Clarice escrita por Hirobelana


Capítulo 29
Capítulo 29




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/775358/chapter/29

Clarice caminhava em direção a sua casa sentindo um sentimento de confusão que não conseguia explicar. Era quase como se fosse uma premonição de que tivesse realmente algo errado, mas os seus olhos não conseguiam captar, enxergar o que seria, deveria ser.

A cada passo sentindo uma agonia que surgia e sumia rapidamente. Tentando espantar esse sentimento pensando que não deveria duvidar ou questionar os sentimentos e a lealdade que sentia que Fernanda sempre teve e teria por ela. Porém também não conseguia deixar de sentir esse sentimento esse esquisito que estava lhe inundando.

Ao chegar em casa, Clarice jogou as suas coisas no seu quarto, deitando em sua cama sem vontade nenhuma de esquentar o seu almoço, até que um os seus olhos foram se fechando lentamente e foi embalada por um sono.

Um sono cheio de sonhos com possibilidades que ela nunca tinha pensado que poderiam existir ou acontecer.

Em seu sonho Fernanda e Guilherme estavam incluídos nele, e quando ela decidiu se aproximar deles ficou em choque com a cena que se seguia bem diante dos seus olhos. Fernanda e Guilherme estavam se beijando. De uma forma que ela nunca tinha visto.

Era um beijo que ardia a distância com sentimentos de paixão e reciprocidade.

Sua mente entrando em choque e fazendo com que lágrimas involuntárias surgissem e rolassem em seu rosto. No qual foi o exato momento que Clarice despertou em sua cama do sonho que acabara de ter. Acordando assustada, com o coração acelerado e chorando compulsivamente. Deitada ainda em sua cama percebendo que apenas tinha sonhado um pesadelo.

Um pesadelo era o que considerava que tinha acontecido com ela, porque aquilo tudo era impossível, cruel demais para ser verdade. Fernanda nunca faria algo assim com ela. Jamais. Era o que Clarice repetia para si mesma.

Esse pesadelo sem sentido que mexeu tanto com os seus pensamentos. Automaticamente pegando no celular e digitando o número de Fernanda ligando para ela, para perguntar se ela iria vir para a sua casa. Algo que durante a semana ela sempre fazia, mesmo que fosse por algumas horas do dia.

A ligação acabava caindo na caixa postal, e ela lembrava que provavelmente Fernanda estaria ocupada com o Filipe, decidindo deixar uma mensagem perguntando se ela viria ainda naquele dia.

Quando ela ia deixar o celular na mesa, ele começou a tocar. O visor mostrava que era Guilherme o que pegou ela de surpresa, e também com uma sensação de conforto e alívio.

— Oi Gui – ela dizia sorrindo só por dizer o nome dele em voz alma.

— Oi Clarinha. Você está em casa? Eu não te vi no portão da escola, então achei que já tivesse ido embora.

— A.. eu não sabia que você iria esperar por mim, me desculpa!

— Não precisa se desculpar, Clarinha. Eu não te avisei que iria te esperar, então é compreensível que não tenha me esperado – Guilherme dizia para ela - Você está em casa agora?

— Estou sim, e você, está em casa agora?

— Sim, eu estou. Queria te convidar para tomar um sorvete mais tarde, o que acha? – ele a questionava.

— Por mim seria perfeito. Eu quero ir sim – ela dizia sorrindo consigo mesma.

— Ótimo! – ele dizia sorrindo consigo mesmo também - Tudo bem ser na sorveteria da minha rua? Eu não vi uma na sua rua.

— Nem iria ver, pois não existe! – ela o respondia sorrindo - Por mim tudo bem. Que horas a gente se encontra?

Guilherme dava uma leve risada, algo que Clarice conseguia ouvir do outro lado da linha da ligação.

— Pode ser às três horas da tarde? É que eu preciso terminar algumas coisas aqui em casa ainda – ele a questionava. Clarice olhou rapidamente no celular verificando que já eram duas horas da tarde, tinha dormido mais do que tinha imaginado.

— Claro, posso sim. – ela concordava com o horário já pensando que deveria tomar banho logo.

— Quer que eu busque você na sua casa? Ou quer que a gente se encontre lá na sorveteria? – ele a questionava.

— A gente poderia se encontrar lá na sorveteria, tudo bem?

— Então fechado. Te encontro lá, Clarinha! – ele dizia agora com uma voz mais baixa, como se estivesse sussurrando. O que pegou ela de surpresa e fez com que ela sorrisse involuntariamente ao ouvir - Beijos!

— Te encontro lá, Gui! – ela dizia sorrindo - Beijos – depois de dizer, alguns poucos segundos depois a ligação terminou.

Algo que fez com que ela ficasse feliz, e esquecesse por completo do pesadelo que acabara de ter anteriormente. Se levantando e indo pegar algumas roupas, pois sabia que as horas correriam rapidamente e logo daria a hora que tinha combinado de se encontrar com Guilherme. Parando antes para enviar uma mensagem para sua mãe avisando que tinha chegado em casa, mas que iria se encontrar com Guilherme na sorveteria.

Recebendo uma mensagem da sua mãe questionando se ela já tinha almoçado, e se lembrando que não tinha almoçado ainda, mas preferindo mentir dizendo que já tinha. Do contrário sua mãe ficaria chateada por ela estar pulando refeições.

Quando menos percebeu, já iria dar as três horas da tarde, a hora combinada com Guilherme. Decidindo antes de ir mandar uma mensagem para o Guilherme perguntando se ele já estava pronto.

Percebendo que já eram às três horas, e não recebeu nenhuma resposta dele. Decidiu ir logo, pois talvez ele tivesse saído sem o celular.

Algo que na verdade, não aconteceu.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Clarice" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.