Heroes Never Die escrita por Ciin Smoak


Capítulo 4
Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou meus amores!!!!
Eu recebi inúmeras ameaças de morte e gente me intimando a vir aqui postar logo, então aqui estou kkkkkkkkk...

Antes de tudo eu queria me justificar por ter demorado mais do que o esperado pra voltar aqui e por ter sumido das outras fanfics, eu estou com uns problemas de saúde e as coisas estão meio difíceis pra mim, então orem por mim, mandem energias positivas pra que eu me recupere logo e volte a ativa, é tudo o que eu mais quero...

Se despedir de uma fanfic nunca é fácil e dar tchau pra essa estória aqui que já tem um espaço tão grande do meu coração está sendo realmente difícil, foram muitas lágrimas, muitos sorrisos, muita pesquisa e estudo pra tentar fazer o meu melhor pra vocês, foi uma jornada incrível e uma experiência maravilhosa ter a chance de escrever o meu final pra Arrow, pro Oliver, pra Olicity. Me deixa muito feliz ler mensagens de pessoas falando que estão tristes com o possível final de arrow e que vão deixar o MEU final em suas mentes, que vão se apegar a minha história quando as coisas ficarem difíceis na série, isso traz um sorriso gigante ao meu rosto!!!

Gostaria de dedicar esse último capítulo a todas as leitoras que acompanharam a fanfic, que leram, que favoritaram, que comentaram, que me cobraram postagens, que foram tão queridas e maravilhosas comigo. Mas gostaria de fazer uma dedicação especial a minha querida amiga Erani e a minha xuxu Clarisa Fairchild pelas lindas recomendações que deixaram aqui na fanfic!!!!
Gostaria ainda de fazer uma dedicação mais especial ainda pra minha amiga Pati Cunha que hoje está de niver, nós estamos longe uma da outra, mas considere isso como seu presente de aniversário meu amooor!!!

Bom, sem mais delongas, bom capítulo e nos vemos nas notas finais!!!!



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A morte sempre foi uma das palavras mais temidas do dicionário!

Estar do outro lado sempre foi uma perspectiva assustadora e cruel, afinal, não tínhamos ideia do que esperar, nem sequer sabíamos realmente se existia um outro lado ou se tudo o que acontecia após nossas almas deixarem o corpo era um imenso vazio.

Agora eu poderia afirmar que aquela frase famosa que dizia que “A morte é rápida, fácil. A vida é mais difícil”, era extremamente verdadeira.

No início tudo o que eu estava sentindo era dor, então eu atirei e aí tudo se fechou ao redor de mim, foi assustador no início, mas eu consegui ver o rosto da Felicity em meio as estrelas e de repente as coisas foram ficando mais fáceis, eu sentia que tudo de ruim que estava dentro de mim começava a ir embora, finalmente.

Todos os medos, a angústia, a falta de fé, a raiva de mim mesmo, tudo isso parecia tão pequeno agora.

—Oliver!

Fui tirado do limbo por uma voz retumbante dentro da minha mente e quando finalmente consegui abrir os olhos, percebi que estava deitado em cima das estrelas, era como se uma galáxia inteira estivesse ao meu redor, mas tudo parecia diferente, não era uma coisa que alguém da terra já tivesse visto.

Me levantei calmamente e assim que me virei, vi o Monitor sentado em cima de um caldo de estrelas (?).

Se eu tivesse alguma dúvida da minha morte, ela seria sanada agora, afinal, o Monitor estava morto antes de mim, então, se eu estava aqui com ele.

—Sim, Oliver! Você está morto, eu sinto muito por isso! –Senti uma sombra de sorriso tomando conta do meu rosto e me sentei ao lado dele.

—Pensei que você não fosse capaz de sentir! –Ele negou rapidamente e voltou o seu olhar pra frente.

—Eu disse que não sentia como vocês, mortais, e não que era incapaz de sentir! –Eu assenti e assim como ele havia feito antes, voltei o meu olhar pra frente, era tudo tão lindo que até me assustava, tudo nesse lugar se parecia com o paraíso e eu nunca achei que fosse merecedor de estar num lugar assim. –Ah propósito, você conseguiu, salvou a todos!

Aquela frase teve o poder de me tirar do torpor no qual eu me encontrava, de repente era como se tudo realmente estivesse voltando a minha mente.

—Espera, nós conseguimos, então? Vencemos o seu irmão? –Ele assentiu lentamente e então balançou a mão esquerda, após isso as estrelas a nossa frente começaram a se realinhar e criaram uma espécie de tela, onde eu pude ver os últimos momentos da minha vida.

Vi a mim mesmo atirando contra aquele monstro e em seguida vi o meu corpo caindo sem vida ao chão, vi o Anti Monitor sendo atingido pelo disparo e os heróis o atacando com tudo o que tinham.

Então o vi morrendo também!

E finalmente tudo estava bem, o mundo estava no seu devido lugar novamente!

—Espera, como você conseguiu ver isso? Você também tem poderes aqui? O seu irmão também está aqui? –Ele revirou os olhos e pareceu levemente irritado, embora continuasse contendo humor em seus olhos, coisa que eu achei que nunca veria.

—Você faz muitas perguntas, Queen! Sim, eu consegui ver tudo e ainda continuo conseguindo porque também tenho poderes aqui, eu te disse antes que a morte não era um fim pra mim, apenas um caminho diferente, sou praticamente um Deus, então não posso ter a minha existência totalmente apagada da realidade. –Eu me limitei a refletir sobre aquilo por algum tempo, mas antes mesmo que eu pudesse voltar a abrir a boca, o Monitor continuou a sua fala. –Meu irmão não está aqui, o seu amigo Aquaman arrancou o coração dele, e mesmo nós temos algumas limitações. O coração é a porta para a alma de todos os seres e quando o meu irmão teve o dele arrancado, bem, a ligação entre a sua alma e seu corpo foi totalmente findada, talvez alguma parte da essência dele ainda esteja por aí, mas é somente isso, ele nunca mais vai conseguir voltar a sua forma, nem mesmo aqui.

—Queria poder dizer que sinto muito pelo seu irmão, mas eu estaria mentindo! –Ele concordou com a cabeça e em seguida deu de ombros.

—Tudo bem Oliver, eu também não sinto muito por isso!

Depois disso, tudo o que tivemos foi silêncio por um longo tempo, as coisas aqui aconteciam de maneira tão rápida e ao mesmo tempo tão lenta que era quase que impossível medir o tempo.

Eu queria deixar a calma daquele lugar tomar conta do meu corpo novamente, mas antes disso eu precisava saber de uma coisa, de algumas coisas, na verdade.

—Isso aqui é o paraíso ou algo do tipo? –Ele me olhou longamente e eu senti que ele desejava que eu completasse o meu pensamento. –Eu nunca achei que fosse digno de estar em lugar assim depois de morrer, quer dizer, eu me sacrifiquei no final, mas isso foi o suficiente pra me trazer pra cá?

—Você se subestima demais, Oliver Jonas Queen! Os seus sacrifícios datam de muito tempo atrás e depois de todo o sofrimento que você precisou passar, bem, digamos que eu vi seres passarem por muito menos e se entregarem as sombras, mas não você. Você sempre teve tanto medo de fazer a coisa errada, de ser a coisa errada, que nunca conseguiu perceber que tinha grande valor e honra, é por isso que o universo te escolheu pra ser aquele que o salvaria, mas você não salvou a todos só no final, você também foi fundamental para que seus amigos Barry Allen e Kara Danvers ainda estejam vivos.

Eu não conseguia falar, nunca me achei merecedor de coisas boas, de ser feliz. A alegria sempre foi uma coisa estranha pra mim porque eu achava que a minha essência era feita de trevas. Mas será mesmo que havia luz? Será mesmo que eu realmente era merecedor de coisas boas? De qualquer forma, agora era um pouco tarde pra descobrir qualquer uma dessas coisas.

Passei bastante tempo refletindo sobre isso e senti lágrimas chegarem aos meus olhos, não tentei segura-las, deixei que fluíssem pelo meu rosto como as águas de um rio e só depois que senti o meu rosto seco é que me atentei para o que ele disse sobre Barry e Kara, num primeiro momento eu achei que ele se referia a ocasião em que eu havia entregado a minha vida pelos dois, mas por que eu tinha a impressão de que ele estava se referindo a outro momento?

—É porque eu estou me referindo a outro momento, você foi fundamental para salvar a vida dos seus amigos, as suas escolhas alteraram dois futuros trágicos e você sequer se deu conta disso.

Aquela tela de estrelas voltou a brilhar e da mesma forma de antes, cenas começaram a se passar ali, como se eu estivesse olhando para um grande telão.

Vi Kara e Shazam lutando contra o Anti Monitor na fortaleza dele, enquanto Clark estava caído, desacordado. Tudo parecia como antes, com exceção de que eu não estava na cena.

As coisas se repetiam, mas no momento em que Kara se distraiu e o Anti Monitor percebeu, eu não estava lá pra jogar a flecha de kriptonita na perna dela, então ela foi atingida. Eu a vi caindo praticamente sem vida no chão, vi o Anti Monitor fugindo e vi o Superman, muito fraco, se arrastando até o corpo da minha amiga.

“Kara, não! Por favor, não!”

Ele parecia desesperado, mas ela estava calma, sorrindo.

“Não fique triste, foi você que me ensinou a ser corajosa. Está tudo bem, eu não estou com medo. “

Kara então fechou os olhos e eu sabia que ela estava morta, mas antes mesmo de eu poder assimilar tudo o que havia acabado de ver, a cena à minha frente mudou e eu vi Barry dentro da nave do tal Pirata Psíquico, só que dessa vez ele estava sozinho.

Eu o vi lutando desesperado contra os seguidores do Anti Monitor e o Pirata Psíquico, vi o tal canhão de Anti Matéria começar a explodir, mas no exato momento ele começou a correr em volta da máquina de uma forma que eu nunca o havia visto correr antes.

Barry conseguiu fazer com que a Anti Matéria implodisse ao invés de explodir, destruindo assim a máquina e salvando a todos, mas vi que a velocidade na qual ele estava correndo era demais pro seu corpo aguentar, pois instantes depois o seu corpo começou a sumir em meio ao borrão vermelho e de repente não restava nada.

Meu amigo também havia morrido!

—Você está querendo dizer que eu salvei a vida deles quando joguei aquela flecha na perna da Kara e mandei a Nora entrar na nave com o Barry?

—Exatamente, você foi fundamental para salva-los e sua escolha mudou o futuro de uma forma maior do que você imagina, antes o seu amigo morria na crise e a filha dele crescia sozinha, sem saber que o pai era um super herói. Agora você mudou os rumos da história, Nora Allen vai crescer ao lado do pai e Kara Danvers vai ter mais uma chance de reencontrar aquele a quem ela entregou o coração, um rapaz chamado Mon-El.

Eu estava mais do que feliz pelos meus amigos, quer dizer, eu nem fazia ideia de que uma simples escolha minha seria capaz de mudar tantas coisas, tantas vidas. Aquilo me encheu de humildade e eu percebi o quanto era bom sentir que havia feito algo realmente importante, isso era a representação de tudo o que eu havia buscado desde que havia saído da ilha...

Um propósito!

—Minha família?

Eu queria poder dizer que estava mais do que feliz por poder salvar os meus amigos e o mundo todo, mas estaria mentindo se dissesse isso. Quer dizer, eu estava feliz, mas se eu soubesse que a minha família não ficaria bem, o meu sacrifício não teria valido de tanta coisa assim.

—Eu te disse antes, a garota é importante, é forte, corajosa, destemida e muito teimosa, parece um retrato seu. O que é engraçado porque a filha que você somente viu enquanto ainda era um bebê se parece mais com você do que o outro filho que você criou por algum tempo. O garoto é quase que uma cópia da sua esposa e ele nem sequer é filho dela de verdade, as interações mortais ainda conseguem me surpreender.

Aquilo teve o poder de me fazer sorrir e de acalmar meu coração, eu já sabia que William era muito parecido com a Felicity, ele amava tecnologia e era inteligente demais pra idade dele, mas a Mia ainda era uma incógnita pra mim e saber que a minha filha carregaria uma parte de mim com ela fazia eu me sentir quase bem.

—Você gostaria de ver? –Balancei a cabeça para dispersar todos os pensamentos e voltei os olhos pro Monitor, confuso. Ele pareceu perceber isso e apontou pra frente. –Você gostaria de ver a sua família?

Espera.

Ele estava me dando uma chance de ver como seria o futuro deles?

—Precisa mesmo perguntar?

O Monitor gargalhou alto pelo o que eu achava ser a primeira vez na vida e aquilo me fascinou por um tempo, mas logo fui tomado pelas visões a minha frente.

Vi a minha garotinha aprendendo a lutar com a Nyssa enquanto Felicity as observava de longe, vi ela crescer aos poucos e ganhar o arco quando a sua “treinadora” achou que ela tinha habilidades o suficiente, vi uma Felicity mais velha discutindo com a nossa filha e então a vi chorando.

Pude ver a minha filha fugindo de casa, se virando em meio a lutas clandestinas. Aquilo me deixou extremamente preocupado, mas então eu vi a mudança começando a acontecer. Vi um garoto amarrado que eu soube no exato momento se tratar do meu filho.

“Você e a Felicity namoraram?”

“Meu Deus, não! Eu sou gay e ela é minha mãe. Madrasta”

“Oliver Queen é seu pai?”

“Meu nome é Mia Smoak. Eu sou filha da Felicity e sua irmã”.

As cenas se passavam tão rápido à minha frente que eu mal conseguia assimilar, por que Mia e William haviam crescido separados? Onde estava a Felicity?

Vi várias coisas ao meu tempo e então vi meus filhos resgatando a mãe de uma espécie de prisão, Felicity estava mais velha, mas continuava tão linda quanto antes.

Lágrimas chegaram aos meus olhos quando vi Felicity e William se reencontrando e quando eu vi a minha filha e a minha mulher conversando, elas não pareciam se dar bem.

“Ser um herói Mia, significa escolher a segurança dos outros acima da sua!”

Eu percebi que com o tempo Felicity havia compreendido o meu modo de pensar, ela não só me entendia, como agora também agia da mesma forma e eu sinceramente não sabia se isso era bom ou ruim.

“Eu cresci odiando os vigilantes, porque odiava você!”

Eu queria estar lá pra impedir isso de acontecer, pra impedir que a Felicity surtasse em relação a segurança da Mia e a criasse quase trancada, queria impedir que elas tivessem um relacionamento tão ruim, mas eu sabia que aquilo também era fruto das minhas escolhas e tudo o que eu podia fazer era assistir.

Meu coração estava pesado, mas no momento em que vi minha família se abraçando em frente ao meu túmulo eu soube que tudo ficaria bem, não importava as dificuldades e as provações pelas quais eles iriam passar.

Aquela era a minha família e eles não iam desistir!

Pensei que aquele seria o final de tudo, o momento onde o Monitor me mostraria que tudo ficaria bem, que a minha família encontraria o caminho, mas de repente percebi que Felicity estava se despedindo dos nossos filhos.

“Eu prometi ao pai de vocês que eu protegeria vocês dois até que não precisassem mais de mim!”

A cena foi cortada naquele momento e em seguida vi outra coisa, vi a Felicity caminhando até o Monitor e dizendo que estava pronta pra me encontrar, que já tinha esperado tempo demais.

Aquilo me deixou extremamente confuso e quando tudo finalmente ficou escuro, eu voltei os meus olhos pro Monitor.

—Se você morreu, como conseguiu aparecer lá? E o que significa isso? Você vai trazer a Felicity pra cá?

—Eu tenho a impressão de que acabei de te falar isso, mas você faz muitas perguntas, sabe? –Eu continuei olhando firmemente pra ele e o mesmo acabou cedendo com um suspiro. –Eu ainda posso transitar entre os mundos por um curto período de tempo, meus poderes foram reduzidos na sua realidade, mas não totalmente findados. E sim, eu vou traze-la pra cá, ela vai querer ficar com você depois de tanto tempo de espera, por que? Não está feliz com isso?

Eu estava?

—Não é questão de estar feliz ou não, é só que, isso não parece certo! –O Monitor me lançou um olhar intrigado, mas tudo o que eu conseguia fazer era sentir a angustia dentro de mim.

Se eu queria ver a minha mulher? É claro que sim. Se eu queria que nós passássemos a eternidade juntos em lugar lindo com esse? Óbvio.

Mas isso não era certo!

—Minha filha cresceu odiando a mãe, odiando os vigilantes. Wiliam cresceu sozinho, achando que estava abandonado e no momento em que eles finalmente conseguem estar juntos e se acertar, ela vai vir embora por mim? Nossos filhos ainda vão precisar dela e além do mais, por mais que ela me ame, uma parte dela sempre vai sentir a perda de pôr tê-los deixado. Eu amo a Felicity e a quero aqui comigo, mas isso não me parece justo com eles.

—E o que seria justo pra você, Oliver?

—Eu não sei e sinceramente? Não importa, eu posso viver aqui sabendo que eles estão bem lá, que agora eles tem uma chance de lutar, isso é tudo o que importa.

O Monitor me olhou por incontáveis minutos e eu até cheguei a achar que havia algo de errado com ele, mas no fim, ele bateu nos meus ombros e pareceu satisfeito com o que tinha visto.

—Lembra o que eu te disse sobre o universo pedir uma vida em troca de salvar a dos seus amigos? –Assenti lentamente, ainda não entendendo aonde ele queria chegar. –Bom, você salvou a vida dos seus amigos e deu a sua em troca, mas agora eu e meu irmão estamos mortos e somos almas muito poderosas, portanto, acho que o universo está em dívida com isso, é preciso ter equilíbrio.

O Olhei profundamente, ainda não entendendo onde ele queria chegar. Ele não estava dizendo que...

Ele estava?

—Agora eu te dou duas opções, Oliver Queen! –Eu sentia as estrelas girando ao meu redor, como se eu estivesse envolto por um grande redemoinho. –Você pode ficar aqui e esperar pela sua esposa ou pode voltar pra casa e viver a sua vida com a sua família!

Lágrimas chegaram aos meus olhos e eu simplesmente não conseguia encontrar as palavras necessárias, ele estava me dando uma segunda chance?

—Como?

—Eu te disse, o universo precisa de equilíbrio e agora que a minha vida e a do meu irmão foram levadas eu posso restaurar a sua sem desequilibra-lo. –Eu ainda não conseguia acreditar, era demais pra absorver, eu sentia meu coração retumbando tão forte no peito que tinha a mais absoluta certeza de que caso eu já não estivesse morto, acabaria morrendo agora.

—Você sempre pôde fazer isso? Por que me deixou pensar que era o fim, então?

Ele se levantou lentamente e observou aquela imensidão de estrelas antes de voltar os olhos pra mim.

—Restaurar a vida de uma pessoa é um processo complexo e como eu já disse, demanda muito cuidado, pois pode desequilibrar o universo de uma maneira catastrófica. Eu não teria todo esse trabalho por alguém que não fosse merecedor, mas você me provou que eu não conhecia todas as facetas do universo, que os seres, sobretudo os humanos, podiam ser realmente surpreendentes, portanto, eu te concedo uma segunda chance com a sua família.

Eu simplesmente não conseguia acreditar, eu iria poder mudar aquele futuro, iria poder ver a minha filha crescer, iria poder buscar o William e traze-lo de volta, abraça-lo e dizer o quanto eu o amava. Eu poderia beijar a Felicity todos os dias durante o resto da minha vida.

Eu sabia que ainda existiriam vários problemas, o nono círculo era um deles. Mas eu poderia enfrentar qualquer coisa se estivesse junto à minha família.

—O seu tempo aqui acabou!

Antes mesmo que eu pudesse falar uma única palavra, senti uma forte dor de cabeça que logo começou a se alastrar pelo meu corpo todo e quando dei por mim estava abrindo os olhos e dando de cara com todos os amigos que haviam lutado junto à mim.

Eles estavam conversando, parece que se despedindo, mas Barry foi o primeiro a me ver.

—Oliver? –Antes que alguém conseguisse olhar na minha direção, Barry já estava em cima de mim, me abraçando com toda a força que possuía.

Meu corpo estava cheio de dores por todos os lados, mas eu estava tão feliz por estar de volta e por ver todos os meus amigos bem, que o deixei me abraçar do jeito que queria.

—Oliver, meu Deus! –Kara foi a próxima a vir em minha direção, ela veio mancando até mim e me ajudou a sentar, em seguida me abraçou do mesmo jeito que Barry e eu percebi que ela tinha lágrimas nos olhos.

Sara caminhou até mim, totalmente emocionada e acariciou o meu rosto.

—Como isso é possível, Ollie? –Eu estava pronto pra responde-la, mas fui impedido por Diggle que praticamente tirou todos do caminho para chegar até mim.

—Não importa, não importa como. Ele tá aqui, meu irmão voltou! –Diggle começou a chorar baixinho e eu não consegui me conter, abracei o meu irmão com toda a força que eu tinha e me permiti chorar junto a ele e aos meus outros amigos.

Percebi que todos estavam emocionados com a minha “volta” e um por um, todos vieram me cumprimentar, eles me perguntaram várias vezes como aquilo era possível e se eu me lembrava de alguma coisa sobre estar morto. Tudo o que eu respondia era que eu não me lembrava de nada e não sabia como isso tinha acontecido, achei que seria melhor não envolver o nome do Monitor em toda essa história.

—Bem, com esses dispositivos que a Kara nos entregou, vamos sempre poder visitar uns aos outros. –Billy parecia feliz com todos os novos amigos que havia feito e eu não estava diferente.

Havíamos formado uma espécie de aliança estranha e agora que eu sabia que poderíamos transitar entre as terras para nos ver, bem, tudo ficava melhor.

Aos poucos todos começaram a se despedir. Dianna, Arthur e Billy entraram em um portal, Sara entrou em outro, Kara me abraçou uma última vez e seguiu junto com o seu primo.

Um outro portal se abriu ao meu lado e John se aproximou dele, mas no último momento, ele se voltou pra mim e se agachou ao meu lado.

—Como é a sensação de voltar pra casa sabendo que nós salvamos o mundo? –Eu estava mais do que empolgado e ele não me parecia diferente, embora houvesse uma espécie de sabedoria familiar em seus olhos, do mesmo tipo que eu via todas as vezes que olhava pro meu amigo John.

—É uma sensação muito boa, mas eu só ajudei. Foi você que salvou o mundo, Oliver! Nunca se esqueça disso! –Ele abriu um sorriso em minha direção e em seguida jogou algo em minha mão, quando eu olhei pra baixo vi que se tratava do anel dele, o objeto começou a brilhar assim que entrou em contato com a minha pele.

John gargalhou alto e pegou o anel de volta, em seguida se levantou e bateu de leve no meu ombro.

—Como eu disse, você seria um excelente Lanterna Verde, até o anel sabe disso! Até breve, Oliver Queen!

Tudo o que eu consegui fazer foi acenar na direção dele, pois no minuto seguinte, ele já havia sumido dentro do portal.

—Alguém viu o Bruce ou a prima dele? –Cisco parecia totalmente intrigado e olhava até debaixo da mesa, como se fosse possível que algum deles conseguisse se esconder lá.

—Qual é? Eles são a dupla de morcegos misteriosos e por mais que o Bruce tenha revelado a identidade, achou mesmo que eles ficariam pras despedidas? –Caitlin parecia estar certa pra decepção do Cisco, mas Chloe logo tratou de melhorar o humor dele.

—Mas nós os veremos de novo, no dia que o mundo precisar novamente, eles vão estar lá pra ajudar!

—É, mas tomara que o mundo não precise novamente por um bom tempo, pelo amor de Deus! –Todos gargalharam alto da frase do Clark e ele riu baixinho antes de apertar um botão e acionar o portal atrás dele.

—Vocês já sabem, eu estou esperando por todos lá na fazenda Kent pra um churrasco, não é todo dia que se salva o universo inteiro e vamos precisar comemorar! –Ele se preparou pra entrar no portal, mas Chloe o segurou pelo braço rapidamente.

—Você se importa de ir sem mim? Diga ao Oliver que eu vou mais tarde.

O Superman pareceu confuso, mas antes que ele pudesse perguntar algo, Chloe decidiu responder a pergunta implícita. Ela olhou em minha direção e sorriu. –Eu gostaria de conhecer a Felicity!

Lembrar do nome da minha mulher fez o meu coração retumbar no peito e de repente, eu estava mais do que ansioso pra ir pra casa.

—É claro, ela vai adorar conhecer você!

Depois disso Clark se despediu e o portal se fechou atrás dele. Cisco, Caitlin e Barry caminharam conosco até o lado de fora da Star Labs e no momento em que entramos no carro, eles se despediram com um aceno.

Iris não estava a vista em lugar nenhum, acho que ainda estava chateada pelas palavras do John, mas sinceramente? Eu não poderia estar me importando menos no momento.

Diggle deu a partida no carro e eu voltei a acenar na direção dos meus amigos, mas no momento que ele ia pisar o pé no acelerador, Nora apareceu ao lado da minha janela.

Abaixei o vidro rapidamente e fui surpreendido por um beijo no rosto.

—Obrigada por me deixar tentar salvar o meu pai! –Acariciei os cabelos dela e assenti brevemente, depois disso ela se afastou e então Diggle saiu com o carro.

A viagem durou várias horas e estávamos tão cansados que simplesmente não tínhamos vontade de falar nada, a simples presença um do outro bastava. Eu sentia que Diggle e Chloe ainda estavam curiosos sobre a minha volta, mas estavam tentando respeitar o meu espaço.

Eu sabia que eles haviam percebido que eu estava mentindo e os dois eram pessoas pras quais eu gostaria de contar sobre toda a minha história com o Monitor.

Quem sabe um dia?

A cada quilômetro que chegávamos mais perto da cabana, eu me sentia mais inquieto. Minha vontade era de sair correndo e agarrar a Felicity pra nunca mais soltar, mas no momento em que me vi parando o carro em frente à casa, eu travei.

Eu simplesmente não sabia como ela iria me receber depois da nossa última conversa e estava mais do que nervoso com isso, mas tudo mudou no momento em que ela apareceu na porta com a nossa filha nos braços e o rosto cheio de lágrimas.

—Olha Mia, o papai voltou pra casa!

...

—Você sabe que é um dos amores da vida do papai, não sabe?

Eu mal conseguia me conter de tanta felicidade por estar segurando a minha filha nos braços novamente, eu havia a deixado com a certeza de que nunca mais a veria.

Desde o momento em que Felicity havia me visto, ela chorava sem parar e tudo o que fez foi me abraçar com toda a força que tinha, eu não sabia o que dizer, mas sabia que ela precisava de um momento para desabafar, então apenas fui o que ela precisava que eu fosse.

Assim que ela se acalmou, peguei Mia nos braços e quase que inconscientemente, Felicity deu um passo pro lado pra que eu e nossa filha pudéssemos passar, ela também sabia que agora era eu quem precisava de um momento com a nossa princesa.

Eu a deixei ali ao lado do John e da Chloe e enquanto andava pro fundo da casa, pude ouvir o diálogo que todos estavam esperando tanto pra acontecer.

“Então você é a famosa, Felicity Smoak!”

“E você é a famosa Chloe Sullivan, minha versão na terra 2 ou eu sou sua versão aqui na terra 1?

John e Chloe riram alto da minha mulher e a última frase que escutei foi...

“Eu adorei você, Felicity! Acho que vamos ser grandes amigas.”

Agora eu estava aqui, sentado na escada enquanto a minha filha se sacudia nos braços e acariciava a minha barba, ela me olhava como se já entendesse quem eu era.

Como ela havia crescido tanto em uma semana?

—Você vai crescer e só vai aprender a lutar se quiser, sua tia Nyssa vai poder te ajudar, mas vou ser eu quem vai te ensinar. Vou te ensinar tudo o que eu sei sobre ser um herói e olha que eu ainda estou aprendendo muita coisa, mas podemos aprender juntos, não podemos? –Ela gargalhou e eu senti meu coração dar um solavanco, Mia já havia sorrido, mas nunca havia gargalhado pra mim daquela forma.

Minha pequena rainha!

—Você vai poder escolher o que quer ser, vai escolher se quer seguir os passos dos seus pais ou se quer ser uma coisa totalmente nova, mas independentemente do que você escolha, saiba que eu sempre vou estar aqui te apoiando!

Beijei o seu rostinho pequeno e a aninhei em meus braços, ela ainda era tão molinha, tão frágil, eu faria de tudo pra protege-la, assim como faria pelo William, ele já era mais velho, era maduro demais pra idade dele, mas eu o protegeria como se ele fosse um bebê, porque ele sempre seria meu garotinho e agora mais do que nunca eu estava disposto a recuperar todo o tempo perdido com ele.

—Agora que você já matou a saudade, será que você pode soltar essa criança um pouco pra que eu finalmente possa ter a alegria de segurar a minha afilhada nos meus braços? –John apareceu ao meu lado rindo baixinho, embora eu percebesse que os seus olhos carregavam um brilho de lágrimas não derramadas.

Mas eu sabia que eram lágrimas de felicidade!

Me levantei rapidamente e dei um último beijo na minha filha antes de entrega-la para o tio e padrinho. Mia se aconchegou nos braços dele rapidamente, como se soubesse que ele era da família, que ele também iria protege-la.

—Ela é tão perfeita! –John olhava pra ela como se ela fosse a coisa mais preciosa do mundo e eu sabia que ele cuidaria da Mia da mesma forma que cuidava do Júnior.

—Por que você saiu de lá? –Ele revirou os olhos e ajeitou Mia melhor nos braços.

—Depois de dois minutos elas engataram em uma conversa louca sobre atualizar os dispositivos da Kara de viagem entre as Terras pra algo ainda mais rápido, algo que não abriria um portal, simplesmente nos tele transportaria entre uma terra e outra e bem, digamos que assim que o papo chegou no Noturno dos X-mens, eu decidi sair antes que eu tivesse que pegar um chapeuzinho de cone com a palavra burro escrita pra ir me sentar no cantinho da sala.

Gargalhei alto diante daquela cena e voltei a me sentar, John logo imitou os meus movimentos.

—Se nós mal conseguíamos entender o que uma Felicity falava, imagina agora que tem duas dela? –John deu de ombros e riu baixinho, em seguida se colocou a brincar com a Mia.

Eu sentia que Felicity e Chloe formariam uma excelente dupla e tinha a mais absoluta certeza de que agora elas não se desgrudariam, talvez a Lois até ficasse com um pouco de ciúmes.

—A nossa princesa fez coco, vou lá dentro trocar ela! –John se levantou assim que terminou de falar e eu me preparei pra fazer o mesmo, vai que ele precisava de ajuda?

Embora eu não fizesse a mínima ideia de como trocar uma fralda!

Acho que ele percebeu a minha expressão, pois no mesmo momento começou a rir alto e andar pra dentro da casa.

—Vamos Mia, mais tarde a gente ensina o seu pai a trocar suas fraldas!

Revirei os olhos, mas os deixei ir, eu sabia que minha filha estava em ótimas mãos.

—Vai ser divertido ver você aprendendo a trocar fraldas!

Levantei a cabeça e vi que Felicity se aproximava, dei espaço na escada pra que ela se sentasse ao meu lado e assim ela o fez.

—Onde está a Chloe?

—Ela entrou, disse que ia procurar o John porque era a vez dela de segurar a bolinha fofa! –Ela riu baixinho e eu a acompanhei.

Eu estava fazendo muito isso de rir desde que havia “voltado”, mas o que eu podia fazer? Eu estava feliz!

—Eu te amo, você sabe disso não sabe? –Ela assentiu rapidamente e veio para o meu colo.

—Eu te amo mais, você também sabe disso não sabe? –Grudei a minha testa na dela e abracei o seu corpo contra o meu.

—Quanto a quem ama mais, acho que vamos ter concordar em discordar! –Ela revirou os olhos, mas em seguida grudou a boca na minha e como sempre, eu senti o universo parar ao meu redor.

Pedi passagem com a língua, passagem essa que ela logo cedeu e logo engatamos um beijo que teve o poder de nos tirar do eixo.

Eu estava com saudades da minha esposa.

—O que vamos fazer agora? E quanto ao futuro? –Acariciei os seus cabelos e pensei naquilo por alguns minutos, eu já tinha plena certeza do que queria fazer, mas precisava saber se ela concordaria primeiro.

—Eu gostaria de voltar pra Starling, pra nossa casa! Não é justo que tenhamos que viver escondidos, que tenhamos que criar a Mia aqui escondida, isolada de tudo, ela merece mais, ela merece ir pra escola, ter amigos, crescer, fazer as próprias escolhas e acho que ela pode ter tudo isso em Star City. Quer dizer, não vai ser fácil com o nono círculo e toda essa história, mas nós podemos dar um jeito, eu sei que podemos. E eu também preciso ir atrás do William, ele faz parte dessa família e eu não quero que ele se sinta excluído ou sinta que nos esquecemos dele, eu quero que ele cresça com a Mia, seja o irmão mais velho super protetor assim como eu fui com a Thea, quero que ele implique com os namorados dela e quero vê-los brigando pela casa, mas quero que ela saiba que ele sempre vai estar lá por ela, porque é isso que os irmãos fazem. Eu não quero que os nossos filhos se sintam sozinhos, nunca!

A cada palavra dita eu me lembrava daquele futuro que havia visto, mas eu mudaria aquelas coisas, não deixaria que nada daquilo acontecesse, podia não ser um futuro perfeito, mas eu daria tudo de mim pra que ele fosse o melhor possível.

Assim que levantei a cabeça percebi que a Felicity estava chorando e logo tratei de secar as lágrimas dela. Ela me olhou por longos minutos, mas no final se levantou e me estendeu a mão.

—Vamos pra casa, mas primeiro vamos atrás do nosso filho!

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2039

POV FELICITY

A vida tinha algo de irônico e impressionante que transformava tudo em uma espécie de mágica.

Às vezes, quando olhava pra trás, eu ainda me impressionava com a minha história, quem diria que de emo/hacker/namorada de um criminoso que tentou me passar a perna, eu me tornaria a loira do TI da Queen Consolidate, conheceria o filho do chefe, descobriria que ele era um vigilante, me apaixonaria por ele, veria a evolução dele, me casaria com ele, teria filhos com ele.

Eu com certeza não apostaria nessa história caso alguém me contasse, mas com toda a certeza do mundo eu estava feliz pelas escolhas que haviam me trazido até aqui.

Oliver era um verdadeiro herói e hoje ele reconhecia isso, o que não poderia me deixar mais feliz. Passamos os últimos vinte anos divididos entre tentar viver a vida mais normal possível ao lado dos nossos filhos e proteger Starling, e bem, o mundo as vezes.

Eu não conseguiria contar aqui todas as histórias pelas quais havíamos passado, os vilões que havíamos enfrentado, eram muitas aventuras, mas eu me orgulhava de ter tantas histórias pra contar.

—Mãe?

E falando em aventuras...

—Oi meu amor, vem aqui!

William havia crescido e se tornado um homem diante dos meus olhos, ele era tão lindo e inteligente e havia puxado o meu lado da família, amava tudo o que tinha a ver com tecnologia e havia se formado em TI no MIT assim como eu.

Ele vinha ajudando o time e me dando apoio nos últimos anos, era tão bom ou até melhor que eu, mas isso não era mais o suficiente.

Chegava uma hora em que todo o herói precisava pendurar a capa, ao menos parcialmente, essa era a minha hora.

—Eu fiquei preocupado, por que me chamou aqui na Cave? Aconteceu alguma coisa? Precisa de ajuda?

Dei uma leve batidinha na cadeira ao meu lado e ele se sentou, William era tão solícito, tão gentil e sempre havia cuidado da Mia como se fosse o pai dela, eu ainda me lembrava da primeira vez em que ele a segurou no colo, lágrimas chegaram aos olhos dele e ele a abraçou com tanta força, como se quisesse protege-la de tudo.

Os anos foram passando e a minha garotinha a cada dia provava que não era tão garotinha assim, que podia se cuidar sozinha, ela lutava tão bem quanto Oliver e tinha o temperamento dele também em muitas ocasiões, mas eu sabia que sempre que as coisas ficavam difíceis, ela olhava pro lado pra ver se o irmão estava ali com ela.

—Você sabe que eu não sou mais nenhuma garotinha, eu também estou começando a ficar cansada e depois de uma vida de heroísmo, eu acho que talvez seja hora de eu descansar. –Ele me olhava atentamente e eu tinha certeza de que ele já sabia aonde eu queria chegar, por isso não quis ficar de enrolação. –Eu estou aqui te perguntando e não te pressionando, porque essa vida foi uma escolha minha e eu amo cada momento disso, mas entrar nisso e viver esse tipo de vida tem que ser uma escolha sua, algo que você quer fazer e não que acha que deve fazer por causa de mim ou do seu pai.

—Eu sei que tenho uma escolha, você e o papai sempre deixaram isso claro, mas não dá pra perceber? Eu já escolhi a muito tempo. Ser herói, proteger as pessoas, esse é o negócio da família, foi pra isso que eu segui seus passos, pra poder ajudar as pessoas, eu não consigo me imaginar fazendo nada diferente. E depois que eu e o Mathews terminamos, bem, digamos que tenho ainda mais tempo de sobra. –Ele me abraçou de lado e eu ri baixinho, eu sabia que ele estava sofrendo com esse término, mas ele superaria, William era tão forte.

—Você sabe o quanto eu me orgulho de você, não sabe? Eu te amo tanto e ver você crescendo todos esses anos foi uma alegria pra mim, poder estar aqui vendo você dar mais esse passo é uma coisa extraordinária e eu não poderia estar mais satisfeita. –Meu menino tinha lágrimas nos olhos, mas ele logo se controlou e me lançou um olhar acuado.

—Eu sei o que você está prestes a fazer e eu aceito, mas se por acaso, surgir uma ameaça muito grande ou algum maluco querendo destruir o universo?...

Ri baixinho e me levantei.

—Se as coisas ficarem muito difíceis ou se você precisar de mim, saiba que eu sempre vou estar por perto pra ajudar, até porque, eu não conseguiria largar isso tudo assim, eu não conseguiria viver uma vida tão monótona.

Ele revirou os olhos, mas se levantou com um sorriso no rosto e eu segurei sua mão.

—William, eu sei que você já vem fazendo isso há muito tempo, mas agora vamos tornar tudo oficial, a partir de agora eu te declaro Overwatch, os olhos e ouvidos do Time Arrow!

—Obrigada por confiar em mim, mãe! –Aquilo foi o suficiente pra me fazer chorar, eu o abracei com toda a força que eu tinha.

—Mais de vinte anos se passaram e a sensação de te ouvir me chamando de mãe é a mesma! –Ele riu baixinho e beijou minha testa, agora ele era mais alto que eu.

—Você é minha mãe, eu tive sorte de ter duas mães incríveis e sei que aonde a minha mãe estiver, ele está feliz por saber que eu consegui outra mãe tão maravilhosa! –Ele também estava com lágrimas nos olhos e ficamos nos olhando por algum tempo. –Bom, mas agora chega de drama, precisamos comemorar né? Embora eu ache que a Mia vá surtar quando souber que eu entrei pro time, quando o papai vai deixa-la participar das operações?

—Bem, acho que ele vai ter com ela uma conversa muito parecida com a que nós dois acabamos de ter. –William pareceu surpreso por um bom tempo, mas no fim abriu um sorriso enorme no rosto.

—Sério? Ele finalmente vai deixar ela entrar pro time Arrow? –Assenti rapidamente e caminhei até a minha mesa, liguei o computador e percebi que meu filho estava atrás de mim olhando tudo atentamente.

—Eu tenho quase certeza de que posso encontrar os dois bem...aqui! –Ampliei a tela no momento em que achei meu marido e minha filha entrando na sala de treinos. Aquele era o lugar deles e eu sabia que era lá que o Oliver iria querer conversar com a Mia. –Quer espionar a conversa dos dois?

—Não é errado espionar a conversa da própria família? –William parecia se divertir com toda a situação e eu não estava muito diferente.

—Eu coloquei aquela garota no mundo e aturei todas as crises existenciais do pai dela. Eu posso espionar os dois e como você está comigo, estou te concedendo esse direito também.

William gargalhou alto, mas logo se sentou ao meu lado.

É, a nossa vida não era a mais perfeita, mas eu tinha muito pelo que agradecer.

...

POV OLIVER

Eu havia passado anos e anos da minha vida achando que eu não era digno, que eu era envolto por sombras, que eu nunca passaria de um vigilante, que eu nunca seria o herói que a Felicity acreditava que eu era.

Olhar pra trás e ver todas as lágrimas derramadas era uma coisa difícil, mas também era gratificante saber que muitas coisas haviam mudado, inclusive o meu complexo de herói.

Agora eu sabia que todos possuíam luz e trevas dentro de si e que eu não era diferente, agora eu entendia que apesar dos meus erros, eu era um herói de verdade e correndo o risco de parecer arrogante, era bem legal saber que meu nome estaria nos livros de história.

—O senhor tá olhando pra parede há uns 10 minutos, a velhice começou a bater mais cedo do que a gente pensava né? –Revirei os olhos e me voltei pra minha filha.

Mia tinha o meu temperamento, amava lutar e era uma líder nata, mas também tinha o comportamento irritante da minha irmã, o que as vezes me tirava do sério.

Ela não tinha muita coisa da Felicity, do mesmo jeito que o William não tinha muitas coisas minhas, nossos filhos eram como cópias exatas da gente e eu não sabia até que ponto isso me assustava.

—Se eu te deixar de castigo pelos próximos vinte anos você ainda vai achar tanta graça? –Ela revirou os olhos rapidamente e encostou o ombro no meu.

—Não me faça chamar a tia Thea pra falar mal de você, você sabe que ela adora fazer isso! –Bufei rapidamente e fechei os olhos, que Deus tivesse piedade de mim.

Thea adorava me azucrinar, ela e Roy continuavam as mesmas pestes de sempre e as vezes eu tinha medo da influência que o Anthony, meu sobrinho, teria dentro de casa. Eu confesso que torcia pra que ele puxasse o Roy, porque uma Thea já era demais pra mim.

—Se você já terminou de me atormentar, eu tenho uma coisa muito importante pra te falar, então não faça com que eu desista!

Ela assentiu levemente e parecendo entender a seriedade na minha voz, endireitou os ombros.

—Você sempre me pediu pra entrar pro time e eu nunca deixei porque achava que você era nova demais, eu queria que você tivesse certeza de que era isso que você queria fazer. Quero que você saiba que tem uma escolha, que não precisa escolher ser uma heroína só porque sua família é.

Eu sempre havia me preocupado com esse aspecto em relação a minha filha, tentei mudar o futuro que eu havia visto a todo custo, não queria que ela crescesse com raiva, achando que não tinha escolha, pelo contrário. Eu e Felicity a havíamos criado desde pequena sabendo que ela poderia ser o que quisesse ser, tanto que foi uma escolha dela aprender a lutar e foi uma escolha dela ficar me azucrinando pelos últimos quatro anos pra poder fazer parte do time.

—Eu amo o que vocês fazem, salvar as pessoas é importante pra mim, eu não conseguiria me imaginar fazendo outra coisa, então eu só fico aqui esperando você finalmente me dar um voto de confiança e me deixar entrar pro time. Eu não sou mais uma criança pai, sempre vou ser sua garotinha, mas não sou mais criança, você precisa aceitar isso!

Mia falava com uma maturidade que ainda me assustava, eu sabia que ela estava certa, ela já tinha 20 anos e era capaz de fazer as próprias escolhas, eu é que morria de medo de que ela se machucasse e por isso havia imposto uma regra a mim mesmo, para me tranquilizar, mas também pra não me impedir de fazer o que eu tinha que fazer por medo.

Eu havia feito um trato mental de que deixaria a minha filha entrar pro time no dia em que ela conseguisse ganhar de mim em uma luta e ela havia conseguido esse feito há duas semanas atrás.

—Você está certa, eu sei que está! E é por isso que eu te trouxe aqui, pra te dizer que a partir de hoje, já que é a sua escolha, você faz parte do time Arrow! –Minha filha abriu aquele sorriso que sempre havia conseguido com que eu fizesse as vontades dela e antes que eu pudesse falar alguma coisa, ela pulou em cima de mim e me abraçou com toda a força que tinha.

—Obrigada por confiar em mim! Obrigada, obrigada, obrigada! –Ela me abraçava com força e eu não estava diferente, Mia estava certa, não importava a idade, ela sempre seria minha garotinha. –Mal posso esperar pra ver a cara do William quando descobrir que eu estou oficialmente no time antes dele!

—Bom, na verdade! –Aquilo foi o suficiente pra fazer ela se afastar de mim e me lançar um olhar inquisidor. –Sua mãe está tendo uma conversa bem parecida com ele nesse exato momento.

Ela bufou baixinho, irritada, mas por fim, deu de ombros. –Que seja! E qual vai ser o nome dele? Senhor Nerd? –Algo em meus olhos pareceu entregar tudo, pois no mesmo momento ela descruzou os braços e fez uma cara chocada. –Tá brincando? Mamãe tá passando o posto dela pra ele? Ela vai sair do time?

—Sair não, ainda vamos estar por perto pra ajudar vocês sempre que as coisas ficarem difíceis, mas não somos mais tão jovens assim e depois de lutarmos uma vida inteira, queremos poder descansar também. Sua tia Chloe e sua mãe querem iniciar um projeto novo e o John, Clark e eu estávamos com algumas coisas em mente também, vamos precisar de tempo pra fazer isso!

Ela assentiu por um tempo, parecendo assimilar tudo o que eu dizia, até que por fim, pareceu realmente compreender o real significado das minhas palavras.

—Como assim “ainda vamos estar por perto”, por que você se incluiu na frase? –Ela parecia um pouco temerosa agora, mas foi totalmente tomada pelo choque assim que a virei de costas e mostrei o meu presente a ela.

—Esse será o seu novo uniforme, se você aceitar! –A nossa frente estava um uniforme de Arqueiro Verde, mas do tamanho dela, eu sabia que Mia seria uma grande heroína, e seguindo a ordem natural das coisas, eu não via outro jeito de fazer aquilo.

Junior havia seguido os passos de Lyla na Argus, Connor estava nesse exato momento tendo uma conversa com o John e provavelmente se tornaria o Espartano, Anthony estava seguindo os passos dos pais e entraria pro time muito em breve como Arsenal, William estava seguindo os passos de Felicity, então era meio óbvio que fosse Mia a seguir os meus.

—Quando você disse que eu deveria entrar pro time, achei que seria como membro honorária ou sei lá, uma estagiária. Acha mesmo que eu to pronta pra assumir o manto do Arqueiro? Quer dizer, ser a líder do time e tudo o mais? –Me sentei e a levei comigo.

—Acho, você não acha? –Ela deu de ombros e segurou minha mão.

—Sinceramente? Eu não sei! Você é perfeito, um dos maiores super heróis de todas as Terras, você é um líder nato, sempre sabe o que fazer. E se eu não for boa como você? E se eu errar? E se gente inocente morrer por causa de mim?

—Querida, eu não sou perfeito! Posso não cometer tantos erros hoje em dia devido a experiência, mas eu não sou perfeito. E eu já errei muito, já meti os pés pelas mãos, fiz escolhas erradas, magoei pessoas e isso vai acontecer com você também. Você precisa errar pra aprender a acertar, são os erros e os medos que nos fazem aprender, que nos tornam bons heróis. –Ela assentiu levemente com lágrimas nos olhos e me abraçou de lado. –Além do mais, você não vai estar sozinha, seu irmão sempre vai estar lá pra ser seus olhos e ouvidos e Connor vai ser seu braço direito, eles vão cuidar de você assim como a Felicity e o John cuidaram de mim. Fora todos os nossos amigos, as canários, seu primo Anthony, o Jonathan filho do Clark, o outro Jonathan filho do outro Clark, os filhos da Chloe e do Oliver, a filha da Kara, a Nora e todos os outros. Temos muitos amigos, você nunca vai estar sozinha. Até porque, se as coisas ficarem realmente difíceis, se uma ameaça muito grande surgir, eu e sua mãe estaremos por perto pra ajudar, nunca vamos deixar vocês sozinhos!

Mia ficou em silêncio por vários minutos, refletindo, mas por fim abriu um sorriso em meios as lágrimas e me abraçou ainda mais forte.

—É uma honra saber que o senhor confia em mim a esse ponto e o senhor está certo, temos muitos amigos, na verdade, temos uma família gigante e essa família é tudo o que alguém poderia querer. Eu tenho muito orgulho de ser sua filha e da mamãe, vocês são os melhores pais do mundo e eu vou me esforçar pra ser uma heroína tão boa quanto você e a mamãe.

Eu beijei a sua testa e enxuguei as suas lágrimas.

—Eu sei que você e seu irmão vão se esforçar, mas vocês não vou ser tão bons quanto nós, vocês vão ser melhores, tenha certeza disso. Eu amo você, minha pequena rainha!

—Eu amo você pai! –Ficamos em silêncio por alguns minutos, mas de repente senti Mia se retesando no lugar enquanto olhava pra cima. -Espera, aquela câmera tá ligada? –Segui o olhar dela e por fim acabei gargalhando alto.

—A vida não teria graça sem a sua mãe!

...

SEMANAS DEPOIS!!!!

—Eu to nervosa, você tá nervoso? –Felicity já havia ruído todas as unhas e eu sabia que ela estava ansiosa pelo que estava por vir.

—Nervoso não, ansioso! Mas precisamos ficar calmos, eles vão se sair bem, estão prontos pra isso!

Há algumas semanas atrás havíamos passado os nossos legados para os nossos filhos e agora estávamos todos na expectativa, hoje era o grande dia, hoje Mia, William e Connor iriam pra primeira missão deles.

Sozinhos!

É óbvio que geralmente não era assim, na maioria das vezes tínhamos vários membros do time pra dar apoio, mas hoje todos se limitariam apenas a assistir, era meio que o rito de iniciação deles.

—Os três ficaram tão lindos com os uniformes, eu sei que pareço uma mãe babona, mas não consegui evitar! –Eu ri baixinho e a puxei pro meu colo, segurei as suas mãos e as beijei, em uma clara tentativa de faze-la parar de roer as unhas.

—Eu também achei que eles ficaram incríveis com os uniformes e tenho certeza de que eles vãos se sair bem, vão cuidar uns dos outros. –Ela assentiu lentamente e em seguida deitou a cabeça no meu ombro.

—Quando vocês vão começar a mexer no projeto? –Felicity estava conseguindo se sentir mais empolgada que eu com esse tal “projeto”, mas confesso que eu não estava muito diferente.

Durante todos esses anos todos nós heróis havíamos lutado juntos, quando uma ameaça grande demais surgia em algumas das terras, todos os outros heróis se juntavam lá pra ajudar, havíamos formado uma grande família depois do episódio da crise e eu não poderia estar mais feliz com isso.

Mas agora queríamos oficializar tudo, queríamos uma sede de controle, queríamos ter um nome, queríamos ficar de olho em tudo.

Foi em uma conversa entre Bruce, Dianna, Clark (da terra 2) e eu que a ideia surgiu, decidimos trabalhar no projeto desse grupo e eu estava mais do que ansioso pra começar.

Cisco adorava dar nome as coisas e quando soube do tal projeto não foi diferente, ele escolheu, nós gostamos do nome e estava feito.

Começaríamos a trabalhar pra tirar do papel a ideia da Liga da Justiça!

—Quando nós vamos começar, você quer dizer! Você não pode se esquecer que a toda a torre de controle e as ordens operacionais vão ficar sob a sua responsabilidade e da Chloe. E nós vamos começar a cuidar de tudo isso assim que voltarmos de Aruba, nós merecemos um longo mês de férias lá! –Ela riu baixinho e assentiu com um sorriso.

—Eu já arrumei as nossas malas, quer dizer, eu ia arrumar só as minhas, mas eu sei como você é extremamente enrolado, então fiz as suas também pra me poupar tempo e paciência e...

Algumas coisas nunca mudavam e eu adorava saber que a parte em que eu beijava a minha esposa quando ela começava a falar demais nunca mudaria.

—Opa opa, pessoal! Vamos deixar isso pra mais tarde porque agora as nossas crianças estão em ação e vocês queriam vê-las, a não ser é claro que vocês tenham desistido! Eu posso voltar mais tarde pra dar um tempinho pros dois!

Revirei os olhos e me separei da Felicity, John estava sendo irônico, mas ele estava tão empolgado quanto a gente.

Rapidamente caminhamos pra mini central que havíamos feito dentro da nossa casa e ao chegarmos lá nos deparamos com os nossos amigos já sentados nas cadeiras e olhando pra tela. Thea estava com um balde de pipoca, não me pergunte o porquê!

Mia e Connor lutavam bravamente contra vários homens armados enquanto William desativava vários alarmes e falava com eles pelo comunicador, os três não faziam ideia de que estávamos assistindo tudo.

Eu pensei que me sentiria mais apreensivo, temeroso, mas tudo o que eu conseguia sentir era a animação por ver os meus filhos enfrentando o inimigo, sendo os heróis que eles cresceram pra ser.

—Time Arrow 2.0! –Thea rodopiava na cadeira como se estivesse vendo o melhor filme de todos e Roy ria baixinho, ele já havia desistido de conter a minha irmã.

Eu estava olhando atentamente pra tela e percebi que Felicity se emocionou assim que escutou Connor chamando o William de Overwatch pela primeira vez.

Eu estava pronto pra fazer um comentário sobre isso, mas ela foi mais rápida e se virou em minha direção, me puxando pra um canto logo em seguida.

—Eu te amo, você sabe, não sabe? Não só por ser quem você é, mas por tudo que você me deu. Eu não tinha nada antes de te conhecer e você me deu uma vida com propósito, me deu todas essas pessoa que estão aqui nessa sala. Você mudou toda a minha vida e eu nunca vou me cansar de dizer isso, eu amo você Oliver Jonas Queen! –A beijei discretamente e acariciei os seus cabelos.

Ela era tão linda, não importava que já não tivesse a mesma idade de quando havíamos nos conhecido, ela continuava sendo a pessoa mais linda do mundo inteiro!

—Amar você mudou a minha vida, antes de vocês eu não tinha nada, mas você, o Diggle, essa família, vocês me deram um propósito real pelo qual lutar, você ficou ao meu lado e nunca desistiu de mim, mesmo quando eu já havia desistido. Eu nunca me considerei merecedor de nada, mas vi que estava errado no momento em que eu realmente abri os olhos e vi que eu tinha você na minha vida, eu amo você Felicity Megan Smoak Queen!

A vida era cheia de altos e baixos, perdas e vitórias, erros e acertos. Eu havia passado por muitas coisas, havia mudado drasticamente depois de ver o meu pai morrer, morri naquele navio pra renascer como algo novo, algo sombrio, algo diferente. Mas com o tempo as coisas foram mudando, eu conheci pessoas, encontrei a minha família, achei o meu lugar no mundo.

Eu passei por muitas coisas e achei que iria cair muitas vezes, mas agora aqui com a minha esposa em meus braços e minha família ao meu lado, eu só conseguia pensar no quanto eu era sortudo.

Capítulos precisavam terminar para que outros pudessem ser abertos e eu tinha certeza de que os capítulos da nossa história como Time Arrow Original haviam chegado ao fim. Agora tudo o que eu podia fazer era abraçar a minha esposa e voltar a olhar pra tela, pros meus filhos e meu sobrinho.

Eu achei que já estava sentindo orgulho deles, mas tudo dentro de mim virou um rebuliço tremendo quando Mia apontou a flecha para um dos maiores traficantes de droga da cidade e...

“Barão Lordoowc, você falhou com essa cidade!”

Bom, um novo capítulo estava sendo iniciado!


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Notas finais do capítulo

Bom meus amores, é isso! Eu espero que vocês amem ler essa conclusão do mesmo jeito que eu amei escreve-la, espero que vocês se sintam felizes com o final que eu dei pro nosso Oliver.

Obrigada por terem me acompanhado em mais essa jornada e nos vemos muito em breve se Deus quiser em The Mistake, End Game e no projeto olicity natalino que tá chegando (isso mesmo, vai rolar a segunda versão do projeto)...

Aqui está a última chance de vocês de deixarem suas marcas na fanfic, comentem, favoritem, recomendem, me contem o que acharam da história, do final, o que sentiram lendo essa conclusão, me façam feliz pleasee!!!

Até a próximo, obrigada por tudo!
Beijoooos!!!!!