O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 28
Uma noite de tormenta




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P.O.V. Beverly.

De repente, todas as milhares de velas daquela enorme residência simplesmente se acenderam.

—Uau! Você que fez isso?

—Sim.

Ela nos forneceu pijamas, escovas de dente e arrumou os quartos para nós dormirmos. A tempestade caia violentamente lá fora. Trovões rebombando, silvos de vento e então a energia caiu.

Parecia um tornado.

—Não precisa ficar com medo. Os feitiços de proteção são mais fortes do que pensa.

Ela estava usando um pijama cor de rosa de ursinhos, meias e o cabelo dela estava cacheado.

—Gostei dos cachos. Isso ai foi feito com babyliss não foi?

—Foi.

—Mas, porque fazer o cabelo se vamos dormir?

—Eu provavelmente não vou conseguir dormir. Está quieto demais. Nos seus quartos vai haver um ramo queimando e soltando fumaça, não se preocupem não é droga nem nada. É apenas sálvia, um feitiço de privacidade enquanto a sálvia queimar ninguém ouve nada do que se passa lá dentro.

O meu pijama era listrado. E o do Jer era liso.

—Vocês devem estar com fome. Vou fazer alguma coisa para a gente comer.

—Como? Não tem energia.

—Mas, tem gás.

Ela ligou o gás do fogão, então acendeu a ponta do dedo. Era uma pequena chama que ela atirou diretamente no fogão. Então, fez sopa de legumes.

—Está muito bom.

—Sério? Achei que pensariam que falta sal.

—Um pouco.

—Uma das desvantagens de se ter um paladar como o meu. O seu pouco para mim é muito.

—Todos os seus sentidos são mais aguçados? 

—Sim. Paladar, tato, olfato, audição, visão.

Eu tinha que perguntar.

—Sim. Sim isso implica que sou mais sensível ao toque.

—Porque ler a minha mente?

—Só não queria que perguntasse em voz alta.

P.O.V. Jeremy.

Apesar de tudo, ela é tímida e conservadora. Casacos, moletons, coletes e calças jeans. Mas, por mais que se esforce, Melissa não consegue ser mais uma na multidão. É claro que não. Com olhos como aqueles, a pele, o cabelo são sedosos demais e ela é um gênio.

—É um belo piano. Você toca?

—Sim, Jeremy. Eu toco. Algum dia te mostro meus desenhos.  E talvez me deixe te desenhar.

Então, a energia voltou e ela não gostou. Cobriu os olhos com as mãos. Olhos estes que até então estavam brilhando no escuro como placas de Neon.

—Seus olhos brilham mesmo no escuro!

Disse a Bev empolgada e Mel respondeu:

—Como eu disse. É um pigmento parecido com aqueles que tem nos olhos dos felinos.

—Eles estão brilhando mesmo no claro, só um pouquinho.

—Pois é.

Melissa estalou os dedos e todas as velas apagaram. 

—Você acende e apaga milhares de velas como se não fosse nada demais.

—E não é Beverly. Não pra mim. Vou tentar dormir, boa noite.

—Boa noite.

—Boa noite.


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