Dobro Pozhalovat' v Katsu escrita por Haruyuki


Capítulo 11
Não se deve mexer com clientes de um restaurante chamado Katsu


Notas iniciais do capítulo

Mais um assassinato cometido por Viktor...



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As coisas estavam ficando normais no cotidiano de Yuuri. Ele e Yuri já se habituaram a ter a constante presença um do outro na vida deles, principalmente no período do início da noite. Enquanto Yuuri está no restaurante cozinhando, Yuri faz sua tarefa de casa sozinho e depois o ajuda limpando a parte interna do restaurante e lavando a louça do restaurante antes de ir para a escola, algo que ele não se incomoda em fazer, já que Yuuri está pagando para que ele tenha aulas de balé e patinação no gelo depois da escola.

Mas uma coisa que Yuuri percebeu esses dias é fato de que Yuri não gosta de Victor. Nem um pouco. Ele sempre se diverte vendo o menino chamar de velho idiota o Pakhan da máfia local e Viktor o chamando de bebê Yuri em troca, fazendo drama e tudo mais. 

Mas então, uma noite no fim de fevereiro, Yuuri percebe que Mila surge no restaurante mais tarde que o normal, segurando a mão de uma moça parecida com ela, só que seus cabelos ruivos são longos e ela está bastante pálida.

“Chef, nos ajude!” Mila pede, também nervosa.

“Yura, os leve para dentro.” Yuuri diz, vendo o menino parar de fazer a tarefa e abrir a porta.

Os outros clientes e ele observam Mila puxar a moça para dentro e Yuri fechar a porta, pegando imediatamente seus materiais da escola e os jogando no chão, se sentando com as costas na porta e voltando a fazer a tarefa. Isso surpreende Yuuri, que já ia pedir para ele fazer algo assim. 

Mas os pensamentos dele são interrompidos minutos depois quando um homem usando roupas pretas entra no restaurante e olha em volta.

Gde Mila? Anna? [Onde está Mila? Anna?]” Ele pergunta. 

“Seja bem vindo ao meu restaurante.” Yuuri diz em inglês, fazendo o homem o olhar com surpresa. 

Chto za khren'? Pochemu u pridurka, kotoryy dazhe ne govorit po-russki, zdes' yest' yaponskiy restoran? [Mas que porra? Por que um imbecil que não sabe nem falar russo tem um restaurante japonês aqui?]” O homem diz, fazendo todos os clientes se virarem para ele.

Vozmozhno, on ne znayet russkogo yazyka, no my znayem, i davayte ne budem dopuskat', chtoby on tak rugalsya. YA ne znayu, kogo vy ishchete, no vy nichego ne naydete zdes'. [Ele pode não saber russo, mas nós sabemos e não vamos admitir que o xingue desse jeito. Não sei quem você procura mas não vai encontrar nada aqui.]” Viktor diz friamente, e Yuuri o olha com surpresa.

Eti dvoye ... vstretyatsya so mnoy. [Aquelas duas... vão se ver comigo.]” O homem diz, saindo do restaurante.

“Meu deus, ele fede.” Yuuri diz, quebrando o silêncio.

Todo mundo olha para ele, que tampa o nariz com a mão esquerda e logo o local se enche de gargalhadas, vindas inclusive de Viktor. Ele serve cerveja japonesa para todo mundo e suco para Yuri, que continua a fazer suas lições no chão. Quando termina, ele ajeita tudo na sua mochila, dá boa noite para todo mundo e entra na parte interna do restaurante.

“Está tudo bem agora.” Ele diz, bocejando, para as irmãs que estão sentadas no sofá. “Yuuri está esperando vocês para que possam comer.”

Spasibo.” Mila agradece, e Yuri nota que a outra moça ao lado dela está chorando.

Com um aceno, Yuri vai até o único quarto do local e se deita na cama de casal ao lado de Vicchan, que já dorme curvado a si mesmo. Logo, ele dorme.

~x~

Mila e a outra moça surgem logo depois, se sentando no balcão. Yuuri imediatamente serve a elas dois copos com água gelada, algo que faz a moça o olhar com surpresa.

“Seja bem vinda ao meu restaurante.” Ele diz, sorrindo para ela. “Meu nome é Yuuri Katsuki”

“Anna. Anna Babicheva.” Ela diz, respirando fundo e bebendo água. “Irmã mais velha de Mila.”

“Vocês desejam comer algo?” Yuuri pergunta, olhando agora para Mila.

“Uma tigela de ramen. Eu e ela vamos dividir.” Ela diz e Yuuri afirma com a cabeça, voltando para a cozinha e indo preparar o prato.

Anna olha em volta, observando aquele humilde restaurante e as pessoas que estão ali. Tirando o fofo cozinheiro, todos ali são russos. O local é pequeno, se for comparar com outros restaurantes, e aconchegante. Além disso, é cercado por um cheiro delicioso, que a faz ficar com água na boca. 

“Incrível, não é?” Mila diz, rindo para ela.

“Eu não acredito.” Anna responde, olhando para a irmã mais nova com surpresa. “Por que diabos eu nunca dei ouvidos a você?”

“Isso não importa agora. Você está aqui, e finalmente vai poder comer a maravilhosa comida do chef Yuuri.” Ela responde, dando uma piscadela para ela.

Minutos depois, Yuuri surge carregando uma tigela e a estende para elas junto com palitos de madeira. 

“Bom apetite.” Ele diz, sorrindo para elas e se afastando para atender um novo cliente.

Com um pouco de dificuldade, Anna pega o macarrão da tigela e o coloca na boca. Imediatamente ela arregala os olhos. Mila dá altas gargalhadas quando ela usa as duas mãos para puxar a tigela para perto de si, indicando que agora é todo dela. Yuuri, surpreso com o que escuta, dá risada também ao perceber o que está acontecendo.

“Chef Yuuri! Eu quero Katsudon!” Mila exclama, erguendo o braço e acenando para ele.

“Entendido.” Yuuri diz, retornando para a cozinha para preparar os pratos que foram pedidos. 

Claro que Anna prometeu vir na noite seguinte para experimentar o prato.

Exceto que ela não apareceu. Nem Mila, que sempre costumava ser pontual.

Arsene:

Quero todas as informações que encontrar sobre duas pessoas.

Carmen:

Quem?

Arsene:

Mila e Anna Babicheva. Elas são irmãs e estavam se escondendo de um homem ontem de noite. 

Carmen:

Mila Babicheva. 22 anos, curtos cabelos ruivos, olhos verdes e trabalha como professora de creche escolar. Anna Babicheva. 25 anos, longos cabelos ruivos, olhos verdes e trabalha como dançarina de um clube de strip-tease.

Todas as informações serão enviadas em breve.

Arsene:

Obrigado.

Naquela noite, Yuuri coloca na porta do restaurante recado sobre festa de aniversário de Yuri, no início da noite do primeiro dia de março. 

~x~

Viktor naquele momento estava em seu escritório, de braços cruzados e observando atentamente a tela de seu laptop, que exibe informações de um homem chamado Maksim Butenko. 

O homem que estava atrás de Mila e de sua irmã na noite anterior.

Desempregado, divorciado, sem moradia e viciado e um dos traficantes de drogas ligados ao maldito do Lesnoy. Butenko costumava frequentar boates e dar em cima das dançarinas, chegando a dormir com elas em troca de dinheiro.

Será que ele culpa a irmã de Mila por ter perdido tudo?

Soltando um longo suspiro, Viktor decide fazer uma visita imediata aos clubes frequentados por ele e procurar saber mais detalhes sobre as irmãs Babicheva e Butenko.

Caminhando pelas ruas frias e escuras, indo em direção ao próximo clube da lista, Viktor para de andar e rapidamente pega sua arma, ao ouvir uma briga violenta ali perto. Para a surpresa dele, ele reconhece não só Maksim Butenko, como também Anna Babicheva.

Me deixa em paz, seu maldito!” Ela exclama, em russo.

“Eu te dei tudo, Anna!! Meu dinheiro, meu amor, minha vida. E é assim que você age comigo?!” Ele grita, dando um tapa no rosto dela. “Sua vadia desgraçada…”

“Eu acho que não, Butenko.” Viktor diz, apontando sua arma nas costas da cabeça dele e engatilhando.

Anna e Maksim olham para Viktor com surpresa. O homem a solta, empalidecendo cada vez mais.

“Quem é você? Como sabe o meu nome?” Ele pergunta, observando Viktor entrar no foco de sua visão esquerda, com a arma ainda apontada nele.

“Isso não importa. Você é um homem morto.” E Viktor atira, rapidamente matando ele.

“Não se preocupe com o corpo.” Anna diz, o fazendo olhar para ela com surpresa. “Eu posso chamar meus contatos para limpar a cena.”

“Quem é você?” Viktor pergunta, franzindo a testa para ela.

“O que é isso, Pakhan? Já se esqueceu de mim?” Anna pergunta, dando risadas. “Ou o meu disfarce é tão bom que você ainda não percebeu quem eu realmente sou?”

“Chaika?” 

“PIN PON! Resposta correta!!” Chaika diz, indo até o corpo de Maksim.

“Como...?” 

“Chaika é egoísta. Ele precisa se divertir e um local como o pequeno restaurante Katsu é perfeito para encontrar meus alvos.” Ela diz, pisando no corpo com seu salto alto preto.

“Você é um dos clientes de Katsu?” Viktor deduz, assustado. 

“E você quer se intrometer na minha diversão.” Chaika olha para ele seriamente. “Dessa vez, vou considerar um empate. Mas da próxima vez que eu ver você se intrometendo nos meus negócios, eu não vou te perdoar.” 

“E o que você faria comigo? Eu sou um Pakhan. Eu tenho poder.” Viktor diz, abrindo um largo sorriso para ela.

“De que adianta ter poder se o seu adversário é um fantasma?” Chaika pergunta, pegando um telefone celular do bolso e mandando uma mensagem para alguém. “Bem, eu tenho que ir. Até a próxima vez, Pakhan.”

Viktor ergue sua arma e a aponta para as costas de Chaika, que se vira de costas para ele e se afasta. Ele congela quando aparece uma pequena luz vermelha surge em sua mão, e começa a se movimentar pelo braço direito dele, até chegar ao seu tórax. 

Uma mira a laser, apontando precisamente no coração dele.

Ora, ora, ora.

Com um largo sorriso no rosto, ele abaixa a arma e a guarda. Segundos depois, a mira some.

Milady:

Alvo recuou.

Arsene: 

Muito obrigado.

~x~

No dia da festa de Yuri, Yuuri observa que Viktor olha ao redor do restaurante diversas vezes, como se estivesse procurando alguém. 

Chaika.

Isso o diverte um pouco, ao mesmo tempo que faz se sentir culpado. Ele começa a se perguntar como o Pakhan reagiria se Yuuri revelasse sua outra identidade para ele.

Mas ao olhar as duas irmãs Babicheva ali, rindo animadamente com os outros clientes, ele não se arrepende da escolha que fez.

...

Naquela noite, Yuuri presenteou Yuri com um gato adulto, que para o humor de todos, decide chamar ele de Puma Tiger Scorpion, mais conhecido como Potya.


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