Clarice escrita por Hirobelana


Capítulo 5
Capítulo 5




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Guilherme acabou questionando a razão dela achar que nunca alguém iria se apaixonar por ela. A surpreendendo, por perceber que ele não somente tinha ouvido a sua resposta, como também a questionava por achar tal pensamento fosse verdade, olhando bem no fundo de seus olhos.

— É porr qqquuee – Clarice começou a gaguejar, não sabendo o que responder para ele, porque estar tendo essa troca de conversa com ele, tinha deixado ela muito nervosa - Hãn? – ela diz com um semblante mostrando estar confusa, e principalmente tentando fugir da pergunta dele.

Fernanda começou a rir intensamente, fazendo com que o foco se desviasse totalmente para ela, e tanto quanto a Clarice e o Guilherme começaram a olhar somente para ela. 

— Essa com certeza foi a resposta mais perfeita do mundo. Digna de Oscar, Clarinha — começou a aplaudir e secar as lágrimas dos olhos, por estar se divertindo com essa cena entre a Clarice e o Guilherme.

— OK!, esquece o que eu tinha perguntado antes – diz Guilherme percebendo que a amiga da Fernanda estava completamente encabulada com a pergunta dita por ele antes, e que Fernanda só estava tentando tornar aquela tensão toda sumir para Clarice - Bom.. nem me apresentei direito — diz sorrindo tentando trocar de assunto e suavizar tudo também - Oi, meu nome é Guilherme, mas pode me chamar de Gui – diz todo sorridente estendendo a mão para a Clarice, que sorriu ficando grata mentalmente pela gentileza dele, apertando a mão dele em resposta.

— Oi, Guilherme.. Gui – diz Clarice um pouco sem jeito, não acreditando no que estava acontecendo - Bom.. o meu nome é Clarice – sorri e se levanta da grama - Fernanda chegou a me dizer que você tinha se mudado para rua dela, está gostando da vizinhança nova? – pergunta para ele olhando para os lados, não conseguindo olhar nos olhos dele.

— Bom, com certeza. Antes eu morava num lugar mais afastado das coisas, você só via mato, era uma droga total – diz Guilherme disfarçando que percebeu que ela sabia sobre ele, sem ao menos terem conversado antes. Então a Fernanda andava falando sobre mim, é?! acabou chegando nessa conclusão em pensamento - Agora está uma maravilha, porque é perto de tudo, e eu posso ir andando daqui da escola até a minha casa. Não tenho do que reclamar – diz sorrindo, não querendo abordar sobre a observação que percebeu - Você não mora na nossa rua ou mora? É que eu nunca te vi lá – diz coçando a cabeça um pouco acanhado, por acabar insinuando que nunca reparou na existência dela antes.

—  Eu não moro não. Eu moro depois de duas quadras, da de vocês dois – responde Clarice o olhando volte e meia, mas desviando o olhar por não conseguir ficar olhando diretamente para ele novamente.

— Se você não estudasse aqui, Guilherme, você nunca veria a Clarinha, ela nunca sai de casa. Nem na minha casa ela vai – diz Fernanda se achando excluída e se incluindo na conversa entre os dois.

— Como assim? Você sempre disse que não se importava de ir pra minha casa ao invés de eu ir para sua — diz Clarice surpresa pelo comentário de Fernanda, ela nunca achou que ela tivesse esse tipo de pensamento em mente - Se quiser, hoje eu vou pra sua casa — diz sorrindo, querendo agradar a amiga, não queria que ela tivesse algum tipo de sentimento ruim por ela não ter percebido isso. 

— ATA, nem pensar.. Minha mãe está em casa e ela vai querer se meter em tudo que a gente estiver fazendo – responde Fernanda com um semblante de que essa possibilidade estava fora de cogitação, emburrada e cruzando os braços, só por imaginar tal possibilidade – Eu vou é pra sua casa, isso sim. Escutou senhora? — ela disse.

— Senhorita – diz Clarice corrigindo e sorrindo para Fernanda, não entendendo mais nada, mas ficando feliz de qualquer maneira, por perceber que estava tudo bem entre elas.

— Como queira, Senhorita – diz Fernanda sorrindo e mostrando a língua para ela.

— Então.. — Guilherme acaba falando, mostrando que estava ali ainda - Eu também estou convidado, Clarinha? – ele pergunta sorrindo para Clarice.

— Oi? – diz Clarice hipnotizada no sorriso dele

— Se eu também posso ir na sua casa hoje, claro, se você quiser – responde Guilherme com um sorriso encantador que não saía de seu rosto.

— Claro! – fala logo em seguida percebendo que estava fazendo cara de boba o olhando – Claro que pode ir também – diz sorrindo e virando o rosto para o outro lado não querendo ficar envergonhada ou abobalhada outra vez na presença dele.

— Que bom! – diz Guilherme sorrindo - Hein, Nanda? – Chama a atenção de Fernanda que estava mexendo no celular

— Nossa, lembraram da minha existência, é? – responde ainda mexendo o celular e logo em seguida o guarda no bolso e olha para ele com um semblante estranho, que ele não conseguia identificar – Pode falar

— É.. – Guilherme começou a coçar a cabeça não entendendo a grosseria como a Fernanda estava o tratando. Ela fez tanta questão que ele conhecesse a amiga dela e agora que estavam se conhecendo e conversando, parecia um pouco enciumada com tudo aquilo, podendo até pensar que ela gostava dele, mas isso não fazia sentido, então resolveu excluir isso logo de sua mente. - Quando você estiver indo na casa da Clarinha, poderia passar na minha casa e me chamar? – perguntou sorrindo para ela

— Pode deixar! – o respondeu sorrindo e logo em seguida puxando assunto com ele, porque cansou de ficar de fora da conversa, e sentia que já tinha feito muito pela amiga e já estava ótimo.

Clarice olhava toda a conversa, mas na verdade não estava ouvindo nada do que eles estavam falando. Não somente por estarem conversando de algo que não entendia muito bem, mas porque ainda não conseguia acreditar que ele, o garoto mais lindo que ela já viu em toda sua vida, tinha ido ali falar com ela. Que eles conversaram. Que ele sorriu para ela. E o mais incrível, que ele iria a casa dela hoje.


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