Eterno Amor escrita por Chrys Monroe


Capítulo 7
Último Capítulo


Notas iniciais do capítulo

Último capítulo, peguem os lençinhos pessoal ^.^

Boa leitura ♡



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[...]

Era tarde da noite quando fui até a empresa onde trabalhei por tantos e tantos anos e para minha sorte, James estava sozinho telefonando para o banco a fim de saber informações sobre o dinheiro que ele mesmo havia roubado daqui. De alguma forma o canalha soube da conta falsa, deve ter vasculhado minhas coisas, me investigado, sei lá. 

— Como assim a conta está zerada? Não pode ser verdade! - O loiro dizia ao telefone enquanto andava de um lado para o outro da sala principal da empresa, visivelmente nervoso para a minha satisfação - Merda! - Gritou desligando e jogando o telefone fixo para longe enquanto eu acompanhava sua derrocada de camarote. 

Quando o celular do filho da mãe tocou, ele engoliu em seco. 

Com certeza deve ser um dos traficantes cobrando o dinheiro que ele está devendo a eles.  

— A... Lô? Espera, fique calmo! Juro que irei pagar essa dívida logo, é que tive um prob... Não me mata cara, por favor!Juro que irei pag... Merda, desligou na minha cara!! - Fustrado, também jogou o celular no chão - Não posso morrer, não quero morrer... O que faço agora?! Como tudo isso tudo foi acontecer?! Não faz sentido. - Perguntou-se sentindo-se quase tão perdido quanto eu me senti na noite em que por culpa dele, abandonei o mundo dos vivos. 

— Deixa que eu mesmo te respondo, James. - Falei caminhando até o computador, onde digitei um recado para ele. 

 

"É O SEU FIM, JAMES!" 

 

Escrevi em letras garrafais na tela do computador. 

Pude sentir o arrepio da pele do rapaz que ficou bastante possesso com aquele recadinho, olhando para os lados sem parar, não entendendo como alguém tinha digitado aquilo naquele computador. 

— Quem escreveu isso? Como escreveu?! Estou sozinho aqui, isso não pode estar acontecendo. - Piscou os olhos sem parar, possivelmente acreditando que estava vendo uma miragem ou tendo alguma alucinação - É algum vírus?

 

 

"NÃO É VÍRUS, NÃO! QUEM ESCREVEU? QUEM VOCÊ ACHA AMIGÃO?" 

 

Escrevi novamente. 

— Que merda é essa?! - James perguntou confuso ao ler mais um recadinho meu. 

 

"QUEM ESTÁ AQUI, ATRÁS DE VOCÊ ALIÁS, SOU EU, EDWARD CULLEN. O HOMEM QUE MORREU POR CULPA DO AMIGO TRAIDOR. LEMBRA DE MIM AGORA, JAMES? OU JÁ NÃO VÊ SUAS MÃOS SUJAS DE SANGUE?"

 

James olhou para trás imediatamente, mas obviamente não me viu. 

 

"SABE O QUE ACONTECEU COM AQUELE DINHEIRO MALDITO? EU MESMO ME LIVREI DELE QUE AGORA ESTÁ NAS MÃOS DA CARIDADE, DE GENTE DE BEM E SEM MALDADE COMO VOCÊ, JAMES. VAI TER QUE SE VIRAR NAS MÃOS DO TRAFICANTE PRA PAGAR SUA DÍVIDA AGORA, TENHO MUITA PENA DO QUE ELE FARÁ COM VOCÊ, AMIGUINHO QUERIDO. ACHO QUE VAMOS NOS REENCONTRAR MAIS CEDO DO QUE VOCÊ IMAGINA."

 

E começei a rir da desgraça dele, enquanto usava minha raiva e concentração para quebrar tudo que pela frente, cadeiras, computadores, a fim de assusta-lo ainda mais. 

E consegui. 

— Seu desgraçado! - James me xingou totalmente descontrolado - Devia ter te matado antes, Edward! Você é um babaca, ninguém mandou se meter nos meus negócios! Por isso morreu, mereceu morrer! - Rosnou coberto de ódio - Você ferrou com minha vida, não foi? Mas agora vou ferrar com a da Isabella também e vamos todos juntos para o quinto dos infernos. - E gargalhou bisonhamente. 

— O que vai fazer? Responde! - Perguntei quebrando tudo ao meu redor, mas logo lembrei que ele não me ouve. 

 

"O que vai fazer, James?"

 

Digitei novamente na tela do computador. 

— Não consegue adivinhar seu fantasma de merda? Vou matar aquela vidente imunda e depois, a sua mulher. - Afirmou saindo da empresa sorrindo e desta vez fui eu quem ficou apavorado com as ameaças dele. 

[...]

Minha primeira atitude foi procurar Esme para avisa-la que está correndo perigo e pedir para que salve Bells. 

Quando cheguei na porta de sua casa, ela estava toda arrumada de saída para algum evento ou balada, sei lá. Mas quando olhei para o lado vi que Clark estava vindo justamente na direção dela com uma arma nas mãos. 

O covarde do James deve ter ligado pra ele e dado a ordem para tentar mata-la de novo. 

— SE ABAIXA, ESME! - Pedi e por sorte, a morena me ouviu se abaixando no momento em que Clark disparou contra ela - CORRA E SE ESCONDA EM ALGUM LUGAR, EU MESMO VOU RESOLVER TUDO ISSO! - Mandei e a morena me obedeceu, saindo correndo para dentro do prédio. 

Agora é comigo. 

Clark estava se preparando para ir atrás de Esme, mas o impedi indo pra cima dele e retirando a arma de sua mão, usando mais uma vez uma concentração enorme de raiva para isso. 

— QUE ISSO?! - Clark se perguntou ao ver que algo o forçou a largar a arma. 

Peguei um pedaço de madeira que havia no chão e o joguei pra cima do assassino que assustado, saiu correndo para o meio da rua. 

O segui ainda jogando tudo que tinha na minha frente nele como pedras, mas parei ao lembrar que preciso procurar Esme para que vá atrás de Isabella e a ajude antes que James tente mata-la também. 

Mas quando parei era tarde demais. 

Clark já estava no meio da rua, tão perturbado quanto James estava naquela hora e desatento, o bandido não percebeu que um ônibus estava vindo em sua direção, gritando antes do ônibus lhe  atropelar com força total. 

Seu corpo sangrava no chão, já morto mas seu espírito levantou e quando me viu, arregalou os olhos. Clark não teve tempo de dizer nada para mim pois de repente, sombras surgiram do asfalto e foram pra cima dele, o carregando provavelmente para um lugar muito, mas muito ruim. 

Será que por ter provocado a morte dele também irei pra esse lugar ruim?

Não queria que ele morresse, só queria que ficasse longe de Esme. 

E não quero por conta disso, ir para o mesmo lugar que Clark. 

[...]

Depois que o assassino desapareceu das minhas vistas, procurei Esme e juntos, fomos até minha casa alertar Bells. Por sorte, o porteiro estava ausente e subimos até o segundo andar, parando em frente a porta da minha casa. 

— ISABELLA! ABRA ESSA PORTA POR FAVOR. AQUI É ESME, MÃE DA PAZ! - A morena disse batendo na porta sem parar. 

— Não vou abrir! Fui na delegacia, sabia? Descobri que você é uma charlatã de araque, que me enganou pra tentar tirar alguma vantagem. Você não tem vergonha na cara, não? Ou pelo menos um pingo de humanidade Esme? 

— E agora? O que faço? - Esme me perguntou. 

Preciso atravessar essa porta. 

Sem pensar, fui pra cima da porta e por sorte ou porque entendi como se faz, consegui atravessa-la. 

— Yes! - Comemorei sorrindo e vendo Bella que estava parada em frente a porta, com as mãos na cintura e uma expressão raivosa no rosto. 

Ela fica tão linda quando está bravinha. 

— Esme, diga a Bells que ela está usando os brincos que lhe dei no natal passado. - Falei analisando minha mulher de cima a baixo. 

— Edward disse que você está usando os brincos que ganhou dele no natal passado. Qual é criatura? Como ia saber disso se estou do lado de fora da sua casa e não te vi hoje? - Esme disse já sem paciência. 

— Você é trambiqueira, é capaz de tudo. - Bella ainda parecia irredutível. 

Preciso que Bella acredite de uma vez por todas no sobrenatural ou não vou conseguir salva-la. 

Ela precisa ver para crer, é isso! 

— Esme, passa uma moeda debaixo da porta. 

— Como é que é? Além de me tirar aquele milhão ainda quer acabar com os últimos centavos que tenho? Por quê você é tão folgado Edward? - Reclamou como sempre. 

Revirei os olhos. 

— Se ficar enrolando James vai aparecer e vai matar todo mundo. É isso que quer? 

— Argh... - Mãe da paz resmungou, abrindo a bolsa, tirando um moeda e a enfiando debaixo da porta para mim. 

— O que é isso? - Bella perguntou olhando para o chão. 

Me agachei e coloquei o dedo sob a moeda. 

Depois de me concentrar muito, a coloquei na ponta do meu dedo. 

Consegui, consegui tocar a moeda. 

Fui levantando com a moeda nas mãos, imaginando que Bella está vendo somente uma moeda se mexer sozinha. 

Deve estar achando que ficou louca ou algo do tipo mas depois desta, não tem como não acreditar em nós. 

— Como pode isso? A moeda está se mexendo sozinha! - Exclamou confusa quando coloquei a mesma moeda em sua mão. 

— É o outro lado da vida, Isabella. Ele existe sim você querendo ou não. - Esme explicou - Agora por favor, abra logo essa porta. É muito importante, juro!  

E finalmente, Bella abriu a bendita porta. 

[...]

— Está dizendo que James é o assassino de Edward e está vindo pra cá me matar? 

— E isso mesmo, ele mandou o capanga que matou Edward tentar me matar agora pouco inclusive. Você precisa acreditar em nós. 

— Eu acredito. - Bella admitiu fazendo sinal de positivo com a cabeça - Não posso mais ignorar os sinais. - Pegou o telefone e ligou para a polícia, informando tudo que soube - Eles disseram que estão vindo. - Pôs o telefone no gancho e se sentou. - O que faremos enquanto esperamos? 

— Não sei. - Esme deu de ombros. 

— Onde está Edward? 

— Edward, onde você está? - Esme indagou olhando em todas as direções. 

— Sentado ao lado dela. 

— Ele está sentado ao seu lado. - Esme respondeu sem jeito. 

— Oh Ed, como queria poder ver você... - Bella disse passando a chorar. 

— Eu daria tudo para poder te tocar de novo, nem que fosse pela última vez. - Desabafei sentindo uma dor profunda na alma, é tão difícil estar tão perto e tão distante do meu amor ao mesmo tempo. 

— Ele disse que... Que daria tudo para te tocar de novo. - Esme corou ao falar isso - Ta bem! - Se levantou, ajeitando a roupa amassada. 

— Ta bem o quê? 

— Pode usar meu corpo pra poder tocar sua namorada. Você sabe como se faz, né? Só não passem dos limites. 

— Pode deixar. - Sorri indo até Esme - Tem certeza que posso fazer isso?

— Aproveita que estou de bom humor. - Ela fez uma careta - E você não vai ser o primeiro, nem o último espírito a se apoderar do meu corpo, desde que virei médium de verdade a fila de fantasmas querendo entrar em mim para se comunicar com seus entes queridos está cada dia mais longa. 

Me aproximei de Esme e entrei dentro de seu corpo. 

Foi uma sensação muito estranha no começo, mas uma sensação. 

Agora consigo sentir, consigo ser humano. 

Tinha mãos, pés e até... oh peitos! 

Não consegui não rir disso. 

Quando olhei para Bella, ela estava com uma cara de interrogação. 

— É melhor eu fechar os olhos ou isso vai ficar bem esquisito. - Ela disse fechando os olhinhos. 

Foi a melhor decisão afinal o que ela estaria vendo seria Esme, não eu. 

Já com os olhos fechados é diferente, bem diferente. 

Caminhei até Bella e segurei suas mãos. 

Como senti saudade desta mão macia, pequena da minha baixinha que continuava de olhos fechados. 

Subi minhas mãos até os braços dela que estavam bem arrepiados. 

— É você, Ed. Eu sei que é, eu sinto. - A morena dizia enquanto deslizava minhas mãos por seu delicado rosto, cheio de lágrimas. 

A abraçei. 

E pude sentir sua respiração quente em meu pescoço, seus braços também me abraçando, seu coração batendo forte contra o meu. Também fechei os olhos e pus minha cabeça no ombro dela, sentindo seus carinhos, seu toque. Queria muito, mas muito beija-la mas não posso esquecer que estou no corpo da Esme, não do meu então tenho, preciso controlar esses impulsos mais... Apaixonados.  

— Eu te amo, Ed. - Bella sussurrou no meu ouvido quando de repente, a porta foi aberta por... James! 

Com o susto, saltei do corpo de Esme que vendo a situação correu com Isabella para a escada de incêndio que fica do lado de fora do prédio. Eu estava caído no chão e tentei levantar mas me sentia tonto, confuso e muito cansado, sensação um pouco pior de quando Bella atravessou meu corpo dias atrás.  

Me sinto tão fraco... Mas preciso de forças para... para salvar a Bella. 

Ainda tonto levantei e os segui pela escada de incêndio. 

— SOCORRO! - Bella e Esme gritavam sendo perseguidas por James pelos fundos do prédio que estava completamente vazio.  

Quando finalmente os alcançei Esme estava parada e Bella nas mãos de James que apontava a arma para sua cabeça.  

— Você está aí... Não está Edward? - Ele estava fora de si, completamente louco - Pois vai acompanhar sua mulher morrendo bem na sua frente. Quem sabe assim vocês não se reencontram e serão felizes? Vou fazer até um favor pra você, amigo. - Falava rindo da minha cara. 

— Não atira, por favor. - Bella suplicava desesperada não querendo morrer.  

Fechei os punhos e peguei a primeira coisa que vi pela frente. 

Era um vaso velho e quebrado perto da caçamba de lixo. 

O peguei em mãos e joguei pra cima de James que assustado, jogou a arma no chão. 

— Isso é loucura, o vaso... - E saiu correndo tentando subir uma parede e entrar pela janela do primeiro andar de um estabelecimento caindo aos pedaços que havia também por ali, mas para seu azar o vidro da janela se quebrou e o atingiu no... Pescoço. - Edward? - Já como espírito, James finalmente pode me ver - Espera... Eu morri?! - Falou chocado olhando para cima e vendo seu corpo pendurado na janela e sangrando muito - NÃO! - Gritou apavorado. 

— Bem-vindo a morte, amigo. - Disse e novamente as mesmas sombras que buscaram Clark, também levaram James dali que deu gritos de agonia antes de ir para provavelmente, o inferno. - Vocês estão bem? - Questionei indo até Bella e Esme que estavam se abraçando, olhando para o corpo morto de James.

— Edward? É você?

— Está me ouvindo Bells? 

— E vendo. - Ela completou olhando diretamente para mim - Eu morri?

— Não, estamos vivas. - Esme garantiu.

— Então como estou vendo ele...?  

— Eu não sei. - Sorri quando uma luz apareceu novamente para mim, vinda do céu que era o mais estrelado que já vi em toda minha vida.   

Quando olhei novamente para Bella que caminhava lindamente na minha direção, percebi que ela estava diferente. 

Sua barriga estava brilhando e rapidamente, entendi o por quê. 

— Bells - Não conseguia parar de sorrir - Você está esperando um filho meu! - Deduzi. 

— Como assim? Será? - Olhou para a própria barriga pondo a mão em cima dela - Deve ser por isso que senti um ou outro enjôo nesses últimos dias, mas pensei que fosse pela má alimentação que venho desde que você se foi. 

— Está grávida sim, eu sei que está. Há um brilho diferente em você, consigo ver, posso sentir até. - Garanti sorrindo - Eu vou ser pai, mas não vou ver nosso filho crescer, Bells. - Lamentei sentindo uma profunda tristeza por isso. 

— Eu prometo que vou criar nosso filho com todo o amor do mundo, Ed. - Tentou me tocar, mas obviamente não conseguiu. 

— E prometo que irei te esperar, sempre. - Tentamos dar um selinho, mas mesmo não conseguindo tocar sua boca, eu conseguia senti-la de alguma forma. Em seguida dei alguns passos para trás, pois sei que preciso seguir a luz. 

— Vou sentir saudade do meu fantasminha camarada. - Também chorosa, Esme acenou para mim.  

— Também sentirei sua falta, mãe da paz. - Acenei para ela de volta. 

— Eu te amo, Edward! E vou te amar para sempre! - Bella se declarou novamente - Para todo sempre, eternamente. - Sorriu ainda com as mãos no ventre onde nosso filhinho está se preparando para vir ao mundo daqui alguns meses. 

— Idem. - Sorri de volta, me voltando para a luz e deixando que meu espírito fosse leva-do por ela, para algum lugar bom, muito bom.  

Me despedir de Bella e do meu futuro filho, foi o momento mais difícil pelo qual já passei durante minha existência. 

O que me consola é saber que isso aqui não é o fim, que ainda irei reencontrar minha Bells. 

Algo dentro de mim tem certeza disso. 

Pode demorar um milhão de anos, mas Isabella e eu ainda vamos nos reencontrar para enfim, podermos viver nosso eterno amor. 


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Notas finais do capítulo

Ainda falta o epílogo que vai ser bem amorzinho, okay?

Comentem, favoritem, recomendem ♡



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