo ao menos a sua família, mas o pouco que conversou com sua mãe soube que nada disso havia sido feito.

Estava preocupado com a reação de Rose. Tinha medo do que poderia acontecer entre eles dois.

—Você foi um tremendo babaca Hyperion. - disse seu pai de roupão sentado na poltrona em frente ao filho.

—O maior de todos. Pensei na minha carreira e só. - falou o loiro mais jovem tragando o cigarro.

—Deixe sua mãe lhe ver fumando que vai fazer você engolir esse cigarro.

O loiro riu.

—Rose me faria fumar todos de uma vez. Ou jogaria um feitiço para eles explodirem sempre que eu colocasse na boca.

—Você pensa muito nela? - perguntou Draco.

—Mais do que em mim mesmo.

—Amanhã quando as coisas se acalmarem, vá atrás dela, explique tudo. Ela te amo Scor, mas tá muito ferida.

—Obrigado pai.

O mais velho sorriu para o filho, mas quando ia dizer algo recebeu um chamado da lareira do seu escritório que ficava ao lado.

—Preciso atender é do hospital.

Assim que o pai saiu o loiro voltou novamente a olhar a chuva que caía lá fora, mas com menos de um minuto ouviu os passos da sua irmã apressados em sua direção.

—É tudo culpa sua! - gritou a jovem dando um tapa na cara do irmão.

—Você tá louca Lyra?- disse perplexo o loiro.

—É culpa sua! - falou agora batendo no peitoral do irmão. 

Scorpius seguros os braços de Lyra e só agora havia reparado que a irmã estava com os rosto cheio de lágrimas.

—Adhara o que é culpa minha? - falou pausadamente.

 -O que aconteceu é culpa sua! SUA. Eu não vou te perdoar por isso Hyperion, se acontecer algo pior eu nunca vou te perdoar! 

—Lyra o que aconteceu? - o loiro não estava entendendo nada.

—Lyra deixa seu irmão.- viu seu pai dizer se aproximando com sua mãe que não estava com uma cara boa quando abraçou a filha.

—É culpa dele pai! Toda dele.

—Minha filha, ele não tem culpa. - Astória tentou acalmar a filha.

—Ele tem sim! - gritou a jovem Malfoy.

—Só que você está me culpando Lyra? O que aconteceu? - gritou o loiro sem entender nada.

Senhor Malfoy respirou fundo e olhou para o filho de forma calma.

—Scorpius, sente-se. - disse apontando para cadeira ao lado.

—Mas pai…

—Sente-se - cortou o filho que sentou emburrado.- Aconteceu um acidente, grave, muito grave.

—Com quem pai? - perguntou Scorpius com medo da resposta.

Draco respirou fundo antes de responder o filho.

—Como Rose. Ela está no hospital entre a vida e a morte.

O mundo do loiro havia acabado de desmoronar naquele momento. E Lyra tinha razão a culpa era dele.