Sobre amizades e desencontros, um guia por Bakugou escrita por Lillac


Capítulo 3
Bunny


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem :)



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Katsuki não soube exatamente como, mas Camie se tornou uma constante em sua vida. Ela estava sempre lá, esperando pelos pais na saída do estúdio de balé, que ficava no caminho de volta da escola dele. Tomando sorvete com as amigas na lanchonete favorita do bairro. Coincidentemente passeando pelo shopping quando ele estava lá. Ou, pior ainda, sentada no tapete da sala de estar da família Bakugou, assistindo Sailor Moon, cujas falas ela sabia de cor e salteado, enquanto a mãe dele, no sofá, suspirava porque Camie era “simplesmente muito fofa”.

Katsuki não entendia, mas ele logo aprendeu que bater de frente com Camie lhe dava mais dor de cabeça do que simplesmente fingir que ela não estava ali. Por isso, ele tornou-se acostumado com a presença dela, Ele estava decidido a ignorar a garota até que ela ficasse cansada da indiferença dele e o deixasse em paz, partindo para atormentar alguma outra pessoa.

Mas Camie não era exatamente... carente. Também não era como se ela estivesse constantemente orbitando em torno dele, como o Deku e as outras crianças, não parecia querer a atenção ou a aprovação dele. Era mais como se a garota simplesmente gostasse de estar ali, observando-o gritar e ficar irritado com absolutamente tudo.

Até que um dia, no fliperama, quando ele havia acabado de perder em uma partida — após uma sequência de treze vitórias consecutivas, e inclinou-se na cadeira para esticar os braços, Camie pendeu a cabeça para o lado e tomou um gole do seu milk-shake de amendoim, dizendo:

— Eu posso tentar?

Se Deku estivesse ali, provavelmente gaguejaria uma resposta positiva, mesmo que ele estivesse na vez. Mas o garoto havia ido ao dentista, e os outros meninos não eram nem de longe tão bobocas e bonzinhos como ele. Um deles soltou uma risadinha e coçou a parte de baixo do nariz, fungando:

— Meninas não sabem jogar videogame.

Katsuki nunca houvera ouvido aquilo na vida, mas ele se virou para ver a reação da garota. Camie não pareceu afetada, Apenas gesticulou com a cabeça para ele, e o garoto respondeu que ela deveria tentar, saindo da cadeira. Quando Camie tomou a frente do jogo, os meninos murmuraram em repreensão.

— Bunny, tem certeza? — ele encontrou a si mesmo perguntando. — Ela é difícil de jogar.

— Só se você for muito ruim — ela respondeu com um sorrisinho — senta e aprende.

Katsuki gritou alguns xingamentos, mas sua voz morreu quando ela começou a jogar. Enquanto Camie ganhava partida após partida, batendo os pés e exclamando quando vencia, calando os meninos e simultaneamente atraindo a atenção dos outros presentes no fliperama, Katsuki cruzou os braços e assistiu.

Quem sabe tê-la por perto não fosse tão ruim assim, afinal.


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