As Tais Borboletas escrita por Leonardo Alexandre


Capítulo 3
Capítulo 3 - As Tais Borboletas


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores...
Uau, o último capítulo da história tem o mesmo nome que o título. Que original, esse autor é criativo mesmo. Kkkkkkkkkkkkkkkk
Enfim, boa leitura...



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A gravidade da Terra parecia ter sido desligada, era como se Emma flutuasse no ar, sua mente estava nas nuvens e o coração, no modo 220, talvez até 440. Aquele beijo em si era a melhor sensação que ela sabia que jamais conseguiria descrever.

Mas nada de bom é eterno e depois de algum tempo ambas precisavam respirar, então, como se estivessem em câmera lenta, começaram a se afastar e abrir os olhos devagar.

E quando as íris lilases encontram as azul escuras, todo aquele momento se tornou real e Emma cobriu a boca com ambas as mãos, arregalou os olhos e começou a andar para trás ao mesmo tempo em que repetia.

— Me desculpa, me desculpa, me desculpa...

— Em... — Diana murmurou tentando parecer calma e esticou a mão para tentar tocá-la, mas Emma correu de volta para o táxi. — Emma, não vai! Espera! Em...

Mas ela não quis ouvir e antes que Diana chegasse perto o bastante para impedir, o carro começou a andar.

 

...Antes...

 

A primeira vez que Emma recebeu uma mensagem de Diana, ficou surpresa por ela ter entrado em contato tão rápido, mas também ficou feliz por aquele pequeno texto.

“Hey, momolada. Acho que esqueci de te

dar o meu número pra salvar, mas também acho

 que já reconheceu que é a sua mozão. — R”

Desde essa mensagem elas começaram conversar em qualquer tempo livre que tinham e marcavam saídas juntas aqui e ali.

Foi bem estranho para Emma perceber que toda vez que seu celular vibrava um sorriso brotava em seu rosto pela expectativa de ser Diana, assim como era decepcionante quando não era, porém não dava para negar os fatos e ela não entendia o que estava acontecendo.

Ao mesmo tempo, seus encontros com Fred Sanches ficavam cada vez mais frequentes com o passar das semanas. Mas, por mais que estivesse aprendendo a gostar do guitarrista de cabelos azuis e ele realmente fosse um cara legal, seu coração se enchia mais de ansiedade para qualquer rolezinho bobo com a futura estilista do que para esses encontros.

E ela evitava pensar nisso por medo de entender os próprios sentimentos por uma amiga com a qual certamente não teria chances, era mais fácil continuar ignorando.

Como fazia naquele sábado em que estava na casa de Diana assistindo mais um filme qualquer comédia. Ou pelo menos fingindo que assistia já que de tempos em tempos seus olhos eram atraídos para o sorriso lindo da garota sentada ao seu lado no sofá.

Mas então o toque do celular da anfitriã atraiu a atenção de ambas para a mesinha de centro chique e estilosa.

— Desculpa. Esse é meu telefone profissional, por isso não o coloquei no silencioso. — Disse Diana, pausando o filme para poder atender. — Boutique Carrossel, boa tarde.

“Boa tarde, senhorita Diamond.”

A voz inconfundível do outro lado da linha fez o coração da estilista disparar. — “Sky?”

“Sim. Eu disse que entraria em contato. Só demorou ‘um pouco’ mais do que eu previa.” — A escritora respondeu com ar de quem sorria. — “Eu conversei com a equipe de executivos que está querendo levar a Shadow Spade para as telas de cinema nos próximos anos pra incluir você na equipe dos figurinistas. Foi uma discussão árdua já que a senhorita nunca trabalhou em uma produção grande como essa, mas eu consegui convencê-los a lhe dar uma chance. Se tiver interesse em trabalhar conosco, eles estão dispostos a olhar algumas peças suas.”

“Tá brincando? É claro que eu tenho interesse!” — Diana respondeu quase rasgando as bochechas com um sorriso. — “Só me diga quando e me dê o endereço.”

“Espera. Eu me empolguei porque realmente gosto do seu trabalho e não mencionei um pequeno detalhe.” — Sky revelou fazendo um pequena pausa antes de prosseguir. — “Como é uma produção importante, querem saber se você lida bem com prazos, então querem que você crie peças baseadas na Shadow que não tenham sido postadas nas redes sociais, algo novo. E te deram três semanas pra fazer essa coleção.”

“Sem problema, eu posso fazer isso. Não vou te decepcionar.” — Diana afirmou em seu tom mais determinado, embora por dentro estivesse prestes a ter um ataque de pânico.

“Espero que não mesmo. Te sigo há muito tempo e depois do que vi na WGW só tenho ainda mais certeza que te quero nessa equipe.” — Declarou.

“Obrigada, Sky. Por me dar uma chance.” — A fã sussurrou tentando não chorar ou gritar pela emoção que fazia seu coração bater enlouquecido no peito.

“Imagina, você que merece.” — Outra vez, a voz de Scarlet demonstrava bem que ela estava sorrindo. — “Bom... Agora tenho que ir. Sabe como é, livros não se escrevem sozinhos.”

“Ah, claro. Eu quero torrar mais dinheiro com coisas suas. Até mais.”

“Até.”

— Depois de te ouvir se gabando durante longas semanas por aquela foto no Instagram dela, eu já sei que essa tal Sky é A Sky. — Emma disse assim que a amiga desligou. — Me conta tudo, o que Scarlet Olsen quer com você?

— Emma! Emma Sparkes! — Diana finalmente se permitiu extravasar toda a euforia que se acumulava em seu peito. — Você não vai acreditar nisso! Ela quer que eu faça parte da equipe de figurinista no, pasme, filme da Shadow Spade!

— Vai ter um filme da Shadow S... Pera, você disse...

— Sim!

— Ai meu Deus! — Em não pode conter o gritinho animado enquanto abraçava a futura estilista. — Diana, isso é fantástico!

— Eu sei! — Ela respondeu sem poupar empolgação, mas ao mesmo tempo expondo o nervosismo. — Mas tenho um prazo pra criar algumas peças. É claro que a produção de um filme sobre um nome já grande e famoso como Shadow Spade não sairia simplesmente contratando uma fulaninha como eu ainda sou no mundo da moda. Óbvio que eu teria que passar por algum teste. Tudo bem se terminarmos de assistir esse filme outro dia? Eu preciso começar a trabalhar o mais rápido possível.

— Claro que está tudo bem! Isso é muito mais importante, é uma chance de ouro pra te ajudar a alcançar seus objetivos. — Emma replicou como se fosse óbvio, completando apenas para si em pensamento “e não é como se eu tivesse prestando lá muita atenção nele mesmo”.

— Obrigada, querida. Você é tão compreensiva. — Diana sorriu sem saber o que esses seus sorrisos causavam na amiga. — Mas se quiser, ainda pode me fazer companhia e conversar, só que lá no meu ateliê.

— O que?! Vai me deixar entrar no seu precioso ateliê? — Questionou sem fazer questão de esconder o choque.

— Pra você ver o quanto eu te amo.

O tom que Diana usou foi de pura descontração, mas o mundo de Emma pareceu parar por um instante depois de ouvir aquelas três últimas palavrinhas. Era a primeira vez que ouvia isso dela, mesmo com todas as brincadeiras de namoradas que vieram depois do caso Kian Finish e os meses que mais pareciam anos de amizade. Não deveria ter um impacto tão forte, mas seu coração simplesmente enlouqueceu dentro do peito e de repente se tornou muito difícil respirar normal, mas ela precisava se manter firme para não parecer estranha.

— Também te amo, momolada. — Brincou, se esforçando o máximo que conseguia para controlar a voz.

Diana pareceu não perceber nada, pois só sorriu, segurou a mão de Emma e a puxou para a edícula atrás da mansão Diamond, onde ficava seu ateliê. Seu enorme, impecável, lindo e extremamente profissional ateliê. Foi até bastante satisfatório para a estilista lançar um olhar de canto para a amiga para poder ver a expressão impressionada dela ao entrar em seu pequeno mundo particular.

Pelos próximos dias, qualquer horário em que a estilista estivesse livre era utilizado para trabalhar em sua nova coleção da Shadow Spade e às vezes Emma ficava lá fazendo companhia e até dando algumas opiniões quando era solicitada.

— Ai, droga. Não acredito que não deu certo. — Diana reclamou para si mesma no exato momento em que sua amiga entrava pela porta do ateliê.

— O que foi, amor da minha vida? — Emma perguntou fechando a porta atrás de si e estendendo uma sacolinha de supermercado para ela. — Trouxe um bolo de pote da Esquina do Torrão de Açúcar e aquelas balinhas de iogurte em formato de coração que você adora.

— Amor, eu não sei se termino nosso namoro de mentira por querer me engordar ou se te peço em namoro de verdade por me mimar como a princesa que sou. De qualquer maneira, muito obrigada. Eu tava precisando mesmo de algo aliviar o estresse. — Respondeu, aceitando de bom grado os doces, tornando a falar só depois de uma colherada no bolo. — O que acontece é que as vezes as roupas funcionam quando estão no manequim, mas aí quando experimento descubro que a medida que tirei nele não é confortável na hora de fazer os movimentos e, nossa, isso tá muito gostoso... O problema é que se alguma coisinha estiver errada, tenho que desfazer a costura toda e refazer a peça. Isso toma muito tempo. Eu to acostumada a usar os manequins, não erro medidas com tanta frequência, mas agora é um trabalho tão sério e importante que o nervosismo me atrapalha, além das roupas da Shadow serem sempre cheias de compartimentos internos difíceis de fazer. E cada erro me esgota mais e mais. Mas eu não vou desistir, só preciso de um minuto pra recomeçar essa peça.

Emma demorou mais do que o normal para responder já que sua mente parou por um instante na frase “te peço em namoro de verdade” e por algum motivo seu coração disparou no peito com aquela mera possibilidade. Era apavorante sentir um vendaval de emoções por coisas tão pequenas desde que vindas daquela garota de cabelos roxos e a cada vez ficava mais e mais difícil de ignorar, porém ela seguia fingindo para si mesma.

— Imagino. Ou melhor, eu vejo o quanto está sendo desgastante, mas você sempre quis crescer nesse meio e sempre soube que seria difícil, assim como sabe que é uma estilista incrível, talentosa e muito mais que capaz de fazer isso. — Disse finalmente, encorajando-a. — Não sei se tem algum jeito de te ajudar, mas se tiver é só falar e eu faço.

— Na verdade, você pode fazer um favorzão. — Diana largou o pote de bolo em uma de suas bancadas e pegou as duas mãos de Emma. — Eu sei que você odeia ficar provando roupa e que modelar pra mim seria um saco, só que ia me ajudar demais. Por favorzinho, pelos nosso meses de namoro de mentira e amizade de verdade, seja o manequim humano mais lindo que eu poderia ter?

A mera ideia já parecia tediosa ao extremo, mas como dizer não para aqueles olhinhos cor de noite?

— Só você pra me meter numa dessas. — Murmurou com meio sorriso. — Fique ciente de que vai estar me devendo uma.

Diana gritou de empolgação e pulou nos braços de Emma, contagiando-a também com tanta animação.

— Então é melhor começarmos logo, nós temos muito o que fazer. — Disse ela, sentindo como se todas as suas energias tivessem voltado com a força máxima. — Mas primeiro eu tenho que me trocar.

Já que estavam só as duas no ateliê, Diana não se importou em tirar as roupas ali mesmo e comer mais algumas colheradas de seu bolo de pote só de calcinha e sutiã antes de se vestir outra vez para voltar ao trabalho.

Em ficou com os olhos vidrados no corpo esbelto e bem desenhado pela natureza, quase venerando cada centímetro daquela pele linda e pálida que aparentava ser tão macia, sentindo seu coração acelerar e o próprio corpo aquecer. Demorou alguns segundos para perceber o que estava fazendo e corar violentamente, desviando rápido o olhar.

— O-onde ficam os copos mesmo? — Perguntou torcendo para que a amiga não notasse seu estado. — Estou com sede.

— Naquele armário ali. — Diana apontou com a colher cheia de bolo antes de levá-la à boca. — Pra ver como eu te amo de novo. Te deixo usar meus copos bonitos.

Emma não respondeu, apenas forçou um sorriso nada convincente e foi beber agua, tentando se acalmar e se manter distraída até que a amiga estivesse vestida outra vez.

O resto da tarde seguiu tranquila, o que já não podia ser dito pelos dias seguintes. Ser a manequim humana da Boutique Carrossel foi um trabalho bem mais difícil do que ela imaginava. Não pelo tédio de ter que ficar experimentando roupas, mas sim por todas as vezes que Diana sem querer roçava os dedos por seu corpo seminu quando queria tirar alguma medida de novo ou para deslizar os tecidos por sua pele vez ou outra. Várias vezes precisou dizer que estava com frio por conta dos arrepios incontroláveis e negar quando Diana gentilmente sugeria aumentar a temperatura do ar-condicionado.

Por fim a tortura acabou no dia anterior ao grande teste, quando terminaram a última prova das peças. Diana se jogou no enorme sofá do ateliê, sentia-se cansada, mas também muito satisfeita com os resultados de tanto trabalho duro.

— Então querida... — Murmurou observando a amiga vestir as próprias roupas de volta. — Estivemos tão concentradas nesse lance da Shadow Spade que nem temos mais conversado sobre as coisas normais da vida. Tipo, como estão as coisas com aquele guitarrista magia?

— Ah... Estão... — Emma hesitou por um instante, refletindo sobre isso. — Mudando. No começo era bem claro que o interesse dele em mim era romântico. Agora parece que ele... Sei lá... Tá desistindo disso, sabe? E aceitando só uma amizade.

— Por quê? Achei vocês estavam indo bem. — Replicou surpresa, ajeitando-se no sofá para poder olhá-la melhor.

— Nós estamos, mas eu não o culpo por estar perdendo as esperanças. — Respondeu, suspirando e indo se sentar também para conversar. — Toda vez que estamos juntos e parece que o momento vai tomar o rumo romântico demais ou que vamos nos beijar, eu sempre acabo recuando ou cortando o clima. Nem é por querer, quando vejo já fiz. É que... Sei lá... Acho que eu não estou pronta pra namorar ainda. Ou pra dar meu primeiro beijo.

— Tem coisas na vida que se a gente for esperar estar 100% pronto, nunca vai fazer. Eu já fiz tipo umas mil perguntas pra ver se esse guitarrista de cabelo azul é bom o bastante pra ser o namorado de verdade da melhor namorada de mentira do mundo e ele realmente parece ser bem legal. — Disse Diana sorrindo e se inclinando para segurar as mãos da amiga. — Eu sei que o nervosismo atrapalha, mas não deixa te privar de algo que você quer. E se descobrir que não era a hora mesmo, bem... Que época poderia ser melhor pra cometer erros que a adolescência?

— Acho que você tem razão. — Concordou com uma expressão pensativa. — Amanhã à tarde a gente vai sair. Não nos vimos muito fora da escola nas últimas duas semanas porque tem seu teste e ele entendeu que eu preferia vir te dar apoio, depois ser sua modelo... Enfim. Já que vamos nos ver, pode ser uma boa chance pra eu tomar alguma atitude.

— Isso vai soar egoísta da minha parte, mas eu fico quase feliz de você ter motivo pra ficar nervosa também. — Comentou rindo. — Assim eu não fico sozinha. Já que ambas estamos ansiosas pra amanhã, você podia dormir aqui. A gente pode se apoiar e não deixar a outra surtar.

— Tudo bem, amor, eu não vou te julgar. — Emma finalmente sorriu, pegando as mãos que estavam por cima das suas e beijando-as. — Acho que vou aceitar seu convite. Podemos até aproveitar pra terminar de assistir aquele filminho que interrompemos quando a Scarlet Olsen te ligou.

— Boa ideia. Eu te levo pra pegar suas coisas, só me dá um minuto pra pegar as chaves do carro que estão lá em casa.

— Não precisa, amor. Além de você ter trabalhado pra caramba hoje, eu gosto mesmo de andar de bicicleta. — Respondeu se levantando. — Até porque me faz sentir um pouco menos culpada por ter parado de ir pra academia depois dos primeiros três dias de malhação.

— Ah, eu te entendo muito. Também odeio ter que ir pra academia. — Diana comentou, revirando os olhos azul escuros.

Emma comprimiu os lábios para segurar o “ninguém diria pelo seu corpo maravilhoso” dentro da boca, então murmurou uma despedida rápida e dizendo algo sobre ir logo para voltar antes que ficasse tarde.

Durante o caminho até sua casa, ela ponderou sobre arrumar alguma desculpa para não voltar à mansão Diamond e assim preservar um pouco da sanidade mental que perdia pouco a pouco, mas sabia que a estilista precisava de alguém para dar apoio. Por mais que se esforçasse, não conseguiria ser egoísta quando se tratava da garota de cabelo roxo.

Na tarde seguinte, Diana foi para o teste enquanto Emma foi encontrar Fred Sanches em um pequeno parque de diversão fixo da cidade.

Em sabia que o guitarrista gostava de brinquedos muito mais radicais do que qualquer um dos disponíveis ali, mas ele havia escolhido aquele parque por consideração aos seus medos e parecia se divertir de verdade só por estar em sua companhia. Ele era fofo, inteligente, tinha um papo muito bom e, ela não podia negar, era bem bonito.

Com isso em mente, ela permitiu que Fred segurasse rua mão enquanto caminhavam pelo parque até encontrarem um vendedor de algodão doce, de quem compraram dois. Naquele dia estava retribuindo todos os flertes e se permitindo pensar nele como mais do que um amigo. Porém quando o garoto aproveitou a deixa para beijá-la, Emma percebeu que não conseguiria levar isso adiante. O beijo dele não lhe causava sequer um terço das sensações que um simples toque ou até mesmo o cheiro de Diana causava, e Fred Sanches era bom demais para se iludido.

— Fred, eu... — Murmurou, separando seus lábios. — Me desculpa, tá? Eu não posso. Você é um cara incrível e eu te adoro, mas...

— Eu não sou ela. — O garoto replicou com um sorriso compreensivo.

— O que?! — Emma exclamou, sentindo o coração martelar a caixa torácica.

— A tal da Diana. — Fred manteve a expressão, passando a mão pelo topete azul antes de continuar. — Fui bobo de alimentar esperanças. Seus olhos brilham ao falar dela. Eu sei que nunca tive chance porque seu coração tem uma dona. Eu só queria acreditar que podia rolar.

— Isso não tem nada a ver. Diana é apenas uma boa amiga. — Disse tentando ao mesmo tempo convencer a si mesma.

— Olha... Eu sei que não é fácil se aceitar vivendo num mundo cheio de gente mala que só sabe julgar, mas...

— Cala a boca. — Pediu, se controlando para não chorar. — Eu preciso ficar sozinha.

— Em...

Emma não deixou Fred Sanches continuar, apenas se virou e saiu a passos apressados para uma das saídas do parque, dali caminhando sem destino pelas ruas da cidade, sentindo-se mais perdida do que jamais esteve. Quando deu por si estava em frente a um bar nem um pouco chique, mas ao menos aparentemente limpo.

Ela sabia que era uma péssima ideia já que nunca havia bebido antes, mas no momento não estava se importando, só queria conseguir parar de pensar por algumas horas, então entrou no estabelecimento e pediu a primeira bebida que lembrou o nome: vodca.

O crepúsculo já estava em seu fim no céu quando Diana chegou em casa depois de seu teste com Sky e os executivos responsáveis pela produção de Shadow Spade, mas antes que ao menos alcançasse a metade da escada para o segundo andar na intenção de ir para seu quarto, a campainha tocou e a fez ter que descer novamente para abrir a porta.

— Emma! — Exclamou surpresa, sorrindo largo para ela. — Achei que você só vinha aqui amanhã. Eu ia mesmo te mandar uma mensa...

Emma não a deixou terminar de falar, se esperasse mais um segundo sequer perderia a coragem. De uma só vez segurou firme os dois lados da jaqueta de Diana e a puxou para um beijo. E pela primeira ela pode entender. Aquelas eram as tais borboletas.


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Notas finais do capítulo

Sim, esse é o ponto em que o capítulo 1 começou. Eu pensei em fazer quinem O Amor e a Amizade - Os Dois Lados da Moeda e fazer mais três capítulos contando tudo de novo, mas no ponto de vista da Diana e depois mais três contando o depois, mas melhor não estragar, né?
Enfim, espero que tenham gostado dessa jornada. Eu gostei de escrever.
Até alguma próxima fic. Eu ia colocar uma referência nessa fic, o nome da banda do Fred, aí lembrei que a fic não foi repostada ainda e aqui no Nyah! não é nem da mesma categoria. Kkkkkkkkkkkkkkkkk
xoxo
Atenciosamente, Leonardo A. Guedes.



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