O som de canecas sendo esfregadas e o assoalho marrom pisado dava um clima monótono ao bar. Pessoas tristes e felizes, outras sentadas no canto conversando e aproveitando a vida como podiam. A sineta ressoando, anunciando mais um pedido a ser feito e o prato sendo arrastado até o cliente no balcão, dava uma impressão de que aquilo não acabaria.

O calor natural que habitava o estabelecimento era propagado apenas por um ser que estava ali dentro. No entanto, vários corações unidos, não significava que seria em vão: A vitalidade em suas almas era frutuosa.

O jukebox quebrado, ainda tocava o velho disco arranhado, que se tornou parte da casa: A música tema; O cheiro peculiar de batatas-fritas e hambúrgueres também fazia parte unicamente daquilo. As risadas ecoando, aos poucos se tornaram mais longe e não perdeu tempo para se tornar uma fatídica memória.

A neve fria desbaratava aos poucos, o colorido do comércio. As vigas laterais eram lentamente degustadas pelo frio, que a brecha ao canto da parede insistia em destruir. Aquele lugar era apenas uma forma de matar o tempo, assim como você me matou. No entanto, quem se importaria?

Afinal, está chovendo em algum lugar lá fora.