High School Sweethearts escrita por Jotagê


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas! Depois de um tempinho sem produzir conteúdo novo, voltei com um romance colegial fofinho pra acalmar e açucarar esses dias tão agitados. Espero que gostem dessa leitura, e não precisam se acanhar de me contar o que acharam!

Aproveitem! ♥



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Quem observasse o porte robusto e marrento de Brianna Pérez provavelmente não imaginaria que a atleta mais durona do colégio Harriet Tubman estaria segurando pequenos agudos de dor, ao sentir o corte visível — que quase se misturaria em seu rosto olivado e encorpado, não fosse pelas pequenas lascas de pele e sangue fora do lugar — ser tocado pela pequena flanela com álcool nas mãos esguias da namorada.

Quase de cócoras em frente à namorada, que permanecia sentada nas escadas frente à escola e agarrava os degraus pra descontar a dor de cada toque, Eva higienizava a ferida com uma suavidade nas mãos que só uma líder de torcida — ou uma garota lésbica — teria nos dedos.

— Ai, ai, ai! — a jogadora desistiu de conter os resmungos e gemeu num tom estridente que em nada lembrava sua voz firme, fazendo a outra garota afastar o pano da bochecha rechonchuda de Brianna outra vez — Vai com calma, Eva!

— Eu tô indo com calma, Bri! Mas se você não se segurar, eu não vou conseguir terminar de fazer a limpeza!

Ela tentou dar uma leve bronca em Brianna, mas a óbvia preocupação em seu rosto escuro aliada à sua voz sempre anasalada enfraqueciam um pouco a tal firmeza que ela queria mostrar. Sem demora, ela decidiu dar uma pausa e afastou o estojo de primeiros para sentar ao lado de sua namorada.

Eva descansou sua cabeça no ombro da namorada coberto pela jaqueta branca e azul-escuro do time de futebol que a esportista usava, ironicamente, deixando os cabelos negros e ondulados que tocavam seus ombros pendurarem sobre os ombros da garota. Brianna não protestou — na verdade, celebrou um pouco por dentro por não ter mais que sofrer com aquele álcool na cara — e também deixou seu rosto relaxar sobre a cabeça da outra, com seus longos cabelos castanhos caindo para o lado em seu firme rabo-de-cavalo.

Ambas observavam a calmaria do fim de tarde, vendo alguns colegas conversando timidamente em frente à escola e outros já se preparando pra ir pra casa, a brisa contornando as folhas das árvores e os cachorros da rua correndo e brincando em conjunto, do lado de fora dos portões.

Brianna segurava suavemente a cintura da namorada, que ainda estava em uniforme de torcida — um vestido sem mangas que contornava sua figura magra, combinando com as cores da jaqueta e cobrindo um pouco antes dos joelhos —, enquanto Eva descansava as mãos sobre a calça jeans azul que protegia as coxas cheias da namorada.

— Por que você foi brigar com aquele cara, hein? — a morena quebrou o silêncio, mas não perguntou com aborrecimento. No máximo, um pouco de orgulho pela coragem da sua namorada e receio pela segurança da jogadora.

— Ele era um idiota intolerante. — ela respondeu tranquila e pacientemente, sem pensar muito — E sabe o que a gente faz com idiotas intolerantes?

— Ignora e deixa eles pra lá porque eles não valem a dor de cabeça? — Eva retrucou com um biquinho, tentando botar um pouco do que ela considerava ser juízo na cabeça da namorada.

— Essa é uma boa, talvez a gente tente numa outra ocasião! — Brianna zoou um pouco, logo acompanhando sua resposta com uma risada tão contagiante que fez Eva soltar um sorriso também. Estendendo seu “maaas” igual à professora Evelyn de história, ela continuou — Mas eu ia dizer que a gente soca eles, mesmo. Quando eles socam de volta, realmente é um problema, mas eu não me arrependo.

— Você é corajosa, Bri — ela soltou uma risada com a resposta da namorada, mas respondeu falando com orgulho da garota — Cabeça-dura, mas corajosa.

— Se o cara quer dizer que minha namorada é terrorista, ele que se prepare pra ser aterrorizado — a jogadora falou entre gaitadas, vaidosa. Por fim, ela decidiu brincar um pouco, se fazendo de boba, pra acalmar os ânimos — Mas espera, existe mesmo terrorista indiano?

— Você, calada, é uma poeta, sabia? — Eva levantou a cabeça e encarou sua namorada, que segurava a risada, erguendo uma sobrancelha e fazendo bico, rebatendo e brincando junto.

Ela riu e, sem nem deixar que Brianna falasse mais nada, juntou seus lábios aos dela num beijo carinhoso e apaixonado, enquanto o vento balançava levemente seus cabelos que as mãos de ambas se seguravam para não bagunçar, e seus colegas restantes no pátio não poderiam se importar menos com a cena tão usual.

— Ai! — a garota resmungou mais uma vez, quando o rosto da namorada tocou a ferida em sua bochecha. Impaciente e conformada, ela cede ao que a líder de torcida tentava desde o início — Tá, vamos limpar essa ferida logo!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da leitura! Pessoalmente, eu estou bem satisfeito com o resultado e devo dizer que já estou amando escrever essas personagens!

Não posso garantir que isso será uma história fixa, mas também não posso garantir que não será. Um colegial com protagonistas tão legais seria muito bacana de escrever, mas, por enquanto, vamos ficar felizes com o que já temos e deixar o futuro pra depois!

Esta é minha primeira vez escrevendo um romance lésbico, e espero ter conseguido fazer algo bacana e identificável! ♥ Não se acanhem em deixar nos comentários o que acharam — suas opiniões, críticas, elogios, dicas e sugestões, receitas de bolo, qualquer coisa!

Sintam-se livres para darem uma olhada nas outras histórias em meu perfil! Até a próxima!



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