Seven Warriors escrita por Naru


Capítulo 12
Sim, ela gosta de você - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oi! Só queria lembrar que o capítulo "Sim, ela gosta de você" ainda se passa no flashback de época escolar, ok? E esse capítulo tem 2 partes (de hoje e de quinta que vem) e é o último nesse flashback.

Aproveitem esse capítulo, porque são reveladas algumas coisas sobre o Dylan que ainda não tinham aparecido.



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O Sol reluzia forte aquele dia e ultrapassava os vidros da janela da sala, fazendo com que Dylan, que estava quase dormindo na aula de matemática, olhasse para fora querendo que a manhã passasse o mais rápido possível. Ele olhou para as pessoas ao redor: Sarah estava concentrada no que o professor falava e Oliver parecia entretido com algum aplicativo de jogos. Ao olhar para o restante da turma, ele não estranhou ver um vazio no local onde deveria sentar Adrien Warren.

Sete meses tinham se passado desde o episódio da detenção com Adrien e eles nunca mais tiveram outra situação em que precisassem ficar sozinhos. O máximo que acontecia era alguma tentativa de provocação ou aproximação por parte do moreno, que fazia o outro sempre reagir de forma fria e indiferente. Os hábitos escolares também não mudaram muito e Adrien continuava sem aparecer na escola em apenas metade das aulas, tendo ainda notas impecáveis, mesmo perdendo o posto de melhor aluno da turma algumas vezes para Dylan.

― Você sabe que dia é hoje? ― falou Oliver animado ao que o sino que indicava o fim da aula tocou, fazendo a maioria dos alunos se prepararem para irem embora.

― Não. Eu deveria saber? ― perguntou Dylan, pouco antes de levantar e colocar a mochila sobre os ombros.

― Início do verão! Início daquela temporada maravilhosa! Hoje eles abrem oficialmente a piscina e eu já combinei com Ryan e Sarah de irmos. ― Ele olhou para a morena de olhos verdes na fileira ao lado, que começou a prestar atenção na conversa ao ser citada.

― Eu não posso, ― iniciou Dylan ― tenho que fazer umas coisas para a minha mãe hoje e não posso furar com ela.

― Mas que coisas? ― Pela curvatura das sobrancelhas, Oliver parecia estar surpreso e desapontado ao mesmo tempo.

― Coisas de mãe, ela quer que eu a ajude com algumas caixas e burocracias da casa. Sabe como é. Infelizmente não tem como eu ir.

― Do que está falando? Você não deixaria de lado uma tarde de diversão. ― Oliver parecia intrigado.

― Agora tenho que concordar com o Olly, achei que você seria o mais animado para uma programação assim. ― Sarah o encarava com os olhos verdes vivos cheios de curiosidade.

― Eu estou falando sério. ― suspirou Dylan fechando as pálpebras com uma expressão de descontentamento ― Eu tenho que fazer essas coisas para ela hoje ou então vou ficar de castigo para o resto da vida! Eu sei que ela parece uma princesa doce e calma, mas Katy Rockefeller não é tão tranquila assim. Prometo que da próxima vez eu vou com vocês, ok?

Ambos apenas concordaram com certo desânimo no olhar e Dylan percebeu isso. Ele foi direto para casa, conforme tinha justificado aos amigos. Ao chegar, ela estava vazia e ele não pareceu surpreso, pois pelo horário, sua mãe ainda deveria estar no trabalho. Então, subiu as escadas rapidamente e entrou em seu quarto, jogando a mochila na cama e virando-se para o espelho de quase dois metros que se encontrava em uma das paredes do local.

Ele encarou suas próprias feições no reflexo, olhos escuros como sempre, cabelos presos na metade, deixando a parte de baixo solta. Então, suspirou e fechou os olhos, tirando lentamente a camisa preta que cobria o corpo e jogando-a com desleixo no chão próximo a si.

Ao abrir os olhos, ele não conseguiu evitar de franzir o cenho em desgosto ao observar a imagem: haviam diversas cicatrizes na região de seu tórax. Involuntariamente suas mãos foram à frente de seu corpo, tocando as marcas com total cuidado como se esperasse um choque apenas ao contato de sua própria pele, ele deslizou os dedos pelo alto relevo de algumas delas, não conseguindo evitar de pensar o quanto aquilo não era agradável aos olhos.

Não doía mesmo ao apertar, já estavam curadas, bem melhor do que pouco antes do início das aulas. Ele virou de costas para o espelho e observou a imagem refletida sobre os ombros: estava um horror. A frente do seu corpo tinha apenas algumas cicatrizes, mas suas costas eram repletas delas, iam desde o ombro até a lombar, em diversas direções. Se alguém o visse assim, de primeira vista iria achar que ele fora chicoteado quase até a morte, mas não era o caso.

Pelo que se lembrava, dois meses antes de se mudar para Ohio, Dylan tinha se envolvido em um acidente grave de carro, que o fez entrar em coma por trinta dias. Sua mãe, que era a motorista na ocasião, acabou não sofrendo nenhum arranhão, mas ele havia ficado à beira da morte. As cicatrizes em seu corpo foram resultado dos estilhaços de vidro que penetraram sua pele. Ele estranhava muito todas as marcas, pois não tinha um arranhão sequer nos braços, rosto ou pernas, mas seu tronco estava completamente danificado.

O acidente trouxe consequências não só para seu corpo, como também para a sua mente. Ele teve parte da memória danificada devido ao traumatismo e se lembrava apenas de momentos fragmentados de sua vida, algumas cenas apareciam para ele borradas e outras sem sentido. Ele se lembrava muito de seus momentos com a sua mãe, desde que nasceu, porém, não conseguia visualizar tão bem as outras pessoas ao pensar muito no passado. O próprio acidente não constava em sua memória, todos os detalhes do caso foram contados por Katy assim que tivera alta do hospital.

Após o afastamento de trinta dias, alguns amigos sumiram de maneira repentina. Dylan não conseguia se lembrar muito bem do rosto deles ou dos momentos que passaram juntos, mas ele sabia que tinha muitas pessoas ao redor e era desesperador não lembrar de detalhes tão importantes.

Com esse isolamento, eles se mudaram para Ohio após as alegações de sua mãe de que seria bom para “recomeçar a vida após um trauma”. Ao chegar em Ohio, em uma nova escola, ele sentia que tinha a obrigação de começar uma outra história, já que a anterior tinha sido parcialmente apagada. A sorte de Dylan era a sua facilidade de comunicação e isso fazia com que ele conseguisse ter amigos com muita facilidade, e em pouco tempo ele conseguiu se sentir em casa de novo. Ele sabia que não tinha como esquecer aquelas pessoas.

Dylan não gostava de pensar muito nessa parte tão traumatizante de sua vida, e por isso voltou colocar a camisa, cobrindo todas as cicatrizes. Ele suspirou lembrando da mentira que contara mais cedo aos seus amigos, pois não tinha nenhuma obrigação com a sua mãe naquele dia, ele somente não queria ir na piscina e ouvir diversas perguntas ao ficar em trajes de banho na frente de todos. Ele preferia não expor essa parte da sua vida, não queria contar sobre as marcas em seu corpo ou em sua mente. Ele não queria ser a pessoa que trazia assuntos tão pesados à tona.

Após sentar na cama, ele forçou a mente na tentativa de lembrar do telefone de algum colega antigo. De acordo com a sua mãe, seu celular anterior tinha quebrado durante o acidente e ele ganhou um novo logo após acordar do coma, só que, infelizmente, com a agenda zerada. Parecia que ele não nunca tinha conhecido ou convivido com ninguém além de Katherine Rockefeller.

Ele pegou o celular e o encarou, trabalhando a memória para ver se lembrava do número de alguém. Ele queria mandar uma mensagem, perguntar alguma coisa, saber se estavam bem. Após pensar um tempo, alguns números vieram a mente e ele tentou enviar uma mensagem simples, porém, qualquer tentativa falhava devido ao “destinatário não existente”. Isso sempre acontecia. Então, ele apenas bufou, cerrando as pálpebras e jogando o celular com força para o outro lado do colchão. Assim, deixou o corpo cair na cama de uma só vez e encarou o teto por diversos minutos, completamente frustrado.

― Algo errado? ― A voz suave de Katy chegou aos ouvidos de Dylan. Ela estava apoiada sobre a porta do quarto, observando a cena. Seus cabelos loiros estavam presos em uma trança frouxa e os olhos cor de mel pareciam extremamente vívidos.

― Você está em casa tão cedo, o que houve? ― Ele se levantou e encarou a mulher a sua frente, curioso.

― Acabei as coisas antes do previsto. ― Ela se aproximou e sentou na cama de Dylan, indicando para que ele deitasse a cabeça em seu colo. Ele obedeceu prontamente e relaxou enquanto sentia as mãos carinhosas de sua mãe em seus cabelos. ― O que houve?

―Nada. ― disse, pouco antes de fechar os olhos.

― Dylan, eu te conheço. Alguma coisa está errada. Você sabe que pode contar tudo para mim.

Ele voltou a abrir os olhos e observou o rosto jovem e delicado de sua mãe, ela parecia uma princesa em sua visão. Como eles podiam ser tão diferentes? Então, após analisar por alguns segundos, resolveu contar a verdade:

― Eu estava pensando sobre o acidente. ― A face de Katy assumiu um tom levemente mais nebuloso ao ouvir isso ― Está cada vez mais difícil eu me lembrar das coisas que aconteceram antes, eu não consigo me lembrar das pessoas, dos meus amigos!

― Talvez seja melhor dessa forma. ― disse ela, tentando disfarçar uma certa dureza em sua voz ― As pessoas que você andava não eram boas influências, todas sumiram quando você ficou em coma. Eu te contei isso.

― Eu sei... mas você não acha estranho? Quem se afasta após ver o amigo sofrer um acidente e ficar desacordado por um mês?

― Talvez eles não fossem seus amigos de verdade! ― disse Katy, mantendo o carinho nos cabelos do filho.

― Ou talvez eu tenha feito algo de errado para elas antes do acidente e eu nem ao menos me lembro! ― Ele tinha essa suspeita e acabava se perguntando isso sempre.

― Você não fez nada, ok? Nada.

Ela se aproximou da testa de Dylan e depositou um beijo delicado na região. Ao se afastar, Dylan observou no pulso de sua mãe uma pulseira com um urso cravado em uma medalha que ela usava o tempo todo. Era um artefato muito bonito e combinava com o jeito delicado de Katy. Ele encarou novamente os cabelos loiros da mulher e os olhos claros da mesma, lembrando de indagar uma outra coisa:

― A gente não se parece muito, não é? ― Ele notou a mudança de expressão da mãe ao fazer a pergunta, então, resolveu complementar ― Quer dizer, eu e você não temos nada igual na aparência, então eu devo ser igual ao meu pai. Eu sei que você não gosta de falar muito sobre esse assunto, mas eu nunca o conheci, eu era parecido com ele?

― Seu pai... ― Katy interrompeu os movimentos no cabelo de Dylan e deixou o olhar levemente vago, como se pensasse em algo. Então, automaticamente sua expressão se suavizou ― ele sempre teve o sonho de ter um filho, sabia?

― Sério? ― Dylan sorriu, observando a mãe.

― Sim, e ele era tão gentil, tão justo. E era o homem mais talentoso que eu já conheci, sabia? Ele conseguia ser bom em tudo que fazia e mesmo quando não dava certo, continuava com um sorriso no rosto. Além de tudo, era lindo, alto, cabelo como a Lua...

― Espera. ― Ele levantou abruptamente do colo da mãe e a encarou ― Cabelo como a Lua? Então ele era loiro também? Então como foi que eu nasci assim?

―Não! ― disse Katy, com os lábios meio trêmulos ― Eu quis dizer tipo a lua nova, sabe? Da forma como a gente enxerga a lua nova aqui da Terra. Ele tinha cabelos escuros, bem escuros. ― Ela respirou fundo e voltou a sorrir ― Vocês eram iguaizinhos, principalmente no jeito.

― Sério? Você não tem nenhuma foto mesmo? ― disse Dylan de forma esperançosa.

― Infelizmente não. Você sabe que perdi todas na mudança para cá, é uma pena que você não se lembre de ter visto nenhuma foto dele.

― Não lembro. ― Ele parecia meio triste ― Mas fico feliz só de saber que ele era uma ótima pessoa.

― Sim, não merecia morrer da forma que morreu e tão jovem. ― disse Katy pressionando o lábio inferior como se segurasse algumas lágrimas.

Dylan já tinha ouvido histórias de que seu pai morrera de uma doença séria e ainda desconhecida pouco antes dele nascer, assim, ele nunca tinha conhecido o homem que a mãe amava com todo o coração. Sempre que falava dele, Katy se iluminava e era possível sentir o amor, mesmo ele não sendo mais vivo há tantos anos. Ela era tão apaixonada que nunca mais se envolvera com ninguém e parecia viver somente por Dylan agora.

O nome do pai foi uma das coisas que tinha esquecido e seus documentos de nascimento também ficaram perdidos na mudança. Ele sentia vergonha de assumir que esquecera uma informação tão importante, então tinha optado por não perguntar. Porém, ele ouviu a mãe sussurrar o nome “Darien” uma vez ao dormir e acreditava se tratar do nome de seu pai.

Naquela noite, Dylan dormiu no colo caloroso de Katy e somente acordou no dia seguinte com o despertador cantando alto, indicando que ele precisava levantar. Por ter adormecido consideravelmente cedo no dia anterior, ele conseguiu despertar rapidamente e se encaminhou para o banho. Ao ligar o chuveiro, deixou que a água gelada caísse diretamente no topo de sua cabeça, molhando os cabelos lisos e pretos e deixando que eles grudassem úmidos em seu pescoço e ombros. Com os olhos fechados, se apoiou na parede à frente, tentando esvaziar a mente de suas frustrações relacionadas ao seu passado, seus amigos, seu pai que nunca conhecera e as marcas de seu corpo. Não adiantava pensar sobre algo que não tinha mais como mudar.

Naquela manhã, Dylan prendeu os cabelos em um rabo de cavalo desleixado logo após secá-los e se vestiu com uma camisa vermelha rasgada na parte dos braços, deixando eles de fora, afinal, ele conseguia sentir a força do verão mesmo sendo tão cedo.

Ele não conseguia se lembrar de qual tinha sido a última vez que conseguira caminhar para a escola, observando ao redor. Na maioria das vezes, tinha que sair correndo o mais rápido que conseguia pela rua, para chegar não muito atrasado. Ele não conseguia entender como tinha tanta dificuldade para seguir horários, mas em vez de se corrigir, ele culpava a instituição de ensino, afirmando que “nenhum ser humano é capaz de aprender nada às oito da manhã”.

Naquele dia, o céu estava azul e nenhuma nuvem era capaz de ser vista, as árvores estavam verdes e bonitas e o clima, apesar de sutilmente mais quente, era agradável. Ele gostava daquilo e estava aproveitando o caminho quando pensou que poderia completar a imagem com alguma trilha sonora, porém, quando estava prestes e encaixar os fones em seu ouvido. Foi interrompido por uma voz feminina que gritava em desespero:

― Parem, parem!

A voz parecia vir do beco que dava para as costas de um estabelecimento suspeito, sendo um pouco mais à frente de onde Dylan estava. Ele interrompeu os pensamentos por alguns segundos e seguiu o olhar em todas as direções, como se tentasse sintonizar a origem dos gritos.

― Não façam isso! ― A mesma voz feminina ecoou e ele teve certeza de onde vinha, acelerando os passos em uma corrida rápida até o beco, parando ao observar a cena.

Haviam três homens no local, um mais alto e magro, usava óculos escuros e um gorro que deixava o cabelo completamente coberto. Os outros dois eram mais baixos e o pouco que conseguia avistar, pareciam gêmeos, apenas as roupas eram diferentes. Esses três estavam cercando uma figura feminina, um deles estava com a bolsa da garota, o segundo apoiado com o braço na parede, deixando o rosto se aproximar da parte lateral do pescoço da menina e o terceiro apenas impedia que ela corresse.

― Nós não estamos fazendo nada. Só queremos saber um pouco mais sobre você, lindinha. ― O mais alto dizia com a voz grossa, aproximando o nariz do cabelo loiro da garota, que parecia cada vez mais assustada.

Dylan não pensou mais e apenas correu em direção à cena e, antes de se aproximar o suficiente, tirou a mochila em um movimento rápido e a jogou na direção do homem que estava de costas para a entrada do beco, fazendo esse se desestabilizar pela surpresa e cair no chão. A partir do momento em que conseguiu alcançar os homens, ele mirou o punho em direção ao que estava com o rosto próximo a pele da menina e, de uma só vez, depositou um soco na face do rapaz, fazendo-o cair sobre as lixeiras atrás de si.

― Dylan?! ― exclamou a menina em um tom desesperado. Assim que Dylan olhou para ela, seus olhos se abriram em uma surpresa ao perceber que a conhecia.

― Khloe? O que... ― Ele não conseguiu terminar a frase, pois o terceiro homem no local o atingiu com um soco exatamente no meio do estômago, fazendo-o cair encurvado segurando a região, enquanto tossia sem oxigênio diversas vezes.

― Quem caralhos é você, seu bostinha? ― gritou o homem enquanto observava a cena, lançando um olhar para seus companheiros e observando os dois já se levantando em meio ao ataque surpresa.

Dylan não respondeu nada, ali de onde estava, conseguia apenas observar a parte de baixo do tronco do homem que estava parado em frente a ele. Ele sugava o ar o máximo que conseguia e em alguns segundos começou a sentir que a dificuldade de respiração ia diminuindo. Então, sem ao menos se levantar da posição, ele jogou a perna direita em um movimento circular para a frente e forçou contra a parte traseira das canelas do rapaz, fazendo-o perder a força e cair de uma só vez no chão.

Aproveitando a brecha, ele agarrou o pulso de Khloe e correu com a garota para a saída do beco. Ela corria desajeitada na direção que ele indicava e quando já estavam chegando ao destino, Dylan sentiu seu tronco ser jogado para trás em um puxão pela camisa, fazendo-o cair com o corpo inteiro no chão. Vendo que tinha perdido o toque que mantinha com Khloe, ele apenas olhou para frente, encarando a garota que tinha a expressão completamente preocupada. Então, falou com toda a força que conseguia.

― Corra! Vai embora daqui! Eu posso me virar. ― Vendo que a menina relutava, ele gritou com raiva na voz e um olhar furioso ― Corre daqui!!

Khloe se assustou com a raiva que Dylan direcionou a ela e apenas virou os pés e correu para a saída do beco, chegando na claridade da rua principal e sumindo das vistas. Quando visualizou isso, um suspiro de alívio fez menção de sair dos lábios do moreno, mas foi impedido por um soco que o atingiu na mandíbula em cheio. Ele sentiu seu cérebro girar e a dor na região parecia irradiar para toda a cabeça e por mais que tentasse abrir os olhos, parecia que tudo tinha virado um borrão vermelho.

― Ela pode até correr, agora não é mais do nosso interesse. Mas você vai continuar aqui e vai levar tudo que merece por se meter em um assunto onde não foi chamado. ― O maior já tinha conseguido se recuperar do soco e estava na frente de Dylan proferindo as palavras com raiva e cuspe entre os dentes.

― Isso é o que vamos ver. ― disse Dylan, mal conseguindo separar os lábios. Porém, levantou a cabeça e encarou o rapaz a sua frente, forçando um sorriso cínico para o mesmo, fazendo o outro urrar de raiva.

― O que você ainda tem coragem de dizer? ― Ele se aproximou de Dylan e segurou com força seus cabelos, forçando o rosto do moreno contra a parede, observando se o sorriso sumiria dos lábios.

Os outros dois rapazes estavam posicionados fechando o meio círculo ao redor de Dylan e esse apenas observava ao redor, mesmo que pudesse enxergar pouco, verificando alguma forma de sair dali. Porém, ficou novamente sem visão ao sentir a dor de seu rosto ao ser arrastado sem prudência na parede grossa do beco, seus cabelos sendo puxados com força pelo homem. Então, sem pensar, proferiu as palavras:

― Eu não preciso de coragem para encarar alguém como vocês. ― O sorriso quebrado ainda estava lá desenhado perfeitamente nos lábios, agora levemente roxos.

O homem a sua frente apenas elevou o joelho e o atingiu novamente no estômago, fazendo com que o ar sumisse do corpo do moreno. Então, puxou de uma só vez o rosto de Dylan próximo ao seu, proferindo as seguintes palavras de maneira lenta e ameaçadora:

― Nós vamos matar você.

 


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Notas finais do capítulo

1) Esse capítulo gera mais teorias ainda não é? Quero ouvir todas!

2) Tenho que adiantar aqui pra vocês que na volta do Flashback para a época atual a gente já começa a ter MUITA coisa revelada. E eu to MUITO ansiosa. Por mim eu fazia um post por dia, mas isso não vai acontecer porque eu não escrevo tão rápido D:

3) Não esqueçam de deixar comentários falando o que estão achando ok?

Love.



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