Kyusoku escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Kyusoku


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia dos namorados



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Poucas coisas na vida abalavam Uchiha Itachi.

Talvez a guerra foi a mais significante delas. Por causa da guerra, sua vida, ainda que muito jovem, mudou drasticamente. Sempre muito sério e focado no trabalho, nas missões, nos treinamentos, Itachi pouco se esforçava para viver uma vida normal. Era o que Shisui dizia, sempre que eles se encontravam as escondidas.

E mesmo que eles estivessem agora sozinhos, longe de qualquer pessoa que os reconhecesse a primeira vista, Shisui sentia que os ombros de Itachi jamais ficariam relaxados. E por isso os beijou com carinho, passando a ponta dos dedos em seguida com força, conforme o massageava.

— Já estou com saudades desse lugar. — Ele suspirou, enquanto Itachi abria os olhos e elevava a cabeça para encará-lo. — Ainda não partimos, mas eu já estou com saudade daqui.

— Sinto muito por ter que retornar cedo para Konoha. — Itachi respondeu, voltando a fechar os olhos. — Gostaria de poder ficar mais, também.

— Eu tenho certeza disso. — Shisui tirou as mãos dos ombros do primo e mexeu-se no futon, sentando sobre as pernas nuas de Itachi. — Quero fazer uma exigência.

Itachi nada disse, apenas fitou Shisui, esperando que ele falasse qual era a exigência. O silêncio não era um problema para o Uchiha, muito pelo contrário, gostava de como Itachi o dava total atenção e sabia que o ouvia com dedicação. Melhor ainda era quando o envolvia com palavras e ações, daí se aproveitava dos momentos mais íntimos para vê-lo se entregar sem amarras. Itachi era bonito, mas não somente a beleza atraía Shisui, até porque, homens bonitos encontrava-se as pencas pelo mundo. Mas poucos com tanta lealdade e confiança. E se reduzisse ao circulo social dos dois, quase nenhum outro se comparava a ele.

— Da próxima vez vamos ficar aqui pelo menos um mês. — Shisui falou, aproximando os lábios nos de Itachi.

— É preciso justificar um mês de ausência. — A mente pragmática de Itachi funcionava muito bem, conforme Shisui previu.

— Eu sei, por isso você vai acabar dando uma solução convincente para nosso próximo sumiço. — Não houve tempo para Itachi retrucar, Shisui o beijou nos lábios, mordendo algumas vezes o queixo dele, riu quando o ouviu grunhir, caindo para trás no futon.

As mãos de Itachi automaticamente apertaram-se em volta de Shisui, trazendo-o para junto de si.

— Você sabe que não é tão simples. — Itachi falou quando o beijo de Shisui se esgueirava pelo pescoço dele, a língua viçosa e molhada escorregando pela extensão da pele, causando arrepios.

— Nada é simples para nós, meu amor. — Foi o que Shisui falou, antes de dar total atenção ao que planejava naquele momento. Seu corpo movia-se sem pressa, aproveitando para brincar com a boca sobre o mamilo do primo.

Gostava de atiçá-lo, divertindo-se com as reações de Itachi, não por mero fetiche, mas por ser esse o momento em que o primo desligava de tudo do lado de fora. Eram apenas os dois naquele mundo que criaram, onde podiam ser quem gostariam que fossem. Fora de julgamento, obrigações ou tradições familiares.

As pessoas esperavam tanto de Itachi que Shisui as vezes se achava no dever de resgatá-lo daquela rotina. Ele precisava viver, precisava aproveitar as pequenas coisas. Como um banho de rio sem preocupações ou caminhar pelo jardim apenas para aproveitar o ar fresco da primavera. Queria poder ser o porto seguro dele, assim como ele era seu porto seguro.

— Eu te amo tanto, tanto. — Disse, distribuindo vários beijos pelo rosto do primo. — Eu poderia dar a minha vida a você.

Após sua declaração, ele sentiu o corpo de Itachi enrijecer, parou subitamente para entender o que tinha dito de errado. Após um silêncio perturbador para o Uchiha, Itachi suspirou e segurou as duas mãos no rosto de Shisui.

— Nunca mais diga algo assim, entendeu? — Os belos olhos negros de Itachi estavam tão tristes e carregados por uma emoção pesada. — Você não pode morrer, nem se a minha vida corresse algum perigo. Me prometa que nunca faria algo estúpido como morrer por minha causa.

Sua voz saiu desesperada e Shisui engoliu em seco. O pedido dele era algo que não poderia realizar, pois ele se atiraria de qualquer montanha por Itachi. Estava decidido, era isso.

— Eu o quero ver feliz, e vivo, não posso dizer que vou prometer algo assim.

Itachi encolheu os ombros, passando a mão nos cabelos lisos.

— Você é a minha luz, Shisui. Eu sou apenas escuridão e você é o ponto claro que eu corro atrás. — Ele desabafou, deitando-se no futon em seguida e cobrindo o rosto com a mão.

— Eu sou a luz? — Shisui se deitou sobre o corpo de Itachi e voltou a beijá-lo nos cantinhos do rosto que a mão dele não tampava. — Você me faz mais feliz, me completa, você é o que eu tenho de mais preciso na vida.

Com isso, Itachi deixou as mãos escorregarem pelo rosto até olhá-lo novamente. A expressão dura de seu rosto foi se suavizando aos poucos com os beijos e as promessas de Shisui de que nada de ruim aconteceria a eles.

— Seu futuro é promissor. — Itachi falou, abraçando-o. — E eu quero fazer parte dele. por isso não diga mais essas coisas.

— Eu prometo que não direi mais isso. — Ele piscou, acariciando o rosto do amante.

— Mas aquela outra coisa você pode repetir. — Disse, corando em seguida, enquanto fechava os olhos e virava o rosto.

— Que coisa? — Shisui perguntou, passando a língua macia próximo ao ouvido de Itachi. — Que eu te amo muito? — Riu, mordendo o lábio inferior. — Ou aquela parte que eu falo que você é gostoso?

As mãos de Itachi apertaram com força ao redor da cintura de Shisui, fazendo-o soltar uma risada. Depois, ele o beijou novamente nos lábios, um beijo calma, explorando sua boca com carinho, enquanto era acariciado nos cabelos por uma das mãos de Itachi.

Shisui apertou os lábios nos dele e se sentou na cama, puxando-o pela mão. Itachi abriu os olhos, confuso.

— Venha, vamos aproveitar o dia, quero tomar um banho de rio. — Ele falou, fazendo Itachi vestir apenas uma calça, o rio não era muito longe dali, mas precisavam ainda passar por um pequeno caminho batido de terra, nada que a velocidade deles não desse conta. Logo em seguida estavam aproveitando a água fresca, nadando despreocupadamente.

— Obrigado. — Itachi falou, boiando o corpo na água. — Eu precisava desse descanso.

— O prazer é todo meu. — Shisui nadou até ele e o abraçou, beijando-o em seguida. — Conte comigo, para tudo.

— Eu sei que posso. — Itachi sorriu.

Shisui amava o sorriso dele, era sempre muito gentil e verdadeiro. Apaixonou-se pelo primo no momento em que compreendeu que amava aquele riso.

— Agora, já que estamos aqui, que tal ver quem consegue atravessar o rio a nado mais rápido? — Ele sugeriu e Itachi arqueou a sobrancelha. Shisui adorou, porque sabia o quanto ele era competitivo e, afinal de contas, estavam ali para relaxar. E nada como uma pequena prova de velocidade para animar o dia.

— Com ou sem chacra? — Itachi perguntou, parecendo se divertir.

— Se eu falar sem chacra, você vai trapacear, eu sei disso. — O mais velho gargalhou.

— Está com medo?

— Muito pelo contrário. — Shisui apontou na direção de uma pequena casa que ficava um pouco distante do ponto em que estavam. — Vamos até lá, e com chacra.

Ele viu o sorriso iluminar o rosto de Itachi. Costumavam brincar assim quando eram crianças e agora, depois de adultos, podiam fazer um bom estrago naquela água.

— Preparado? — Shisui tinhas as mãos em posição para criar os selos rapidamente.

— Sempre. — Itachi respondeu.

— Já.


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Notas finais do capítulo

Eu só nao queria deixar passar em branco a data.
beijos e obrigada a quem chegou aqui.



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