Vila Baunilha escrita por Metal_Will
Notas iniciais do capítulo
Tenha um boa leitura! ;)
—Aeeeeh! - gritou Luciano, caindo com tudo no lago. Carioca já estava lá há um bom tempo, nadando tranquilo nas águas serenas do Lago do Coqueiro, local onde nossa turma estava passando o dia. Talvez soe estranho dizer que Carioca estava nadando com seu boné, mas, bem, era justamente esse o caso.
—Ah, isso aqui tá muito bom - disse ele, enquanto nadava de costas na água.
—Nem me fale - concordou Luciano - Faz tempo que não dava um bom mergulho!
Já as meninas entravam na água com mais cuidado. Apesar do calor, a água estava bem fria e o choque térmico de uma água tão gelada nunca era tão agradável, embora Kelly não ligasse muito para isso.
—Vocês não estão muito devagar, não? - disse Kelly.
—A água tá gelada - comentou Anne.
—Sim, bem fria - concordou Ema.
—Entrem logo! - falou Kelly - O corpo acostuma rápido.
Enquanto isso, Samanta observava Briana de longe e comentou com sua amiga Cíntia.
—Olha lá, é nossa oportunidade - disse Samanta.
—De quê? - perguntou Cíntia.
—Acho que podemos chegar com tudo e empurrar a Briana na água - disse ela.
—Jogar a garota na água fria? - disse Cíntia - É, do jeito que ela é delicadinha, acho que não vai gostar muito disso.
—Não mesmo - confirmou Samanta, com um olhar maldoso - Vamos chegar de mansinho e jogar a Briana com tudo na água!
—Tá bom, vamos lá - disse Cíntia.
As duas foram devagar para tentar empurrar Briana no lago e fazê-la entrar de uma vez no lago frio, mas os planos delas não seria executado tão facilmente assim. Quando elas estavam quase chegando por trás de Briana, Anne chamou a garota na mesma hora.
—Ei, Briana - disse Anne.
—Oi? - perguntou a irmãzinha.
—Vê se não vai muito para o fundo, tá? - disse Anne.
—Tá.
Mas ao responder a irmã, Briana se deslocou um pouco para o lado bem na hora que seria empurrada, fazendo Samanta e Cíntia perderem o equilíbrio e caírem na água.
—Ai, frio, frio, frio! - disse Samanta.
—Que água gelada! - disse Cíntia.
—Ah, vocês já entraram? - disse Briana, ao ver as meninas na água - Como vocês são corajosas. A água tá muito fria. Prefiro entrar devagarzinho.
—Nem...me...fale - disse Samanta, ainda tentando se acostumar com a temperatura da água.
—Que gelo, amiga - comentou Cíntia, também lamentando sua sorte.
Enquanto isso, os jovens também se divertiam na água.
—Ai, espero que não seja muito fundo. A Briana sabe nadar, mas mesmo assim - disse Anne, preocupada.
—Relaxa - disse Kelly - A gente nada aqui desde que éramos mais novinhas que a Briana. Nunca aconteceu nada.
—E o soldado Caxias está aí para garantir nossa segurança - disse Ema.
Anne olhou para o soldado, observando atentamente todos no lago. Parecia levar bem a sério o seu dever como protetor da turma.
—Falando nisso - disse Anne, com um sorriso sarcástico no rosto - O que você acha do soldado Caxias, Ema?
—O que eu acho? - repetiu a garota - Ah, ele é bem gentil, educado e simpático. Gosto dele.
—Gosta? - perguntou Anne, querendo saber mais.
—Sim. É um ótimo amigo - respondeu a garota.
“Então ela só vê ele como amigo”, pensou Anne.
—Mas.. - continuou Anne - Ele te considera como amiga também?
—Que papo estranho, Anne - riu Ema - É claro que ele me considera como amiga também. Ele sempre me tratou muito bem. Claro que somos amigos!
“Essa garota...só consegue enxergar o romance dos outros”, pensou Anne.
—Mas por que não focamos em outra coisa? - perguntou Ema - Tipo, não acha que é uma boa chance de se aproximar do Luciano agora?
—Por que eu faria isso? - perguntou Anne.
—Ora, vocês já estão estudando juntos, não estão? - disse Ema - Agora estão em um momento mais descontraído. Dá para se aproximar, não acha?
—Eu já falei mil vezes que não quero nada com ele! - reclamou Anne.
—Quando você vai ser sincera com você mesma? - disse Ema.
—Ai, chega vai! - disse Anne, jogando água na cara da amiga.
—Bom, se é guerra que você quer... - Ema devolveu com mais água. Logo Kelly também entrou na brincadeira. Parece que todos estavam se divertindo, especialmente um certo garoto gênio.
—Excelente! - disse Luís, agora usando uma sunga e segurando o que parecia uma bola de praia - É hora de testar minha última invenção. A bola especial para brincadeiras aquáticas!
—E o que isso faz? - perguntou Ian, que estava bem ao lado dele.
—Parece uma bola comum, não é? Mas faz movimentos bem mais sofisticados. Olha só!
Luís jogou a bola e ela praticamente saiu voando, como se fosse um drone.
—Nossa, é como se a bola se mexesse sozinha - reparou Ian.
—É - falou Luís - Isso vai deixar nosso jogo bem divertido.
—O que você pretende fazer? - perguntou Ian.
—Você já vai ver! Ei, pessoal! - gritou Luís.
Todos ouviram e prestaram atenção nele.
—O que foi? - perguntou Kelly.
—Vamos jogar com a minha última invenção? - perguntou ele - Vocês viram o que ela faz, né? Essa bola pode voar de vários jeitos por aí.
—E o que podemos jogar com ela? - perguntou Briana.
—Que tal um tipo de queimada? - falou ele - Vamos tentar desviar da bola, mas não com equipes. Cada um tenta escapar dela e quem for tocado sai do lago. Que tal?
—Parece divertido - falou Briana.
—Claro que...vocês podem se espalhar ou atrapalhar os outros como acharem mais conveniente - disse Luís.
“Atrapalhar?”, pensou Samanta. “Sim, é isso. Vou fazer a Briana sair do lago nessa brincadeira do modo mais humilhante possível. Hehe. Isso vai ser muito malvado!”
—Podemos jogar? - perguntou Luís.
—A bola machuca muito? - indagou Briana.
—Não. Ela é praticamente de plástico. Só tem um mecanismo dentro dela que desenvolvi com microeletrônica. Não dá para sentir nada - disse ele - É bem mais seguro do que jogarmos com essas bolas por aí que não sabemos onde elas vão parar.
—Parece divertido, né, amiga? - comentou Cíntia.
—Sim. Principalmente para mim - disse Samanta.
—Não sabia que você gostava tanto de jogar bola na água, amiga - falou Cíntia, sorridente.
—Não ligo para jogar bola! - falou Samanta - É que...pode ser um jeito de fazer a Briana de boba.
—Como? - perguntou Cíntia.
—Atrapalhando o jogo dela e fazendo ela sair do jeito mais esquisito possível. Vai ser legal!
—Se você diz…
Já os mais velhos não pareciam tão empolgados.
—Parece um jogo meio bobo, não? - comentou Anne com Kelly.
—Ah, é uma invenção do Luís. Ele deve ter deixado a coisa bem mais emocionante - disse a sempre otimista Kelly.
—Não tenho boas lembranças das invenções do Luís - disse Anne.
—Ah, pode ser divertido - Kelly insistia.
—Tudo bem, vai - falou Anne - Não sou muito boa em esporte, mas a gente dá um jeito.
—Por mim, podemos jogar também - disse Ema - Adoro essas brincadeiras novas.
“E eu sempre esqueço que ela é boa nos esportes também. Ela é tão perfeita que dá raiva!”, pensou Anne.
—Vamos jogar logo! - falou Carioca (lembrando: ainda usando seu boné virado para trás em pleno lago).
—É, vamos nessa - concordou Luciano.
Pelo menos os outros meninos pareciam animados. Ian também entrou na animação.
—Se todos vão participar, contem comigo - disse ele - Já vou entrar na água.
E assim ele começou a fazê-lo, tirando sua camisa, alongando seus braços e pernas, para, enfim, começar a entrar devagar na água. A lentidão de Ian já estava deixando sua irmã Samanta irritada.
—Entra logo! - disse Samanta, puxando o irmão para o lago de uma vez.
—Ai...frio, frio, frio! - reclamou ele.
—Acredite, eu sei como você se sente - comentou Cíntia.
Enquanto isso, Luís sorria, como se estivesse tudo indo de acordo com seu plano.
“Hehe. Está indo tudo como planejei”, pensou ele. “Com esse mini-controle à prova de água que tenho escondido aqui posso controlar a trajetória da bola e manipular como as pessoas se dispersam ou são atingidas. Vou tirar todo mundo do lago e, no final, ficar só com a Anne. Hehe”
*Imaginação do Luís*
—É, Anne. Parece que somos só nós dois agora - pronunciou Luís.
—Nossa, Luís, nunca imaginei que você jogasse tão bem - disse a garota.
—Cuidado. Lá vem a bola - disse ele, apontando para a bola vindo por trás.
A bola seguiu na direção de Anne, fazendo-a se aproximar do garoto.
—Quer mesmo ficar tão perto assim? - disse ele.
—Nossa, Luís - disse a garota - Ai, vendo você assim de perto, meu coração até começou a bater mais forte.
—Entendo. Geralmente você não me vê sem camisa, não é?
—Realmente, esses músculos...não dá para resistir! - falou Luís, mostrando seu bíceps que, graças ao poder de se imaginar o que quiser, estavam extremamente musculosos.
E assim, Anne praticamente desistiu do jogo e se jogou nos braços de Luís, beijando-o apaixonadamente.
*Fim da imaginação*
“Hehe”, pensava o garoto, bem diferente do que ele imaginava de si mesmo (o corpo franzino de Luís não correspondia em nada com o musculoso da imaginação). “Ah, moleque, é hoje!”
—Ô, Luís! Vai jogar logo essa bola ou vai ficar aí com essa cara de imbecil!”, gritou Luciano.
—Hã? Ah, sim, claro. Vamos começar. Hehe.
O que sairá desse jogo?
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Mais confusões no próximo capítulo. Até! :)