Juntos por uma Eternidade escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 20
Capitulo 20 – Nó Desatado


Notas iniciais do capítulo

Esse vai ser um pouco pequeno só para não atrasar esse semana, o prox vai beeem grande :3



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Capitulo 20 – Nó Desatado

Pov. Narrador

Bernard sempre se achou um homem relaxado. Não relaxado no sentido de calmo, mas no sentido de não ser detalhista o suficiente e isso o irritava profundamente, porque não importava o quanto ele tentasse, nada saía perfeito.

Quando mais novo ele tinha uma outra visão sobre isso. Colocava a culpa nos outros. Quando perdia uma luta era culpa de seu mestre, quando fracassava em uma mediação era culpa da situação em que foi colocado.

Até que ele percebeu que não era culpa do seu mestre, muito menos de alguma pessoa aleatória.

Era dele.

Ele não tinha certeza, mas achava que era por isso que não havia se perdido até então.

Todos os mais velhos que ele já haviam se perdido ou preferido a morte a alternativa, mas Bernard continuava ali, ele pensava muito nisso, mais do que deveria para falar a verdade.

Naquele dia, ele estava inquieto, e mais distraído do que o normal, por isso quando foi chamado para exercer sua determinação naquele dia, ele perdeu o morto, o que não ajudou seu humor, mas como sempre ele tinha que esquecer, não podia pensar muito naquilo mesmo que ele se sentisse mal pelo ocorrido.

“Não adiantava mais” – ele pensou suspirando, já fazia meses que não funcionava para o mesmo, ele percebia como aquilo parecia contraditório, sua determinação não funcionava para mantê-lo quando deveria, mas mesmo assim o mesmo continuava ali.

Quando voltou para casa naquela noite, sua mente estava completamente sobrecarregada, ele gostaria de apenas sentar em sua poltrona e se esquecer tudo por horas, mas ele não poderia.

Pelo menos não naquele dia.

A cozinha era o cômodo mais ridículo para ele. Sabia que muitos anjos gostavam de fingir uma vida humana por ali, se sentavam em suas cadeiras e fingiam que podiam comer.

Não era algo que eles precisassem, era algo mais... Terapêutico.

Ele entendia que eles tinham que fazer o que era preciso para não se desgarrar, mas Bernard não era uma dessas pessoas.

E por isso já havia se desfeito esse quarto quando Bella havia aceitado viver ali com o mesmo, fora a resolução perfeita em sua opinião.

Mas com os decorrer dos anos, ele percebera que precisava de uma, ou pelo menos algum lugar onde poderia guardar algumas coisas.

Por que por mais que não tivesse a necessidade de ingerir alimentos humanos, ele ainda extraia sua força de algo, e diferente dos outros anjos, ele nunca utilizava toda a sua cota, sempre utilizava a agua-light apenas o necessário, adquirindo um pequeno estoque com o passar dos anos.

Então se desfizera de parte de seu quarto para guardar o que precisava, mas agora que Bella havia ido embora ele retira do seu quarto, colocando em sua sala.

Ele retirou alguns frascos da seu “armazém”, contando o quanto ainda tinha, era muitos então começou a enfileira-los em sua mesa.

Mas ainda parecia pouco para ele.

Quando alguém bateu em sua porta o mesmo, ele já saiba quem era, havia programado aquele visita, mesmo que não o agradasse.

Então, respirou fundo uma última vez, e abriu a porta.

— Nosso mundo deve estar realmente morrendo.. – falou a mulher quando a porta se abriu – Para você me chamar até aqui.

— Entre, Helena. – disse Bernard, dando espaço para ela.

Ela entrou na casa antes mesmo dele terminar a frase, batendo com seu ombro nele enquanto passava, seus olhos percorrendo a sala, apoiando em sua muleta a mulher andou até onde o homem estivera anteriormentente olhando para os frascos em cima da mesa.

— Vejo que tem um bom estoque, a redoma não decretou para devolver tudo o que nós temos?

— Eles podem retirar de mim se assim quiserem. – respondeu ele – Mas não vão.

— Não vão – concordou ela.

Ele se virou para seu estoque de água-light, se perguntando mais uma vez se tinha certeza no que estava fazendo, mas ele tinha, havia passado dias pensando nesse encontro, só que agora que estava de fato acontecendo o mesmo queria apenas adia-lo ainda mais.

— Você deve ter um motivo para ter me chamado aqui – disse ela.

— Por que me procurou naquele dia? – perguntou ele - Por que fez Bella ser a culpada?

— Não sei do que está falando – respondeu a mulher sorrindo largamente se apoiando na bengala – Não tem algum lugar para mim sentar? Minha perna ainda não se curou

— Esse encontro não vai ser longo Helena.

Ela não gostou do tom de voz do outro, fazendo o seu sorriso sumir.

— Sabia quantos anjo precisam disso? – perguntou ela indicando a água-light - Eu poderia até voltar a andar normalmente.

As orelhas de Bernard ficaram vermelhas quando ele tentava se manter calmo, ele já havia considerado isso, mas não podia, tinha planos para aquilo.

Então sabendo que a mesma nunca contaria a verdade para o mesmo por vontade ele se aproximou com passos rápidos se aproximou da mesma.

Tinha retira-la a força.

Bernard em um movimento rápido puxou a bengala, a arrancando da mão da mulher.

Ela cambaleou. Não havia apoio para ela, Bernard já havia se distanciado e a mesma estava muito longe de qualquer outra coisa para se apoiar, ela trincou os dentes sentindo o orgulho e a raiva conflitarem dentro dela.

Por fim o orgulho ganhou quando a mesma parou de fingir o machucado e se apoiou na perna “ruim”,  sem se importar com as consequências daquilo, mas ela nunca cairia na frente de Bernard.

— Eu andei ocupado, Helena. – ele sussurrou - E você também.

Ela sorriu, Bernard nunca a decepcionava.

Exatamente por isso que era sempre tão divertido brincar com ele, quando mexia nas cordas ele, vendo se contorcer enquanto o lugar ficava mais apertado, ele não era igual aos seus alunos que sempre se acovardavam a frente dela.

E esse era o tipo preferido dela.

Agora que sabia que não precisava esconder nada, ela queria sua atenção, queria que ele visse tudo o que ela tinha feito. Não pretendia contar para ninguém, não era burra a esse ponto, mas sabia que o homem a sua frente já sabia de tudo, e mesmo que confirmasse suas teorias não mudaria o fato de que ele não poderia fazer contra ela.

— Devia ter aceitado quando eu pedi. – a mulher sorriu – Por tudo sua culpa, está sentindo saudades de sua filha Bernard?

— A mediação era sua.

— Era. – ela riu – Era mesmo não é? Eles achavam que eu tenho como fazer algo como aquilo e sair viva, consequências não podem ser desdobradas, apenas transferidas.

— Transferidas para Bella?

— Para você. – ela constatou se aproximando - Eu seria recompensada por isso se fosse você, mas ela também servia. Obrigada por ter me ajudado. Afinal, ela não teria aceitado se não fosse você.

Ela também servia. – essa frase quase o fez ataca-la, a vida de sua filha tinha sido arruinada por um segunda opção.

— Como deve estar se sentindo.... Está triste? Com saudades? Sabe que não deveria... Você não fez nada para impedir, Bernard.

— Eu não sabia.

— Sabia, claro que sabia. – a voz de Helena vibrou em animação - Você sempre soube que isso ia acabar um dia. Mas você escolheu ficar inerte até que sua doce Bella levou as suas consequências de suas escolhas.

— Mas agora, posso fazer algo. – ele disse, fechando as mãos em punhos - Posso inocentá-la se você for a culpada.

A tentativa falha de uma ameaça quase fez Helena perder o descompasso.

Não por ter feito algum efeito nela, mas exatamente pelo contrário, parecia até fácil demais.

— É interessante a forma como você não se machucou quando fomos invadindo. Ninguém sabia onde você estava. – ela contrapôs – Ou, como você tem tudo isso em sua casa, eles me adoram. Diferente de você, claro. Eles tem medo de você, não seria uma surpresa para ninguém.

— Eles não acreditariam.

— Claro que não. E muito menos em você. – Ela sorriu - Sabe o porquê? Ninguém liga para isso, acha mesmo que se isso fosse mudar algo eles já não teriam feito? Nem ao menos perguntaram a versão da coitada da Isabella.

Ela estava certa, eles apenas precisavam achar alguém para ser o bode expiatório para o que tinha acontecido.

Alem do mais, o que tinha feito para que Bella não fosse morta pela redoma como punição quase já era suficiente para que eles vissem o mesmo como uma ameaça.

Não podia deixar mais que as coisas de desenrolassem sozinhas, se não fosse com Bella, aquilo não significaria nada para ele, já havia se mantido parado por muito mais, mesmo que ele não admitisse aquilo para ninguém, mas era a verdade.

Mas Bernard já sabia de tudo isso, não era uma opção trazer Bella de volta, como não era uma opção delatar Helena.

— Já passamos dessa fase, Bernard. Eu e você, nos odiamos a tanto tempo – ela fez um gesto com a mão como se aquilo não importasse - Acho que chegou a um ponto em que não precisamos mais disso, nenhum de nós vai a lugar algum, estamos presos um ao outro.

— Eles não vão te dar o que você que.r – ele disse, ignorando o monólogo.

— Ninguém pode me dar o que eu quero – ela concordou - Isso não significa que não possa fazer algo para me distrair.

— Torturar crianças está chato para você agora?

— Essa ainda é a melhor coisa dessa meia vida com toda a certeza. – Ele deu de ombros como se aquilo não significasse nada para ela - Você quer saber o que eu fazia com sua filha?

Não era aquilo o que ele queria, não era por aquilo que ele a havia chamado em sua casa, mas a raiva estava o traindo, Helena sabia exatamente como atacar de forma precisa para faze-lo perder o controle, então ele fechou os olhos respirando enquanto voltava a se acalmar.

— Você se lembra Helena das contas do rio eu você insistiu em usar-mos? – Ele perguntou fazendo a mulher franzir a testa confusa - Eu tinha me esquecido disso sabia?

Aquilo havia parado de ser divertido muito rápido para Helena. Seu sorriso sumiu, e ela sentiu o desconforto aumentar em seu peito. Ela sempre odiava pensar em seu passado, então havia trancado tudo em um lugar em sua mente onde nunca mais voltaria a olhar. Fazia muito tempo que Bernard não falava assim com ela, o que não a agradou em nada.

— Por que você fez uma dupla de pingentes para mim e para Klaus e não fez para você? – ele não esperou sua resposta, invés disso continuou a falar - Na epoca eu achava que você não precisava, já que era a única entre nós que já tinha vivido, que essa vida era o bastante para você.

— Vocês tiraram a minha vida. – A mulher gritou enraivecida batendo na mesa com força perdendo a compostura por apenas um momento antes de se recompor.

— Nós te demos uma escolha. – falou ele.

Escolha?— sua voz pingava ironia.

— Ainda que não seja uma boa escolha ainda é uma Helena, sempre foi uma escolha. – sussurrou ele - Isso que importa.

— Mentiras! – ela gritou - É isso que você disse a si mesmo para não se perder não é? Você pode se achar o melhor entre nós, mas isso é apenas uma fachada, se fosse o melhor de nós teria se perdido como nós, teria sido o primeiro.

“Ela sabe que se perdeu”— O fato o espantava, por que nem em seus devaneios mais ousados ele acreditaria que isso era possível.

Helena gelou. Pela primeira vez em anos, o baú onde mantinha tudo guardado havia aberto uma fresta.

— Dei o meu colar para Maria. – contou ele - Agora ele está com Bella, dessa vez ela não vai ser levada de mim.

— Olhe em sua volta, querido. Ela já se foi. – falou Helena, em transe, uma resposta quase automática.

Querido. – a palavra ecoou na mente de Bernard, o fazendo dúvidar por um minuto, ou talvez a mente dele apenas tivesse tentando a todo custo achar uma forma de evitar o que aconteceria no dia.

Helena estava o chamando da mesma maneira de quando ainda eram amigos. Mas ela não era mais sua Helena, e ele se forçou a lembrar disso.

— Klaus deu a dele para você, não é? – continuou ele.

— Já disse que não me lembro disso.. – falou a mulher voltando aos poucos a si, voltando a trancar tudo dentro si, aquele pequeno fraquejar havia acabado. Bernard percebeu, e se aquela historia tinha algum significado para ela, Helena já havia desistido.

— Nós não queríamos que você fosse a culpada por nada. Eu não queria isso, eu devia ter visto que nem eu e nem Klaus seríamos os afetados.

— Mentiras! – Ela gritou – O que você espera que eu fale? Eu não me lembro de nada disso.

— Helena. – chamou o homem – Por favor..

Mas a mulher não estava mais escutando, estava enraivecida. Ele vasculhou, pedindo que tivesse algo, mas não havia. Não importava quanto ele procurasse ou desejasse isso, aquilo era uma casca.

Uma casca que havia matado milhares de anjos apenas por estar entediada.

Por fim ele se decidiu, se virando para suas seus armarios, meras decorações, mas agora eram uma distração bem vinda.

— Vá embora, Helena. – pediu ele.

O fato de estar sendo ignorada não a agradava, ainda mais vindo de Bernard. Ele nunca recuava na frente dela, era um adversário a altura – mas nesse momento, quando o via tão pequeno naquela casa, quase sentiu pena. E isso ela não podia aceitar.

— Nós somos os responsáveis! – a mulher gritou novamente, se inclinando para frente – Olhe para você Bernard, a quanto tempo tem esperado por algo acontecer?

Bernard não respondeu, não poderia.

Então, como se não estivesse ouvindo nada, ele se esticou, pegando um dos seus frascos, estava cansado e precisava daquilo naquele momento, então abriu o mesmo para consumi-lo.

— Sua inércia fez isso. – ela se adiantou tomando o copo da mão de Bernard virando o em sua boca de uma vez, ela juntou os labios, quase como se apreciasse o gosto do líquido - O Caos é uma forma bonita de se Viver, mas nem sempre é o suficiente, eu imagino o que aconteceria se você escolhesse o lado errado, eu já fiz minha escolha e estou ciente do que ela vai requerir de mim, mas você sabe?

Mas Bernard apenas fechou os olhos, apenas o abrindo quando ouviou a outra fraquejar, engasgando com suas próprias palavras.

Eles se encararam por um segundo antes da mulher se apoiar no mesmo enquanto sufocava.

Bernard não queria olhar, não queria, tudo em sua mente dizia para sair dali. Esperar tudo acabar e, só depois, voltar para a sala. Mas ele não podia.

Por isso abriu os olhos, vendo a mulher agaichada em sua frente, se agarrando ao seu pescoço com força, seus olhos arregalados enquanto o ar se esvaia dos seus pulmões.

— O que... – ela em – Fez....?

— Eu sinto muito, Lena. – ele sussurrou percebendo que não conseguia mais manter aquela pose.

Ele viu ela se esticar em direção ao restante dos frascos, os frascos que poderiam salvá-la... caso Bernard os desse para ela.

Se aquele fosse um ato impensado, ele o faria. Mas havia considerado aquilo por horas e horas, e estava determinado colocar o veneno para Helena. Ele sabia que se conhecesse ela tão bem quanto achava, seria ele que teria morrido. Mas já tinha aceitado isso.

— Você está errada, eu já tinha feito minha escolha há muito tempo atrás. – ele voltou o olhar para a mulher – Só sou melhor de esconder isso do que você.

Então ele viu, a vida se apagando do olhar dela. O medo do desconhecido o preencheu.

Foi nesse momento que ele percebeu que estava errado em alguns quesitos.

Ele pensara que podia fazer aquilo, sem sofrer as consequências, ele até podia se livrar das penalidades vindas da redoma, mas como poderia fugir de si mesmo?

Mas Helena estava certa nesse quesito, ninguém faria por ele, e a redoma nunca a julgaria, não com Klaus entre eles.

Isso era algo que ele tinha que fazer, mas isso não queria dizer que voltaria a dormir novamente.

Não era primeira vez que ele matava, e provavelmente não seria a última. Mas era a primeira que ele se importava.

Bernard se ajoelhou, mesmo que ele tivesse causado aquilo, ele não tinha como negar o que estava sentindo.

Não enquanto viu o pele flácida, e a cor doentia preencher o rosto da antiga amiga.

Ele se lembrava vagamente de uma epoca mais simples onde só haviam duas pessoas que era importante para ele, eles contavam uns com os outros.

Até não estar mais para isso.

Muitos dos seus velhos amigos já haviam ido. Helena havia morrido há muito tempo atrás, exatamente como Klaus. Haviam sido consumidos por inteiro pelo mundo a sua volta. Ele não devia estar triste por uma casca ter morrido.

Mas ele estava, não importando o quanto odiasse essa nova Helena.

Ainda sentia falta de sua amiga que um dia se fora.

Com Klaus, havia sido diferente. Quando o mesmo se perdeu, foi apenas um afastamento simples. Bernard não procurava mais o amigo e Klaus muito menos. Eles passaram a não se ver por décadas e mesmo quando se viam, não chegavam a se falar. Em algumas ocasiões, nem se olhavam.

Klaus era da redoma enquanto Bernard era um mestre e mediador. Dois mundos completamente diferentes.

Mas com Helena, não. Eles ainda se viam, tinham a mesma profissão e as mesmas rotinas. Se verem era uma lembrança amarga do que tinham perdido e da verdade que haviam descoberto.

E o ódio surgiu disso.

Foi amargo perceber que matá-la foi muito mais difícil do que ele um dia havia imaginado.

Mas ele não podia se perder ainda. Levara tanto tempo para isso acontecer, mas ele sentia agora que as pontas estavam se soltando. O nó se afrouxando como uma música que estava muito arranhada para continuar ouvindo.

“Então essa é a sensação..”— pensou ele.

Não havia quase nada em sua vida.

Mas esse quase era exatamente o que importava.

Por isso, ele ainda tinha que segurar aquele nó o mais firme possível.

Fim do capítulo 20.


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Notas finais do capítulo

O que voces acham do tipo de narrativa? tipo em terceira pessoa e tudo mais
realmente queria a opnião de vcs sobre isso ta
Comentem ♥



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