Girl – Rose May escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 26
I'm always attracted to him.


Notas iniciais do capítulo

Olá ♡

demorei um pouquinho gente, desculpa.

espero que gostem do capítulo de hoje, confesso que amei escreve-lo.



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Faltando apenas alguns poucos dias para o dia da formatura e do baile, toda a escola estava um caos.

Não se falava de outra coisa nos corredores, as provas finais estavam quase acabando, e consequentemente os professores estavam passando um aperto com os alunos que ficaram a beira de repetir o ano letivo.

Fiz o caminho da biblioteca logo depois de sair da aula de literatura, era intervalo e iria me encontrar com Izzie. – A procuro entre as últimas estantes de livros, no fundo do local, e quando a vejo seguro o riso. – Izzie e Briana estavam se beijando, faço um barulho quando retiro um livro qualquer da prateleira.

As duas se separam abruptamente e me olham assustadas. – Izzie leva a mão até o cabelo e noto seu rosto vermelho.

— Você me assustou! Achei que fosse a supervisora. – diz em tom de alívio.

— Não queria atrapalhar sabe... – começo a rir enquanto ela e Briana ficam constrangidas.

— Um dia ainda vou flagrar você May. – Izzie acaba rindo também.

Fico com elas no intervalo, conversarmos durante esse pouco tempo, Izzie me conta mais sobre como pretende apresentar Briana oficialmente como sua namorada para os pais. – Ela ainda está extremamente insegura por medo da mãe não aceitar. – Tento da força para elas, mas sei que esse momento não será nada fácil.

O restante das aulas passa lentamente, na última de química vejo Elliot. – Ele voltou a alguns dias. – Apenas a presença dele me desestabiliza. Tento não olha-lo, mas parece que sempre sou atraída para ele.

— Já que o ano letivo está chegando ao fim, para dar alguns pontos extras a vocês, estarei passando um último trabalho... – O professor de química diz em meio a muitas reclamações e objeções.

— Todos os outros professores já pararam de passar trabalhos! – uma aluna diz com indignação.

— Se vocês preferirem posso zerar a nota de todos. – ele diz e o silêncio reina na sala. – O trabalho será feito com a sua dupla de laboratório, devem me entregar daqui a dois dias, passarei o tema... – ele continua explicando enquanto sinto meu coração bater na garganta.

Minha dupla de laboratório é Elliot. – Ele me olha do outro lado da sala, e eu sustento seu olhar, mas logo viro o rosto, Guss ao meu lado também me encara.

— Tá tudo bem May? – indaga baixo.

— Uhum.

Logo depois vejo os dois se encararem. – Quando a aula chega ao fim sinto meu estômago revirar de nervoso.

Lindsay vem até mim e Guss enquanto arrumo meus cadernos, ela sorri pra mim e depois vira pra ele.

— Podemos conversar? Sobre o trabalho é claro. – diz e Guss olha pra mim antes de acenar positivamente pra ela.

Me lembro que os dois eram dupla em química, então logo fariam o trabalho juntos.

Sou a última a deixar a sala, caminho sem pressa até a reunião do grêmio. – Penso em como vai ser ter que fazer esse trabalho com o Elliot, será que ele vai querer? Não que a gente tenha outra opção além de zerar em química.

Chego na sala do grêmio e me sento no fundo, Elliot está do outro lado conversando com o Sam Scott. – Tento não escutar a conversa deles, mas meio que é impossível.

— Como foi lá no campus? A Universidade de Londres é tudo isso que dizem por aí? – Sam indaga.

Meus dedos apertam a lateral da carteira, tento segurar as lágrimas enquanto espero a resposta dele. – “Ele realmente vai embora” isso é tudo o que eu penso.

— Foi normal. – escuto Elliot dizer.

— Só isso? – Sam insiste.

— Vamos falar do grêmio? – ele muda o assunto bruscamente e logo os vejo se afastar.

A reunião começa e Sam diz mais algumas coisas sobre os preparativos finais do baile. – Quando ele termina eu continuo a organizar a parte da decoração. – Izzie e Lindsay me deixaram na mão.

— Rose May, avisa pra Izzie que vou descontar um ponto dela pela falta hoje... – Sam diz se aproximando de mim.

— Tá bom. – digo, mas ele não sai dali, volto a olha-lo e Sam parece envergonhado.

— Você viu a Lindsay? – pergunta constrangido.

Penso antes de responde-lo – A última vez que a vi foi com Guss, não quero dizer isso a ele, temo que possa causa a impressão errada.

— Não. – nego e desvio o olhar, vejo Elliot nos observar.

Mando uma mensagem rápida pra Izzie perguntando onde ela está. – Pela demora em responder acabo ficando sem paciência e vou embora caminhando sozinha.

“May?” – Elliot.

Meu celular vibra quando estou na metade do caminho pra casa. – O coração acelera quando vejo a mensagem no visor.

“Ei, sim?” – May.

Caminho com o celular na mão, esperando a próxima resposta, chego em casa antes de obtê-la.

Me sento no sofá, olho pra tela e nada. – Suspiro frustrada.

“O trabalho... Como vamos fazer?” – Elliot.

O trabalho, claro.

Penso no que responder, digito e apago várias vezes.

“Só temos dois dias, então quanto mais cedo começarmos melhor.” – May.

“Você tem razão... Então quando começamos?” – Elliot.

“Hoje? Pode ser aqui em casa?” – May.

Assim que envio a mensagem sinto meu rosto vermelho e o coração bater forte. – Meu Deus!

A resposta demora cinco minutos a chegar.

“Só me diz a hora.” – Elliot.

Olho no negócio e são um pouco mais de duas da tarde.

“As quatro? Ta bom pra você?” – May.

“Ótimo.” – Elliot.

....

As horas passam voando. – São quase quatro quando eu estou terminando de me arrumar.

“Já chego ai.” – Elliot.

Meu coração parece que vai sair pela boca.

“Ok.” – May.

Os minutos seguintes são os mais apreensivos, quando escuto a batida na porta meu estômago revira.

Calma, respira. – Digo mentalmente.

Abro a porta e vejo Elliot de pé, o capacete de um lado do braço, enquanto ele ajeita o cabelo bagunçado. – Notei que ele estava deixando o cabelo crescer, e isso só o fazia ficar mais bonito.

— Ei, entra. – digo me afastando um pouco pra ele passar.

Ele parece um pouco sem graça de estar aqui, e confesso que eu também estou. – A julgar pela nossa última conversa, nosso “termino” ou seja lá o que aquilo foi.

Elliot passa por mim, perto de mim, sinto seu cheiro e um sentimento nostálgico me invade.

Fecho a porta e caminho até ele, que está a poucos passos de mim no hall.

— A onde vamos começar?

— No meu quarto. – ele me olha e sinto meu rosto queimar de vergonha.

— Sua mãe não vai se importar? – indaga e pelo que eu conheço ele, Elliot segurou o riso antes de dizer isso.

— Ela não está em casa, mas mesmo se estivesse, acredito que não. – digo tentando parecer o mais relaxada o possível.

Vou até as escadas e ele me segue, ficamos em silêncio até chegar no meu quarto.

Quando entramos no local o vejo observar o cômodo. – Não é muito grande.

— Então é aqui... – ele diz.

— O que?

— Seu refúgio.

— Basicamente. – digo sorrindo e ele retribui.

Como senti falta do sorriso dele – Penso.

— Bom, fica a vontade... – digo pegando o notebook e me sentando na cama onde já havia deixado os cadernos.

Enquanto ligo o note, o vejo tirar a jaqueta jeans, Elliot a coloca ao meu lado na cama, ele pega a cadeira da penteadeira e se senta de frente pra mim.

Começo a fazer algumas pesquisas sobre o tema do trabalho, leio alguns artigos para ele e discutimos sobre alguns pontos. – Depois de algum tempo começamos a montar o trabalho. – Muitas vezes eu ou ele virava o notebook de direção, já que estávamos a certa distância.

— Ainda tem alguns exercícios. – digo olhando o caderno.

— Esse professor é sádico. – Elliot fala e eu concordo rindo.

— Ele não tem vida pessoal, e quis acabar com a nossa nos últimos dias de colégio... – falo e logo me lembro que esse provavelmente serão nossos últimos dias juntos. Não sei se isso também se passa pela cabeça dele, mas pelo jeito que seus olhos contemplam os meus imagino que sim.

Ele lê um artigo pra mim em voz alta e presto atenção em como seus olhos estão concentrados na tela, como uma mecha de cabelo está caindo sob sua testa, em como seus lábios parecem mil vezes mais atraentes do ângulo onde estou. – Minha atenção é toda dele, o artigo é um mero pretexto para que eu possa olha-lo sem sentir culpa de ainda estar completamente apaixonada por ele.

— O que acha? – diz me olhando.

— Eu acho muito bom... – tento lembrar de algo sobre o que ele leu.

— Você nem estava prestando atenção! – Elliot estreita os olhos antes de começar a rir.

— Estava sim. – digo envergonhada.

Ele se levanta da cadeira e se curva para perto de mim, suas duas mãos se apoiam no colchão ao lado das minhas pernas. – Nossos rostos de repente estão próximos.

— Não estava! – ele sorri e atrai meu olhar para sua boca.

Estar tão perto dele me faz ter lembranças, sinto meu coração bater acelerado pela nossa proximidade. – Sinto seu cheiro me embriagar e luto contra todos os meus instintos de beija-lo.

O olhar dele desce para os meus lábios, sinto a distância nos abandonar a cada segundo, ele chega tão perto que quase encosta a testa na minha.

Fecho os olhos sentindo a saudade me invadir, e sinto como se estivesse a um centímetro do paraíso, mas me lembro que isso não pode acontecer. – E nós dois sabemos disso.

Abaixo a cabeça levantando a distância entre nós mais uma vez. – Sinto ele se afastar de mim novamente. O silêncio que se instala a seguir é triste.

— Rose May... Me desculpa por isso. – ouço ele dizer enquanto olho minhas mãos em cima do meu colo, estou constrangida demais para encarar ele.

— Tá tudo bem. – minto.

— Eu sei que não está... Nunca tive a intenção de magoar você. – Elliot continua. – Rose May?

Tomo coragem de olha-lo, Elliot sustenta meu olhar.

— Eu sabia desde o começo Elliot, que não deveria me apaixonar por você. – digo enquanto meu estômago revira. – Mas aconteceu... Você vai embora, foi melhor acabar antes que eu estivesse mais envolvida.

— Não queria vê-la assim, eu realmente... – Elliot parece procurar as palavras.

— Não tem que sentir dó de mim.

— Dó? – seu tom é levemente indignado. – A última coisa que eu sinto por você é dó! Você é uma garota incrível Rose May, o jeito que você sorri é como se tudo ao seu redor se iluminasse.

— Elliot... – digo o nome dele baixinho e ele se aproxima de mim novamente quando me levanto da cama.

— Eu não queria magoar você, nunca quis. – a mão dele toca a minha e faz um carinho quase imperceptível. – Sempre fui um cara cético sobre paixão, amor, mas você...

A porta do quarto abre e nós nos afastamos bruscamente.

— May eu comprei umas coisinhas pro baile... – mamãe diz, mas logo para quando nos vê.

— Mãe... – falo sentindo meu rosto vermelho, Elliot fica ao meu lado com os braços cruzados, ele parece relaxado, mas sei que se sente tão constrangido quanto eu.

— Não estou interrompendo nada né? – ela pergunta com um sorrisinho.

— Claro que não. – digo rápido.

— Não vai me apresentar seu amigo? – ela diz sorrindo pra nós dois.

— Mãe esse é o Elliot... – ele estende a mão pra ela que aperta.

— Rachel. – ela diz.

— É ótimo conhecer a senhora. – ele fala sorrindo.

— Na verdade eu meio que já conheço você... – mamãe sorri e sinto meu rosto esquentar de vergonha, com medo dela dizer algo a ele. – Você já deixou a May aqui em casa algumas vezes, estou certa?

— Sim está. – Elliot me olha por uns segundos. – Espero não ter arrumado problemas...

— Claro que não. Porque você não fica e tomamos um café nós três, podemos conversar melhor... – ela diz e sinto o pânico me invadir.

— Ele tem que ir mãe. – interrompo antes de qualquer resposta. – Não é Elliot? – lanço um olhar de ameaça pra ele que sorri provocativo pra mim.

— Eu tenho que ir infelizmente – ele olha algo no celular. – Me manda as coisas por e-mail May, posso terminar de montar a última parte do trabalho e enviar para o professor.

— Vou acompanhar você até a saída. – digo saindo do quarto acompanhando ele antes que mamãe tente fazer mais perguntas.

— Até mais, Rachel. – Elliot se despede dela e ela acena pra ele.

Caminhamos em silêncio até a parte de fora de casa. – Penso em perguntar o que ele ia me dizer, mas se Elliot não quis continuar é porque isso não importa pra ele. – Mesmo que me deixe confusa.

O vejo montar na moto e colocar o capacete.

— Nós vemos depois, Rose May.

Quanto volto pra casa escuto o barulho da moto ir ficando cada vez mais longe.


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Notas finais do capítulo

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