Bem Perto escrita por ro_dollores


Capítulo 9
O adeus e a verdade


Notas iniciais do capítulo

O adeus e a verdade sobre o passado de Grissom



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Ele não soube como conseguiu, mas segundos depois estava na varanda, sentindo o ar faltar aos seus pulmões. Ele precisava falar com ela, mas também precisa sair dali.

Duas decisões uma saída apenas.

A porta foi aberta de repente o assustando, o acaso tomando uma atitude por ele.

“Grissom? A quanto tempo está aí?”

Ela tinha o rosto inchado e os olhos vermelhos.

“Nós precisamos conversar!”

Eles se sentaram na varanda lado a lado.

“Eu preciso voltar para Vegas, tenho uma reunião com meu editor.”

“Grissom …”

“Eu queria saber como você estava e …”

Ela abaixou a cabeça e apertou as mãos com força.

“Eu … vi você, Sara … eu … bati, mas você não respondeu, então fiquei muito preocupado, ouvi um barulho e entrei devagar …”

“Eu não sei o que dizer … foi um … surto … talvez …” - Ele tocou no braços dela, mas sua reação foi se esquivar. Tinha sido involuntário, mas cruel.

“Oh Deus … Grissom, desculpe, eu não quis fazer isso, eu …”

Seus olhos estavam estagnados nela, chocado com sua reação. 

Como explicar a ele que a sensação que tinha era confusa e muito estranha? Como fazê-lo entender, se nem mesmo ela conseguia? Assim que saiu de sua casa, sentiu alívio e pavor. Seu desespero foi grande, ela tentou se distrair, foi correr, ligou a tv, tomou uma nova ducha e sem que percebesse, desabou de novo em um choro sem controle. A angústia não passava por não saber se ela o amava por se parecer com Bruce. Não fisicamente mas de uma forma interior, não de corpo, de alma. Ela o viu nele? Ela se lembrou de seu terapeuta.

‘Perder alguém nunca é fácil, ele não sai de você até que perceba que tem que voltar a viver, e aí é que a coisa fica pior, porque você precisa de um passo de cada vez, o passado precisa ir, para o presente acontecer. Não é uma equação simples, como passe de mágica, mas precisa ter um ínicio, precisa reaprender a destrancar a fechadura, recomeçar.’  

Foi como se ela não fosse mais capaz. A maneira fácil com que ela se entregou a ele, não era cura, era identidade! E isso a pegou em cheio.

Então sem que ela dissesse uma palavra sobre suas reações, ele começou devagar, como se pudesse ler sua mente. Ela é quem tinha a habilidade, ele tinha a perspicácia, mas não menos pontual.

“Você está se perguntando como tudo pareceu tão simples e descomplicado e você teve sua resposta, e isso a assustou. Você … você viu Bruce em mim, não é?”

“Grissom … eu não sei de verdade o que dizer, acredite você é a melhor coisa que poderia ter acontecido … o que houve nunca vai mudar isso!”

Por mais que ele tentasse entender aquelas palavras soaram como um prêmio de consolação, além do mais ela não negou suas suspeitas.

“Eu … preciso fazer as malas … !” - Ele já estava de pé, e tinha alcançado o primeiro degrau para o jardim, ela viu quando ele inclinou a cabeça de lado, depois suspirou profundamente como se quisesse amenizar a angústia, a dor de se sentir rejeitado como se ele não fosse nada, apenas uma semelhança!

“Você precisa de … um tempo, eu também … tenho que ir, adeus Sara!”

‘Por que adeus? Oh Gil, eu não tenho forças para te impedir, eu não sei de verdade o que fazer’— Ela não teve realmente recursos para contestar, paralisada apenas viu ele se distanciar dela, sem olhar para trás.

Ela entrou imediatamente, se sentou no sofá e chorou de novo e de novo e de novo!

Nenhum dos dois conseguiu dormir, Sara só fez chorar por ele. E tinha sido uma das piores noites desde que Bruce se fora.

Grissom andou pela casa, se sentindo ainda mais doente com a certeza que a dor que estava sentindo era a da perda!

Quando o dia raiou, anestesiada pela dor,  ela viu a suv prata partir.

Ele olhou para o retrovisor, a casa se distanciando, e sua tristeza tomando proporções gigantescas.

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Ele tentou ocupar seu tempo com o máximo de compromissos que pode arranjar, visitou seu agente, seu médico, onde recebeu a boa notícia que tudo estava encaminhando bem e o laboratório.

Catherine o atualizou com os acontecimentos, o cutucou para descobrir se ele tinha realmente arranjado uma boa companhia, o que ela confessou duvidar, a julgar pelos olhos tão tristes que seu amigo e companheiro de trabalho estava ostentando. 

Ele se esquivou o quanto pode, depois se despediu deles e decidiu tentar dormir mais cedo, na manhã seguinte seu destino seria Venice Beach. Ele tinha pesquisado com afinco para descobrir onde Jeanine morava, não tinha sido muito difícil, ele ligou os nomes, pesquisou telefones por sobrenomes e usou até mesmo um aplicativo de mapas, sua veia de CSI havia lhe dado muitos caminhos.

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 As ruas estavam movimentadas, algo estava acontecendo referente a um protesto contra o uso de animais em pesquisas na área dermatológica.

Ele teve que contornar por várias quadras para que pudesse reencontrar a rota para a vila onde morava Jeanine.

As casas eram em número crescente e ele dirigiu devagar até parar em frente a um enorme sobrado amarelo com janelas pintadas de branco e flores coloridas nas sacadas, o nome deles na enorme caixa de correios.

Ele apertou o interfone e esperou.

Não havia ninguém em casa.

Olhando no relógio, resolveu que precisa comer algo e encontrou um restaurante há poucas quadras dali, praticamente em frente ao mar.

Ele olhou através dos vidros altos, as ondas faziam desenhos na areia, uma canção tranquila estava se espalhando pelo ambiente através de pequenas caixas de som. Ele suspirou e remexeu em seu prato, tentando criar coragem para terminar sua refeição, estava se sentindo tão derrotado, tão sem energia para conjecturar as possibilidades de consertar um relacionamento que ele não tinha quebrado, era frustrante. Queria viver sua vida com ela, mesmo que implicasse muitas mudanças. O que ganhara da vida se dedicando ao seu trabalho tinha sido recebido de bom grado. Influência, prestígio, uma conta bancária bem planejada, uma vida financeira tranquila. O tempo era de se dedicar ao seu coração, e com jeito, conciliar seus louros com a continuidade de uma vida acadêmica, além de fazer uso de seu bom nome, forjado na luta e muito esforço. Era o melhor em sua área! 

Ele abandonou o prato, sentindo o ínicio de uma enxaqueca, segurou a testa com os dedos fortes, depois fechou os olhos, e se concentrou em afastar mentalmente as pontadas que estavam vindo mais agudas.

“Gilbert … é você?” - Madeleine o chamava assim, ele olhou de repente para cima, comprimindo com força os dedos na palma da mão. 

Jeanine percebeu que ele estava ainda mais bonito do que se lembrava, seus cabelos grisalhos e a barba haviam lhe conferido um charme extraordinário. Os olhos azuis pareciam muito tristes.

“Jeanine!” - Ele havia a visto algumas vezes quando trazia ou buscava Madeleine, eles apenas se cumprimentavam, como eram parecidas, era fácil se lembrar dela.

Ele olhou para aqueles olhos, muito iguais aos de Bruce, na verdade ele muito mais parecido com Madeleine. Fisicamente, ele não tinha quase nada dele, talvez os cabelos, que quando era muito jovem era exatamente da mesma forma e os olhos.

“Sim … o que faz aqui?”

Ela estava um tanto assustada, segurando as mãos com força, no fundo estava apenas rezando para que fosse uma tremenda coincidência estar tão próximo de sua casa. 

“Vim à sua procura …”

“Bruce?”

Ele olhou ao redor para saber se ela estava só e indicou a cadeira para que lhe fizesse companhia. - “Algum problema em me acompanhar, ou podemos ter outro lugar para conversarmos?”

Ela estremeceu, o dia havia chegado e ela precisava ser honesta com ele, havia prometido à Gaston, seu marido. Ela contou a maluca história de sua irmã e ele achou que a atitude dela tinha sido extremamente errada. Seu marido era tão correto, ela desejou que ele estivesse alí naquele momento.

“Eu já terminei, podemos ir até minha casa!”

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Grissom estava sentado no sofá da enorme sala, aguardando que ela trouxesse o chá, ouvindo à distância que falava ao telefone. Muitas fotos, de toda família. Madeleine era um mulher bonita e mesmo sendo alguns anos mais velha que ele, jamais aparentou, diferente dele. Ele sempre foi muito precoce, na ocasião do relacionamento, ele tinha apenas vinte e um anos, mas sempre pareceu mais velho. Muito centrado e responsável, Madeleine se sentiu imediatamente atraída. 

Quanto ao seu filho, o caminho foi o mesmo, Sara também era alguns anos mais velha que Bruce. 

O tempo se incumbiu de inverter os papéis. A atração entre Sara e ele tinha sido muito além da diferença entre eles. Era um extremo complicado de explicar, e igualmente complexo de entender. Não era questão de encaixe de perfil, era simplesmente o amor, em sua mais pura essência.

Com ela, se sentia revigorado e feliz, muito feliz.

E agora, ele tinha perdido a felicidade para o fantasma de seu próprio filho, que ele teria amado incondicionalmente.  

Havia muitas fotos de Bruce, algumas com Sara, que realmente pareciam ter até a mesma idade, outras com a família dela, muitas delas na praia com pranchas de diversas cores, a maioria exibindo um sorriso de felicidade. Ele tinha sido um homem muito bonito. Grissom se levantou e se aproximou de um móvel mais afastado, com dezenas de outras fotos. Bruce bebê, gorducho, com sorriso bangela, que ele achou até parecido com ele na mesma idade, depois com um cachorro maior que ele, brincando na chuva, e foi na adolescência que ele percebeu a semelhança mais nítida, mas a partir do que poderia ser dezesseis ou talvez dezessete anos ele tomou a forma bem mais parecida com a família de Madeleine. Havia até uma imagem em que ele reconheceu sua sobremesa favorita, um grande pote de chocolate branco em pó, uma generosa porção de cream cheese. Ele sorriu de lado.

“Você mostrou a ela sua sobremesa favorita, eu aprovei também  e Bruce cresceu amando a mistura estranha, nunca deixou de comer da mesma maneira, ele achava divertido!”

Então a ligação estava ali. 

“Ele foi um bebê lindo, um adolescente desajeitado extremamente inteligente e um homem maravilhoso, honesto e correto.” - Ela estava atrás dele com uma bandeja e então se sentaram frente a frente.

“E mesmo assim, não mereceu saber a verdade?” - Ele não estava nervoso, era inconformidade misturada à incredulidade e dor, como se ele não fosse nada.

Jeanine apertou os olhos, se lembrando das palavras de Madeleine, lágrimas escorreram pelo seu rosto. Ele estava certo mas tinha que ser daquela maneira.

“Eu fiz uma promessa …”

“Eu posso pensar qual foi, mas o motivo está longe de eu sequer imaginar. Uma promessa, Jeanine, não pode ser omissa quando se trata de uma vida … ou melhor, duas!”

“Ela estava em seu leito de morte, Gilbert”

Ele suspirou olhando para a xícara intacta, tomou em um gole, tinha um gosto muito bom, depois deixou sobre a mesa de centro, batendo seus dedos uns nos outros.

Jeanine reconheceu Bruce imediatamente e foi com tristeza que admitiu que se arrependeu amargamente por ter ouvido sua irmã.

“Por que?”

Foi a vez dela suspirar, não esconderia absolutamente nada dele.

“Madeleine planejou este bebê! Ela …”

“Como?”

“Desculpe Gilbert, mas eu confesso que dói ter que contar dessa maneira, toda a verdade do que foi o passado de Madeleine.”

Ela viu perplexidade em sua expressão, os olhos azuis escurecendo como se preparasse para ouvir coisas que não ia gostar.

“Vá em frente, eu posso suportar!”

Então ele ouviu em silêncio como se alguém estivesse contando a trama de um filme de drama. 

Madeleine sempre conseguiu tudo o que queria, ela havia decidido ser mãe solteira e precisava de um bom cobaia para seus planos. Ela se aproximou dele de caso pensado, Jeanine contou que ela o admirava com tantas qualidades, além de ser um homem bonito e muito acima da média em quatro paredes. 

Ele corou, se mexendo desconfortável, completamente sem jeito.

Ela levou seu plano até as últimas consequências, adulterando os preservativos para que tivesse êxito. Ela comemorou a partida dele como se tivesse ganhado uma fortuna em jogos de azar.

Grissom ficou tentando ler as reações dela, a narrativa era de uma sordidez aviltante. Jeanine tapava a boca a cada frase impactante, como se segurasse um soluço ou um palavrão. Com toda certeza, ela não aprovou a atitude de sua irmã. E descobriu momentos depois que suas impressões estavam corretas.

“Madeleine era uma pessoa determinada, e quando decidia algo, nada a faria mudar de ideia, toda vez que o via, eu me sentia mal, mas acima de qualquer coisa, ela era minha irmã, tínhamos apenas uma a outra. Depois quando Bruce nasceu, ela descobriu a doença. Foi um tumor agressivo, todo seu sonho de ser mãe durou apenas alguns meses, então eu não podia quebrar a promessa reforçada em seu leito de morte. Ela sofria dores horríveis, mesmo amando Bruce como amava, ela pediu para partir, pois não suportava mais. Eu sinto muito … eu sinto muito!” - Lágrimas de desespero escorreram por seu rosto e ela se ajoelhou diante dele, juntando as mãos. - “Me perdoe, por favor, eu admito que falhei com Bruce e com você, eu não gosto do que disse sobre ela, mas você merecia a verdade … perdão, mil vezes perdão. Agora … eu não tenho mais meu menino, não posso mais confessar a ele minha culpa …”

Então ele se sentiu péssimo, o que aquela mulher havia passado para proteger um segredo, era inimaginável, além do mais, havia a perda de seu ‘filho’ tragicamente. Afinal ela havia criado Bruce desde bebê.

Ele reagiu imediatamente e tentou ajudá-la a se levantar, mas ela agarrou suas pernas, chorando copiosamente, implorando seu perdão.

“Por favor, Jeanine, não faça isso, eu … eu … posso entender agora suas razões.”

Ela o abraçou como se agradecesse suas palavras, compreendendo que ele estava tentando. Ele era um bom homem, Bruce tinha suas raízes e ela se orgulhou de seu menino.

“Tudo bem … tudo bem …” - Ele deu alguns tapinhas sem jeito em suas costas, preocupado se alguém os visse naquele momento.

Ela enxugou o rosto com as mãos e se sentou no sofá, esgotada, tentando acalmar o choro que parecia sem fim.

Grissom se sentou também, em silêncio, a testa enrubescida.

Alguns segundos se passaram, até que ela estivesse mais calma. Devagar ela se serviu de mais uma xícara e se recostou no sofá.

“Desculpe meu descontrole, isso esteve guardado dentro de mim uma vida toda.”

“Não se preocupe, eu estou tentando compreender sua posição.” - ele confessou e viu ela tentar sorrir, mesmo em meio à tanta tristeza, parecia mais aliviada.

“Eu o amei desde a primeira vez que coloquei os olhos nele. Eu me casei quando ele tinha acabado de fazer quinze anos, e desde então, com a ajuda de Gaston, tentamos de todas as maneiras possíveis ser uma família de verdade.”

“Sara me disse.” - Logo após deixar escapar a informação, ele quis corrigir, mas não havia mais como retroceder.

“Você … conhece Sara? Ela … sabe que você …” - ele se limitou a afirmar com a cabeça. - “Meu Deus, como foi que … isso aconteceu?”

Grissom olhou para ela, medindo se diria a verdade, admitindo que ela merecia saber. Eles tinham criado um certo vínculo de confiança, mesmo frágil e tão recente.

“Eu conheci Sara em Los Altos Hills.”

“A casa de veraneio de seus pais. Sara é uma mulher sensacional, quando ele a conheceu, foi a melhor coisa de sua vida … sua breve vida …” - Ele endireitou o corpo e inclinou a cabeça muito desconfortável. - 

“E como … isso se deu … a descoberta? Ela nunca soube a verdade, ela apenas tinha a mesma informação que Bruce, que sua mãe se foi quando ele tinha alguns meses, e … e… ninguém sabia o paradeiro … de seu pai …” - Foi a vez dele levar a mão até a boca perplexo.

Alguns segundos depois ele se recuperou, lutando contra o desejo de amaldiçoar Madeleine.

“Ele nunca quis saber quem era seu pai?”

“Não! Fiz várias promessas a Madeleine, e uma delas é que ele crescesse sabendo que tinha uma mãe biológica, que o amava acima de qualquer coisa, que eu nunca escondesse que era sua tia, eu guardei fotos e até alguns vídeos dela.”

“Compreendo …”

“Como Sara descobriu?” - ela repetiu curiosa.

“Temos o mesmo sinal de nascença.”

Ele sabia que Jeanine ligaria os fatos com mais precisão, que eram íntimos.

“Deve ter sido um choque …”

“E foi … é tudo muito recente! - Ele se levantou, precisava partir, tinha muitas coisas a resolver ainda. - “Eu preciso ir, mas gostaria de agradecer por sua sinceridade.” - Ele precisava reconhecer que ela também tivera uma perda grandiosa.

“Era o mínimo que poderia fazer.”

“Adeus Jeanine.”

“Adeus Gilbert!”

Ele já estava dentro de sua sua suv, ajeitando seus óculos de sol quando ela o chamou de volta.

“Espere …”

Ele deslizou o vidro do passageiro pelo controle em sua porta e abaixou a cabeça. Jeanine admitiu mais uma vez para si mesma, o quanto ele era realmente um homem bonito.

“Gostaria que ficasse com isso, por favor.”

Ele abriu o envelope e retirou várias fotos de Bruce. Quando bebê, com uma falha no dente, talvez aos seis ou sete anos, adolescente e adulto.”

“Obrigado Jeanine.”

“Faça uma boa viagem de volta.”


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?



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