Draco estava andando de um lado para o outro esperando que isso fosse acalma-lo. Ele tinha enviado uma carta aos seus pais dizendo que nas férias de natal tinha algo para conta-los, e gostaria que o seu padrinho estivesse junto também. O problema é que as férias de natal haviam chegado e ele não fazia a mínima ideia de como fazer isso.

Ouviu um barulho e o som de três pessoas conversando na sala de chá e se pôs a andar em direção a porta, quando ele adentrou a sala os três já estavam bem servidos e pareciam discutir animadamente sobre algo, coisa que logo parou e teve a atenção deles direcionada para si.

—Então... -Draco começou lentamente. -Eu tenho algo para contar a vocês.

—Bom... Vá logo com isso. – Seu pai fez um gesto com as mãos como se mandasse-o ter pressa.

—Lucius, calado. -Narcisa o admoestou.

Draco respirou fundo algumas vezes antes de soltar rapidamente e com a voz um pouco tremula:

—Eu sou gay...

—Eu estou feliz por ter estado sentado ao ouvir isso. -Severus falou e sua voz era puro sarcasmo.

—E eu estou namorando com o Harry Potter. – Ele continuou como se não tivesse sido interrompido, sua voz ainda tremia e suas mãos suavam.

—Oh, Merlin. Eu estou chocado. -Seu pai falou, de forma entediada.

—Absolutamente atônito. -Seu padrinho concordou.

—Sev, Lucius, fiquem quietos.  – A matriarca reclamou. – Draco, querido... Nós já sabíamos.

—O que? Mas... Como? -Ele perguntou de forma nervosa.

—Não é como se um de nós morasse em Hogwarts e desse aulas para você e Potter, não é mesmo? -Snape comentou de forma irônica.

—Ou como se eu e sua mãe não tivéssemos que ouvir cada detalhe sobre o santo Potter desde o seu primeiro ano. -Seu pai completou.

Draco respirou fundo e ficou vermelho com os comentários dos mais velhos.

—Eu vou me retirar. -Ele falou recebendo um leve sorriso de sua mãe.

Os outros continuaram suas conversas enquanto ele saia da sala mais aliviado do que esteve em meses.