Monarquia Serpente - Bughead escrita por Fortunato


Capítulo 28
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

Música do Capítulo: Imagine Dragons - Believer



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Jughead Jones

O chão parecia balançar ao som do rock alto que tocava no bar. Eu já não conseguia ficar lá dentro com todos me perguntando onde estava Elizabeth. Aqui fora ao menos eu poderia vê-la chegar e tomar um ar fresco. Tentava controlar ao máximo minha vontade de ligar pra não parecer um grande viciado nela. Ouvi a porta bater atrás de mim. Penny saiu do bar com cigarro e isqueiro próximo ao rosto o acendendo. Deu uma longa tragada no maço guardando o isqueiro no bolso da jaqueta.

Ela fingiu não ter percebido que eu estava ali quando soprou uma nuvem de nicotina na minha direção. Contrai os punhos, era mesmo uma maldita. Em seguida ela me ofereceu o cigarro entre os dedos.

— Quer uma tragada, pequeno Jones? – pés de galinha se formaram ao lado dos olhos num sorriso falso.

— Vai ficar me provocando até quando? – disse irritado – Sabe que parei a meses.

Virei o rosto para o outro lado. Meu ar puro tinha ido por água abaixo.

Ouvi ela puxar outra tragada.

— Foi isso que disse pro seu pai? – riu - Qual é Jughead, você mente tão mal quanto a Gladys.

Meu sangue ferveu. Minha mãe sempre foi meu ponto fraco desde que foi embora. Foi ela que me fez cair em vários buracos pela vida. Me viciar em cigarro tão jovem era uma delas. Por ironia do destino, os Serpentes tinham ocupado minha cabeça o suficiente para não pensar em nicotina. Claro que algumas vezes a vontade de fumar recaia sobre mim de novo, principalmente em um ambiente como aquele. Apesar do meu pai ter proibido o fumo dentro do bar depois que eu entrei para a gangue, o fator risco era falar de Gladys. O que acontecia quase o tempo todo já que ela era nossa ponte com os serpentes de Toledo.

— Se disser mais alguma coisa sobre minha mãe eu juro que... – apontei o dedo contra seu rosto pensando em uma ameaça à altura. Nós não podíamos ferir um dos nossos.

Ela fez um movimento rápido com as sobrancelhas. Meu pavio curto sempre a divertia e ela adorava me ver explodir.

Ouvi um ronco de motor alto e pneu se colapsando com o granito. Me voltei imediatamente até a moto que entrava no estacionamento. Até que enfim.

— Vai fazer o que? – Penny tentou chamar minha atenção de novo.

Vi Betty parar sua moto ao lado das outras com pura maestria. Pilotava tão bem quanto eu agora. Meu coração se encheu com sua imagem baixando o pedal e descendo da mesma. Sorri involuntariamente.

— Se quer mesmo saber, não vou fazer nada. – estava tranquilo agora – Você não merece meu tempo.

Ela fingiu não se afetar quando puxou mais uma tragada. Lhe dei as constas indo até Elizabeth impaciente. Não sabia que meia hora podia durar toda essa eternidade. Assim que ela tirou o capacete a abracei de supetão por trás fazendo-a soltar um gritinho de susto.

— Desculpa, é que senti sua falta. – disse cheirando seus cabelos que agora estavam soltos e formavam ondas perfeitas em todo o comprimento.

Ela se virou sorrindo.

— Não mentiu quando disse que sentia minha falta em cinco minutos. – me abraçou também.

— Eu não menti em nada Liz. – segurei seu rosto selando nossos lábios.

Quando nos separamos ela se explicou.

— Eu não queria ter demorado tanto. Acabei ficando presa no corpete do vestido sem conseguir descer o fecho. Meu celular apagou e resolveu não ligar mais. – ela passou os dedos pelos fios dos cabelos.

— Se eu soubesse teria ido te ajudar com todo prazer. – soltei tentando não sorrir, mas me arrependi imediatamente.

— Jughead! - seu rosto se enrubesceu e ela mordeu o lábio encarando o chão.

— O que foi? Cedo demais pra falar isso?

Sua boca se abriu para ela falar algo que desistiu. Logo colocou as mãos nos bolsos e começou a andar em direção ao bar. Eu acompanhei cada movimento seu seguindo-a ao seu lado.

— Talvez nós pudéssemos ir um pouco mais devagar com tudo isso.

— No seu tempo Liz. – passei o braço ao redor do seu ombro e o tirei em seguida. Era cedo demais pra isso também? Estava completamente perdido – Acho que você devia me ajudar com isso.

Ela me olhou pelo canto do olho.

— Nunca tive nada sério com ninguém antes e ás vezes não sei como agir com você. – completei desconcertado.

Ela parou e se virou para mim. Suas mãos foram até meu rosto me puxando para selar nossos lábios demoradamente. Seu rosto permaneceu próximo do meu. Era incrível como meu corpo reagia à ela.

— Jug, eu nunca senti nada por ninguém como sinto por você. – sua voz saiu baixa e rouca.

Foi o suficiente para me deixar louco. A puxei contra mim pouco me fodendo com quem estivesse ali fora para ver. Precisava demais do seu beijo e não parava de pensar nisso desde o dia no beco se escondendo dos Ghoulies. Entrelacei minha mão em seus cabelos tomando seus lábios para mim. Minha língua pediu passagem e ela reagiu cedendo. Liz segurou meus cabelos também, com força, me guiando em uma sincronia perfeita. Puta merda, como pude viver 17 anos sem essa mulher? Quando eu mordi seu lábio inferior ela arfou e se separou um pouco tomando ar. Seus olhos ainda estavam fechados e ela ergueu uma sobrancelha antes de abri-los.

— Ir devagar já não parece ser uma ideia tão atrativa. – ela disse e eu beijei sua testa sorrindo.

— Vamos deixar o resto pra mais tarde. Tem muita gente querendo te ver. 

— Eu demorei por outro motivo também. Fiquei em pânico quando lembrei que tinha uma gangue me esperando... - olhou para a porta do bar fingindo um sorriso. Seus braços penderam.

— Liz... – tentei segurar a risada – Eles não vão fazer nada com você. Além do mais, o que de ruim pode acontecer? Quem enfrenta uma gangue de traficantes pode muito bem lidar com uma gangue de bêbados. – me lembrei do que ela tinha dito mais cedo.

Ela riu finalmente.

— Tem razão. – balançou a cabeça de um lado para o outro.

Assim que entramos no bar o estardalhaço começou. Eu também não menti sobre sentir ciúmes de Liz. Dividi-la assim com um bando de homens bêbados me dava vontade de fugir com ela dali, mas ela era incrível demais para ficar escondida do mundo e eu teria que lidar com isso. Pensei que se eu fosse incrível para ela também, mesmo tendo o mundo a sua disposição, ela voltaria para mim no final. E eu me esforçaria para isso.

Muita gente batia palmas, muita gente gritava. Fangs assoviava com dois dedos ao fundo. Um garoto pouco mais velho que eu comemorou erguendo sua cerveja fazendo o líquido se derramar sob uma garota que o tapeou.

Liz andava por entre toda a confusão com os ombros encolhidos, acenava para um e outro sempre agradecendo. Sua essência tímida nunca mudou afinal. Alguns viam nossas mãos entrelaçadas e davam batidinhas em minhas costas comentando alguma coisa que não podia ouvir por causa do som alto.

— Bom te ver Betty. – meu pai disse se levantando de um banquinho do bar.  

— Bom te ver também. – eles apertaram as mãos e um refrigerante em sua mão me chamou a atenção.

Eu não tinha o visto desde a noite de ontem por ter dormido na casa de Elizabeth. Durante o dia ele tinha ficado atarefado protocolando as inúmeras prisões e a julgar pelo refrigerante teria que voltar para lá daqui a pouco.

— Ossos do oficio. – ele ergueu a latinha comprovando o que eu pensava – E como foi o baile? Jughead foi um cavalheiro com você?

— Ele sempre é Sr. Jones. – ela sorriu.

— Esse é meu garoto. - ele fez um bico.

Alguém no bar rapidamente abriu duas cervejas nos entregando. Meu pai se sentou de novo.

— Parece que temos uma nova integrante para a família. – meu pai olhava a porta – A ruiva disse que queria entrar hoje mais cedo. O curioso é que pediu uma jaqueta vermelha.

Olhei para trás. Cheryl e Toni entravam juntas. Já estavam trocadas das roupas também.

— Isso é impossível. – eu ri.

Meu pai deu de ombros.

— Deixei Toni cuidar disso. – meu pai se levantou tomando o resto do refrigerante - Eu não vou poder ficar até mais tarde, por isso Betty a honra vai ser sua. Acho que sabe o que fazer.

Elizabeth arregalou os olhos e estremeceu por um segundo.

— Sr. Jones, na verdade eu queria dizer algumas coisas para o pessoal. De preferência antes que você fosse. – meu pai revezou o olhar entre mim e ela satisfeito.

— Claro.

— Tudo bem Liz? – perguntei passando a mão pela sua cintura.

Ela expirou o ar pela boca concordando com a cabeça. Antes que eu pudesse falar algo meu pai já estava no palco gritando para abaixarem a música.

— Ei, ei, ei. – as pessoas ainda conversavam alto demais enquanto nos aproximávamos – Calma pessoal, calma.

Quando a conversa finalmente diminuiu e a maioria começou a prestar atenção meu pai continuou.

(música)

— Eu sei que hoje é um dia de comemoração, mas preciso de uns minutos da atenção de vocês. – as conversas se reduziram a cochichos e ele continuou – Vocês sabem, e eu nunca deixo de dizer, que os Serpentes do Sul são o maior legado que essa cidade poderia ter.

— Isso ai! – alguém animado ou bêbado demais gritou ao fundo.

— Muito bom Jack. - meu pai riu apontando para ele – Betty, pode vir até aqui?

Ela se afastou do meu abraço e eu a assisti subir até o palco onde um dia tinha sido parte de sua iniciação. Ela se aproximou do meu pai que colocou uma mão sob seu ombro.

— Na noite passada, essa garota fez um grande milagre por nós, nos livrando, eu espero que de vez, dos Ghoulies. – algumas pessoas gritavam e comemoraram – E por isso vocês pediram muito para que ela substituísse Nick na liderança, por bons motivos já que ele nos traiu e foi expulso! E, bom, aqui está ela.

Meu pai sorriu e se afastou deixando que Elizabeth falasse. Procurei pelo seu rosto vestígios da garota insegura que estava do lado de fora do bar. Ela simplesmente havia sumido. Liz estava séria o suficiente para convencer qualquer um a esconder um corpo se ela ordenasse.

— Serpentes! Primeiramente eu gostaria de propor um brinde a todos nós! – ela ergueu sua garrafa tomando um gole depois. As pessoas gritaram e ela esperou pelo silêncio para continuar.

— Em segundo lugar eu quero dizer que é uma honra estar aqui, nessa posição que vocês escolheram. – seu olhar parou em um ponto especifico. Busquei pela pessoa a quem ela estava olhando, mas com o bar cheio e escuro era difícil identificar qualquer rosto.

Voltei minha atenção a Liz que rapidamente continuou.

— Os Serpentes do Sul tem trilhado sua história com muita luta. Cada degrau escalado é um sacrifício e eu só entendo isso agora que faço parte de vocês. Bem, eu arrisco dizer que os Jones são os principais responsáveis por vocês serem a gangue que são hoje. Por isso eu queria falar de um Jones específico. – ela olhou para mim – Jughead é a síntese do que os Serpentes do Sul representam, não como uma gangue, mas como uma família. Viveu tudo o que vocês vivem, sente a dor que vocês sentem e não tem medo de se sacrificar por mais um degrau conquistado. Então se vocês querem chegar ao topo precisam de alguém como ele, - ela ergueu sua cerveja em minha direção – e não como eu. É por isso que eu passo o meu posto para ele!

Algumas pessoas bateram palmas. Outras cochichavam. Algumas mãos me sacudiam e cheguei até a ouvir a palavra “Justo” saindo de alguém. Estava atônito demais para raciocinar. Elizabeth permaneceu ali em pé por um tempo e depois desceu pela lateral do palco.

Quando a perdi de vista minha consciência voltou e meu pai tomou a palavra de novo ainda batendo palmas.

— Foram ótimas palavras Betty, obrigado por isso. – ele me olhou com orgulho indicando com a cabeça para que eu fosse até lá o que fiz em um instante. Ele agarrou meu ombro com força.

— Escuta pessoal, o meu filho nunca parou de lutar por esse grupo. Ele quase morreu por essa causa. Merece tanto quanto qualquer um. – ele se aproximou do meu ouvido sussurrando – Eu te amo filho. 

O encarei confuso enquanto ele descia do palco. Palmas se alastraram e ecoaram por todo o ambiente e Toni me chamou entregando a inédita jaqueta vermelha.

— Acho que fui pego de surpresa. – disse alto o suficiente e os que estavam mais próximo riram, olhei para o meu pai de novo – Eu só posso dizer que te amo pai. E que sinto orgulho de cada um de vocês. – olhei a jaqueta  vermelha nas mãos - Agora que sou líder algumas coisas serão diferentes, começando pela iniciação machista das garotas. – gesticulei no ar – Nada de danças! 

Alguns garotos vaiavam enquanto as garotas batiam palmas e as mulheres mais velhas da gangue gritavam concordando. Sem perder tempo estiquei a mão para Cheryl para que ela viesse até o palco lhe entregando a jaqueta. Toni entrelaçou suas próprias mãos abaixo do queixo sorrindo orgulhosa.

Finalmente encontrei Betty em um canto aplaudindo. Ela fez um aceno com a cabeça e eu sorri. Mais tarde eu elogiaria sua fabulosa capacidade em me surpreender. Cheryl desceu do palco pulando nos braços de Toni. 

— Serpentes! - ergui minha cerveja como pela milésima vez essa noite – Rumo ao topo!

Olhei para Liz e ela sorria radiante para mim. Saltei do palco para ir de encontro até ela e agradecer, ou perguntar mil coisas, não sei, só queria estar com ela como havíamos planejado antes de sair do baile. Uma mão grande se espalmou em meu peito me envolvendo para um abraço desajeitado. O bafo de cerveja vencida não deixava dúvidas.

— Que merda é essa Tall Boy? – o empurrei. Ele pareceu não se incomodar.

— Parabéns garoto. Sabe, se eu tivesse um filho queria que fosse como você. – ele se embolou um pouco nas palavras, mas a sinceridade delas era evidente.

Fangs chegou cambaleando querendo entrar na conversa. Ele passou o braço por cima dos meus ombros apontando para meu peito.

— Esse aqui é o meu garoto, ensinei tudo o que ele sabe.

— Acho que foi o contrário, não? Sai pra lá. – tirei o abraço dele de mim o empurrando.

Procurei por Elizabeth rapidamente, não queria deixa-la sozinha aqui. Agora ela estava no bar junto de Cheryl e Toni que viravam uma dose de alguma coisa. Penny se aproximou dela dando tapinha em suas costas. Mais tarde eu iria alertar Liz para manter distância dessa cobra. Olhei o braço imobilizado de Tall Boy. Ele levou um tiro no meu lugar e merecia um pouco de atenção por isso.  

— Toni fez um bom trabalho.

— Ah, isso aqui? – ele levantou o braço da tipoia – Ficou uma merda, vou ter que refazer a tatuagem em outro lugar.

— Não vai colocar uma cobra na bunda igual ao Jack né? - eu gargalhei e Fangs me acompanhou. 

— Bom você tocar nesse assunto do Jack. - Tall Boy coçou a cabeça parecendo não entender o duplo sentido do que eu tinha dito - Sabe, o que aconteceu com Jack já tá enterrado. Esse ano nós podíamos participar do racha de gangues. – ele sorriu amarelo mostrando os dentes de cima - Tem gente precisando de uma grana e...

Balancei a cabeça negativamente.

— Você tá louco Tall Boy? – eu sorri, só podia ser uma piada.

— Não cara. Qual foi? – ele bateu com as costas da mão em meu peito, talvez com força demais. Estava alterado pelo álcool.

Mais três serpentes chegaram na conversa, não conhecia os nomes apesar de estarem sempre presentes por ali. Um deles eu conhecia por vender peças de carro e moto roubadas. Era fato que lucrava nesses rachas, independente de qual gangue vinha o dinheiro.

— Olha só Tall Boy, eu não sei se você lembra, mas os rachas são proibidos por lei.

— Sempre foram e nunca deixamos de participar. – um homem de cavanhaque disse carrancudo dando de ombros.

Deviam ter pedido ao Tall Boy para viesse me pedir já que nós dois eramos mais próximos.

— Qual seu nome mesmo? – comprimi um olho lhe apontando o dedo.

— Gambino.

— Muito bem Gambino, você sabe porque nós não podemos participar de rachas mais?

Ele olhou para o colega ao lado e deu de ombros.

— Porque deu em morte da ultima vez. 

— Também... - concordei. 

— Já superamos a morte de Jack. - o cara das peças falou.

— É porque meu pai é a porra de um Xerife seu otário. Se a prefeita descobre que a gangue dele tá fazendo coisas erradas ele perde o cargo.

— Tudo bem, tudo bem. – Fangs diz um pouco embolado deixando sua garrafa em cima da sinuca – Nos usar para acabar com o tráfico é uma boa e agora que somos esquecidos tá de boa também?

— É isso aí. - os dois disseram em uníssono. 

Tall Boy concordou com a cabeça. 

— Merda Fangs, será que tem como você calar a porra da sua boca? – disse impaciente.

— Qual é garoto! – Gambino começou a rir em deboche – Seu pai é o Xerife? Foda-se! Antes disso acontecer a gente se virava ganhando a vida e eu não preciso lembrar que ele ajudava muito com isso. 

Fechei o punho. Minha vontade era de amassar a cara desse filho da puta.

— Você tem que entender que tem outras famílias além da sua precisando de dinheiro. – o cara das peças roubadas completou.

Bufei. De certa forma eles tinham razão. O dinheiro para quem era do Sul sempre era um problema, já que era raro contratarem qualquer um que fosse da gangue para qualquer coisa. Quem participava do racha de gangues ganhava um cachê especifico só pela participação, a bolada de dinheiro do vencedor era só um bônus considerando isso. O problema era que qualquer tipo de racha era completamente ilegal. Mesmo assim tinham pessoas em Riverdale que patrocinavam só para assistir e apostar em um vencedor. Esse tipo de coisa movimentava dinheiro para todo mundo. 

— Já entendi. Mas eu vou pensar em alguma coisa que não seja isso tá bom? – tentei amenizar mesmo sabendo que não teríamos outra opção tão fácil.

— Pensa rápido porque o racha já é na semana que vem. – Gambino respondeu antes de me dar as costas.

Estalei a língua no céu da boca frustrado. No mesmo momento senti um braço envolver o meu. Achei que fosse Fangs sendo um marica chato de novo e até me preparei para empurrá-lo.

— Tá tudo bem? – sua voz doce relaxou cada nervo do meu corpo.

— Tudo Liz, só quero sair daqui. – disse levando-a para fora – Tô pensando seriamente em te devolver a liderança sabe?

Ela gargalhou.

— Mas de jeito nenhum!

Ao chegar do lado de fora eu montei em sua moto e ela veio logo atrás. Depois colocou o queixo sob meu ombro com uma carinha divertida.

— E então, pra onde vamos?

— Eu pensei em te mostrar minha casa, meu pai não vai estar lá hoje. – agora dizendo isso pensei que pudesse soar como algo que não era, não queria que ela imaginasse outras coisas – Bom, eu só queria te mostrar onde eu moro...

— Tudo bem, - ela deu de ombros – não tem ninguém me esperando em casa mesmo.

Não sabia ao certo o que dizer, sentia que precisava a ajudar a passar por esse momento assim como outras pessoas me ajudaram.

Partimos sob a noite escura e apesar de não ter chegado em casa, aqui, pilotando pela estrada com Liz me envolvendo em seus braços eu pude entender que ela havia se tornado minha casa. Eu queria estar onde ela estivesse.


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Notas finais do capítulo

Oii pessoal, eu queria deixar um aviso importantíssimo.
Eu tenho estado um pouco desanimada com a fic por acreditar que infelizmente flopou. Por isso, pode acontecer de ela ser excluída aqui. Assim eu vou reescrever melhor algumas coisas e postar em outra plataforma (Wattpad). Se quiserem rever a história e principalmente saber como ela termina, procurem essa fic com o mesmo nome por lá!
Esse é um projeto que pode demorar um pouco, mas conto com o apoio de vocês que sempre estão acompanhando! Beijos no coração de todas as minhas leitoras, amo vcs!!



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