Dobro Pozhalovat' v Katsu escrita por Haruyuki


Capítulo 21
A Gaivota se reúne para enfrentar o Inimigo




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[Hasetsu - Japão]

Goemon:

Estamos em Ice Castle. Usar entrada secreta.

Arsene:

Entendido.

Já é fim da tarde quando duas mulheres estrangeiras andam de mãos dadas pelas ruas da cidade deserta de Hasetsu. Uma delas usa olhos escuros e tem longos cabelos negros, enquanto a outra, que é mais alta, tem cabelos loiros curtos. Ambas carregam duas malas pequenas e bolsas esportivas e estão segurando um mapa. Então, um carro que surge na direção oposta a delas passa na rua a esquerda e freia bruscamente antes de andar de marcha ré até elas.

"Konnichi wa." O motorista, um cara japonês com os braços todo tatuado e colares de ouro pendurados por cima de uma camiseta branca, diz para elas ao abaixar o vidro do motorista. "Turistas?"

"Sim." A garota de óculos escuros diz, inclinando a cabeça. "Nós estamos procurando uma arena de patinação de gelo."

"Aaaah." O homem franze a testa, desviando o olhar delas por um tempo. "Eu poderia dar uma carona para vocês."

"Sério? Nós não queremos atrapalhar você." A moça diz, olhando para a outra. 

Ela olha para a outra mulher, que fica apenas olhando para o motorista com o rosto franzido e fala em outra língua com ela. O motorista misteriosamente sente um frio na barriga e engole em seco quando a outra mulher apenas afirma com a cabeça.

"Nós aceitamos a carona." A moça de óculos escuros diz, com um sorriso encantador no rosto. "E me desculpe pela minha irmã, ela só fala coreano."

"Oh." O motorista apenas diz, se ajeitando no banco ao observar a mulher de óculos escuros circular a frente do carro e abrir a porta do carona.

Ele escuta a outra se sentando no banco de trás, mas acaba olhando para a que se senta ao seu lado, notando como o vestido dela se levanta e deixa a mostra um maravilhoso par de coxas. Ele desperta de seu transe quando a outra mulher limpa a garganta. 

"Ah, certo. Arena de patinação de gelo." Ele gagueja, começando a dirigir pelas ruas. 

Mas então, para o choque dele, ele sente algo duro e frio encostar no pescoço. Ele olha para a mulher horrorizado, chocado ao ver que ela está segurando uma arma. Uma maldita arma que está apontada no pescoço dele. 

"Me desculpe, querido, mas sabe como é." Ela diz, novamente inclinando o rosto para ele. "Nós não podemos ter testemunhas."

E de repente, o motorista desmaia.

"Hasetsu está mesmo morta."

"Isso porque Kirihara nunca se preocupou em dar a cidade o que ela precisa."

"É triste ver tantos lugares que marcaram a minha infância agora estão fechados ou destruídos por causa do egoísmo de alguém."

"Não se preocupe, Yuuri. Em breve, quando o desgraçado morrer, a cidade finalmente poderá ser melhor para todos nós."

"Você acha que Yura iria gostar daqui?"

"Com certeza. Mas e quanto ao Pakhan?"

"Eu… não quero pensar nele."

Já é de noite quando Yuuri e a mulher de apelido Milady chega no prédio do antigo ringue de patinação Ice Castle. Yuuri chora silenciosamente ao ver o ringue que ele passava a maior parte de sua infância antes de Kirihara com rachaduras, pichações, letras faltando no topo. Isso só se torna mais um motivo para acabar com Kirihara e salvar Hasetsu. Milady solta um longo suspiro, segurando a mão dele.

"Bote para fora, Yuu. Bota para fora tudo o que o maldito te fez." Ela apenas diz.

Acendendo um cigarro e o colocando na boca, ela fica a esperar por ele enquanto recorda as suas memórias de quando tudo ainda estava tranquilo em Hasetsu.

Na parte interna do ringue, os dois encontram algumas pessoas nas arquibancadas, conversando seriamente. Yuuri se assusta ao ver que o gelo está intacto e abre um largo sorriso triste.

"Kamome." Nishigori diz, fazendo a conversa ser interrompida e todos os outros se foquem neles.

"Yuuri Katsuki. Apelido: Arsene." Yuuri diz, sorrindo para ele.

"Takeshi Nishigori. Apelido: Goemon." Takeshi afirma com a cabeça para ele.

"Seung-Gil Lee." O homem que atua como Watanabe cruza os braços. "Zorro."

"Isabela Yang. Apelido: Noir." A noiva de Jean-Jacques Leroy diz, acenando para ele com a mão direita.

"Guang-Hong Ji. Meu apelido é Alibaba." Um adolescente diz timidamente.

"E eu sou Leo de la Iglesia e meu apelido é Joker." Um garoto que aparenta ser apenas um pouco mais velho que Guang-Hong também acena com a mão para eles.

"Mari Katsuki. Milady." 

E com isso, todos os membros ali presentes estão cientes da identidade um do outro.

"E quanto a Ace?" Yuuri pergunta, lembrando que o líder de 'Kamome' também deveria estar ali.

"Minako está lidando com Kirihara e Crispino. O líder da famiglia italiana culpa Kirihara pelo 'sequestro' da irmã querida dele e está exigindo que ele assuma responsabilidade por isso." Takeshi explica para ele, que respira fundo, temendo pela pergunta que irá fazer agora.

"E quanto ao Ryokan da minha família?" 

"Infelizmente, Kirihara ficou tão furioso com o desaparecimento dos Katsukis que em um ataque de fúria que deixou a parte interna toda bagunça e muitas coisas foram destruídas." Takeshi responde, colocando as mãos nos bolsos da jaqueta esportiva. "Me desculpa, Yuu."

"Está tudo bem, Nishigori. A culpa é dele." Yuuri olha para Mari, que afirma com a cabeça para ele. "Eu gostaria primeiro de agradecer por se juntarem a nós com o objetivo de acabar de vez com Shirou Kirihara. O plano é o seguinte. Eu, Alibaba e Noir iremos nos infiltrar disfarçadamente com a ajuda de Zorro. Nós seremos gueixas contratadas para entreter Kirihara contratadas por Zorro, mas eu preciso que vocês dois tenham a mesma tatuagem que eu nas costas." Yuuri começa a explicar o plano para eles e Seung-Gil é o primeiro a olhar para ele com surpresa. "Mas antes, nós iremos acabar com os lacaios de Kirihara que vigiam Hasetsu. Goemon, eu conto com você para nós equipar bem e garantir a segurança de sua família."

"Muito obrigado, Yuu. Eu tenho certeza que Yuuko ficará feliz em saber que você está aqui." Ele diz, abraçando seu amigo de infância.

"Mais uma coisa. Oracle e Carmen estão coletando informações sobre Kirihara, então entrem em contato com elas para qualquer ajuda. Iremos começar a operação esta noite às 23 horas e a limpeza deverá ser feita até às 5 da manhã. Temos 5 horas até o início, então sugiro que se alimentam e descansem até meia-horas antes onde iremos definir o desígnio das áreas de cada um." Ele então solta um longo suspiro. "Dúvidas?"

Após receber diversos nãos deles, Yuuri afirma a cabeça e se afasta um pouco, se sentando nas arquibancadas e se deitando ali mesmo.

"Nee-chan?" Ele pergunta, fechando os olhos. 

"Hm?"

"Eu estou muito cansado." E ele acaba adormecendo no exato momento que sente a mão dela deslizar sobre seus cabelos.

~x~

Viktor não consegue deixar de congelar ao ver o menino de 8 anos ali, de braços cruzando e o olhando com raiva. Ele e Lília Baranovskaya. 

"Eu sei que eu sou um idiota." Ele diz, engolindo em seco.

Lília apenas levanta a sobrancelha para ele. Yura… solta um rugido.

"Idiota? Você é muito mais do que isso!" O menino exclama, furioso com ele. "Você sabia que ele teve um ataque de pânico depois de ter se despedido de você, a ponto de chorar quando eu finalmente consegui acalmar ele? Tudo porque ele finalmente ele contou tudo para você e você simplesmente mostrou que ele tinha razão quando se trata dos medos dele."

"Medos?" Viktor pergunta, com a testa franzida. "E você sabe?"

"É claro que eu sei que ele é mais legal que o Batman. E meu pai é humano, seu imbecil." O menino diz, descruzando os braços. "Você… vai até ele?"

"Da." Viktor responde, se ajoelhando na frente dele. "Eu prometo para você que irei trazer ele de volta."

"Ok. Faça isso e eu abençoo você para se casar com ele." Viktor arregala os olhos com o que escuta.

"O… que?" Mas o menino apenas afirma com a cabeça e o deixa ali sozinho.

Casar? Viktor poderia se casar com Yuuri?

~x~

Naquela noite, Hasetsu é banhada em sangue. Sangue Yakuza que é derramado em silêncio enquanto Shirou Kirihara tenta sem resultado controlar Michele Crispino. E então, chega o dia da invasão na residência pessoal de Kirihara. As 3 gueixas acompanham o braço direito do Oyabun pelos corredores internos, até a presença dele. De Kirihara Shirou. Yuuri sente enjôo e seu corpo se tremer ao ver o olhar daquele velho asqueroso. 

"Se foque." Ele escuta e respira fundo.

"Oyabun." Seung-Gil diz, se ajoelhando perante a ele. "Eu lhes trouxe essas moças para lhe entreter."

"Hmm. Fez muito bem, Watanabe." Shirou diz, sorrindo. "Eu estou muito esgotado por causa do maldito do Crispino. Agora, vamos ver do que elas sabem fazer."

As três gueixas se curvam para o Oyabun. Uma delas se senta em seiza e começa a tocar um shamisen, enquanto as outras duas começam a dançar lentamente para o Oyabun. E então, uma delas começam a se despir e quando o kimono desliza dos ombros dela, a tatuagem nas costas dela faz Kirihara dispor o sake que estava bebendo. 

"Oyabun?" 

Mas então, para o horror de Kirihara, a segunda gueixa também se despe e revela a mesma tatuagem e o mesmo acontece com a terceira gueixa. 

"A quanto temos, Oyabun." 

"Sou eu, Kamome."

"Eu estou aqui para me vingar de você."

"Você mentiu para mim."

"Você me usou como se fosse um brinquedo."

"Eu tive que colocar a minha boca em você."

"Eu tinha medo. Muito medo."

"Mas você me bateu."

"E me bateu."

"E me bateu."

"E me matou."

"E me matou."

"E me matou."

"Está doendo."

"Para de me bater."

"Por favor."

"E eu morri."

"E eu morri."

"E eu morri."

Kirihara está pálido, olhando de uma gueixa para outra apavorado. E então ele franze a testa para uma delas, que inclina o rosto para ele.

"Kamome." Ele sussurra. "Yuuri Katsuki. Você… está vivo."

"Eu estou." Yuuri responde, sorrindo para ele.

"Medvedev. Aquele maldito…" Mas Kirihara se cala ao ver ele erguendo uma pistola e apontar para ele.

"Vão!" Yuuri exclama, e as duas gueixas se afastam, armas em mãos. 

"Watanabe…" Kirihara começa, mas é interrompido dessa vez.

"Zorro. Você também." Seung-Gil obedece, e Yuuri abre um largo sorriso ao ver a cara de pavor de Kirihara.

"O que…"

"Agora somos eu e você." Yuuri diz, se aproximando de Kirihara.

"Não, Kamome." Kirihara diz, olhando para ele friamente. "Somos eu, você e meu novo sócio, Michele Crispino."

Mas antes que Yuuri pudesse entender o que ele quis dizer, algo o acerta com a cabeça com força e ele desmaia. 


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