Juntos por uma Eternidade escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 8
Capítulo 8 - A Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Pessoaass, aqui esta o novo capitulo.
Eu só gostaria de agradecer a todos que tem apoiado a fic.
Vcs não sabem como isso ajuda ♥
Até a prox semana!



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Capítulo 8 - A Nova Vida

Pov. Bella

A primeira coisa que senti, foi um cheiro estranho, um cheiro que eu nunca tinha sentido na minha vida, ou pelo menos não daquela forma.

Parecia leve e adocicado, mas ao menos tempo entrava para dentro de mim de uma forma ranhosa, como se fosse mais difícil de se respirar.

Depois senti a superfície em que estava deitada, era como se estivesse vivenciando tudo novamente, quando tentei abrir os olhos o sol me cegou por uns instantes, me sentei sobressaltada, respirei e engasguei com o ar, ele também estava entranho, olhei em volta.

Eu estava em uma campina, cheia de flores, o céu estava nublado, com aparência de que iria chover, mas tudo estava diferente, o tons das cores, o formato, tudo, tentei me levantar, mas tudo rodou e eu cai de novo no chão, minha cabeça começou a doer fortemente.

Tão forte que parecia que podia explodir a qualquer momento.

Grunhi quando para piorar os sentimentos de Edward ficaram mais e mais fortes, e enquanto os sentimentos dele aumentavam a dor aumentava junto, eu não conseguia mantê-lo sob controle, nada parecia certo.

Até que parou, tudo parou.

Nem consegui respirar aliviada, até cair no chão gritando.

Foi rápido, certeiro e avassalador, senti como se algo se quebrasse dentro de mim foi o pior sentimento que eu já havia sentido em minha vida.

Quando minha garganta parecia estar em carne viva os soluços começaram

— Me devolva – sussurrei – Por favor

Entretanto não sabia nem o que eu queria de volta, mas sabia que precisava de volta, era algo muito precioso, algo que eu precisava para viver.

Soluços começaram a irromper de mim, me coloquei em posição fetal, abraçando a mim mesma, tentando de alguma forma fazer com que aquilo melhorasse, nunca havia me sentido tão exposta e solitária como estava me sentindo nesse momento.

Chorei até que de alguma forma acabei por adormecer.

Acordei horas depois, agora já não estava de dia, e aquela linda clareira parecia mais temerosa com as sombras tão densas que não conseguia ver direito as arvores, a chuva havia me despertado, o céu tremeu com um raio que o cortou.

Levantei-me cambaleante, me movendo o mais rápido que eu conseguia em direção as arvores procurando abrigo.

Onde estou? O que aconteceu? Forcei minha mente a lembrar, o que tinha acontecido depois que eu sai da casa dos Cullens?

Foi então que tudo veio a minha mente como se estivesse vivenciando um filme, o ataque ao Paraíso, Eric me traindo, os Guerreiros, a minha punição e por ultimo Bernard me despedindo.

Deixei um soluço sair me apoiando na arvore ao meu lado, eu comecei a chorar, eu seria quase uma humana agora, aquilo que tinha sentido quando acordei, os sentimentos desenfreados, eles cortando minha ligação com Edward e me deixado a mercê de todas as atrocidades da terra sem a proteção dos céus, o veneno provavelmente vai me encontrar e vai me levar para sei lá onde, não tinha escapatória.

Não! Tinha que haver outro jeito, não use seus poderes na terra Bella, não a menos que seja muito necessário, isso vai prevenir que o Veneno não te encontre por um tempo era o que Bernard tinha dito, a uma coisa que havia aprendido em todos esses anos é que podia confiar em nele.

E se ele acreditava, eu devia acreditar também.

Me levantei com um objetivo em mente e adentrei na floresta, andei por um bom tempo, mas já estava ficando tarde, não tinha como saber exatamente o horário, mas sabia que tinha achar o caminho rápido, o floresta de noite conseguia ser mais assustadora do que a campina, e a chuva que caia cada vez mais forte realmente estava atrasando ainda mais o meu progresso.

Com toda aquela lama no solo meus passos precisavam ser o mais cuidadosos para não escorregar.

Olhei para cima pensando em um jeito de sair dali, voando seria tão mais fácil, suspirei.

Não teria jeito eu teria que usar meus poderes, essa seria a ultima vez, voar não seria uma opção era perigoso se acaso alguém me visse também, sobrava apenas uma coisa a se fazer.

Fechei meus olhos, e me concentrei para onde eu queria ir e em quem precisava encontrar, “Charlie, Charlie, Charlie...", então vi o caminho em que tinha que seguir, como uma luz fraca que me guiava por onde deveria ir, ainda de olhos fechados comecei a segui-lo, mas não andar de verdade, mais sim com a mente, basicamente quando minha mente chegasse no local que eu precisava meu corpo instantaneamente já estaria ali.

Era quase um teletransporte, quase nunca a usava, pois é muito incerta para o meu gosto, se fosse para um lugar em que você sabia que existia e que você sabia onde estava era o melhor jeito de chegar e rápido também, pois um minuto na mente seria um segundo na vida real, uma hora seria um minuto e consecutivamente, mas se fosse uma pessoa e ela estivesse se movendo era praticamente impossível de achar o caminho até ela, mas também tinha lugares que se não podia encontrar o caminho, o paraíso por exemplo não dava para achar o caminho, e infelizmente onde o veneno se escondia também não.

"Charlie, Charlie, Charlie..."

Mesmo com essas exceções, muitos anjos preferiam usar isso ao voo em si, eu por outro lado só devo ter usado isso umas duas vezes, vampiros estavam em constante movimento por isso era muito difícil de encontra-los.

Edward...

Sua imagem veio a minha mente, onde ele estaria? Estava bem? Queria pode ir a casa dele, como sempre fazia, entretanto eu sabia que não podia fazer isso, não sabia o que poderia falar e se falasse a verdade iria ser chamada de louca no mínimo.

E mesmo que eu conseguisse o convencer... O que traria para eles? Só colocaria o perigo

Os Cullens haviam ficado em meu passado, tinha que me esquece-los, para o bem deles eu devia o faze-lo, mesmo que isso doesse em mim.

O caminho que estava nítido se dividiu para lados opostos e começou a tremeluzir e desfalecer, desnorteada percebi que tinha perdido a concentração e com dificuldade a luz voltou a se formar indo em apenas uma direção.

Obriguei-me a voltar a me concentrar.

"Charlie, Charlie, Charlie...”

"Andei" por mais algum tempo, e finalmente cheguei onde queria, estava muito longe de Forks, sabia disso apenas pelo tempo demandado para chegar ali, eles nunca teriam facilitado as coisas para mim.

Não sabia ao onde estava, pois ainda não tinha aberto os olhos, mas a luz tinha acabado e estava aos meus pés, piscando e piscando constantemente.

Respirei fundo e finalmente abri os olhos, eu estava parada em frente a uma casa pequena, com um carro de radiopatrulha estacionado na frente, nunca tinha ido a casa do chefe da polícia de Forks e sabia muito pouco sobre o mesmo.

 O que ele tinha um humano tão normal tinha com Bernard?

Fui em direção a porta e toquei a campainha, depois de alguns minutos, a porta se abriu abruptamente, Charlie olhou para mim, provavelmente se perguntando quem eu era.

— Você é Charlie, não é? – Ele balançou a cabeça confirmando, com esse ato percebi que Charlie era um homem de poucas palavras, sabia que ele era uma boa pessoa, podia não estar usando meus poderes, mas ainda conseguia ver seu interior – Bernard me mandou aqui.

Ele arregalou os olhos, e olhou para a rua procurando alguém que podia estar escutando, mas não havia ninguém, naquela chuva duvidava que alguém gostaria de sair.

— Vamos, entre, conversamos lá dentro. - disse me dando espaço para passar.

Me senti aliviada por poder sair daquela tempestade.

Adentrei na casa, ela por dentro era exatamente como eu imaginava,

— Pode se sentar – ele disse se sentando no outro sofá.

Olhei para mim mesma, ainda estava ensopada pelo tempo que havia andado na chuva, senti minha face esquentar, e resisti ao impulso de sair da casa novamente.

Coloquei a mão em meu rosto, com surpresa percebi que estava corando, era uma sensação estranha para mim, Anjos sentiam vergonha, mas não coravam.

— Desculpe – pedi envergonhada enquanto o imitava, sentei o máximo da ponta que podia, não querendo ser um incomodo para ele – Eu fui expulsa... e Bernard mandou eu...procurar você, disse que você podia...

Minha voz morreu enquanto as palavras entalavam em minha garganta, sem saber como continuar, sentindo ainda mais envergonhada, eu não podia pedir a ajuda dele, podia? Aquilo parecia estranho para mim, mesmo em minha infância sempre soube que tinha que fazer tudo sozinha, até mesmo com Bernard era dessa forma, eu gostava da minha independia, pedir ajuda não era algo com que eu estava acostumada a isso.

— Eu posso ajuda, se você quiser isso – ele confirmou - primeiro me diga seu nome.

— Isabella. - Charlie ficou estático por um segundo depois sorriu largamente para mim.

— É um prazer finalmente te conhecer Isabella, você não sabe o quanto já ouvi falar de você.

— De mim? - indiquei incrédula.

— Claro! Você é a filha de Bernard, não a uma vez que ele não fale de você.

— Você consegue falar com ele? – perguntei sem conseguir conter a minha curiosidade.

— Vou contar tudo para você, mas primeiro não quer tomar um banho, enquanto eu faço algo para comermos?

Sorri para Charlie e confirmei com um aceno de cabeça.

Ele me levou até o segundo andar, abrindo uma porta no final do corredor, era um quarto com paredes brancas, cama de solteiro com cobertas rosas e um guarda-roupa no canto do quarto junto com uma cômoda.

— Antes de tudo... Eu preciso saber – ele começou incerto – O que você quer?

— O que?

— Eu sei que tem coisas ai fora, se você quiser voltar e lutar, eu vou entender, mas não posso te ajudar nisso – sua voz se tornou seria - Mas se quiser viver aqui, eu posso te ajudar, eu prometo que farei de tudo para que você o tenha.

Isso parecia importante para ele, na verdade até o momento apenas estava fazendo o que Bernard havia mandado, e isso parecia certo, até mesmo havia pensado em lutar na clareira, que agora parecia que havia acontecido a muito tempo atrás, mas lutar agora? Não era um caminho antes.

Me demorei pensando nisso, podia ficar ali por dois dias talvez, e ir atrás deles, seria o certo a fazer, eu havia matado muito dos meus, devia então me redimir.

Mas eu queria viver.

Era um sentimento egoísta, mas se eu fosse mesmo morrer no fim daquilo, eu queria pelo menos esquecer um pouco do que havia feito.

Conseguir me perdoar antes do fim.

— Eu... Não quero lutar – falei o mais sinceramente que eu conseguia - não por enquanto

— Ótimo – ele sorriu - aqui só temos dois quartos, esse bem...  é o quarto de hóspedes, pode ser seu. - falou coçando nervosamente os cabelos olhando para os próprios pés. o encarei surpresa, era o quarto da casa dele e ele estava oferecendo assim?

Olhei de volta para o quarto, senti meus olhos marejarem de emoção, mas não deixei com que as lágrimas caíssem.

— Muito obrigada, por tudo o que está fazendo - falei sincera, ele pareceu ficar mais sem graça ainda e saiu do quarto, me deixando uma muda de roupas e me indicando o banheiro.

Quando entrei no Box, ligando o chuveiro, por alguns segundos, mesmo que breves as lembranças não me alcançavam, me permiti relaxar sob a agua quente.

Infelizmente aquele momento não durou muito, logo tive que sai do banho, peguei a muda de roupa que Charlie tinha me dado.

Me surpreendi com as roupas que ele tinha me dado.

Era uma blusa branca com mangas, um casaquinho bege e uma calça preta, onde ele tinha conseguido aquelas roupas tão rápido?

Infelizmente os causados que Charlie havia arrumando para mim, não eram do tamanho certo,

Levei os meus tênis para o banheiro, ele estava horrível, cheio de lama e terra, mas ele teria que servir por enquanto.

Tentei lava-lo o máximo que eu consegui, entretanto muito da lama já havia secado da sola, no fim ele continuava inutilizável, mas pelo menos não iria sujar a casa de Charlie com a sujeira.

Coloquei o mesmo tênis que estava antes e desci as escadas lentamente.

Encontrei Charlie na cozinha, ele estava tentando fazer alguma coisa para nós comermos, mas suas tentativas de cozinhar estava sendo um tanto falhas.

Ri e o fiz se sentar na sala enquanto eu arrumava o jantar, não que minhas habilidades na cozinha fossem melhores, mas pelo menos consegui salvar algumas coisas.

Nós sentamos na mesa e comemos a comida em silêncio, quando acabamos ele foi secar a louça e eu fiquei contando minha história para Charlie, não ela toda, mas a parte da expulsão do céu, tomei o cuidado de não falar nada que mostrasse que os Cullens eram de verdade, afinal esse segredo não era meu para contar.

Em toda a narrativa não deixei as lágrimas caírem, e tentei manter minha voz o máximo firme enquanto falava, mas mesmo assim, tive que parar em alguns momentos para apenas para respirar para não entrar em pânico novamente.

No fim, esperei Charlie gritasse comigo, me mandasse para fora, mas pelo contrário, ele sorriu para mim e disse uma única frase.

"Não é sua culpa"— eu apenas sorri forçadamente e assenti.

Ele não precisava saber que era sim tudo minha culpa.

Charlie me explicou que falava com Bernard por cartas, entretanto tinha que queimar todas depois que as lia, já que ele sabia que Bernard não podia falar com ele, se não tivessem as queimado alguém poderia descobrir, isso me deixava muito intrigada, como Bernard conseguia falar com Charlie sem ser pego pela Redoma?

Descobri também que já fazia três dias desde o ataque ao Paraíso aconteceu, três dias que eu  havia passado desmaiada, não sabia o que haviam feito comigo nesses dias em que não tinha memória, e isso fez meu estômago se afundar em preocupação.

O dia seguinte ele me trouxe uma caixa com roupas, descobri depois que eram as antigas roupas da esposa dele, fiquei um pouco mal por sujar suas lembranças, mas não havia alternativas ou eu usava elas ou pedia dinheiro para comprar roupas novas, o que eu não ia fazer por motivos óbvios.

Tive que passar o resto do dia vendo o que cabia em mim ou não.

Felizmente boa parte das roupas podiam ser reutilizadas, entretanto apenas os calçados mais antigos cabiam em mim, se limitando a uma sapatilha e um tênis.

Já estava mais que grata por não ter que utilizar mais o meu antigo.

Isabella Swan— era o meu novo nome, fiquei emocionada por ele ter colocado o seu sobrenome, eu seria o filha da irmã dele por parte de pai que estava ali para passar um tempo com o tio, enquanto os pais estavam viajando, só havia um problema nisso, eu teria que frequentar a escola, não que eu não gostasse de estudar, eu não gostava mesmo é de ir a escola em si.

Apenas a ideia de ter que passar pelo colegial era aterrorizante para mim, eu teria que interagir com eles, seria vista por eles.

Mas mesmo assim Charlie me matriculou na única escola de Forks, disse-me que se eu não entrasse na mesma, acabaria chamando mais atenção para mim, era isso ou teria que me esconder dos moradores, o que não era uma boa opção, com uma cidade tão pequena era quase impossível não perceberem sobre uma nova moradora tão repentina, então para não dar problemas para a Charlie acabei por aceitar essa opção instantaneamente e tentar a sorte no Colégio Forks High.

A mesma escola de Edward.

Isso era a única coisa que me deu mais força para ir, eu sabia que não podia me manter perto mesmo que em meu intimo eu quisesse, parecia que havia passado anos desde que o tinha visto pela ultima vez, e vê-lo mesmo que longe já me faria bem.

Eu só esperava que eles estivessem bem.

Mas também não conseguia medir meu nervosismo por saber que agora, eu já não seria mais invisível para os mesmos.

O dia passou rápido com Charlie planejando cada historia que devia ser contada, consegui documentos provisórios para mim, e no fim do dia estava tudo pronto, Charlie tinha me dado uns dos dois carros dele, ele tinha a viatura e uma picape que usava quando não ia trabalhar, e como no horário da escola ele estaria trabalhando ele insistiu que eu usasse a picape para ir até lá, e também tinha comprado todo o material que iria usar na escola, meu disfarce estava pronto, mas eu não estava.

Fim do Capitulo 8.


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Notas finais do capítulo

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