O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Masquerede


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/8Bn4BAlp8NQ-Baile de máscaras.
https://youtu.be/mON5dbdm63M-A chegada do anfitrião.
https://youtu.be/6d626E0q0-o-Clary canta.



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P.O.V. Christine.

Eu a reconheci de longe. Lá na Ópera. Mas, o novo dono?

Erik Moreau. Poderia ser? Poderia ser ele?

Isso não faz sentido algum. Erik, o Fantasma tinha seu rosto deformado, porém o Senhor Moreau é um homem belo, elegante. Apesar do que, mesmo com a máscara e o rosto deformado Erik era um homem elegante.

Mas, como? Como aquele homem foi de um ser deformado para este homem tão belo? É impossível.

Então, recebemos um convite para um baile de máscaras. Na residência do Senhor Moreau.

—Raul. Crê que possa ser ele, Raul?

—Não. É claro que não.

P.O.V. Erik.

A ideia dela foi genial. Apesar de ter relutado em contar-me já que sabe a minha história.

—Então, está pronto para a revelação?

—Sim. Jamais estive tão animado.

Escolhi usar a mesma vestimenta que usei no baile de máscaras que deram no Teatro.

A festa estava a todo vapor e Clarissa já havia se misturado á multidão quando cheguei. E fez se aquele silêncio sepulcral.

Christine reconheceu-me. Os outros não.

—É você não é?

—Todo o ponto de usarmos máscaras, Senhora é não sermos reconhecidos. Assim o mundo nunca nos encontrará.

A festa prosseguiu.

E á meia noite era hora da revelação. Todos tiraram suas máscaras menos eu.

—Finalmente, eu estou aqui entre vós. Triunfante. Quem diria que o Fantasma da Ópera, aquele que um dia desprezaram e de quem debocharam. Aquele que passou sua vida toda escondendo-se nas catacumbas e nas sombras do Teatro de Paris, um dia seria belo e seria o homem mais rico de Paris? O dono do mesmo Teatro que um dia assombrou?

Então, eu tirei a Máscara.

—Eu sou Erik Moreau e eu era o Fantasma da Ópera. Porém, fui salvo. Fui salvo por um anjo. O Meu belo anjo da música. Obrigado por ter me tirado das sombras, me dado uma vida.

P.O.V. Christine.

Ele estava falando de mim.

—Por favor, levantem suas taças para o meu anjo da música. Clarissa Mikaelson!

Ela passou por mim. Com um sorriso no rosto.

—Oh, você. Certo. Christine Daeé. Oh, você achou que eu tava falando de você? Que menininha ingrata e patética você é. Eu entendo, não se pode forçar ninguém a te amar e não se pode ser forçado a amar. Pensei que amava você, mas na época não sabia o que era o amor. Ninguém nunca me deu uma palavra de alento, fui tratado como um Monstro e eventualmente foi o que me tornei. Pensei que você pudesse me salvar, me amar, mas no momento em que viu a minha face deformada fugiu. Como todos. Exceto uma pessoa.

—Você é um assassino.

—Sou. Sou sim. A primeira coisa que eu aprendi a fazer foi matar. Ainda me lembro da primeira pessoa que matei, eu tinha sete anos. Me chamavam de filho do Diabo graças á minha deformidade no rosto. O homem me espancava com uma vara. Aprendi a fazer o laço de Punjab, é usado como um garrote envolta do pescoço da vítima. A ironia é que... foi o homem que me ensinou a fazer aquele laço. E com aquele laço, eu o matei.

—Você é um monstro!

—Sou. E eu não me importo, todos fazemos coisas das quais nos arrependamos, só que a maioria de nós morre antes que a lista fique embaraçosa. Aceito quem sou, não sou de todo bom e não sou de todo mau. Mas, você? É uma hipócrita. Escolheu o seu Príncipe no cavalo branco, me viu como nada além de um meio para um fim. Tomou meu conhecimento e me largou nas catacumbas para morrer. Sozinho e triste. Na solidão.

—E agora o Erik é mais bonito e mais rico que o seu Conde. Ops.

—Ainda assim eu sou nobre.

—Nobreza tem um significado diferente, lá de onde eu venho. De onde eu venho, a nobreza vem do espírito, da alma. E a maioria dos que se chamam de nobres aqui realmente não o são.

—E como você poderia saber?

—Eu sei mais do que imagina. Por exemplo, sei que você trai a sua esposa com várias mulheres diferentes, que ontem estava num bordel bebendo e fazendo sexo com uma prostituta chamada Penélope. Que sua esposa te odeia e planeja te matar para ficar com o seu dinheiro.

—Que absurdo!

—É mesmo Lady Montés? Eu por mero acaso também sei o nome do assassino que contratou para matar seu marido.

—E qual seria o nome deste suposto assassino?

—Pierre Le Maire.

A cara que a Lady fez com certeza a entregou.

—Nobre uma ova.

Então, ela começou a cantar e dançar.

—Planejava me matar?!

—Não querido, imagine. Eu contratei alguém pra te matar é diferente.

—Sua meretriz!

—Que tipo de ser diabólico é você?

—Ah, não me culpe pelos pecados de outros. Eu já fiz muita coisa da qual me arrependo. Mas, eu nunca forcei ninguém a fazer nada. Ninguém tem este tipo de Poder. Nem mesmo eu. E acredite, de Poder eu entendo.

—O que uma mera cantora de Ópera entenderia de Poder?

—Quer mesmo saber? Milady.

—Vê? Nada.

Clarissa caminhou até a Lady Montes e olhou bem no fundo dos olhos dela.

—O que acha que está fazendo sua...

—Calada. 

Lady Montes imediatamente parou de falar.

—Agora, me diga com honestidade, você quer o seu marido morto?

—É claro.

—Porque?

—Ele é um infiel, mentiroso e bêbado. Ele está gastando toda a herança do meu filho com jogatina, prostitutas e bebida.

—Isso eu respeito. Uma mãe protegendo seu filho. Está livre agora.

—O que... o que foi isso?

—Isso foi poder. Verdadeiro Poder. Consegue imaginar ter poder suficiente para matar todos nesta sala com um único grito? Ser capaz de controlar mentes? Acender todas as velas deste lugar sem mover um dedo?

—Ninguém pode fazer isso.

—Eu posso. Mas, eu tenho regras. Aqui, segure esta faca.

Lady Montes se viu obrigada a segurar a lâmina.

—Coloque-a sob sua garganta.

Vi o terror nos olhos dela.

—Agora, eu poderia te forçar a cortar sua própria garganta e sangrar neste chão até a morte. Mas, eu não vou. Pode largar a faca.

P.O.V. Lady Montes.

Isto é aterrorizante.

—Eu sei. Sinto o pânico que está sentindo agora.

Disse a garota pegando a faca do chão e guardando-a.

—Então você é só mais um babaca egoísta que não consegue pensar em ninguém além de si mesmo. Um mimadinho que nunca teve que passar por dificuldades na vida. E não consegue pensar que seu filho vai passar necessidade, que sua família está se afogando em dívidas por sua causa.

—Demônio!

—Não! Assim você me ofende! Eu não sou demônio. Eu sou uma tri-híbrida. Eu até diria que sinto muito caríssimo senhor, mas eu não sinto. E o Senhor não imagina a sede que estou sentindo neste exato momento.

O rosto dela transformou-se numa coisa medonha e ela enfiou as presas no pescoço do meu marido. Sugando-lhe o sangue até que caísse morto.

—Pronto. Desejo realizado milady. Mas, eu não fiz isso por você, fiz pelo seu filho. Quando uma mulher consegue ficar jovem e bela para sempre e tem o poder de fazer tudo o que eu posso fazer... o mundo é dela.


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