O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 23
Uma híbrida vs um assaltante


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/KHpyCwjND14-Melissa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775688/chapter/23

P.O.V. Jeremy.

Todos estavam deitados no chão, o assaltante estava armado. Então, Melissa levantou.

—Eu disse no chão!

—Eu acho que não.

Ele estava apontando a arma pra ela.

—Deita! Agora!

—Você realmente acha que pode me derrotar? É muito bem vindo pra tentar. 

O assaltante atirou nela. Mas, Melissa não se feriu.

—O que diabos...

—Eu tenho que colocar a minha raiva pra fora. Porque... dói.

Melissa usou seus poderes para atacá-lo. Com um grito dela ele voou longe. Um aceno de mão e os ossos do homem começaram a quebrar.

Ela não estava simplesmente matando o cara. O estava usando como saco de pancadas para dizer o mínimo.

Aquela energia azul saindo como rajadas de dentro dela.

—Para. Por favor, para.

—Sinto muito. Não queria ter que fazer isso, mas se eu não fizer... eu perco o controle e quando eu perco o controle... eu machuco as pessoas que eu amo.

Disse olhando para mim. Os olhos dela estavam dum azul bem claro. Tão azul quanto as rajadas que saíam do seu corpo e atingiam o assaltante. 

Melissa "bateu" tanto no cara que ele morreu. O corpo ficou mutilado.

Então ela chorou. Era um desespero que nunca tinha visto. E conforme Melissa chorava o estabelecimento começou a chacoalhar. As pessoas fugiram correndo.

—Melissa? Melissa?

—Eu sei. Eu sou um monstro.

—Não. Você é um milagre. Deve ser incrível, ter todo esse poder.

—Não é. Bem, ás vezes é. Tenho que confessar que... eu gosto.

—Porque nós não saímos daqui?

—Ainda não. Tenho que dar um jeito nas fitas.

Ela estalou os dedos e disse:

—Pronto. É melhor irmos a polícia está chegando.

—Como sabe?

—Ouço as sirenes. Vamos. Temos tempo de sair.

Ela me fez deixá-la dirigir. E ela meteu o pé mesmo.

—Você está indo rápido demais.

—Certo. 

Então, desacelerou meio á contragosto.

—Eu não percebo. Esta velocidade e nada pra mim é a mesma coisa.

—Estávamos á trezentos e sessenta quilômetros por hora!

—Isso explica. Corro mais rápido que o seu carro.

—Corre?

—O meu vô Carslile é médico. Ele fez uma extensa bateria de exames em mim. Fez na minha vó, na minha mãe e ai em mim. E constatou que cada geração é mais potente do que a anterior.

—Como assim?

—As habilidades e a magia são cumulativas. E eu sou o híbrido, do híbrido, do híbrido. Se um vampiro corre, um híbrido corre mais rápido, se uma bruxa lança um feitiço, o mesmo feitiço lançado por um híbrido como eu ou minha mãe, por exemplo é... mil vezes mais potente. 

—Isso é meio apavorante, mas é demais!

—E eu achando que você iria sair correndo assim que descobrisse.

Quando ela falou, olhou pra mim e os olhos dela não estavam... mudando.

—Seus olhos.

—Certo. Deve ser perturbador pra um humano.

—Espera, seus olhos tem esta cor... de verdade?

—Sim.

—E como faz eles mudarem?

—Do mesmo jeito que os humanos. Usando lente de contato. Mas, é uma coisinha incômoda. Eu posso ver a lente dentro do meu olho, posso ver imperfeições na superfície e a lente me impede de enxergar direito, é como uma película. Como ter um véu na cara.

—Isso é incrível! E como é ver como você vê?

—Vamos estacionar o carro e eu te dou uma amostrinha.

Viemos parar numa propriedade no campo. Uma mansão.

Entramos na Mansão, ela acendeu as luzes e então, sei lá quantas velas se acenderam sozinhas.

—Você fez isso?

—Fiz.

—Porque? Temos luz elétrica.

—Preciso das velas para canalizar. Tirar poder das chamas. Agora, me dê as mãos.

Segurei as mãos dela e ela riu.

—Não. A minha mão direita segura a sua mão esquerda e a minha mão esquerda segura a sua direita. Isso.

Nossas mãos uma encima da outra formava um X. E ela começou a recitar algo que imaginei ser um feitiço. 

E então... eu vi. Podia ver as partículas das chamas das velas, todos os mecanismos das lâmpadas, as ranhuras no piso de madeira. Detalhes que nunca pensei que existissem.

—É assim que você vê o mundo?

—Sim.

—Incrível!

—Quando chove, posso ver a oitava cor do arco-íris.

Ela desfez o feitiço. E voltei a enxergar como um ser humano.

—Consegue enxergar no escuro?

—Tão bem quanto no claro. Talvez melhor. Quando está de dia... tem... muitos humanos, falando, dirigindo, buzinando. É uma cacofonia sem fim. Quando eu era criança, lembro de como era doloroso. Mas, meus pais me ensinaram a me focar só no que eu quero ouvir e ver, eliminar os sons, os ruídos um a um até sobrar só o meu objeto de foco.

Notei que haviam várias armas e quadros decorando as paredes. E um deles era...

—Um Michelangelo? É autêntico?

—É claro que é. 

—Quanto pagou por isso?

—Nada. Meu tio que pintou. Ele é o Michelangelo.

—Você é parente do Michelangelo?! Demais. Como ele é?

—Ele é o Klaus Mikaelson, nascido Niklaus Mikaelson. Ele é o híbrido Original.

—Um híbrido como você.

—Não. Ele não é bruxo. A magia o fez vampiro, mas ele nasceu lobisomem.

—Lobisomem?!

—Sim. O resultado de uma indiscrição da minha tatataravó Esther. Um caso, com um lobisomem, o alfa da matilha que vivia no vilarejo deles. Quando ele matou pela primeira vez, ele ativou a maldição.

—Maldição?

—É como a maldição do lobisomem funciona. Não é ativada até você tirar uma vida.

—Ser lobisomem é maldição?

—Dependendo da raça é sim. É uma maldição de sangue, depois de ativada a pessoa tem que quebrar cada osso do seu corpo toda a lua cheia para se transformar completamente num lobo. Apenas híbridos como meu tio podem controlar quando ou se se transformam.

—Existe mais de uma raça de lobisomens?

—Sim. O primeiro Lycan se chamava Lucian. A Origem de Lucian é um dos filhos do Clã Corvinos. O filho do meio, William. Mas, William era uma besta. Foi mordido por um lobo e se transformou, após a transformação William foi incapaz de voltar á sua forma humana. Ele massacrou vilarejos inteiros até ser finalmente detido e colocado numa prisão. Onde ficou por séculos, até ser libertado e assassinado. Mas, com o tempo as crias de William evoluíram. Para se transformar, o humano tem que ser mordido por um alfa na lua cheia. Os Lycans podem controlar a metamorfose, até mesmo na lua cheia.

—Lobisomens são imortais?

—Não. Mas, Lycans são. 

—Então, um lobisomem não é um Lycan?

—Não. Não é.

Isso é incrível! É um mundo dentro do mundo!

—Por isso chamam de submundo.

—Será que pode parar de...

—Desculpe. Acho que deveríamos dormir.

—Certo.

Ela dormiu. Eu não. Não conseguia. Estava tão cheio de adrenalina.

Comecei a fuçar nas coisas. Os livros nas prateleiras eram tão velhos que dava medo deles se desfazerem, escritos numas línguas loucas.

—Isso é demais.

Tomei um susto quando ouvi-a falar:

—Esse ai era da vó Esther.

—Que susto.

—Eu sei. Você não deveria brincar com isso.

Disse fechando o livro e colocando-o de volta no lugar.

—Desculpe. Eu só estava...

—Curioso? Eu sei. Também sei que não dormiu.

—Como?

—Se tivesse dormido, eu não teria.

—O que?

—Silêncio demais. A maioria dos meus parentes nunca dorme, então me acostumei a dormir com o barulho.

—Você é uma contradição ambulante.

—Sou. Pior que sou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Fantasma da Ópera" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.