Vozes dos Ancestrais escrita por Fanny Tanlakian


Capítulo 5
Amor e história


Notas iniciais do capítulo

Oiii mais um capítulo!
Boa leitura!
Para quem quiser ouvir a música que está nesse capítulo é Aviva - Hushh recomendo ela é mt boa :)



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Ela via a morena enfaixar sua mão, ainda doía um pouco mas o que era estranho foi sua pele ficar vermelho roxeado na região da mordida, não imaginava uma menina com tamanha força. Quando terminou srta. Death a chamou para jantar, porém esta recusou e preferiu ficar no quarto lendo. Foi deixada sozinha no cômodo, pegou aquele livro que ganhou da avó e começou a folhear, tinha algumas páginas escritas na língua dela mas grande parte em latim. Analisava as gravuras tinha muitas, algumas bem diferentes e sem sentido para ela, depois de ver várias página encontrou uma relatando do casarão.

´´Construído em 1650, quando os puritanos que haviam chegado na América do norte já haviam estabelecido pequenos núcleos de colonização. Pertenceu primeiramente aos Castalieri uma importante família inglesa, passou por diversas modificações em diferentes períodos, no qual a mais´atual´ foi na década de 1980, com os O´Neil. As terras passaram longas gerações nas mãos da ordem chamada Damas de branco que enalteciam a natureza e sua deusa Mãe Terra acreditando ser progenitora dos seres vivos.

Praticamente foram extintas, com a caças ás bruxas no século XVII, mas ainda restaram algumas para passarem seus conhecimentos aos descendentes. O ritual delas dizem que quando a lua cheia estiver perto da Terra, ou seja, uma superlua, uma filha mais velha será batizada, comandando assim o clã. Mas através dos tempos o poder delas foram diminuindo, pois com advento da sociedade contemporânea, cada vez mais os membros foram dispersando até sobrar poucos a manterem fiel aos rituais.´´

Beatrice fechou o livro ainda tentando absorver todas as informações ditas ali, então talvez sua família vinha de uma linhagem de bruxas e parece que ela é a primogênita. Saiu do quarto olhando seu relógio no pulso eram já oito horas, como sempre a porta no final do corredor estava trancada, viu uma sombra se formar e entrar passando pela parede, ela ia até lá mas é chamada por seu nome. Srta. Death trazia umas tigelas contendo pipoca, estava acompanhada pela adolescente sempre emburrada, tinha dois filmes na mão e estampava um sorriso convidativo.

Descem para a sala, colocaram um longa de ação, com volume alto abafando os sons dos gritos da madame. Ela comia apenas pensando no que tinha lido minutos antes, será que todos da casa sabiam daquilo, ainda não foi esclarecido muito bem os motivos de morarem ali. Quando veio achou que seria a única junto a sua avó, por isso necessitava dela mas agora entendia o motivo estava ligada ao livro.

— Nossa que chato todo mundo morreu! - reclamou Samantha.

Um arrepio percorreu a costa dela não tinha prestado muito atenção mas sabia que viu outra coisa, nenhum personagem havia morrido.

— Ah...... como assim?

— Vejam vai ter cenas pós créditos! - disse a enfermeira não deixando ela ouvir uma resposta.

O grupo de jovens que desvendavam mistérios, bem parecido com a série que assistia Supernatural, eles estavam reunidos ao redor da mesa vendo possíveis casos então um deles falou sobre o estranho caso da senhora no qual tinha compulsão em comer ratos e outros animais pequenos mesmo oferecendo comida tradicional. Se levantam mas não prosseguem todos param e encaram fixamente para a psicóloga. Nesse instante derruba uma pipoca perto da boca, assustada via eles paralisados observando com rostos inexpressivos. Olha ao seu lado srta. Death dava risadas isso só significava que a enfermeira via uma coisa diferente, virou novamente para assistir e dessa vez estavam mais próximos como se encostassem no vidro do televisor. Grita com o susto caindo a tigela no colo, as duas encaram questionando aquele comportamento, Beatrice corre na cozinha com medo.

A luz piscava, sons de sussurros eram escutados por ela, então começa cair sangue como uma chuva vermelha, sente suas roupas encharcarem, o chão virou um pequeno rio. Alguém surge atrás da mulher a jogando do outro lado, curiosamente parecia muito com a foto que viu da sua avó quando mais nova.

— Viva à Calalunh! - sussurra e some.

A morena aparece encontrando a outra agachada choramingando baixo coloca uma mão no ombro dela que levanta ainda em choque.

— Venha vamos deitar.

Sobem para o quarto quietas, a enfermeira liga uma música no celular e escutam vendo as estrelas pela janela.

Hush now darlin', don't say a word

Silêncio agora querida, não diga uma palavra

Demons calling, they'll eat your soul

Demônios chamando, eles vão comer sua alma

I'm not sorry for what will come, what you don't know

Eu não sinto muito pelo que virá, o que você não sabe

Hold your breathe, dim the lights

Segure sua respiração, diminua as luzes

I won't say you're safe this time

Eu não vou dizer que você está a salvo desta vez

Here and now you're mine tonight

Aqui e agora você é meu esta noite

Ela observava a mulher se divertindo com aquela melodia.

— Você é bem enigmática.

— Porque acha isso?

— Qual seu nome inteiro? Preferiu cuidar de uma idosa ao invés de procurar um emprego num hospital por qual motivo? Bom são muitas dúvidas.

— Ouça a música apenas, sinta o significado.

— O que?

Estavam bem próximas sentiu o vento frio noturno nos cabelos, um perfume doce invade suas narinas.

— Ei poderia me ajudar com minha tese?

— Claro - respondeu sorrindo a pouco centímetros dela.

A respiração da outra batia contra sua pele, estranhamente ficava a vontade perto da morena, uma liberdade que nunca presenciou. O coração batia acelerado, no parque tinha se divertido esquecido o mundo, na verdade era sempre assim quando acompanhava ela.

— Você quer ir comigo a..... - iniciou mas sua fala morreu quando viu srta. Death encarando.

Olhou para baixo observando a boca da mulher, era grande e rosada.

— Não deveria se conter.

— D-desculpe.

— Pode me beijar se quiser.

— Ah......

Ela engole em seco e fecha os olhos colando seus lábios nos da enfermeira. Passa as mãos pelo corpo da outra apalpando cada parte, principalmente nos seios grandes, ficaram um tempo se agarrando, até a mulher parar.

— Caralho não devia ter feito isso! Foi mal eu......

— Tudo bem nós duas queríamos isso. Somos solteiras não é? Nada impede a gente - disse a tocando nos seios dela.

— S-srta. D-death - geme.

— Não gosta que os toque, eu adorei quando apertou os meus.

Beatrice olhou para si tinha o busto tão pequeno comparado aos da morena mas gostava de como as mãos macias dela massageava seus peitos. Beijam novamente deitando na cama, a psicóloga trilhava selinhos no pescoço então parou e ficaram se encarando.

— É quase meia noite não pode sair - diz vendo ela se levantar.

— E quem disse que irei - falou ela subindo em cima da mulher sorrindo maliciosa - Vamos nos divertir.

                                            ............

Acordam com os raios solares invadindo o quarto, abraçadas nuas .

— Acho melhor eu ir ver sua avó.

— Caramba nem acredito nisso.

— Ora você é bem grandinha para não saber de sexo.

— Ah..... bom tenho uma sucessão de relacionamentos fracassados então digamos que faz um tempo que eu transo.

— Sério?! Não parecia inexperiente na cama.

Sente as bochechas corarem, tenta mudar de assunto perguntando sobre os fundadores da cidade.

— Tem várias famílias mas as principais pelo que me lembro eram os Castelieri, Simons, Smith, Thomas e White. Você vai mudar de faculdade?

— Porque?

— Ora é em outra cidade que fica três horas de viagem daqui.

— Bom, não é tão fácil mudar assim. Além disso estou quase terminando o curso faltam apenas alguns meses.

— Entendo.

— Todo o povoado ao redor também foi fundado por eles, não é?

— Sim, nosso município New Castle serve de cidade grande para vários condados como o seu.

— É eu sei mas que tem algo....... acredita na possibilidade de bruxaria?

— Acho um assunto interessante.

— Na minha graduação tem uma garota que diz ser dessas famílias ancestrais mas não possui nenhum desses sobrenomes.

— Muitas coisas mudam através dos tempos.

Srta. Death depois de se vestir a beija mais uma vez.

— Hora de iniciarmos o dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)



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