Imortal 4 - Eternidade escrita por CM Winchester


Capítulo 12
Capitulo 11 (DESCENDENTE)




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Eu fugi da mansão dos Cullen naquela noite. Eu precisava de espaço. O monstro dentro de mim precisava.
Corri para a floresta. Jared e Paul estavam perto de guarda.
Ele levataram nas suas formas de lobo e eu os encarei. Paul mostrou os dentes para mim que gargalhei.
Toquei uma mão contra a outra e uma força invisivel saiu os atingindo. Ambos foram arremessados contra as arvores as quebrando. Eu sorri seguindo meu caminho.
Sem olhar para tras.
A unica pessoa que eu precisava naquela hora estava do outro lado do oceano. Na cabana eu consegui tudo o que eu precisava para seguir meu caminho. Troquei a roupa ensanguentada por um vestido vermelho estampado de branco, um cardiga vermelho e calcei uma sandalia.
Na madrugada eu ja estava viajando para a Italia. Eu lembrava de cada caminho que percorremos aquele dia para salvar Edward.
Perto do meio dia eu estava chegando a Voltera.
Caminhei pelas ruas observando tudo. A torre do Relogio estava mais a frente.
Um estalar de dedos o topo dela estava em chamas, as pessoas começaram a correr e gritar. Aquilo me dava uma felicidade imensa.
As apaguei quando vi sombras onde ha muito tampo encontramos Edward, atravessei o lugar e me aproximei.
— Demetri, Felix. - Cumprimentei e eles me encararam supresos.
— Foi você que fez aquilo? - Demetri perguntou.
— Quero conversar com Aro.
— Você quer? - Felix repetiu.
O sorriso sumiu do seu rosto quando as veias apareceram no meu. Ele colocou as mãos na cabeça quando a invadi. Aquilo me surpreendeu. Eu estava conseguindo controlar vampiros.
Em sua mente eu o fazia sentir seu corpo pegar fogo. Era real demais para ele pensar que era ilusão. Assim que o libertei da tortura ele me encarou assustado.
— O que aconteceu com você?
— Essa sou eu. Agora. Eu quero ver o Aro!
Eles me conduziram pelos mesmos corredores da outra vez. Mas desta vez eu não sentia medo.
Na recepção havia outra humana desta vez. Uma loira com olhos verdes.
Demetri abriu as portas do salão. As conversas se silenciaram quando avancei em passos decididos.
— Elizabeth Swan, mas que surpresa. - Aro falou.
— Lizzie. - Corrigi. - É um prazer reve-lo... Pai.
O salão se tornou mais silencioso ainda. Todos o encararam.
— Onde esta Lucille?
— Morta. - Respondi. - Agora eu quero respostas.
— Ordeno que todos saiam. - Aro mandou.
Um por um os vampiros foram saindo.
Ficando somente Aro, Marcus, Caius, Jane, Alec e uma vampira atras de Aro.
— Todos os outros. - Aro ordenou.
Marcus e Alec pareceram aliviados de sair dali, ja Caius e Jane não, mas eles sairam mesmo assim. Uma unica vampira ficou atras de Aro.
— Como você a matou? - Ele perguntou.
— Como se mata todos os vampiros. - Respondi. - Mas acho que agora eu consigo mata-los so com o poder a mente. - Sorri.
Invadi  sua mente e ordenei da forma mais cruel possivel.
"Me conte a verdade!"
— Lucille e eu fomos amantes por muito tempo. Ela quase foi minha primeira esposa, mas o fato dela não querer um compromisso assim tão grande a fez negar a oferta. Claro que isso nunca nos impediu de ambos visitar o quarto do outro. A primeira vez que ela foi embora eu permiti. Deixei que vivesse sua vida. Mas quando soube que ela vivia com alguem. Que mantinha um tipo de familia com Carlisle. - Ele sorriu. - Alec, Jane e Felix foram ate eles. Ela nunca imaginou que eu iria exigir que ela voltasse.
"E eu nunca imaginei que ela fosse ceder tão facilmente. Quando ela voltou naquela mesma noite me procurou. Então um dia ela simplesmente sumiu sem deixar rastros. Demetri tambem não conseguiu encontra-la. Mais ou menos um ano depois ela retornou a guarda. Não contou o por que do sumisso. E retornou as suas obrigações aqui.
"So fui entender anos mais tarde quando vi você na mente de Edward. Eu iria atras de você, mas você mesmo veio ate a mim naquele dia. Era identica a ela so que humana. E muito mais poderosa. - Ele sorriu. - Nem os Cullen, nem você tinham ideia da pedra preciosa que você é. Mas acho que agora você sabe. So que ainda assim não tem ideia do que é capaz de fazer.
— Por que eu sou tão poderosa?
— Lucille era filha do primeiro Imortal. Eu não cheguei conhece-lo, mas sei disso por memorias dela e dos inumeros Imortais que conheci na vida. Eles não podem esconder seus pensamentos de mim. So quem podia era Lucille por que sua habilidades se uniram as habilidades de vampira quando foi mordida. Os genes são tão surpreendentes que ser filha de uma Imortal com um Vampiro te deixou imune ao vampirismo. Mas ainda assim é mais poderosa que qualquer vampiro, Imortal ou mestiço juntos.
— Sera que é por isso que eu não engravido? - Perguntei.
— Isso eu não posso responder, criança. - Ele suspirou. - Sua presença seria bem-vinda aqui. Como esta Bella e os outros?
— Bem. - Menti.
— Ela ja foi transformada?
— Sim.
Ele estendeu a mão e eu sorri.
— Por que esta sorrindo?
— Por que você nunca vai acreditar no que eu mostrar. - Ele riu.
Aro seguiu ate a porta atras do trono e a abriu.
— Alec?
Aro voltou acompanhado do vampiro.
— Sim, mestre?
— Leve nossa hospede ate o quarto de Lucille. Ela ficara com nós por um tempo. Lizzie quer saber seu passado e so ela tem o sangue de Lucille para abrir suas coisas.
— Sim, mestre. - Alec respondeu.
Eu segui pelos corredores do castelo. Ele se mantinha em silencio.
Paramos em frente uma porta que tinha o nome de Lucille.
— Esta como ela deixou antes de ir ate Forks. - Ele comentou abrindo a porta.
O quarto era luxuoso. Cama, sofa, moveis. As coisas pareciam de ouro. Entrei no quarto e larguei a mochila no chão. Alec fechou a porta me deixando sozinha.
Vasculhei cada centimentro do quarto. O que encontrei foram diarios e ate um album de fotos antigas. Finalmente entendi o que Aro disse que so eu tinha o sangue. Era tudo muito bem protegido e jeitos diferentes. Alguns livros se abriam com o meu sangue, outros decifrando os codigos e outros com chaves que eu encontrei no cofre de Lucille.
Não foi dificil abrir o cofre, era como se as minhas digitais e as dela fossem iguais.
Eu passava a maior parte do tempo trancada no quarto e os dias foram passando um por um.
O aniversario de Bella me fez ficar melancolica. Mas logo o monstro estava me controlando de novo. E assim um mes se passou. Alec era o unico que aparecia trazendo refeições e ate conversava um pouco. Diferente do que eu pensei ele ate que era sociavel.
Alguns dias ele me ajudou a procurar mais coisas sobre mim. Consegui descobrir que Lucille tinha milenios de anos. Ela foi mordida pelo proprio irmão. Pelos seus diarios ela nunca mais os tinha visto. Mas eles eram tudo que ela mais sentia medo no mundo. Não tinha evidencias de mais ninguem da familia.
— Não fala nada sobre genetica! - Resmunguei batendo com a mão na mesa.
Alec me encarou. Com o tempo eu me acostumei com seus olhos vermelhos vivo.
— Afinal por que esta tão preocupada sobre não poder engravidar?
— Não é so isso, Alec. - Murmurei. - Eu sou diferente de qualquer imortal que você ja tenha conhecido não?
— Sim.
— Eu ja era estranha quando era humana, agora sou estranha como Imortal. - Ele sorriu minimamente.
— Vamos fazer uma coisa?
— Depende. - Murmurei o encarando.
— Hoje é um dia festivo aqui em Voltera. - Lancei a ele um olhar desconfiado. - Nós saimos e nos misturamos a multidão de pessoas.
— Eu duvido que isso seja saudade da humanidade. Vocês saem para caçar.
— Pode ser verdade. Mesmo assim. Sair um pouco não vai ser ruim. - Alec sorriu.
Ergui as sobrancelhas o encarando.
— O que você tinha com Lucille? - Ele fez careta.
— Eu tinha nojo dela. - Procurei algum tom de mentira, mas não o encontrei.
— Por que esta me ajudando?
— Tedio. Ficar aqui no castelo sem fazer nada da tedio. Ja imaginou passar mil anos assim?
— Não. E nem quero. - Sorri. - Ok. Que horas?
— Umas 7 horas. - Ele levantou e seguiu para a porta.
Suspirei olhando para o quarto. Eu sentia falta dos Cullen, mas o monstro dentro de mim estava adorando ficar ali.
Adorando andar pelo castelo. Conviver com os vampiros. Eles pareciam ter um certo medo de mim.
Isso me deixava feliz. Muito feliz!
Eu queria ligar para eles. Saber como estavam. Saber se Will estava muito bravo comigo.
Mas o monstro que me controlava não sentia essa vontade. Ele sentia alivio de estar longe deles.
Era estranho. As vezes eu tomava conta do meu corpo, mas logo ele retornava. Levitar coisas era facil agora, eu so precisava pensar. Eu conseguia invadir a mente dos vampiros. Controla-los. Colocar imagens em suas mentes os forçando a acreditar.
Era nojento na verdade. Mas o monstro dentro de mim amava fazer isso.
Perto da noite fui ate o enorme banheiro e tomei um banho demorado. Vesti um vestido preto sem mangas com decote em v, a saia não era muito curta. Coloquei um blazer preto e uma meia 7/8 preta com renda. O vestido tapava a meia, mas se eu sentasse iria mostrar minha coxa exposta.
Eu sorri. Era perfeito.
Calcei um sapato preto de veludo bico de tubarão e passei um batom rosa.
Desci as escadas e encontrei todos conversando no portão prontos para sair.
Alec se aproximou de mim e juntos saimos para a noite de Voltera. Caminhamos em silencio por um tempo. Logo as ruas estavam movimentadas.
Nos misturamos na multidão. Caminhavamos e dançavamos conforme eles iam se movimentando.
— Então desde quando é um guarda? - Perguntei observando a rua movimentada.
Estavamos sentados no muro do castelo.
— Foi ha muito tempo. Muito tempo mesmo. No tempo da queimada as bruxas.
— Não me diga que você foi acusado como um?
— Nos prenderam e colocaram fogo. Aro nos salvou. Sinto não poder ter matado todos eles. - Ele resmungou observando a cidade.
Seus olhos estavam mais vermelhos graças ao fato de ter se alimentado. Ele havia sumido alguns minutos e me deixado sozinha no meio da festa.
Ele saltou do muro para o chão e sumiu entre as pessoas.
Suspirei e saltei tambem. Pousei em pé e sai caminhando, mas não em direção a multidão. Caminhei por algumas ruas. Retornei ao castelo quando ja eram 1 hora da manhã. Tirei os sapatos e o blazer e me joguei na cama.
— Por que Aro deixou eu ficar? - Perguntei ao Alec.
— Certamente acredita que você poderia ficar aqui por toda a eternidade.
— Ele sabe que eu so quero respostas.
— Aqui não é tão ruim, é?
— É monotono. - Comentei e ele revirou os olhos. - Ei. - Parei em uma pagina. - Esse nome aqui aparece em varios lugares.
Claro que os "varios lugares" do livro que foi o mais dificil de abri-lo. Levei quase 3 meses para decifrar o enigma e abri-lo.
— Que nome?
— Alaric Immortalen.
— Immortalen é Imortal em latim. - Alec comentou.
— Estava na cara o tempo todo. Alaric é o meu avô. Aro falou a verdade. Lucille é uma dos 3 filhos de Alaric. Pelos diarios dela ela continuou Imortal ate um milenio, mas foi caçada por seu irmão e transformada em vampira. Estão todos vivos. Mas ate onde ela tem informação nenhum deles tem um herdeiro. Mas ela sim. Eu sou a ultima Imortal descendente direta de Alaric Immortalen.
— E isso é importante?
Abri a boca para falar que sim, mas parei. Encarei Alec nos olhos.
Era informação demais para Alec saber.
Lancei um olhar a Alec e invadi a sua mente, limpei tudo que tinhamos conversado naquele dia. Implantei lembranças falsas.
— Estou cansada. - Falei e Alec assentiu.
— Vou pegar o seu jantar. - Assenti.
Ele saiu do quarto e eu comecei a guardar tudo que eu não poderia levar no cofre, o que eu consegui colocar dentro de uma mochila eu coloquei.
Quando Alec voltou trazendo o jantar eu estava com o pijama.
— Sua irmã vira visitar o castelo. - Me afoguei com o suco e o encarei assustada.
— Minha irmã?
— Sim. Alice enviou o convite de casamento. E agora Aro enviou uma carta dizendo que esperava a visita deles em breve.
— Eles ja enviaram a resposta?
— Ainda não.
— Aro poderia acreditar na minha palavra. - Murmurei.
Como eles iriam se safar dessa? Com Bella morta os Volturi não teriam com o que se preocupar. Claro desde que não soubessem de Renesmee.
Mas isso não era mais da minha conta!


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Notas finais do capítulo

Obrigada Fhany Malfoy pelos comentários e apoio. E Obrigada Catrina Evans pelo seu comentário.



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