Apesar de os dias passarem como uma bomba relógio, Edward insistia em dar grandes bailes e comemorações aos nobres. A extravagância e o deboche dos aristocratas intoxicavam todo o palácio, enquanto as fofocas típicas de toda corte cortavam o ar como um estilete. Dia após dia, vestindo diamantes dos pés à cabeça, a nobreza dançava no salão do castelo real, segurando pratos dourados fartos de comida. Enquanto isso, Debassi sofria escassez alimentícia.

Com o hábito da rainha Lorelay de sair logo cedo para visitar templos de oração e só retornar pela noite, Edward e Sirius começaram a se ver mais. Sem dúvidas, o rei estava mais disposto, principalmente agora que sentia o corpo do comandante sobre o seu quase todas as noites.

Naquele dia, em especial, Edward recebeu o “parceiro” com uma garrafa de espumante. Após a beberem, deitaram-se para conversar.

“Seu modo de governar é questionável, meu rei”, Sirius comentou, quando a fome em Debassi se tornou assunto.

“Você acha?”, Edward perguntou, com um sorriso embriagado. Suas mãos percorriam o peitoral nu do comandante, que se aproximou para atacar seus lábios carnudos.

Detrás da porta do quarto, a rainha Lorelay observava a cena cautelosamente, optando por não interromper.