Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 9
Butterflies and messages.


Notas iniciais do capítulo

Olá, boa leitura! ♡



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Contei absolutamente tudo a Izzie. – Sentia-me mais leve, porém agora tinha que aguentar ela falando sobre o Elliot.

“Ele tá muito na sua!”

“Ele quase te beijou!”

“E essas coisas que ele te falou? May, não é possível que você não perceba.”

“Vocês fariam um casal incrível. Eu já até imagino vocês juntos. Eu imagino!”

Essas eram só algumas das frases dela. Sem contar as risadinhas e olhares que ela me lançava quando eu fazia uma mera menção a ele.

A semana passou rápido, e eu consegui fugir de Guss. – Não queria conversar com ele, mas a insistência dele estava quase me vencendo. – Elliot e eu trocávamos algumas palavras pelo corredor, e muitas vezes o vi me olhando descaradamente.

A cena de nós dois naquela sala apertada não saía da minha mente. Por mais que eu tentasse não pensar naquilo. – Nenhum garoto jamais se aproximou de mim como ele, e mesmo que Elliot fosse irritante, não poderia negar que ele era bonito e que isso poderia me afetar fisicamente. – Só fisicamente, porque eu nunca me apaixonaria por ele.

Já Izzie parecia torcer para que mais alguma coisa acontecesse entre nós a qualquer momento. – E isso já estava me deixando irritada.

Na sexta-feira durante as últimas aulas Sam Scott anunciou que faria uma reunião do grêmio urgente, então depois das aulas tive que permanecer na escola.

— Esse é um ótimo motivo pra mim desmarcar de sair com o Brian! – Izzie comemorou enquanto me acompanhava até a sala do grêmio. – Vou procurar por ele e daqui a pouco a gente se encontra.

— Você não tem jeito! – falei revirando os olhos.

Quando cheguei na sala do grêmio Sam e mais duas garotas já estavam lá. – Ele ajeitava o óculos nervosamente e confesso que fiquei com vontade de bater na cabeça dele para fazê-lo parar.

Depois de mim mais dois garotos chegaram e Sam parecia estar impaciente. – Ele se levantou e limpou a garganta, fez-se silêncio.

— Bom, só falta o Elliot, acho que podemos começar sem ele... – Só foi ele falar que Elliot chegou.

Às duas garotas que estavam sentadas olharam pra ele suspirando, eu de pé, revirei os olhos. – Ele percebeu e me olhou sacana.

— Espero não ter perdido nada. – falou e Sam fez sinal para que ele fechasse a porta e entrasse.

— Não perdeu. Nós íamos começar agora. – Sam informou.

— Seu atraso está perdoado! – uma das garotas falou mexendo de maneira irritante no cabelo.

— Com certeza. – ironizei baixo, mas audível.

Sam me lançou um olhar de censura e eu apenas ignorei.

— Acomode-se, Elliot. – pediu. – Como eu ia dizendo... – e começou a falar.

Elliot parou bem ao meu lado, ele encostou em uma das mesas e colocou as mãos no bolso.

Sam falou até nos deixar com vontade de enfiar a cabeça dentro de um balde de gelo. – Não aguentava mais escutar a voz dele e vê-lo mexer no óculos.

Mas ele disse coisas importantes. – Uma delas era sobre a eleição do grêmio estudantil.

— Tem mais uma chapa que concorrerá conosco. Eram pra ser três no total contando com a nossa, mas o Diretor Moroles não achou eles qualificados. – Sam disse sorrindo. – A eleição não vai demorar para ocorrer, mas só saberemos quem vamos enfrentar no dia de apresentar as propostas de cada chapa para o colégio. Então até lá já podemos começar a fazer nossa campanha eleitoral. Já pensei no meu discurso e quero vocês aqui para me ajudar a preparar os cartazes, os folhetos... – Ele continuou falando.

Elliot me lançou um olhar de quem não aguentava mais e eu retribuiu na mesma proporção.

— Vamos fazer uma boa campanha eleitoral, Sam! – Elliot deu força a ele que parecia nervoso.

— Sim! Nós vamos! – concordei deixando todos os outros surpresos.

— Bom se até vocês dois estão de acordo nisso, então eu acredito. – Sam falou batendo de leve nas costas do Elliot.

A reunião acabou e Izzie não apareceu, mandei mensagem pra ela que disse que já estava vindo.

Caminhei pelo corredor já vazio da escola e Elliot alcançou o meu lado quando eu estava próxima a saída.

— O Sam está com medo de perder, não acha? – indagou pensativo.

— Sim, ele está! Por mais que não admita, Sam realmente gosta de ser presidente do grêmio... – falei. – foi legal o que você disse pra ele.

— O Sam é um cara legal, a gente conversa bastante. Só não é tão legal os assuntos do grêmio! – Elliot riu.

— Não sabia que vocês se falavam tanto assim... – Não disfarcei minha de surpresa.

— Como eu disse, ele é um cara legal! Mas antes que eu me esqueça, você não está curiosa pra saber quem vai se candidatar a novo presidente do grêmio?

— Estou sim. Não consigo imaginar ninguém além do Sam pra querer o cargo... – fui sincera.

Assim que chegamos do lado de fora do colégio olhei impaciente para a tela do meu celular. – Cadê você, Izzie?! – pensei.

— Quer uma carona? – Elliot ofereceu enquanto sorria desafiador.

— Nem pensar! – recusei olhando a moto dele estacionada mais ao longe.

— Medrosa! – provocou.

— Não tenho medo! Só estou esperando a Izzie! – falei com impaciência.

— Claro... Quero ver a sua próxima desculpa.

O carro do Brian estacionou muito perto de nós, Izzie no banco do carona me chamou com uma expressão de tédio. – Mas um sorrisinho malicioso logo tomou conta da sua boca quando ela nos viu juntos.

— Oi, Elliot! – Ela cumprimentou ele. – Espero que você tenha cuidado bem da May! – Izzie me olhou com satisfação ao me ver com o rosto vermelho de vergonha.

— Ela está segura comigo. – Elliot entrou na onda dela e sorriu também.

— Vamos, Izzie? – indaguei olhando feio pra ela. – Até mais, Elliot.

— Até, Rose May. – Ele sorriu e eu retribuiu brevemente.

Entrei no carro e cumprimentei Brian – antes de sairmos dali ainda vi Elliot subir na moto e colocar o capacete. Ele tinha mesmo aquela cara de bad boy, era quase irresistível não olha-lo. – O trajeto foi silencioso, Izzie e Brian trocavam algumas palavras, e as vezes ela me lançava olhares de satisfação.

Ele nos deixou na frente da minha cara e é claro que Izzie queria me fazer um monte de perguntas.

— Foi só a reunião do grêmio! – falei cortando o assunto, ela revirou os olhos insatisfeita.

— May, me escuta, ele tá muito na sua! – Izzie sorriu.

— Você só quer falar de mim, né?! Mas e você que sumiu com o Brian? – indaguei sorrindo provocadora.

— Eu fui avisar ele que esperaria você, até aí tudo bem. Só que ele disse que ia esperar comigo e ficou durante todo aquele tempo falando sobre futebol e táticas de jogo! – Izzie revirou os olhos me fazendo rir.

— Izzie, se não gosta dele, por que ainda da chances?

— Porque eu sei que ele gosta de mim, May. Parece ser sincero, sabe? Não quero magoa-lo... E por mais que ele seja um jogador popular, estereotipado, não quero fazer ele sofrer! – Izzie parecia frustrada.

Pensei em perguntar sobre ela é Briana, mas aquele assunto era delicado demais pra Izzie. – Então acabei não dizendo nada.

Conversamos por mais um tempo antes de Izzie fazer o caminho até a casa dela. – Entrei e vi minha mãe fazendo ioga na sala.

Só avisei que estava em casa e ela disse um “tudo bem querida.”

Mas assim que entrei no cômodo, escutei a campanhinha tocar. – Voltei pra sala e fui até a porta atender.

Minha mãe falou – Muito obrigada por atender a porta. – enquanto eu passava por ela.

Será que Izzie esqueceu alguma coisa?

Toquei na maçaneta e abri a porta. – mas não era Izzie.

Guss estava parado bem na minha frente. – Senti meu coração bater forte.

— Será que a gente pode conversar? – indagou me olhando.

— Nós não temos nada pra conversar...

— Não, May! Você não vai mais fugir de mim! – Ele disse me olhando nos olhos.

Olhei em seus olhos com tristeza e decepção. – Fechei a porta atrás de mim e sai pra fora onde ele estava. – Fiz sinal com a cabeça para que ele falasse.

— Eu sei que errei com você! Naquele dia do baile... Mas não foi minha intenção te magoar, May. Você é importante pra mim! – Guss falava com sinceridade.

Fiquei em silêncio por um longo tempo, então ele recomeçou a falar.

— Não posso perder você por uma bobagem! May... – Ele tocou minha bochecha com o polegar.

Suas palavras fizeram meu estômago revirar. – Seriam as malditas borboletas? – Elas eram sentidas também em amores platônicos?

— Eu fui um idiota com você. E posso te dizer isso mil vezes se você quiser escutar. Quer que eu comece a dizer agora? – Guss perguntou e eu segurei o riso lembrando da vez que o fiz me pedir desculpas cinquenta vezes quando brigamos aos onze anos. – Fiz você sorrir!

— Não fez não! – falei tentando fingir que estava seria. Mas quando Guss sorriu, eu sorri junto.

— Viu! Fiz sim... – Ele fez uma pausa – Então você me perdoa?

— Claro que não!

— E se eu te levar no cinema e depois naquela lanchonete que você adora? – Guss fez a proposta sabendo que eu dificilmente resistiria a ir ao cinema.

— Acha que pode me comprar com essas propostas? – perguntei.

— Acho! – disse convencido.

— Você é um babaca, Guss! – sorri pra ele que retribuiu.

— Isso é um sim?

— Talvez! – falei abrindo a porta e entrando em casa.

— Que horas eu te busco amanhã?

— As oito da noite, não chegue atrasado, babaca. – Fechei a porta e encostei nela.

Tinha consciência que perdoar Guss cedo demais poderia ser um erro da minha parte. – Mas nós tínhamos uma história muito longa juntos, e eu simplesmente não conseguia não ceder a ele.

Fui para o quarto me sentindo uma idiota por ainda se quer gostar dele. – Guss agora estava com a Lindsay. E ela era tudo o que alguém como ele iria querer. Tudo o que qualquer garoto iria querer.

Mas se eu esquecesse ele, deixasse essa paixonite platônica de lado, nossa amizade poderia ser tão incrível quanto era antes.

O final de semana chegou e pude me sentir aliviada por não ter aula hoje.

Izzie veio aqui em casa logo cedo. – Ela parecia que ia explodir quando disse que aceitou, enfim, o convite de sair com o Brian.

— Sei que não deveria! Mas nós dois podemos ser amigos, certo? – indagou nervosa.

— Exatamente! – concordei com ela.

Meus pais passaram o dia em casa. – Minha mãe pesquisando novas receitas fitness e meu pai afundado em trabalho. – Ele era advogado, então vê-lo um dia sem trabalhar, era raro.

Ela me fez ler ao lado dela várias dietas, e eu quase sempre revirava os olhos sem ela notar.

Era umas seis da tarde quando meu celular vibrou. – Haviam duas mensagens no visor.

May, desculpa ter que desmarcar nosso encontro hoje, mas aconteceu umas coisas, depois eu te explico. Prometo te compensar!” – Guss.

A primeira era do Guss avisando que não sairiamos mais hoje. – Bufei frustrada, e me sentindo um pouco idiota. – Pelo menos dessa vez ele avisou. – Respondi que estava tudo bem, e que poderíamos marcar pra depois. Mas ele não respondeu mais.

“Olá, Rose May.”— A segunda era essa, de um número desconhecido.

“Quem é?”— Respondi.

“Você me parece irritada até pelas mensagens, haha.”— número desconhecido.

“Poderia dizer quem é? Não tenho paciência para idiotas!”— Rose May.

“ "Você tem um imã para idiotas." Agora se lembra de mim?”— número desconhecido.

Era claro que eu me lembrava! Elliot havia dito isso pra mim. – Não poderia ser outra pessoa.

“Elliot? É você? Onde conseguiu meu número?”— Rose May.

Você adivinhou! Até que enfim... Uma pessoa me passou seu número.” – Elliot.

Eu deveria me preocupar com isso? Parece um pouco stalker você ficar pedindo meu número a outras pessoas haha.”— Rose May.

Você sabe que não sou um stalker. Ou talvez eu esteja do lado de fora da sua janela, igual naquela série da Netflix? É brincadeira, não leve isso a sério por favor.”— Elliot.

Relaxa. Sei que não sou interessante o suficiente para ter um stalker, haha.

Mas você quer alguma coisa?”— Rose May.

Conversar com você. É exatamente isso que eu quero. Nossas conversas são muito interessantes.”— Elliot.

São interessantes? Nós quase sempre implicamos um com o outro!”— Rose May.

“Quase não é sempre. E pra mim é um prazer implicar com você!” – Elliot.

Quando dei por mim, estava sorrindo pra tela do celular. – As horas se passaram e nós trocamos mensagens a noite toda. – Falamos sobre muitas coisas, mas nada que fosse muito sério. Só coisas que gostávamos, coisas engraçada, séries de tv, ou o fato de eu me negar a andar na moto dele.

Você precisa dar uma volta nela comigo, garanto que não vai se arrepender!”— Elliot.

Acabei pegando no sono com o celular ainda nas mãos.

Quando acordei na manhã seguinte de domingo a primeira coisa que fiz foi olhar o visor do celular, mas Elliot não havia mandado mais mensagens.

A manhã passou lentamente. – Domingo era realmente um dia tedioso. – E logo depois do almoço com meus pais meu celular vibrou.

Larguei a louça que estava lavando e fui ver quem era.

— May! – minha mãe me censurou quando me viu pegar o celular.

May pode vim aqui em casa? Preciso muito falar com você! Acho que fiz besteira.”— Izzie.

Confesso que senti uma ponta de decepção. Pensei que talvez fosse Elliot.

— Mãe, vou até a casa da Izzie.

— Tudo bem! Mas a louça do jantar é sua. – ela disse lavando a louça que eu deveria lavar.

Caminhei sem pressa até a casa da Izzie. – O final da rua, não era nem dois minutos da minha casa até a dela.

Toquei a campanhinha e aguardei por alguns segundos até a porta se abri.

Guss atendeu. – Minha boca se abriu um pouco de surpresa ao vê-lo sem camisa, com o cabelo bagunçado e um sorriso desgraçado nos lábios.


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Notas finais do capítulo

Faça uma autora feliz, comente! ♡

Beijos, até ♡



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