Artificial escrita por Violet Snow Frost


Capítulo 1
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Espero que curtam e por favor, comentem.
Boa leitura!



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Narração

Hong Kong, China. Agência Next Gen. 05:35 PM.

Uma explosão na base causada por mísseis disparados por helicópteros fez com que os funcionários corressem desesperados.

Vários aviões dispararam contra a base destruindo vários laboratórios.

Os corredores estavam lotados de pessoas correndo em várias direções enquanto os seguranças da agência guiavam os funcionários para os transportes de fuga.

No lado de fora, a segurança militar da agência a defendia do ataque na tentativa de salvar as pessoas que trabalhavam na base.

A agência havia sido atacada por uma organização suspeita com o objetivo de roubar um novo projeto cibernético na qual um casal de cientistas estava trabalhando na tentativa de salvar a vida da filha mais velha, de 7 anos, que sofria com uma doença celular quase degenerativa.

Richard e Elisabeth Arendelle eram os auxiliares do chefe da agência, Marechal Gran Pabbie. No momento ele não estava presente.

— Precisamos levá-la junto com a cápsula antes que eles destruam a base! – Richard alarmou em pânico.

— Senhor!

Um grupo de funcionários os parou. Eram North, Bunny, Valka e Stoico.

— Richard! – Bunny chamou preocupado – Estamos ficando sem resistência, muitos dos helicópteros foram destruídos!

— Os invasores estão indo para a ala C3 do laboratório da cápsula HB1M4! – North alarmou preocupado.

— O quê?! – Richard exclamou perplexo – Como eles descobriram?

Seguiram aflitos pelo corredor na direção do laboratório.

— Eu não sei, mas eles pretendem levar tudo que possui acesso ao conteúdo da cápsula! – alertou Valka – Inclusive a paciente TSC7.

Elisabeth ficou em pânico. Sua filha estava morrendo, por que a levariam?

— Bunny! Leve minha esposa e minha filha mais nova para um lugar seguro! – ordenou Richard.

— Sim senhor!

— Não! – negou a esposa – Eu vou ficar! Ela é minha filha!

— Você e Anna precisam estar em segurança! – alertou Richard.

— Mas Elsa precisa ainda mais! – rebateu alterada – Ela vai morrer e eu não vou ficar sem fazer nada!

Richard suspirou inconformado.

— Ela tem razão. Elsa precisa de você mais do nunca, Richard! – Valka rebateu – Sei o que podemos fazer! – olhou para o esposo e o mesmo assentiu.

— Jackman! Mason! - disse Stoico – Vocês conhecem as máquinas e o armamento da agência melhor do que ninguém! Levem as crianças para a base Abrasax, em Chicago! Chegaremos lá em 4 horas!

— Entendido! – Bunny confirmou.

— Levem isso! – North entregou uma espécie de pulseiras para eles – E boa sorte! - se afastou rapidamente com Bunny.

— Vamos! – declarou Richard.

Eles seguiram rapidamente para o laboratório.

Após pegarem um elevador, passaram por um corredor e chegaram à sala.

Elisabeth pôs a mão no escâner abrindo a porta e entraram logo em seguida.

Elsa estava desacordada em uma maca com uma máscara no rosto, dentro de uma jaula de vidro.

— Leve a Elsa, eu pego a cápsula! – disse Elisabeth indo para uma sala de vidro.

Valka e Stoico tentaram desativar alguns sistemas nos computadores centrais para abrir a jaula em que Elsa estava.

Elisabeth voltou com uma maleta prateada. Dentro dela estava a cápsula HB1M4.

— Temos que ir antes que os invasores cheguem! – alertou Stoico.

— Larguem a maleta e rendam-se!

Eles se viraram dando de cara com um grupo armado trajados de preto.

Valka e Stoico hesitaram em acionar armas das pulseiras. Poderiam provocar a própria morte.

— Como eles entraram? – Richard murmurou intrigado – O sistema de segurança é biométrico!

— Abaixem as armas ou seremos forçados a atirar! – ordenou um dos soldados.

— Não vai ser preciso!

Elisabeth e Richard não esconderam a expressão de choque.

Pitch Black, um dos acionistas do complexo, apareceu na porta, próximo aos soldados, com uma arma na mão.

Discretamente, Richard apertou um botão na central fazendo a jaula de vidro se fechar, a qual Elsa estava.

— Baixem as armas! – Pitch ordenou ao grupo  e os soldados obedeceram enquanto Black encarava Richard com um sorriso divertido.

— Black, seu desgraçado! – Valka acusou revoltada.

Não era a toa que Pabbie não confiava em você! — pensou Richard.

— Então foi você! – Richard acusou.

— Sempre com um passo atrás, não é Richard? – Black debochou – Apesar de ser um cientista brilhante, você é tão estúpido às vezes! Você acha mesmo que eu trocaria uma vida melhor por um simples soro cibernético? Conheço alguém que pagaria muito por isso!

Elisabeth estava sem reação. Por que Black trairia o complexo?!

— Se você entregar isto para eles será o fim de tudo! – Richard protestou furioso.

— Black... – murmurou Elisabeth – Por favor, é a Elsa...

— A maleta, Lizy! – pediu seriamente.

Elisabeth apertou mais forte a alça da maleta e lançou um olhar significativo para os colegas de trabalho.

— Me desculpe Black. – pediu encarando-o – Mas eu acho que não!

Num rápido movimento, Richard, Valka e Stoico acionaram as armas de suas pulseiras e dispararam contra os invasores enquanto corriam para trás de um pilar para se protegerem.

Alguns dos soldados foram atingidos instantaneamente.

Elisabeth se protegeu atrás de um balcão branco e abraçou a maleta com força.

Os soldados restantes continuaram disparando enquanto Valka e Richard revidavam de trás dos pilares.

— O que faremos Richard? – Elisabeth questionou aflita.

Chicago. Estados Unidos. Agência Abrasax. 04:35 PM.

Vários funcionários no recinto trabalhavam aflitos em seus computadores.

Estavam na tentativa de auxiliar e entender o que estava acontecendo na Agência de Hong Kong, mas o sinal havia sido interceptado com algum tipo de interferência alojada no sistema central da agência.

Todas as telas da sala estavam na cor vermelha sinalizando hackeamento no sistema.

— “Alerta! Sobrecarga no sistema!” — alertou o computador com uma voz robótica e superficial.

Havia um casal trabalhando para identificar a interferência. Charles e Rosie Hofferson. Mas o som no comunicador ainda estava péssimo.

— Tem que ter uma forma de desabilitar! – ela murmurou.

Charles franziu as sobrancelhas, pensativo.

Ao ter uma idéia, arregalou os olhos.

— Retro-alimentação! – declarou para esposa, que ficou surpresa – Temos que penetrar seu sistema de sub-rotina!

Rosie sorriu e tratou de agir.

Digitou freneticamente o teclado de holograma.

— Acionando Granada de feedback! – declarou Rosie.

Um botão grande azul apareceu no teclado de Carlos.

— Upload Ativado! – disse o esposo acionando o botão azul.

As sirenes, que soavam de uma forma irritante, cessaram o som e todas as telas voltaram ao normal.

— “Invasão no complexo de Hong Kong!”— uma voz desesperada alarmou nos comunicadores e nas telas do lugar – “Enviem reforços o mais rápido possível!”

— Richard? – o Hofferson murmurou intrigado.

— “É um ataque! É um ataque! Invasores não identificados!”— alertou.

Charles apertou um botão em seu comunicador de ouvido para direcionar a chamada para seu dispositivo. A esposa fez o mesmo.

— Richard?! Richard! – chamou Charles.

— “Charles!”— declarou Richard – “O complexo foi cercado! Precisamos de todos os transportes de fuga possíveis! O objetivo inimigo é apenas a apropriação dos arquivos HB1M4 da ala C3 e eliminação do complexo! Violação do Código 10, parágrafo 14!”

— O quê?! – Charles exclamou incrédulo.

— Entendido! – disse Rosie enquanto teclava – Alerta! – alarmou pressionando o microfone de seu comunicador - Entrada não autorizada no Complexo Next Gen! Enviando plataforma brava de defesa! Inimigo não identificado!

— Utilização de reator nuclear autorizada! – declarou Charles.

Na área militar da base de Chicago, vários militares embarcavam nas naves saiam do recinto decolando em direção a Hong Kong. Com a potência nuclear, chegariam em poucos minutos.

Os Hoffersons também foram. Ajudariam o Complexo com os recursos do avião.

Ainda em Hong Kong...

Richard tinha uma solução para acabar com problema, mas o custo era alto demais.

— E então Richard? – Lizy insistiu.

O ruivo rapidamente foi até a esposa.

— Temos que destruir a cápsula! Injete o soro na Elsa! – declarou deixando a esposa pânico – Será a melhor maneira de destruí-lo!

— Não... – interviu chorosa – Por favor, não... Você ficou louco?! Ela é só uma criança! Nossa filha. – murmurou com os olhos marejados.

— Se ele pôr as mãos nesta cápsula, tudo estará perdido! – alertou – Milhares de vidas serão perdidas, incluindo a Anna... – Richard fez uma careta ao se proteger dos disparos.

Stoico analisou o local, aflito, pensando em algo, até que teve uma ideia.

— As lâmpadas! – alarmou o Stoico – Assim que der, vá até a jaula e aplique o soro! Eu sinto muito Elisa, mas há outra maneira!

— Me perdoe querida – Richard lamentou tocando o ombro da esposa – é o único jeito! – disparou tiros contra os invasores acertando apenas os pilares.

Elisabeth se rendeu às lágrimas em silêncio e abraçou o marido.

— Atire! – ordenou Richard.

Stoico e Richard dispararam nas luzes fazendo o local ficar escuro.

— Usem visão noturna e matem todos! – Black rosnou.

De repente alguém começou a golpear os soldados, um por um, enquanto os outros, inclusive Black, se protegia atrás dos outros pilares ou das mesas.

Richard saiu de seu lugar e Elisabeth correu até a o painel central desativando a segurança da jaula. A porta de vidro abriu e a mulher entrou.

Elisa encarou a filha, com pesar, ao vê-la adormecida. Sentia apenas culpa e dor.

Logo o sistema automático de luzes se ativou iluminando novamente a sala.

A maioria dos soldados estava todos mortos.

Com a visão periférica, Black analisou o local e viu Elisabeth aplicar algo no pulso da filha, mas se assustou quando viu a maleta.

— Não! – interviu.

Antes que Black fizesse qualquer movimento, Richard o acertou com um soco.

Pitch apontou a arma para Richard e tentou fazer um disparo, mas Richard deu um golpe em seu braço lhe tomando a arma e o chutou com força.

— Peguem a garota! – Pitch ordenou partindo pra cima de Richard.

Três soldados restantes foram em direção à jaula, mas foram impedidos quando Valka e Stoico os golpearam com um chute na cabeça, o que os fez desmaiar na hora.

Pitch e Richard ainda lutavam, com seções de socos e golpes. Black sacou uma faca e tentou golpear Richard, mas ele se esquivou de lado. Pitch atacou tentando golpear o rosto de Richard, mas o mesmo cruzou os punhos em frente ao rosto impedindo a lâmina e empurrou para longe com força.

Pitch avançou novamente no ruivo com a faca na direção de seu abdômen. Richard se desviou, segurou o punho de Black e o torceu fazendo-o largar a faca.

Com o punho imobilizado, Black foi golpeado por Richard com uma forte cotovelada no rosto. Black caiu desnorteado, espirrando sangue.

— Acabou Pitch! – Richard afirmou de pé – Você não vai escapar dessa!

Pitch sacou uma arma e atirou em Richard, mas o mesmo se desviou no último instante.

— Errou! – Richard debochou.

— Não estava mirando em você! – disse Pitch com um sorriso divertido.

Richard franziu a testa e olhou para trás.

Ficou confuso ao ver a marca do disparo na jaula de vidro.

A porta de vidro se trancou e Elisabeth se virou bruscamente, logo notou o buraco da bala. Virou o olhar para frente e arregalou os olhos em pânico ao ver uma luzinha vermelha cravada na vidraça. Era um nano explosivo.

— Uma bala de freqüência diferencial! – Richard murmurou encarando Black.

O ruivo arregalou os olhos, em pânico, quando Black mostrou um pequeno disco eletrônico.

Elisabeth arregalou os olhos, assustada, e começou a socar brutalmente a porta na tentativa de quebrá-la, o que causou algumas rachaduras na vidraça e ferimentos em suas mãos, mas o vidro era bem resistente.

— Por favor, Pitch... – Richard murmurou.

— A cápsula, Richard! – ordenou alterado – Você tem a péssima mania de interferir! A cápsula ou a sua filha!

Richard cerrou as sobrancelhas, hesitante.

— Você que sabe. Idiota! – Pitch gritou apertando o dispositivo.

— ESPERA! – Richard gritou desesperado.

Em cerca de uma fração de segundos, Elisabeth acionou uma luva metálica da pulseira e socou o vidro com tudo, quebrando-o, e pulou rapidamente para fora quando a jaula explodiu destruindo quase tudo ao seu redor.

Parte do laboratório ficou em chamas. Inclusive a parte restante da jaula. Elsa não estava mais lá.

Black sorriu de lado e rapidamente fugiu do local.

Stoico tentou segui-lo, mas ele trancou a porta impedindo a passagem. O Strondus tentou desbloquear a porta, mas estava hackeada.

— NÃO! – Richard berrou desesperado indo até a esposa desmaiada.

Ele a pegou nos braços, desesperado.

— Elisa! Elisa! – chamou aflito – Por favor, acorda! Acorda! Fala comigo...

Elisabeth gemeu abrindo os olhos lentamente. Havia se ferido apenas no tornozelo. Suas mão sangravam e havia pequenos arranhões no rosto. Nada grave.

— Richard... – ela murmurou com a voz fraca.

Richard arfou aliviado abraçando a esposa.

— Black fugiu e nos deixou trancados! – Stoico alertou ao se aproximar.

— Charles! – Richard chamou apertando seu comunicador de ouvido – Destranque a porta da ala C3! Desabilitação A113!

No mesmo instante a porta foi aberta.

— Vamos! – Valka berrou.

Richard carregou a esposa nos braços e seguiu apressadamente para fora da sala.

Na área de transportes...

Os transportes enviados pela Agência Abrasax já haviam chegado ao local e estavam resgatando os funcionários vítimas do ataque.

Pitch Black havia fugido com suas tropas sem deixar qualquer vestígio. Sendo que equipes de rastreamento partiram para procurá-lo.

Richard, com a esposa nos braços, e os outros embarcaram em um dos aviões e partiram. A frota de resgate também estava voltando com os últimos funcionários do complexo atacado.

Elisa foi posta em uma maca e os médicos cuidaram de seus ferimentos.

— Richard! – Rosie murmurou ao se aproximar com o marido.

— Que bom que estão vivos! – Charles declarou aliviado abraçando o ruivo.

— E a cápsula? – Rosie perguntou.

Richard apenas baixou o olhar, tristemente.

— Ela foi perdida... Com a Elsa. – respondeu com pesar dando lugar às lágrimas – Foi o único jeito de impedir que a levassem! Eu fui o culpado pela morte dela...

Rosie abraçou o amigo, compreensiva.

— Tudo bem. Tudo bem. Shhhh... – murmurou solidária afagando seus cabelos.

Rosie se afastou após alguns segundos e o encarou.

— Sei que não foi fácil. – Charles falou compreensivo tocando o ombro de Richard – Mas saiba que Anna está segura. Ela está bem! Não se sinta culpado pelo o que aconteceu. Você salvou muitas vidas.

— Elsa se orgulharia pelo pai herói que ela teve! – Rosie comentou confortando o primo.

Os Hoffersons deixaram Richard à só com a esposa.

Richard sentou do lado da maca e segurou a mão de Elisabeth.

A esposa estava desacordada, mas estava bem. Seu busto subia e descia indicando sua saudável respiração.

Richard estava contente pela esposa e pela filha, Anna, estarem bem. Mas ainda se sentia culpado pela morte da filha mais velha. Culpado pelo ataque e culpado pelo fato de não ter evitado esse desastre. Se ele não estivesse criado o tal projeto do soro cibernético, nada disso teria acontecido.

Mas o que não saía da sua cabeça eram as seguintes questões: Por que Black trairia o complexo apenas por dinheiro? Ele também trabalhava com Richard e estava disposto a proteger a cápsula a qualquer custo. Apesar de não ser confiável, sempre executou seu trabalho muito bem. Por que ele mudaria de idéia apenas agora?


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Notas finais do capítulo

Ficou bom? Paro ou continuo?
As armas das pulseiras são iguais as da Violet do filme Ultravioleta.
Armas de tecnologia de espaço plano. Compressão tridimensional. Não esqueçam.