O Fantasma da Ópera escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 10
Clarissa Moreau


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/D6EDrPC3oeA-Clarissa música Tema.
https://youtu.be/n7a6Nt8xePw-Clarissa música batalha.



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P.O.V. Lady Moreau.

Eu não concordo com a filosofia do meu marido. Ensinando uma dama a lutar.

Clarissa é uma perfeita dama. Sabe se portar, dançar, toca piano, canta, porém ela luta como uma fera.

—Papai, onde consegue estas armas?

—Com o anjo da música. O anjo que me tirou da escuridão e ensinou-me tudo o que sei. Você foi nomeada assim por causa dela. Clarissa. Ela lhe abençoou ainda no ventre da sua mãe. Lhe concedeu dons especiais.

—Que tipo de dons?

—Não sei. É para você descobrir querida.

Logo começaram rumores sobre corpos drenados. O pânico foi geral.

—Vampiros?

—Temos que ver os corpos. Só assim saberemos.

—Sim pai.

Quando meu marido trouxe um frasco para casa eu sabia que não era coisa boa.

P.O.V. Clarissa.

Examinamos o que havia no frasco e era veneno.

—Filhos do Clã Corvinos.

—Sim. E pela devastação, estão fazendo um exército. Um exército de recém criados. E isto não é bom. Significa que haverá uma disputa por território.

—O meu presente. Está na hora. Eu posso sentir.

Quando abri a caixa e os vi... eles eram lindos.

—Pedras?

—Não são pedras mamãe. São ovos.

—Ovos? Ovos de que?

—Você descobrirá.

Eu tinha roupas que usava unicamente para caçar. Esta noite vou caçar. Sinto que tenho que ir sozinha.

Fiz o que meus instintos mandaram. Armei-me e fui.

P.O.V. Aro.

Os rumores estão se espalhando somos forçados a intervir. Estávamos no meio da execução quando... ouvi alguém falando:

—Volturi. O Clã italiano.

—Félix.

Ele foi e ouvimos uma explosão seguida de um grito. Era Félix. A garota saiu correndo de dentro da floresta e correu direto para onde estávamos.

Félix retornou com o rosto queimado.

—O que foi isto?

—Não sei Mestre. A humana atirou algo em mim e meu rosto está queimando.

—Não se preocupe. Você vai curar.

Disse ela. Então, a humana viu o fogo.

—O fogo em carne e osso.

A jovem estava carregando uma caixa e com a caixa caminhou em direção ás chamas. Ela começou a tirar suas roupas durante o caminho. E entrou numa das casas que queimava.

—Que forma mais estranha de se morrer. Eu poderia ter feito bem menos dolorosamente.

—Ela sabia sobre nós.

—Sim. Eu ouvi.

—Mestre.

—Sim meu querido?

—Sabe o que deveríamos estar ouvindo agora?

—O que?

—Gritos. A carne humana é frágil, ela deveria estar berrando de dor agora.

—Tem razão. Nunca vi algo assim antes.

Então, as chamas cederam o fogo consumiu tudo. Menos ela. Quando ela se levantou, enrolados em suas pernas e braços estavam três pequenos...

—Dragões?

A garota se levantou, passou por nós como se se quer estivéssemos ali e colocou as roupas de volta.

—Misericórdia! Foi isso o anjo da música fez em mim? Inacreditável! 

—Anjo da música?

—Olhe, o senhor não fala sobre mim e eu prometo que não vou falar sobre o senhor. O senhor deve ser, Aro. Papai disse que o anjo contou que dentre os Mestres do Clã Volturi, o Aro era mais de falar.

—Como a senhorita sabe sobre nós?

—O anjo ensinou meu pai que ensinou á mim.

Então um uivo foi ouvido. Ela olhou pra cima.

—Ai que coisa! Olhem, façam o que fizerem não... se... movam. Não falem, não se movam. Não lutem, não corram.

—O que?

Ela não respondeu. Ficou parada com os dragões empoleirados nela.

—Senhorita?

P.O.V. Clarissa.

Eu quero mandá-lo se calar, porém não posso. Se eu falar, se me mover o lobo vai me caçar. E serei forçada a matá-lo. E se ele não se calar vai morrer. 

Então, o lobo apareceu.

—Um lobo?

O lobo olhou para ele.

—Para um ser imortal, o senhor é muito burro.

Falei entre dentes. Agora, terei de fazer o que fui treinada para fazer.

—Aqui! Lobinho! Lobinho!

Comecei a correr e o lobo a correr atrás de mim. Ele era mais veloz como meu pai disse que seria.

—Ei! Estou aqui!

Num piscar de olhos eu estava do outro lado.

—O que foi isso? Posso me mover, sem me mover?

P.O.V. Aro.

Houve aquela luminescência azul e a garota sumiu.

—O que ela é?

—Sei o que ela não é. Humana.

Ela ficava sumindo e aparecendo e o lobo correndo atrás dela.

—Por Deus! Ele não se cansa.

—Porque não apenas matá-lo?

—Sou guardiã, não assassina. 

Disse ofegante.

—Matar é o último recurso. Não matamos as criaturas por serem o que são. Isto é... preconceito. Perseguição.

Ela respirou fundo e então...

—Esculvacasven!

A garota simplesmente desapareceu e os dragões com ela.

—Dimitre... encontre a garota.

Quando Dimitre começou a correr, o lobo começou a correr atrás dele.

—Isso não é um lobo. É um lobisomem! Um filho da lua!

O meu rastreador voltou, mas estava ferido. Foi mordido.

—Dimitre!

—Fui mordido. Mestre, fui mordido. Ouvi histórias, mas cada relato contradiz o anterior, a única certeza é que vou morrer.

—Vai. E vai ser horrível.

—O que você é?

—Eu não sei. Pelo o que sei sou humana. A ferida vai curar a princípio. Veja. Já está cicatrizando.

—Estou curado? Ai que...

—Não comemore ainda. O que mata não é a mordida, é o veneno.

—Sinto me... quente.

—E ai está. Seu corpo está tentando combater a infecção, por isso a febre. Aqui, beba isto.

—O que é isto?

—Antídoto. Se não beber... vai morrer. Agora beba.

Disse, estendendo para Dimitre frasco com o líquido que logo identifiquei como sangue.

—É sangue.

—Sim. Mas, não é sangue comum. Vamos logo, decida-se senhor. É uma escolha muito simples, beber ou morrer.

O ferimento antes cicatrizado voltou a abrir-se e era uma ferida horrível.

—Ai!

Ela deu o frasco nas mãos de Alexander.

—Dizem que o senhor e sua irmã são os assassinos mais cruéis de sua raça. Então, veremos se ainda há algo que valha á pena ser salvo ai dentro. Algum resquício de humanidade. O Destino do seu amigo está literalmente em suas mãos. Se ele não tomar o sangue que está no frasco... ele jamais sobreviverá á esta noite.

P.O.V. Alec.

Ela pôs o frasco em minhas mãos e sumiu.

P.O.V. Clarissa.

Lembro-me de meu pai nos ensinando a caçar á noite.

Flashback On.

Papai nos trouxe para a floresta que cerca a propriedade durante á noite.

—Vampiros e lobisomens não enxergam o mundo como nós. Para nós, está escuro, para eles a escuridão é indiferente. Não se enganem em pensar que ela é um obstáculo para eles, pois não é. A escuridão é aliada deles. Sua visão é clara, seus sentidos são mais aguçados. Eles podem ouvir sua respiração, seu coração batendo. Porém os sentidos deles são seus inimigos. Para eles o som é mais alto, o fogo é mais brilhante, mais quente.

—E então, o que fazemos, senhor meu pai?

—A coisa mais difícil do mundo.

—Que seria?

—Lutar contra o instinto. Seu coração vai acelerar, vocês vão querer correr. Não corram. Fiquem parados. O predador vai correr á sua volta, como um vulto. Sentirão o vento passando, ele vai encurralar vocês. Respirem fundo, desistam de lutar contra o medo. Aceitem o medo e então.... usem isto.

—O que é isto?

—Um sino.

—Não me parece um sino. Parece-me um pote.

—É um sino tibetano. Este sino emite mesmo que por um curto período de tempo uma frequência que irrita os ouvidos do predador, o deixa confuso. Se for tocado correta e constantemente é o suficiente para que vocês voltem para dentro de casa em segurança.

Papai nos ensinou a tocar o sino. Sempre fui mais aplicada do que Pierre.

Meu irmão só se importa em cortejar garotas, beber vinho e ir a bailes. O treinamento é enfadonho para ele.

Deitei-me, ajeitei o pequeno ninho de pano que fiz para os dragões que saíram de seus ovos, não demorei a descobrir que eram criaturas carnívoras. Apaguei a vela e adormeci.

Ao raiar do dia acordei não com os raios do sol, mas com o grito de pânico de alguém. Levantei-me para encontrar o cadáver estraçalhado de meu irmão.

—Pierre! Pierre! Irmão.


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