New Wave escrita por Bruna Gabrielle Belle
(Eu te amei por mil anos... Eu te amearei por mais mil)
Setenta e cinco anos depois...
Depois de muitos anos casados, a hora de Manuella acabou chegando e ela foi embora primeiro para o céu
Durante o velório, Gabriella e Olivia choravam muito, Nayara estava praticamente dopada sentada num dos bancos da sala onde velávamos o corpo de Manuella, pois não acreditava que Manuella havia partido.
Felipe estava próximo à esposa no canto e chorava baixinho com a mão no ombro da esposa triste, Flávia tinha alguns acessos a choro alto e Jesse acalmava a mãe que chorava copiosamente ali naquela sala fria.
Ela estava triste, pois há pouco mais de dois anos havia passado por isso com a morte de Luciano e Jesse falava que Manuella agora estava na companhia dos pais e da prima e Flávia respirou fundo, mas ainda chorava.
Já Gabriel se mantinha ereto ao lado do caixão da esposa mantinha a mão esquerda apoiada no caixão e tinha a aliança dela no dedo anelar junto a sua própria aliança e olhava para o rosto pálido da esposa ali.
Ele não chorava e não fazia nenhum tipo de lamento apenas aceitava os abraços das pessoas e só.
Depois do enterro foram todos para sua casa onde todos os amigos e parentes se encontravam e se sentou na sala e as filhas foram atrás do pai e o viram sentado na poltrona próximo a janela e ele respirava fundo.
—- Papai, como o senhor se sente? – perguntou Olivia com os olhos verdes como os da mãe marejados.
—- Estou bem querida, eu estou feliz – disse o velho Gabriel segurando as mãos sob o colo e a filha estranhou.
—- Feliz? – disse Gabriella encarando o pai – A mamãe acabou de morrer e o senhor se diz feliz com isso?
—- Sim meninas, estou feliz porque sua mãe foi poupada da dor que estou sentindo agora – respondeu ele.
Então o velho senhor saiu para o quintal dos fundos de sua casa que dava para um lago e uma lagrima saiu de seus olhos, não se sabia dizer se as lagrimas eram de tristeza ou felicidade, mas alguém limpou a lagrima que escorria por sua bochecha e Gabriel sorriu e olhou para o lado encontrando com o rosto sorridente de Manuella do jeito que ele havia conhecido ela, aos dezesseis anos e sorriu feliz com isso.
As gêmeas olhavam ao longe o pai sorrir e ali não se sabe da onde uma luz e as duas fecharam os olhos e quando tornaram a abrir viram dois adolescentes próximo ao lago sorrindo apaixonadamente.
—- Não sei muito bem o que minha mãe e a minha tia viram naquela manhã após o enterro da vovó Manu.
—- Mas não importa, porque com essa história nós trazemos no peito as lições que esse amor ensinou.
—- Mesmo que eu e meu primo nunca saibamos ser como vovó Manuella e vovô Gabriel a gente mantem essa história viva em nossa família, pois a morte não significa que algum dia alguém realmente vá desistir de encontrar o verdadeiro amor.
FIM.
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