Swimming Club escrita por Lis Sampaio


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, cupcakes! Finalmente consegui postar um livro meu que eu realmente gosto e sofre poucas chances de abandono. Essas notas não são lá tão relevantes, por isso quem não quiser perder tempo e preferir pular logo pra história, vá em frente, não julgo.

Enfim, primeiramente gostaria de agradecer por ter vindo dar uma olhada. A história do clube de natação é muito importante pra mim porque eu comecei a escrever numa época bem crucial da minha vida, e por isso tenho um carinho imenso por todos os personagens e situações criadas. Prometo que não vai faltar riso, paixão e muita (talvez até demais) raiva durante a leitura, coisas que eu já garanti com as minhas leitoras-teste (obrigada Julia e Thauany, eu amo vocês ♥). Ficaria muito grata se não só lessem, mas votassem e comentassem também pra eu saber o que vocês estão achando. Vocês não tem noção do quanto isso motiva a gente.

Agradecimento bônus: meu namorado foi quem me motivou a postar Swimming Club quando começou a postar seu livro de poesia por aqui ('O Poeta Inefável' no Wattpad, pra quem curtir o gênero e quiser dar uma olhada), então se você está lendo isso agora, é graças a ele. ♥

Anyway, qualquer semelhança com eventos e pessoas reais é mera coincidência rs. Boa leitura e espero que goste de acompanhar a história da Natalie, da Tina, da Jessica e do resto do clube!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775974/chapter/1

 Um grande e imponente muro se estendia desde o último ponto de ônibus que Natalie vira na rua, e isso a assustava. Motivo? Bom, depois de uma longa e entediante viagem de sua cidade até aquele lugar no meio do nada, finalmente o carro que seu pai dirigia tinha chego a seu destino assustador, ou melhor, sua nova escola.

A Shooting Star Athletic Academy, também conhecida pela sigla S.S, era simplesmente a maior escola de esportes do país. Não era à toa que a maior parte das estrelas do esporte juvenil vinham de lá, a S.S. era quase uma verdadeira realeza – e esse era um dos motivos para Natalie não estar acreditando que realmente conseguira uma vaga num lugar como aquele. Ser uma grande nadadora era o seu maior sonho.

— Você está com uma cara estranha. — A voz irritantemente familiar ao seu lado disse, rindo. Natalie olhou com desdém para o irmão gêmeo e revirou os olhos. — Isso tudo é medo? — Perguntou, ainda em tom de deboche.

— Você é extremamente chato, já te disseram isso? — A garota de cabelos cacheados questionou, cruzando os braços. Ela não queria admitir que realmente estava morrendo de medo apenas pela visão dos muros imponentes da nova escola, mesmo que soubesse que William não precisaria de suas palavras para ter certeza daquilo.

O garoto alto e de cabelos escuros riu novamente com a expressão brava da irmã gêmea, e ela revirou os olhos.

Depois de mais uma curva do carro naquela estrada tão impecável quanto os muros da escola, outros veículos foram aparecendo mais a frente e logo o portão de ferro por qual alguns estudantes passavam apareceu no campo de visão dos Campbell. Era temporada de novos alunos na escola, por isso haviam alguns alunos carregando malas se despedindo de seus pais e entrando.

— Espero que estejam prontos pra isso. — O pai dos gêmeos, que já desacelerava o carro para estacionar na vaga perto da cabine do segurança da escola, disse. — Se não quiserem mais, é melhor avisarem agora. Não vou mudar ninguém de escola no meio do ano letivo depois.

Os irmãos se entreolharam.

— Isso faz essa escola ficar mais assustadora ainda. — Natalie disse, respirando fundo. — Mas não se preocupe, pai. Eu só vou sair daqui quando for para as olimpíadas.

— Parece que alguém vai ter que repetir alguns anos... — William caçoou mais uma vez, recebendo dessa vez um tapinha da gêmea mais nova.

— Trouxa. — Falou, soltando o cinto ao ver que o veículo tinha parado.

O pai, no banco da frente, revirou os olhos.

— Vocês dois não amadurecem nem mesmo quando estão na frente do maior sonho de vocês, não é? — Ele perguntou, suspirando. — Vamos saindo do carro, esportistas. Vou falar com o segurança pra ver se alguém pode ajudar vocês a carregar as malas e ir para os dormitórios.

Obedecendo às ordens do homem de cabelos grisalhos, Natalie e William juntaram suas coisas e saíram. Depois de pegarem alguma bagagem no porta-malas, foram na direção do pai, que conversava com o homem gordinho do lado de dentro da guarita.

— Vocês podem entrar por ali. — O segurança falou para os dois adolescentes, apontando na direção do portão, que agora estava aberto. — Infelizmente não temos ninguém para levar vocês até os quartos hoje por ser feriado, mas temos esses mapas. — Ele tirou debaixo de um balcão dois papéis em forma de cartilha coloridos em azul, laranja e cinza e entregou para os irmãos. — Quaisquer problemas podem falar comigo ou com os inspetores que ficam pelo pátio de vez em quando. Ah, e talvez de tarde alguns alunos do grêmio estudantil apareçam para apresentar a escola a vocês, assim não ficam perdidos amanhã.

— Ah, certo. — Natalie disse, observando o mapa com certa dificuldade. — Muito obrigada.

O segurança sorriu, simpático, e os gêmeos se voltaram em direção ao pai.

— Então, é agora a hora de nos despedirmos... — O homem falou, sorrindo. — Estou muito feliz que estejam aqui, por isso eu não vou chorar hoje.

— A gente sabe que quando você sair com o carro vai começar a chorar, pai. — Will disse.

— Certo, talvez isso seja verdade. — O progenitor da família Campbell disse. ­— Queria que a mãe de vocês e Josh estivessem aqui também pra ver essas carinhas chorosas. — Riu.

Natalie suspirou. Mal tinha saído de casa e já sentia falta de sua mãe, ela se perguntava se realmente conseguiria passar dois anos inteiros estudando num internato, só podendo ver a família de domingos e feriados.

— Boa sorte na nova escola. Tragam várias medalhas para o seu velho, tá? — O pai disse, abraçando os dois filhos.

— Não precisa nem me mandar trazer medalhas, no próximo feriado em com certeza saio daqui com algumas. — William falou, convencido.

— Não se eu pegar todas pra mim. — Natalie sorriu, triunfante, e apertou o abraço de seu pai. — Não se esqueça de mandar o Josh me ligar. Quero falar com a Louise ainda hoje, nem consegui me despedir direito dela.

— Certo, vou falar com seu irmão quando chegar em casa. E nos liguem vocês também, ouviram? Não quero que sejam aqueles filhos que só dão sinal de vida de vez em quando.

Os irmãos assentiram e Natalie ajeitou as malas.

— Melhor vocês irem já. — Sr. Campbell falou ao ver o portão aberto que os aguardava. — Tchau, meus filhos. — Deu um beijo na testa de cada um.

William fez uma careta.

— Depois diz que nós não amadurecemos. — Riu. — Tchau, pai.

A mais nova acenou, se recusando a falar, pois sabia que poderia começar a chorar. E com isso os dois adolescentes atravessaram o portão de ferro da intimidadora S.S., vendo o pai entrar no carro e sumir na estrada aos poucos.

— Estou com medo. — Natalie confessou.

— Eu sei. Onde fica o dormitório? — Will questionou, procurando algo no mapa. — Certo, o dormitório masculino fica depois do refeitório. Parece que o seu fica do outro lado, atrás da quadra três.

A garota ficou boquiaberta.

— Quadra três? Eles têm três quadras aqui?

— Quatro, contando com a quadra aberta de atletismo. Você não leu aquele panfleto que deram quando fizemos o teste para entrar aqui?

— Não, eu estava ansiosa demais pra isso. — Falou, um pouco esbaforida.

— Sempre está. — Will disse, rindo. — Então eu já vou, Natalie. Mais tarde quem sabe eu te dê um sinal de vida, ok?

— Certo, vai me abandonar aqui então. — Resmungou. — Faz parte, eu entendo.

O mais velho revirou os olhos.

— Dramática.

E então William saiu para o lado oposto, deixando a irmã para trás. Natalie suspirou. Teria que encontrar o caminho para o dormitório sozinha sendo a pessoa mais desorientada do universo, ótimo.

Ela se pôs a caminhar por um pequeno caminho de pedrinhas que parecia ser na direção do dormitório. Olhando ao seu redor, Natalie se encantava mais a cada passo com a beleza daquela grande academia de elite, que parecia ter sido perfeitamente e cuidadosamente arquitetada por alguém muito talentoso. Tudo parecia arte, embora fosse uma escola de esportes. Haviam árvores por todos os lados, mini-praças com banquinhos de madeira, estruturas grandes que ela não fazia ideia do que eram e alguns alunos eram vistos rondando por aí.

Do fundo de seu coração, esperava se dar bem ali. A S.S. era seu maior sonho desde mais nova, mas o problema era que a imagem que tinha daquela escola em sua mente parecia bem menos assustadora na teoria. Na prática, ela já imaginava o monte de coisas ruins que poderiam acontecer, levando em conta que aquele era o ensino médio e, bom, digamos que sua experiência nas últimas escolas não tinham sido tão boas assim.

Quando a menina de cabelos encaracolados se deu conta, não sabia mais onde estava. O caminho de pedrinhas não estava mais ali e não havia nenhuma estrutura possível de se reconhecer, só grama e árvores. Olhou no mapa algumas vezes, mas não teve muito sucesso em se orientar. Malditos pensamentos que a distraíram.

— Perdida no primeiro dia. Que lindo. — Falou para si mesma, olhando ao redor. — Vamos, Natalie, consiga uma solução.

E foi então que ela ouviu, ao longe, um barulho familiar. Água. Talvez houvesse uma fonte ou algo que pudesse identificar no mapa?

Ela avançou mais alguns passos e logo uma grande estrutura foi surgindo à sua frente, marcada por um outro caminho de pedras, dessa vez largas e chatas. "PISCINA S.S." dizia uma placa de metal no gramado antes da escada da entrada. Natalie sentiu uma agitação no peito ao ler aquilo.

— Antes de tudo, informações. Você veio aqui pedir informações porque está perdida, Natalie. — Disse para si mesma antes que começasse a se empolgar demais com a ideia de estar frente a frente com seu sonho de infância. Ela sempre quis treinar ali, naquele ginásio.

A garota de cabelos castanho-claros respirou fundo e subiu a escada de pedra que levava até a porta de vidro da piscina. Ela adentrou ao lugar, um grande corredor vazio e silencioso — o suficiente para que a deixasse ouvir o barulho vindo da piscina — e observou tudo, fascinada. Haviam algumas salinhas no decorrer do corredor, que provavelmente eram do técnico ou talvez onde guardavam os aparelhos de treino, e logo ao fim dele, outra porta de vidro levava até a piscina.

Natalie olhava ao seu redor em busca de alguém que pudesse ajudá-la a encontrar o dormitório feminino, mas aparentemente não havia ninguém, ou pelo menos ninguém que estivesse fora da piscina. Talvez aquilo fizesse parte da falta de movimentação por causa do feriado.

Ela abriu a última porta de vidro como última opção e seus olhos brilharam com a visão magnífica daquele ginásio. Era muito mais bonito do que nas fotos. Gigante, com uma grande arquibancada vazia, pintado em tons de cinza, azul e laranja – as cores da escola – e com duas enormes piscinas esportivas de tirar o fôlego. Simplesmente um sonho.

— Ei. — Uma voz masculina ecoou rispidamente pelo lugar e só então Natalie acordou de seus devaneios. Na piscina, um garoto de touca preta tirava seus óculos de natação para fitar a garota parada na entrada com cara de boba. — Aqui a entrada só é permitida para membros do clube. Quem é você?

A garota de cachos pigarreou, sem saber muito bem como pedir ajuda. O nadador então saiu da piscina e tirou sua touca, balançando os cabelos castanhos molhados, para ir na direção de Natalie que estava congelada. Exatamente como numa cena de filme, ela jurava que as coisas começaram a andar em câmera lenta a cada passo que aquela pessoa estupidamente bonita chegava mais perto. Ele era magro, tinha ombros largos e lábios bem marcados, e além disso, Natalie mentalmente anotou, aqueles eram os olhos inexpressivos mais bonitos que ela já vira.

— Ei, garota das malas. Você é surda? — Ele perguntou, parando à sua frente. Num segundo, toda a magia de filme se desfez.

— Ah, me desculpe... — Coçou a nuca. — Eu não sabia que a entrada aqui era restrita. É que eu cheguei aqui hoje e acabei me perdendo...

— Ah, certo. E confundiu a piscina com o centro de informações? — O garoto questionou, irônico.

— Não. — Natalie arqueou uma das sobrancelhas, confusa com a arrogância daquela pessoa. — Na verdade eu achava que aqui teria alguém educado o suficiente para me explicar como chegar ao dormitório feminino, mas acho que eu me enganei.

Dito isso, ela fez menção de sair dali, mas antes ouviu um suspiro:

— Subindo em direção à praça e virando à esquerda. — O antipático disse.

Natalie sorriu triunfante para si mesma.

— Obrigada pela informação. — Desdenhou, finalmente saindo pela porta de vidro e deixando o garoto nadador sozinho novamente.

Saiu do ginásio atordoada. Será que todas as pessoas do clube de natação eram assim ou o sarcasmo era exclusividade do Sr. Bonitão? Ela esperava realmente não ter que encontrar aquele garoto com frequência, porque depois de menos de um minuto de diálogo já o considerava seu novo arqui-inimigo. Talvez parecesse exagero, mas o que custava apenas responder com educação?

Natalie seguiu o caminho indicado sem tirar essas questões da cabeça. Subiu até a praça e quando percebeu já estava atrás da terceira quadra, e, consequentemente em frente ao prédio dos dormitórios. Na verdade, não era só um prédio como dizia no mapa, e sim três estruturas não muito altas que formavam um C ao redor de uma área verde. Assim como tudo naquela escola, estava pintado em laranja, azul e cinza ­– e parecia luxuoso demais para apenas o lugar onde os alunos dormiam.

Ela abriu a mochila e tirou de lá um envelope meio amassado, custando um pouco para subir com as malas pela escadinha acinzentada que levava até a área verde. Sentou-se num dos bancos abriu o envelope, tirando de lá dois cartões e uma chave com um chaveiro azul onde o número 23 estava gravado. Atrás dele, uma letra C.

— Certo, quarto número vinte e três. — Observou. — Bloco C.

Fitou novamente os cartões que tinham vindo junto com as chaves. Pareciam cartões para comprar comida ou algo assim. Se lembrou de quando recebeu aquele envelope em casa e não teve interesse nenhum em ver o conteúdo para não ficar mais ansiosa com a nova escola. Bom, não tinha perdido muita coisa.

Seguiu até o terceiro prédio, onde uma placa, assim como imaginado, indicava seu bloco. Suspirou ao ver as escadas que teria que subir carregando aquele monte de malas, mas antes que pudesse reclamar algo para si mesma, notou a presença de uma outra garota seguindo a mesma direção.

— Você é aluna nova? — A menina, uma baixinha de pele negra e cabelos curtos cheios de cachos, perguntou, ajeitando seus óculos. Tinha um sorriso simpático.

— Ah, eu sou. — Natalie respondeu, devolvendo o sorriso. — Cheguei hoje.

— Muito prazer, eu sou Rachel. — Disse e então apontou para a chave que a garota tinha em mãos. — Pelo visto vamos ser vizinhas de quarto, eu sou do 22.

— Sério?

Rachel assentiu.

— Eu te ajudo com essas malas. — A garota simpática falou, pegando uma parte da bagagem de Natalie sem deixar ela sequer dizer alguma coisa. — Vamos para o mesmo lado de toda forma.

A menina mais alta se sentiu extremamente grata por aquilo. Pelo menos não teria que se matar subindo as escadas com duas malas e uma mochila, no final das contas.

— Você deu bastante sorte por ficar no 23. As garotas de lá são ótimas, inclusive são minhas amigas. — Rachel comentou.

— Sério? Isso é bom. Pelo menos eu não vou ter que lidar com gente arrogante no dormitório também. — Riu.

— Já conseguiu ter alguma experiência ruim por aqui?

— Sim. Um garoto babaca que eu encontrei enquanto ia pedir informações. — Natalie revirou os olhos.

— Faz parte. Há muita gente arrogante na S.S, mas eu garanto que há bastante gente legal também.

Quando chegaram ao segundo andar, elas deixaram a bagagem em frente à porta de madeira do quarto de número 23.

— Muito obrigada, Rachel. — Natalie agradeceu.

— Que nada. E aliás, você não me disse o seu nome ainda. — A garota falou.

— Ah, é verdade, me desculpa. — Coçou a nuca. — Natalie. Meu nome é Natalie.

— Ok, Natalie. Nos vemos por aí. — Acenou, destrancando a porta ao lado. — Se precisar de alguma coisa, pode me chamar, tá?

A menina de cabelos cacheados assentiu, vendo a outra entrar em seu respectivo quarto. Ela fez o mesmo, destrancando a porta de seu novo dormitório e levando suas malas para dentro, para então acender as luzes.

A visão que teve do grande dormitório foi outra das mil e uma coisas que lhe tiraram o fôlego naquela escola. Era bem decorado em roxo e branco, com três guarda-roupas, uma área de estudos, um beliche, uma cama normal e uma porta que provavelmente dava no banheiro. Pelos pôsteres na parede, as prateleiras repletas de livros e os pisca-pisca que enfeitavam algumas partes do quarto, era óbvio que mais de uma pessoa vivia ali — pessoas que provavelmente chegariam só mais tarde devido ao feriado.

A parte de cima do beliche era a única cama que parecia vaga, levando em conta que as outras duas tinham lençóis e edredons bagunçados sob elas. Era estranho olhar para aquele quarto pensando que seria lá que passaria o resto do colegial. Tinha passado sua vida toda morando em apenas um lugar com sua família, então viver num dormitório com garotas desconhecidas soava um tanto amedrontador para a menina de cabelos cacheados.

Natalie procurou um armário livre e começou a desfazer suas malas. Tinha pego o armário do canto, em frente à área de estudos, que parecia estar esperando há séculos apenas para o seu uso. Dentro dele, na última gaveta, um alguns conjuntos de uniformes embalados num saquinho transparente se dispunham com um bilhete:

"Cara aluna Natalie Campbell,

É com prazer que a Shooting Star Athletic Academy lhe dá as boas vindas nesse novo semestre em nossa escola. Desejamos que aproveite a estadia em nossos dormitórios e que participe de nossos clubes e aulas especiais, baseadas no seu currículo da antiga escola.

Nossa política escolar envolve um código de vestimenta baseado em usar uniformes durante o período de aulas, que vai das 7h da manhã até o meio-dia às segundas, quartas e sextas, e das 13h até as 18h de quintas, terças e sábados. No horário de prática dos clubes e aulas extras, é obrigatório usar o uniforme proposto pelos técnicos e professores. De domingos e feriados, os alunos estão livres para usar as roupas que quiserem e saírem das propriedades escolares, como antes dito no papel de matrícula.

Abaixo, os horários da turma C do 2º ano:"

E então, seguia-se a extensa tabela de aulas e dias da semana que Natalie não se preocupou em decorar. Logo ao final da folha, continuava:

"Café da manhã: 6h às 7h10 | Almoço: 12h às 13h10 | Jantar: 18h às 19h10| Toque de recolher: 21h30

Esperamos que nossa escola atenda aos seus interesses de longo prazo. Dúvidas são atendidas na secretaria.

Atenciosamente,

Equipe S.S. Athletic Academy."

Natalie respirou fundo enquanto abria o saco plástico com os uniformes e os pendurava no guarda-roupa. A S.S. era sem dúvidas uma escola muito regrada, era impressionante o fato de haver horários até mesmo para rodar pela escola sem uniforme. Mas apesar dos pesares, nada a surpreendia, afinal, era um internato de elite.

Demorou um bom tempo organizando suas coisas nos espaços vazios do quarto. A adolescente se arrependia de ter levado tanta coisa nas malas, mas o seu sentimentalismo interior continuava a dizer que seria impossível ela sair de casa sem levar todo o seu kit de maquiagens e cabelo, o que de fato era verdade.

Só largou suas coisas quando algumas risadas escandalosas ecoaram no corredor e o barulho da porta do dormitório abrindo se fez presente. Natalie se assustou com aquilo, suas colegas de quarto estavam de volta tão cedo?

— Meu Deus, que susto. — Uma bela garota de cabelos lisos e loiros disse ao pôr os pés dentro do quarto e notar Natalie sentada no chão com algumas malas ao seu redor. Ela colocou a mão no peito e respirou fundo. — Quem é você?

— Ah... eu sou Natalie.

— Ahh certo, ela é a aluna nova que me disseram ontem. — Uma garota morena e de cabelos curtos disse à amiga, entrando no dormitório com uma mochila. — Eu só não sabia que ela ia ficar com a gente.

Natalie se levantou do chão e ajeitou as roupas amassadas.

— É... eu entrei hoje na escola. Acho que somos colegas de quarto agora... — Falou, um pouco envergonhada.

A garota de cabelos lisos sorriu, amigável.

— Muito prazer, Natalie. — Estendeu a mão, cumprimentando a menor. — Eu sou Jessica e ela é a Tina.

— O prazer é meu. — Natalie sorriu, embora continuasse acanhada.

— Parece que já está se instalando. — Tina comentou, olhando ao redor. — Espero que não tenha problemas com dormir na cama de cima, já que eu e Jess tivemos algumas dificuldades técnicas em ficar ali.

— Com isso ela quer dizer que nós duas caímos quando tentamos dormir ali. — Jessica afirmou, arrancando risadas da nova colega de quarto.

— Saber disso é bem acolhedor. — Natalie brincou.

— Fique à vontade, Nat. — A loira disse. — Eu vou tomar um banho agora, porque daqui a pouco é nossa hora do lanche da tarde. Você vem comer com a gente, né?

— Pode ser. — A menor sorriu.

— Ótimo.

Dito isso, Jessica correu para o banheiro, deixando Tina e a nova colega de quarto sozinhas.

— Então, Natalie, soube que você é nadadora assim como eu e a Jess. — A garota de cabelos curtos se sentou na parte debaixo do beliche.

— Como sabe disso? — Natalie perguntou, curiosa. Então aquilo significava que as duas colegas de quarto simpáticas eram do clube de natação também? Era realmente um alívio saber que não eram todos como o garoto de mais cedo.

— Eu sou do conselho estudantil. — Sorriu. — Sei de bastante coisa. Inclusive era eu quem tinha sido encarregada de apresentar a escola a você.

— Isso é o que eu chamo de coincidência.

— É provável que a direção tenha feito tudo de propósito, eles se preocupam bastante com a adaptação dos novos alunos. — Disse. — Mas eu fico feliz que você vai para o clube de natação com a gente, nosso time está um pouco vazio porque a maioria dos membros se formou ano passado. Agora nós somos em sete, três meninas e quatro meninos. Oito, se contarmos com você.

— Nove, contando com meu irmão gêmeo. Ele também entrou hoje e vai para o clube de natação com a gente. — Natalie disse.

— Você tem um irmão gêmeo? Que incrível. — Tina disse, surpresa.

— Não se você tiver o meu irmão. William é insuportável. — Revirou os olhos, arrancando risadas da menina de cabelos curtos. — A propósito, o clube de natação é do tipo que tem pessoas mal-humoradas?

— Não no geral. Claro que há exceções, mas por que a pergunta?

— Fui pedir informações lá mais cedo, mas acabei encontrando um garoto arrogante nadando. Ele tinha cabelos castanhos e era bonito, mas foi super mal-educado...

— Ah, então você encontrou com Gabe? — Tina riu. — Sério, péssima pessoa para encontrar na primeira visita ao clube. Ele é tipo um demônio maligno, e bônus: novo capitão do time.

Natalie fez uma careta. Definitivamente o destino não estava a seu favor.

— Mas relaxa — A menina continuou — tem muitas outras pessoas legais no clube. Tipo o Henry, o Jamie, a Rachel...

— Rachel do dormitório ao lado? — Natalie perguntou.

— Essa mesma. Já se conheceram?

— Ah, sim. Eu a conheci mais cedo, ela me ajudou a trazer as malas e disse que era amiga de vocês. Não sabia que era do clube de natação também.

— Sim, nós somos amigas desde o ensino fundamental e entramos aqui juntas. É uma pena que Rachel tenha ficado num dormitório separado, mas ela passa mais tempo por aqui do que lá de toda forma. — Comentou.

Natalie riu.

— Certo, é melhor eu terminar de arrumar minhas coisas. — Falou. — Faltam algumas pelúcias e livros ainda.

— Ah, eu te ajudo com isso. Tem uma prateleira vaga bem ali, se quiser.

— Muito obrigada. — Natalie sorriu.

Assim as duas garotas foram matando tempo enquanto terminavam de organizar a bagagem e esperavam Jess sair do banho. De acordo com Tina, a loira ficava um bom tempo no chuveiro, e a energia delas já tinha sido cortada várias vezes durante o ano por causa disso.

A hora do lanche da tarde chegou rápido. Com Jessica já fora do chuveiro e as outras duas garotas arrumadas, elas saíram para o refeitório.

— Então quer dizer que seu nome é Christina? — Natalie perguntou enquanto passavam por uma das quadras, após uma afirmação de Jessica, rindo.

— Não fale isso em voz alta! — Tina exclamou. — As outras pessoas podem ouvir.

— Como se tivesse muita gente pra ouvir por aqui, né? — Jess ironizou.

— Vai saber. — A de cabelos curtos deu de ombros. — Só não diga nada pra ninguém, ouviu?

— Não vou dizer. — Natalie continuou a rir. — Mas qual é o seu problema com seu nome?

— Nenhum, eu só não gosto ele. Muito religioso.

Aquilo arrancou ainda mais gargalhadas das duas outras adolescentes.

— Ah, eu tenho uma pergunta. Agora não é hora do almoço e nem do jantar, o refeitório vai estar aberto? — A garota de cabelos cacheados indagou.

— O refeitório nunca fecha completamente. — Tina explicou. — Essas horas geralmente há algumas vendas de bobagens abertas. Mas depende do dia também.

— É. De feriados, que nem hoje, são poucas coisas que ficam fora do horário. — Jessica completou.

— Ah... entendi. Nos papéis e folhetos dessa escola eles não explicam quase nada direito, ainda bem que vocês me contaram.

— Faz parte, Nat. Esse é o tipo de coisa que o pessoal do conselho estudantil explica durante o tour pela escola, não é novidade a diretoria deixar as coisas nas nossas costas. — A menina de cabelos curtos reclamou. — E por falar em tour, nós vamos te mostrar as coisas quando terminarmos de comer.

Jess arqueou uma das sobrancelhas.

— Nós? Então você planeja me arrastar junto para dar a volta na escola?

— Fala sério, Jessica, Natalie é nossa nova colega de quarto. Custa ir com a gente? — A morena fez um olhar pidão, fazendo a melhor amiga revirar os olhos e suspirar.

— Ah, tá bom, eu vou.

Com isso, Natalie não pôde deixar de sorrir. Era estranho como estava se sentindo confortável com aquelas garotas, mesmo fazendo menos de duas horas que estavam juntas. Embora fosse uma pessoa que se adaptava sem muitas dificuldades a novos ambientes, não se lembrava de nenhuma vez em que tinha feito amizade tão facilmente com alguém.

Chegaram ao refeitório depois de pouco tempo andando pela enorme escola. Lá o movimento estava maior, já se viam vários alunos nas filas comprando coisas ou então sentados nas mesas conversando.

— Eu vou pegar alguma coisa para beber. — Jessica disse. — Vão querer o quê?

— Capuccino. — Tina disse.

— Ah... — Natalie murmurou. — Pode ser um suco de maracujá. Mas eu não faço ideia de quanto custa, então...

Jess então sacou um cartão do bolso de sua calça, igual àquele que viera no envelope que Natalie remexia mais cedo.

— Relaxa, é nessas horas que os cartões de alimentação da escola são úteis. — Falou. — Mas imagino que ainda não tenham te explicado como isso funciona, né?

A menina de cabelos cacheados negou com a cabeça.

— Eu me encarrego disso. — Tina disse. — Vai logo pegar nossas coisas, a fila vai aumentar.

— Certo, certo. — Falou e então saiu, atravessando as mesas e indo em direção de onde costumava comprar bebidas.

Jessica estava cansada, tinha tido um feriado corrido. Acordara muito cedo e teve que se apressar logo de manhã para ir na festa de aniversário de seu primo, qual prometera ajudar a organizar. No final das contas, teve que voltar mais cedo de evento antes mesmo de conseguir comer um pedaço de bolo para encontrar com Tina no shopping, e agora, finalmente na escola, estava junto com a melhor amiga encarregada de apresentar o campus para Natalie.

Não que fosse um peso muito grande, Natalie era uma garota legal e Jess sabia que não teria problemas em se adaptar com a nova colega de quarto, mas ela queria descansar um pouco. Talvez, no dia seguinte, conseguisse se livrar das atividades do clube para dormir até um pouco mais tarde.

Balançou a cabeça, acordando de seus pensamentos. Finalmente sua vez tinha chego para fazer os pedidos, ela só não esperava ser surpreendida ao ser empurrada por alguém, que passou em sua frente. O garoto alto, que agora tomava seu lugar na fila, tranquilamente fazia seu pedido, como se nada tivesse acontecido. Ela só podia ver suas costas, mas não se conteve em puxá-lo com algum esforço em sua direção.

— Ei, seu imbecil. — Exclamou. — Por acaso não sabe o que é uma fila?

O menino de cabelos castanhos piscou, desentendido.

— Está falando comigo? — Perguntou.

— Não, imagina. Você simplesmente me empurrou da fila e passou na minha frente, e eu não estou falando com você. — Ironizou.

— Ah, me desculpe madame que estava parada fora da fila olhando para o nada. — O menino alto falou, com desdém.

— Fora da fila? Foi você quem me empurrou!

— Quero provas de que eu fiz isso.

— Provas o escambau. Sai da frente, eu quem vou pedir. — Jessica disse, contornando o garoto e tomando seu lugar na fila.

Ele então a puxou para o lado.

— Não vai não, garota folgada.

A loira olhou para o mais alto com indignação. Quem ele pensava que era? Fala sério, deveria ser no mínimo um daqueles veteranos idiotas que estavam aparecendo por todos os lados. Esse era simplesmente o último tipo de pessoa que gostaria de encontrar logo depois de voltar de um dia cansativo como aquele.

— Com licença, senhor, o seu pedido está pronto. — A mulher do caixa disse, entregando um copo grande de provavelmente suco de uva a ele.

A loira ficou boquiaberta, ainda lançando seu olhar indignado ao menino folgado. Ele, por sua vez, abriu um sorriso vitorioso e piscou para ela, saindo de lá com certeza satisfeito. Jessica bufou e então finalmente foi fazer o seu pedido, mesmo que a contragosto depois daquela situação.

Enquanto isso, na mesa, Tina finalmente tinha terminado de explicar à Natalie como funcionavam os cartões de alimentação da S.S quando Rachel apareceu e se sentou com elas.

— Eu sabia que estariam aqui. — Ela disse, sorrindo. — Oi de novo, Natalie. Parece que já se adaptou bem.

— Oi Rachel. — Natalie cumprimentou. — Bem que você disse, suas amigas são legais.

A menina de óculos riu.

— Ah, Tina, antes que eu me esqueça, Jamie estava te procurando agora a pouco. Eu disse a ele que você e Jess provavelmente já tinham chego e ele queria falar com vocês. — Disse.

Tina então pareceu corar.

— Jamie? Ah, eu vou procurar ele mais tarde, então. — Resmungou.

Rachel segurou uma risada quando, de repente, um menino de olhos pequenos e cabelos lisos sentou-se ao lado de Tina.

— Finalmente achei você. — Ele falou, e a garota pulou de susto. Logo um outro menino, dessa vez um baixo e de topete, apareceu atrás dele e se juntou aos dois.

— Ah... Oi, Jamie, oi George. — A menina de cabelos curtos disse, um pouco acanhada. — O que queria falar comigo?

— Era sobre um novo membro do clube que está dividindo dormitório comigo e George. Você sabia sobre isso? Ele disse que tem uma irmã gêmea que também entrou no clube de natação.

— Deve ser o irmão da Natalie. — Apontou para a menina sentada na sua frente. — Ela é nossa nova colega de quarto também.

— Ah, oi Natalie. — Acenou para a menina, que retribuiu educadamente. ­— Bom, daqui a pouco William chega. Ele foi comprar um suco, eu acho.

Dito e feito, no mesmo momento o gêmeo mais velho apareceu na mesa com um copo de suco de uva, carregando consigo uma expressão satisfeita.

— Cara, acabei de encontrar uma garota escandalosa na fila que queria comprar briga comigo. — Disse. — Felizmente eu consegui pedir primeiro que ela.

A mais nova suspirou.

— Já está arrumando encrenca?

William então finalmente notou sua irmã ali, e a olhou surpreso.

— Isso é uma coincidência bem grande. — Ele disse, fitando as pessoas da mesa.

— Na verdade não. — Tina disse. — Somos do clube de natação também.

O garoto alto assentiu, com aquela expressão de "faz sentido".

— Bom, essas são Tina e Rachel. — Natalie apresentou. — Tina é minha colega de quarto e Rachel é nossa vizinha. Tem a Jessica também, mas ela foi comprar nossas bebidas...

— E falando nela, lá vem o furacão loiro. — Rachel disse. — Pela cara de emburrada, aconteceu alguma coisa.

Jessica chegou batendo os pés e com fumaça saindo pelos ouvidos. William, antes completamente normal, assumiu um semblante surpreso e se escondeu atrás de Jamie assim que viu a garota chegar. Ela carregava consigo uma bandeja com três copos, mas não parecia se preocupar muito com eles, já que os largou na mesa e disparou:

— Sinceramente, vocês acreditam nisso? Um maluco apareceu na fila agora a pouco e simplesmente me empurrou e passou na minha frente. — Todos na mesa naquele momento pareceram segurar a risada, mas não disfarçavam a expressão de surpresa. — Eu não sei que tipo de pessoa eles estão aceitando nessa escola hoje em dia, mas...

Jess então deteve sua fala ao notar uma figura conhecida parcialmente escondida atrás do amigo de olhos pequenos. Era aquele menino folgado de antes!

— Você! — Exclamou, apontando na direção de William. — Eu não acredito, quem trouxe esse menino pra cá?

Jamie levantou a mão.

— Eu assumo a culpa. — O garoto riu. — Mas cuidado, hem, ele é irmão da sua amiga. — Ele então apontou com a cabeça na direção de Natalie.

— Isso é sério Nat? — A loira arregalou os olhos. — Ah, droga.

Natalie assentiu.

— É sério. — Riu. — Me desculpe, meu irmão é um traste.

— Não vou discordar. — Falou a loira, cruzando os braços.

William então saiu de trás do amigo, com um olhar indignado.

— Eu sou inocente, por que estão me chamando de traste? — Queixou-se. — Isso é um complô contra mim, né?

Natalie revirou os olhos.

— Eu consigo te imaginar empurrando uma garota na fila. — Disse, cruzando os braços.

O menino suspirou, encarando a loira de cara amarrada na ponta da mesa. Ele ainda achava não ter culpa de nada, afinal, tinha certeza de que ela não estava na fila quando ele passou.

— Mudando de assunto, — Tina disse, tentando contornar a situação, embora todos parecessem se divertir com a briga dos dois. — vocês perceberam que a gente involuntariamente reuniu 2/3 do clube de natação aqui? Tirando George, é claro.

O menino baixinho riu.

— Só falta o Henry, o John e o Gabe aqui. — Rachel observou.

— Henry e John ainda não chegaram de viagem, que eu saiba. — Tina disse. — E o Gabe... de acordo com a Natalie, ele está aqui desde mais cedo. Vocês acham que ele passou o feriado no internato?

— É provável. — Jamie deu de ombros. — Mas Natalie conhece ele?

A menina de cabelos cacheados fez uma careta.

— Infelizmente o conheci mais cedo.

— Ela disse que encontrou um bonitão arrogante no clube quando chegou. Eu deduzi que fosse ele, afinal, Gabe é um chato. — Tina comentou.

— Faz sentido. Meus pêsames, ele provavelmente vai pegar no seu pé eternamente. — Jamie consolou.

As pessoas da mesa riram.

Não muito tempo depois, porque ainda precisavam fazer o tour pela escola, o grupo de garotas se despediu dos meninos na mesa – Jessica é claro abrindo uma exceção para William e apenas o queimando vivo com o olhar – e então saíram do refeitório. Rachel, mesmo cheia de sua preguiça costumeira, acabou resolvendo ir com as outras três também, afinal, não tinha mais nada para fazer naquele fim de feriado.

Natalie sorria. Não conseguia deixar de observar como as coisas estavam fluindo bem para um primeiro dia. Já tinha conhecido parte dos membros do clube, novas amigas, e agora estava caminhando para conhecer aquela escola imensa que com certeza deveria ter ainda muitos lugares incríveis para ver.

Talvez não fosse tão amedrontador assim iniciar uma nova vida escolar.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Não esqueçam de comentar ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Swimming Club" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.