Love Live! Rebellion!! escrita por Kemur
Notas iniciais do capítulo
Eis aqui eu com mais um cap gostoso de Love Live.
E com direito a uma música!
Portanto, aproveitem!
Boa leitura.
— Olha, não sei o que te aconteceu, mas fico feliz que minha música te ajudou. – disse Erika.
— Eu que fico feliz, não esperava encontrar uma voz como a sua tão cedo. – disse Julia. — Era como se fosse um anjo cantando.
— Ah, para. – o rosto de Erika cora. — Não é pra tanto.
— É sério! Você já pensou em ser uma cantora?
— Ah... – Erika faz um sorriso melancólico. — Eu já desisti da música, faz um tempo. Ultimamente, eu tenho procurado focar nos estudos e encontrar algo que eu goste de trabalhar.
Julia não sabia o que se passava na cabeça de Erika, mas ela conhecia aquele sorriso. O sorriso de alguém que estava escondendo algo. Sua tristeza era clara, apenas alguém que perdeu algo muito importante sabe reconhecer um semelhante.
— Sua música coloriu o meu mundo. – disse Julia. — Se tiver algo que eu possa fazer para colorir o seu, é só me falar.
— Obrigada, Julia-senpai. – outro sorriso melancólico surge em seu rosto.
Erika Kurogane, a primeira pessoa que Julia encontrou no Japão que ela pode considerar como amiga, mas se tem algo que ela sabe, é que não se confia em alguém tão cedo.
O sinal da escola então toca. Erika olha para o ginásio onde a cerimônia de boas-vindas estava acontecendo e nota que as alunas estavam deixando o local.
— É melhor voltarmos para a sala, a cerimônia acabou. – disse Erika indo até as escadas.
— Sim. – Julia a segue.
Ambas descem as escadas e se separaram, pois as salas das turmas do segundo ano ficam no segundo andar e as dos primeiro ano no térreo. Julia então entra em sua sala e nota as alunas interagindo umas com as outras, com exceção de uma garota loira que lia um livro e de Moe que rabiscava coisas em seu caderno.
— Moe. – disse Julia ao entrar. — Por que está sozinha?
— Ah, Julia! – Moe abriu outro sorriso bobo. — Digamos que eu meio que sou um pouquinho antissocial.
— Não parecia nada antissocial quando veio falar comigo. – Julia se senta em sua cadeira. — O que está rabiscando?
— Só desenhando umas roupas fofas. – ela mostra o caderno com vários desenhos de vestidos e roupas cheias de babados. — O que acha?
— Ridículo. – disse Julia.
— Eeeh! – Moe reclamou, enquanto fazia bico. — Saiba você que as idols mais populares usam roupas assim!
— Idols? – Julia questiona. — Aquelas garotas fofas que fazem shows com roupas cheias de frescura e que cantam músicas sobre amor, amizade e doces?
— Exatamente!
— Heh. – Julia solta um riso abafado. — E por que desenha isso? Quer uma idol por acaso?
— Ah... – a animação do rosto de Moe se desfaz. — Eu só... Gosto.
— Hã? O que foi?
— Sentem-se em seus lugares. – disse uma professora ao entrar na sala. Rapidamente todos as alunas que estavam de pé foram para os seus lugares e a professora então começou a falar. — Como a maioria deve saber, hoje será apenas meio período por conta dos clubes que farão as boas vindas e apresentações para novos membros interessados. Então após o almoço, todas estarão liberadas tanto para ir embora, quanto assistir as apresentações dos clubes.
— Clube... – Julia estava pensativa.
— Ei, em qual clube você vai entrar? – perguntou Moe.
— Por enquanto, em nenhum. – ela responde.
— Se for entrar em algum que não seja de esportes, me chama que entro junto.
— Sim...
— A formação de novos clubes também está permitida, porém será necessário ter cinco membros antes de pedir um formulário para requisitar a criação do clube. – a professora continua. — As interessadas podem requisitar o formulário na sala do conselho estudantil.
— Criar um clube... – Julia pensou na possibilidade de criar um clube de motociclistas, mas lembra que o Japão não é tão liberal em relação as motocicletas igual nos Estados Unidos. — Vou pensar nisso.
O dia então se passa num piscar de olhos. Julia teve dificuldade para se recordar de como usar os alfabetos japoneses, mas logo pegou o jeito graças a ajuda de Moe. Após as aulas as duas saíram da escola, nenhuma estava interessada nos clubes e então apenas deixaram o prédio.
— Ei, Julia. – disse Moe. — O que vai fazer agora?
— Hm... Acho que só vou para casa, deitar e rolar até o tempo passar. – Julia respondeu com desanimo. — Quer fazer alguma coisa?
— Sim... – Moe põe a mão sob o queixo. — Você já foi em Akiba?
— Akiba? Ah! Akihabara?! – os olhos de Julia começam a brilhar. — Eu fui lá uma vez, antes de ir morar nos Estados Unidos.
— Tá a fim de ir lá de novo? – Moe sugere.
— Bora! – uma estranha animação surge em Julia. — Como a gente faz para chegar lá?
— Simples. – Moe se põe na frente de Julia e a segura pelo pulso. — Trem!
— Hã? Transporte público? Ah, não. – a animação de Julia simplesmente sumiu por instantes.
— Deixa de ser chata, vai! – Moe começa a puxar Julia. — Vai valer a pena.
Após cerca de 20 minutos de muito aperto. As duas finalmente chegam ao seu destino: Akihabara! A terra dos sonhos e um dos principais pontos turísticos de Tóquio. Para Julia, era praticamente um sonho de criança ver aquele lugar novamente
— Então, onde quer ir primeiro? – Moe pergunta.
— Gacha! – Julia sai correndo.
— Ei, espera! – Moe corre atrás dela.
Julia encontra o que procura e se aproxima rapidamente. Era uma máquina de gachapon, aquelas da qual você coloca uma moeda e torce para vir um brinde raro.
— Você não tem cara de quem gosta dessas coisas. – disse Moe se aproximando da ruiva que sorria igual uma criança em parque de diversões.
— Eu gastava todo o troco do meu almoço nessas máquinas. – Julia respondeu, enquanto colocava uma moeda na máquina e girava a alavanca. — Oh! É um ultra raro!
— Eh? – Moe olha espantada para o prêmio da garota. — Ei, não é essa do banner?
— É ela mesma! – o prêmio se tratava de um chaveiro com personagens de um jogo para celulares. A personagem que Julia pegou era uma cavaleira loira de armadura prateada e vestido azul. Sendo aparentemente, uma das protagonistas. — Que sorte!
— Deixa eu tentar! – Moe coloca uma moeda e gira a alavanca, mas seu prêmio não foi de seu agrado. — Eh.... Um comum.
Moe pegou um samurai de cabelo azul e vestes roxas. Um dos prêmios mais fáceis de se conseguir, de acordo com a tabela que ficava ao lado da máquina.
— Que maneiro! – disse Julia ao olhar o prêmio de Moe.
— Mas é só um prêmio comum. – Moe respondeu à empolgação de Julia.
— Mas seu personagem é bem mais legal que o meu. – disse Julia. — A minha é uma cavaleira e cavaleiros são chatos, já o seu parece um espadachim despreocupado e um guerreiro totalmente leal.
— Sério?
— Sim! Vamos trocar!
— Eu não me importo, mas você que tirou a sorte grande aqui. – Moe entrega seu chaveiro a Julia que faz o mesmo. — Tem certeza?
— Escuta, esse aqui é bem mais legal que ela. – Julia aponta para a cavaleira. — Ele pode ser um prêmio comum, mas é isso que faz dele mais legal que os outros.
— Eh... – Moe olha para Julia e percebe o quanto essa garota carrancuda pode ser mais legal que muita pessoas por ai. Nesse momento, ele fica feliz por ter feito uma amiga. — Ah, estou muito feliz!
— Por quê?
— É que... – ela se aproxima do ouvido de Julia. — Segredo.
— Hã? Agora quero saber! – Julia se irrita.
— Vai ter que me pegar se quiser saber! – Moe começa a correr.
— Ei, sua pirralha! – Julia corre atrás dela.
A tarde das duas foi totalmente diferente do que ambas estavam acostumadas. Tanto Moe quanto Julia não tinham muito o que fazer em casa depois da aula, apenas fazer os deveres e então ajudarem nos afazeres de casa.
A diversão foi completa, indo até uma cabine fotográfica, vendo uma apresentação de músicos independentes, jogando em um arcade local e depois lanchando, pois se lembraram que não almoçaram por conta da liberação mais cedo da escola. O dia já estava quase acabando quando elas decidiram ir embora.
— Não achei que ia me divertir tanto. – disse Julia. — Fico feliz de ter te conhecido.
— Isso foi uma declaração? – Moe a encara com um sorriso brincalhão.
— D-Do que está falando? – a pele morena do rosto de Julia fica tão vermelha quanto seu cabelo. — Vem aqui!
— Ah, socorro. – Moe começa a fugir, enquanto finge estar em perigo.
— Não corre que vai ser pior. – Julia começa novamente sua perseguição.
Elas correram tanto que nem se tocaram de onde foram parar. Tratava-se de um prédio enorme com um telão na entrada e placa escrita UTX. Catracas eletrônicas em frente a porta de entrada faziam o check-in das pessoas que entravam e saiam do edifício, além de que, todos que saiam de lá vestiam um uniforme que parecia ser escolar.
— Que prédio chamativo. – disse Julia impressionada.
— Ah, aqui é a Academia UTX. – disse Moe. — É um colégio secundário, igual ao nosso.
— O quê?! – Julia se surpreendeu. — Caramba, aqui parece aquelas escolas pra quem é cheio da grana.
— Bem-Vindos à UTX! – uma voz saiu do telão.
— Quem são elas? – Julia aponta para o telão onde uma gravação de cinco garotas usando roupas chamativas era exibido.
— Ah! Chegamos em boa hora. – Moe pela Julia pelo braço e a puxa até perto do telão, onde um amontoado de pessoas se reuniam. — São as A.L.I.C.E!
— A.L.I.C.E? – Julia pergunta confusa. — São algum tipo de celebridade?
— Sim! Elas são idols escolares! – Moe responde animada.
— Idols escolares? – Julia então olha para o telão, que agora tocava uma música.
Tenho que aceitar
No passado o temor
Me calava tão fácil
Tento superar
Mas a vida refletiu-se no que perdi
Até essas lindas cores do céu invadirem
O meu coração, apagando toda a dor, como esperei
Quero sonhar sem descansar
E assim poder voar
Deixando o seu amor ser o que me conduz
Dentro de mim uma emoção
Começa a crescer e agora eu percebi que sem ti não quero estar
Valente segui com a força me levar
Que fica fraca quando eu não me vejo com você
Julia sentiu uma força ser jogada contra ela, como se o vento que se escondia de trás do prédio viesse todo em sua direção, tirando a força de suas pernas e quase a derrubando no chão.
Pela segunda vez no mesmo dia, uma música fez o mundo de Julia se tornar mais brilhante e por um instante, ela percebeu que seu recomeço realmente estava no Japão.
— Uma idol escolar... – Julia não tirava os olhos do telão.
...
Após terminarem de ver a apresentação das A.L.I.C.E em frente a UTX, as duas vão até estação e pegam o trem de volta. Moe diz que mora muito próximo a escola, então desce na estação que fica próxima ao colégio. Julia então segue o resto do caminho sozinha e quando chega na cafeteria, estava para anoitecer já.
— Estou de volta! – disse Julia ao entrar.
— Bem-vinda de volta! -disse Ryu, enquanto limpava copos com um pano. — Demorou para voltar. O que aconteceu?
— Ah, eu fui em Akiba. – Julia responde, enquanto se senta num banco.
— Akiba? Foi sozinha?
— Não, fui com... – Julia interrompeu a própria fala ao se lembrar do dia que passou com Moe, sendo esse o dia mais divertido que teve desde que chegou ao Japão. — Fui com uma amiga.
— Amiga? – Ryu sorri alegre. — Fico feliz que tenha feito amigas já.
— Sim, eu também. – ela se lembra que também começou uma amizade com Erika. — Ei, tio. O que vamos ter pro jantar?
— Hm... – ele pensa. — Tem algo em mente?
— Eu não pude deixar de notar que você tem umas pizzas ai no freezer. – Julia responde.
— Entendo. – ele guarda o copo e vai até o freezer. — Então pizza será!
— Yey! - ela se levanta e vai em direção ao quarto. — Vou me trocar e já desço.
— Ok! – ele pega uma caixa de pizza e a coloca no forno.
— Ei, tio.
— Diga.
— Acho que eu sei como quero recomeçar a minha vida. – Ryu se surpreende com o que Julia diz. — Eu quero me tornar uma idol escolar!
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Música: Crossing Field
Créditos à:
Original: LiSA
Adaptação: Ayu Brazil, Wagner Thomazoni
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É a partir daqui que Julia terá seu tão esperado RE:Começo...
Até a próxima!