Counting Stars escrita por Dani


Capítulo 13
Algo interessante


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, sou uma vacilona, e me desculpem por isso ;-;

Eu tenho andado muito sem criatividade, eu sei como quero terminar e tudo, mas o meio se tornou um borrão pra mim, mas quero apresentar o melhor para vocês, e espero ter conseguido ♥

Boa leitura pra quem ainda tem paciência comigo ♥ (e pra quem não tem tbm, amo vcs ♥)



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— Desculpa — Percy saltou para trás, batendo as costas na divisória da porta — Eu não queria... — Sua voz falhou, sentiu seu rosto esquentar, enquanto parecia tentar afundar cada vez mais na parede atrás de si.

Annabeth o olhava envergonhada, ajeitando o corpo e a postura.

— Tudo bem — Prendeu uma mecha atrás da orelha, sem olhar para o moreno — Mas, eu preciso ir — Apontou para a saída, ainda parecendo um pouco incomodada.

Percy apenas assentiu coçando a nuca, nervoso, envergonhado e querendo enfiar a cabeça no chão.

— Sim, sim, claro — Percy mexia o corpo inquieto — Quer que eu te leve...

— Não — A loira interrompe, com urgência, falando um pouco alto demais — Tudo bem, eu vou passar no meu armário primeiro — Annabeth evitava olhar o garoto nos olhos — Até mais.

— Até mais — Percy respondeu.

Mas ele não estava certo se ela havia o escutado, pois a garota já estava a uma distância considerável, andado rápido e com o corpo encolhido.

Quando já havia a perdido de vista, o moreno deslizou o corpo ainda na divisória da porta, escondendo o rosto entre as mãos, enquanto vez ou outra esfregava os fios rebeldes de forma violenta. Ele sentia seu coração acelerado e seu corpo inteiro tremia de um frio que não estava realmente ali.

E pra piorar tudo, o cheiro da Chase não saia da sua memória.

— Que droga...

[... ]

— Sabe, eu realmente amo como vocês são um casal — Um Nico ria, jogado na cama desarrumada de Percy — Por que estão demorando tanto pra beijarem mesmo?

Uma almofada estampada com o Nemo acertou em cheio o rosto do garoto, que gemeu em descontentamento.

— Não somos um casal.

— Mas não é por falta de vontade

— Não começa.

O mais novo riu.

— Percy, porque você é tão teimoso em aceitar que ela pode gostar de você e você dela?

O mais velho se remexeu desconfortável na cadeira de escritório que estava encolhido.

— Relacionamentos... — Percy gemeu — Me assustam.

— Compromissos? — Nico perguntou confuso.

Percy se encolheu um pouco mais no lugar, ansioso.

— Não, relacionamentos — Corrigiu.

Nico se manteve um silêncio, soltando apenas um som de afirmação, se ajeitou na ponta do colchão e encarou o mais velho. Sabia que ele começaria a falar.

Dito e feito.

— Eu gost... — Percy se interrompeu, nervoso — Gosto da Annabeth, só que, sabe, eu nunca fui bom em relacionamentos Nico, nunca tive um, e meu primeiro beijo foi quando eu era novo demais — O garoto jogou a cabeça para trás, parecendo frustrado — Eu fico nervoso só de pensar em tentar algo com ela, e fico o dobro de nervoso de não tentar — Suspirou — E se eu não for o suficiente? Eu nunca me apaixonei tão rápido assim.

Percy choramingava, agora já escondendo o rosto dentro do moletom da faculdade.

Nico apenas riu baixo, recebendo um olhar de falsa mágoa do primo.

— Percy Jackson, inseguro por uma garota.

A garota — O moreno corrigiu choramingando.

Nico riu novamente.

— Percy, se liga, isso é normal.

— Não é — Percy choramingou novamente.

— É claro que é — O Di Angelo insistiu — Talvez na sociedade machista e patriarcal que estamos acostumados possa ser “estranho”, mas na realidade, garotos podem sim ter dúvidas e inseguranças, você não é obrigado a ser um pegador cafajeste só por ser um atleta popular, você pode muito bem ser um cara que nunca beijou, se apaixonou e sonha em um dia encontrar a garota que vai te fazer se sentir num conto de fadas... — Nico falava entusiasmado.

— Acho que você tá exager... – Percy começou, mas foi interrompido.

— Você pode ser um cara de muitas qualidades, mas com muito mais defeitos, pode ser ansioso, desajeitado e assustado, você pode até ser um símbolo sexual na faculdade, e em casa ser extremamente largado e usar a cueca do avesso por 3 dias...

— Opa calma...

Nico continuou inflando o peito, já de pé na cama do Jackson.

— Você pode ser tudo isso e mais um pouco, e ainda sim ser um inútil, mas o que importa é como você se aceita e se ama — Nico foi falando pausadamente, escorregando pelo edredom já esparramado pelo chão, terminando seu discurso tocando de forma inspirada no peito do moreno.

Percy olhou com uma expressão entediada para o rosto brilhante de Nico, enquanto afastava o garoto de si.

— Certo...

— Percy não me entenda mal, me empolguei um pouco...

— Não me diga... ­— Interrompeu.

Nico riu.

— O que eu quero dizer, é que só porque as pessoas esperam que você seja perfeito, não significa que você tenha que ser, apenas seja você mesmo, se não se sente seguro de ter algo com a Chase agora, então construa uma base, tenha seu próprio tempo.

— Uau, desde quando você ficou tão maduro?

— Sou mais que um rosto bonito.

Percy mandou um olhar de “vai sonhando” para o primo, se levantando em seguida.

— Você tem razão.

— É eu sei, sou uma beleza italiana, Molto rara.

— Não, quê? Isso não, eu realmente vou ser honesto comigo mesmo e — Suspirou profundamente, tomando coragem — Ver no que vai dar.

[...]

Uma música não muito alta tocava ao fundo, sutis acordes de violino seguidos pelas teclas carinhosamente tocadas de um piano inundavam o ambiente com um clima agradável. Pessoas com camisas sociais brancas e blazers cinza circulavam o recinto com enormes pratos repletos de comidas refinadas e visualmente agradáveis, enquanto que a outra parcela das pessoas no salão usavam ternos e longos e belos vestidos.

As conversas e risadas paralelas agitadas contrastavam com a música calma do lugar. Os grupos que circulavam, eram compostos majoritariamente por homens e mulheres belos, que carregavam com si uma certa presença autoritária, além de outros já de certa idade esbanjando seus cabelos grisalhos.

Entretanto haviam também jovens, igualmente belos e bem vestidos, com uma presença menos autoritária e ameaçadora que seus progenitores, mas ainda sim com posturas afiadas e que passavam uma imagem profissional, e entre esses jovens, duas garotas se destacavam, seja por suas belezas, estonteantes como pelo fato que uma delas havia acabado de se exaltar, elevando a voz um pouco demais, chamando a atenção de quem estava por perto.

— Ai meus deuses, vocês se beijaram? — Piper exclamou, extasiada com a informação.

Piper usava naquela noite um vestido longo lilás — que tocava o chão deixando que uma pequena calda se arrastasse atrás de si — com um pequeno véu mais claro que pendia de seu peitoral, já na parte de trás, suas costas apareciam quase que por completas, tendo apenas tiras que se encontravam em 3 anéis centrais. Seu cabelo estava preso em um penteado elaborado que fazia seus cachos caírem em cascata por sob suas costas, enquanto algumas pequenas tranças caiam pela frente, acima de seus seios. No rosto não usava nada além de uma base que destacava sua cor de pele natural e um delineado felino escuro que tornava seus olhos ainda mais hipnotizantes.

Ao lado dela, Annabeth reclamou.

A loira usava, também, um vestido longo azul que tocava o chão, um véu azul escuro com pingentes brilhantes davam a impressão que ela estava vestindo o próprio céu noturno e estrelado por cima de uma camada límpida de azul, enquanto que na cintura uma corrente dourada prendia tudo. Seu cabelo também estava preso nessa noite, em um coque alto e bem elaborado, mas que deixava curtos cachos caírem sob seu pescoço alvo e exposto. No rosto havia também optado por algo mais simples e básico, ressaltando apenas as maçãs de seu rosto e olhos tempestuosos e intensos.

— Fala mais alto, acho que o pianista ainda não te escutou, e não — Ela suspirou — Não nos beijamos, ele apenas escorregou.

— E você se aproveitou para sentir o tanquinho dele, hum? — Piper sorria maliciosa, dando um gole em sua batida de frutas.

Annabeth riu.

— Não aumente as coisas Piper.

— Estou afirmando algo que você mesma disse.

— Esse não é o local e o momento para falarmos sobre isso, não acha? — A loira falava, com a voz controlada, mas com um leve rubor.

Dessa vez foi Piper que riu do constrangimento da amiga.

— Esses eventos são insuportáveis, nossos pais apenas nos trazem para esbanjar como troféus e temos que aguentar um punhado de adolescentes mimadinhos contando como conseguiram mais um troféu em mais uma competição de hipismo.

— Piper, você sabe que estamos inclusos nesses “jovens mimadinhos” não é? — Annabeth sorria divertida para amiga, enquanto mantinham uma postura inabalável de seriedade e certa sensualidade.

Piper deu de ombros, virando o resto de seu drink, passando o olhar pelo amplo salão em seguida.

— Eu só acho que... — Ela se interrompeu, soltando um suspiro de surpresa, para que em seguida um sorriso travesso surgisse em seus lábios — Algo de interessante, deveria acontecer — Concluiu.

Annabeth não olhava para a amiga, mas se divertiu com o comentário.

— Como o que?

— Bem — Piper riu — Quem sabe o que pode acontecer hoje à noite, não é?

— Como assim?

Mas não houve resposta, quer dizer, não houve a resposta de quem ela esperava, no lugar da voz delicada e terna de Piper, uma voz rouca e masculina soou, uma voz que Annabeth reconhecia bem, e que fez os pelos de seu pescoço se arrepiarem involuntariamente.

— Oi — Ele falou nervoso.

A Chase se virando, dando de cara com uma versão de Percy que ela não conhecia, e custou a manter a calma para responder ao cumprimento.

— Oi.

Percy usava um terno azul escuro, seu cabelo não tinha a bagunça habitual, tomando agora um penteado comportado, mas ainda espetado. Sua postura estava mais séria, mesmo que visivelmente nervoso, ele carregava uma imponência consigo, seu cheiro era amadeirado e agradável, e a gravata folgada em seu pescoço não deixava com que ele perdesse totalmente a imagem do garoto que ela conhecia.

— O que está fazendo aqui? — Ela falou, tentando esconder o rubor de vê-lo daquela forma.

— Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta — Percy retrucou, sorrindo bobo, falhando em esconder a admiração pela loira.

Mas antes que ela pudesse responder, a música parou, uma parte do salão se esvaziou, apenas para que logo em seguida casais se dirigissem até o meio, para então um novo ritmo começar a tocar. Os casais dançavam conforme o som, os que apenas observavam apontavam e cochichavam coisas.

Mas novamente sua atenção foi mudada, quando escutou um pigarro a sua frente, e quando olhou novamente para o moreno...

Percy lhe oferecia uma mão.

— Me concede está dança?


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Notas finais do capítulo

Gostou? Ainda quer me matar?

Pelo menos olha pelo lado bem, o próximo capítulo é duplo uhuuuuuuu ♥



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