The Sirens escrita por jduarte


Capítulo 12
Where It Starts


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas,

Sumi por um tempo por aqui, mas foi por motivos maiores! Espero que gostem do capítulo!

Beijoss,
Ju!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/780938/chapter/12

A matéria rolou pela tela de meu telefone enquanto eu tomava café da manhã, e fez com que a comida caísse pesada em meu estômago. Sirens eram motivos de discussões há décadas, e há apenas alguns anos encontraram evidências da existência daquela espécie tão diferente, mas ao mesmo tempo tão igual aos humanos.

Principalmente agora, que eu trabalharia diretamente com essas criaturas, meu coração parecia se apertar toda vez que eu ouvi a palavra “Sirens”.

Hoje era o dia de minha mudança. Eu levaria apenas as minhas roupas, sapatos e documentos necessários. Meu irmão não havia vindo para casa na noite anterior, e isso me incomodava de uma maneira fora do normal.

Ele estava me evitando propositalmente.

Peguei a xícara de café de cima da mesa, e bebi. Minha careta por estar gelado, fez com que eu fizesse uma careta e derramasse o restante do café na pia da cozinha.

A tranca da porta fez barulho, anunciando a chegada de alguém e eu respirei fundo.

— Nerissa, ainda está em casa?

Passos rápidos vieram em minha direção e eu cruzei os braços em cima do peito. Meu irmão parou na porta da cozinha, surpreso por me ver em casa ainda.

Ele abriu a boca para me dizer algo e eu o cortei.

— Não, ainda não saí. Fique tranquilo, sairei em 5 minutos. – lhe poupei de fazer as perguntas.

Meu irmão cruzou os braços em cima do peito, e pendeu o corpo para o lado, se apoiando na parede da cozinha.

— Nessa, precisamos conversar...

— Lanikai, você já me disse tudo o que tinha para dizer. – olhei o relógio dramaticamente, e suspirei. — Bom, preciso ir. Te vejo por aí.

— Nessa, por favor...

Balancei a cabeça negativamente, como se fosse um pedido silencioso para que Kai não falasse nada. Seria melhor assim. Ele tinha feito suas escolhas, e mesmo que eu não entendesse, respeitava o que meu irmão gostaria. Segurei nos braços a última caixa de cima da mesa de jantar e saí pela porta da frente, entrando dentro do carro, e colocando no GPS do telefone o endereço de minha mais nova residência.

O laboratório não era longe, apenas algumas milhas de distância de onde eu morava, e de onde era o Aquário. Meu carro encontrou uma barreira, e um guarda veio me recepcionar na guarita.

— Posso ajudar? – ele perguntou, com os óculos escuros escorregando até a ponta do nariz. — Identificação, por favor.

Estendi meu cartão de identificação do Aquário e ele assentiu, me devolvendo.

— Seja bem-vinda, senhorita Wells. – ele disse, e me liberou para continuar seguindo em frente.

Esperava ver diversas casas naquele condomínio, quando me toquei que aquilo não era um condomínio e sim uma instalação do governo. A rua continuava por mais alguns minutos, com várias árvores de ambos os lados. E então, a rua se abriu para a entrada de uma construção de vidro, com uma placa que dizia: Sebastian Corporation.

Meu coração bateu forte no peito, e eu respirei fundo.

Hoje seria o começo de uma aventura, eu tinha certeza disso. Seria o começo de algo maior do que eu.

A construção de vidro se estendia pela costa da praia, se estendendo imponente no meio daquele mar azul cristalino e das nuvens branquinhas no céu. A construção era uma mistura de vidro e concreto, com colunas largas e uma fonte na frente, perto da entrada.

Estacionei o carro e tamborilei os dedos pelo volante, ansiosa, mas também um tanto quanto receosa.

Respirei fundo várias vezes e então saí do carro, carregando minhas coisas com os braços, quase não conseguindo enxergar o que estava na minha frente.

Subi as escadas do laboratório com passos cuidadosos, e então, antes que eu pudesse baixar minhas coisas no chão e abrir a porta, ela se abriu. A confusão se instalou em minha cabeça.

— Bom dia, senhorita Wells! – a voz animada de uma mulher atingiu meus ouvidos. — Estava esperando por você.

O peso diminuiu em meus braços e eu praticamente agradeci. Agora era possível ver a mulher, um pouco mais alta do que eu, usando um jaleco branco e o cabelo claro preso em um coque no topo de sua cabeça.

Ela sorriu amigavelmente, e eu retornei o sorriso.

— Eu até lhe daria um abraço de boas vindas, mas estamos com as mãos ocupadas, não é mesmo? Meu nome é Ella. – ela sorriu de novo e deu espaço para que eu entrasse no laboratório. — Vou te mostrar onde você ficará.

A porta se fechou quando passei por ela, fazendo um barulho alto de tranca e me assustei.

— Isso foi a tranca automática do laboratório. – ela me explicou e eu assenti. — Nosso laboratório tem uma das melhores tecnologias do mundo, e uma dessas é a tranca automática e a porta por reconhecimento facial.

Minhas sobrancelhas se juntaram em confusão, e quando a mulher se virou para ver se eu ainda a acompanhava, ela riu. O corredor que dava acesso à entrada do laboratório, era enorme. Com as paredes com um tom de madeira, e o piso escuro e frio de mármore, dava um contraste maravilhoso com algumas das obras coloridas espalhadas pelo corredor.

O corredor se abriu para uma área de recepção que era igualmente grande, também acompanhando as cores quentes, com as pinturas coloridas, trazendo cor ao ambiente moderno. Havia a mesa da recepção, com algumas cadeiras dispostas pelo cômodo, aparentemente muito confortáveis, assim como uma grande área de leitura no canto esquerdo da recepção.

Era tudo muito bonito, meu queixo havia caído.

— Então quer dizer que a porta abriu porque reconheceu minha cara? – perguntei debilmente, ainda embasbacada pela visão à minha frente.

Ela assentiu.

— Doideira, não é?

Doideira mesmo, pensei sozinha e continuei seguindo a mulher, laboratório a dentro.

Vamos entrar na área onde vocês vão ficar e quando largarmos suas coisas lá, começaremos o tour, okay? – ela disse. Percebi que pelo “vocês”, ela também estava falando de Kai, e preferi ignorar.

Somente assenti. Mais alguns passos à frente, encontramos outra porta alta, igualmente moderna, com uma tranca biométrica. Ella fez menção para que eu colocasse meu dedo na tranca e assim que minha digital foi reconhecida, a porta se abriu silenciosamente, dando passagem para nós.

Seja bem-vinda, senhorita Wells. – uma voz robótica surgiu assim que pisei no corredor. Minha respiração ficou presa na garganta. — Doutora Ella, que horas devo começar a sincronização de senhorita Wells?

Me virei para olhar para Ella.

— O que diabos é isso? – perguntei, verdadeiramente pega de surpresa.

— É um sistema de reconhecimento de voz e imagem, como se fosse sua agenda particular e um mordomo, tudo em um só aparelho. – Ella me disse. — Intel, comece a sincronização quando a senhorita Wells voltar sozinha para os seus aposentos.

Entendido.— Intel, ou seja lá o que aquela coisa fosse, respondeu.

— A tecnologia é algo maravilhoso, não? – Ella perguntou, se direcionando à mim e eu só consegui responder com um assentir de cabeça e um sorriso levemente amarelo. Ela limpou a garganta, e tomou frente para me guiar por meus aposentos. Chegamos à uma porta de madeira, igualmente alta como a outra, porém pintada de uma cor clara, e havia reconhecimento facial, como a outra, assim como a tranca por biometria.

Eles realmente prezavam bastante pela segurança, não?

— Fiona contratou alguns decoradores para virem dar um jeito nessa ala do laboratório, especialmente para você. — Ella comentou e eu sorri.

Fiona já havia me dito, mas ter a certeza de que ela tinha feito aquilo especialmente para mim, fazia uma parte de meu coração se aquecer.

— Estamos entrando por dentro do laboratório, onde você terá acesso mais fácil. Porém também tem uma entrada lateral, então não se preocupe com questões de segurança. Ninguém, além de você, tem acesso à essa entrada por dentro do laboratório. – Ella me disse e fez mais uma vez um gesto para que eu destrancasse a porta de madeira.

Meu dedo encaixou direitinho na tranca biométrica e um barulho fez com que a porta se abrisse, como a anterior. Prendi a respiração, esperando por algo que eu não sabia o que era.

— Espero que goste do seu cantinho, Nerissa. – Ella me disse, e entrou atrás de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Sirens" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.