A festa de aniversário do Matteo estava para começar, terminei de colocar os brincos e desci as escadas e vi Craig me esperando, ele abriu um sorriso após me ver, estava com um vestido todo vermelho, com um decote generoso, que ia até o meio dos seios, e o vestido até o joelho rodado, meus cabelos estavam soltos com ondas, quando me aproximei ele pegou na minha mão e me rodou fazendo o vestido abrir levemente. E parei próximo a ele selando levemente nossos lábios.

— Está linda Cami. – Ele não parava de sorrir. – Estarei com a mulher mais linda da festa e mãe do aniversariante. – Ele suspirou sorrindo ainda. – Vamos?

— Claro, estamos em cima da hora e estou morrendo de saudade do Matteo. – Falei sorrindo e assim seguimos em direção a fazenda.

Estava tudo encantador, lindo, da forma que eu queria Matteo estava no colo de Aidam que conversava com Florence. Ninguém havia chegado ainda, desci do carro e Aidam se virou para olhar, Florence continuou a conversar mas ele não parecia estar prestando a devida atenção e eu não parava de sorrir ao ver ele, estava com um smoking preto, com camisa preta todo de preto e Matteo igualmente, acho que meu maxilar já ia ficar travado se não parasse de sorrir, logo Craig se juntou a mim sorrindo e beijou meu rosto e o sorriso de Aidam sumiu e fomos caminhando até eles.

— Está linda Camille – Aidam comentou e eu sorri sem graça e peguei Matteo no colo.

— Igualmente. – Comentei enquanto beijava Matteo. – Está linda Florence. – Olhei minha irmã que era linda de todo jeito com os cabelos loiros e olhos verdes. – E esse aniversariante que está fantástico de lindo, meu Deus como pode ser tão lindo? – Eu amassava Matteo em um abraço enquanto ele gargalhava. E logo começou a chegar os convidados e eu junto de Matteo e Aidam fomos recepciona-los.

Todos estavam presentes, um DJ animado, alguns convidados dançando. Eu estava com Matteo quando minha madrinha o veio pegar e foi dançar com ele. Craig conversava e bebia no bar da festa com outros médicos. A festa estava montada na parte externa da fazenda onde colocamos luzes e um palco, embaixo de uma tenda, com mesas e cadeiras. Tinha uma pista de dança e um bar. Logo avistei Carrie e Aidam conversado. Não acredito que ela tinha vindo, eles conversavam e me olhavam, Aidam cada vez abria mais o sorriso me olhando e aquilo acho que me deixava vermelha. O garçom passou e peguei duas taças de espumante e logo as virei. Senti meu rosto começar a esquentar. Estava começando a ficar bom, começou tocar Zara Larson – Lush Life e me pus a cantar apenas para mim, quando Florence um pouco mais alterada que o normal me puxou pelo braço para a pista. E começamos a dançar. E eu cantava e dançava de frente para minha irmã. Podia ver os olhares em nós. Porém resolvi me libertar. Era uma música atrás da outra e eu não parava, Craig se juntou a nós, trazendo uma bebida e se cravando ao meu lado para mostrar o macho alfa que era. Aidam observava de longe conversando com algumas pessoas.

— Dance com ela Craig. – Juntei ele com Florence preciso me refrescar e tomar um ar. – Fui em direção ao bar, pedi um gin tônica e soda e fui em direção para fora da tenda. Respirei fundo quando senti uma mão tocar meu ombro. – Oi papai. – Sorri para meu pai, que estava tão lindo e arrumado também de smoking.

— Me parece feliz. – Ele comentou bebendo um gole do whisky que tinha na mão.

 – Tive uma conversa esclarecedora ontem, acho que isso me deu um ar de libertação. Acho que as coisas estão como devem ser. – Sorri e respirei fundo tentando pegar algum ar pois realmente estava cansada. – Ontem ex namorada de Aidam me procurou e pediu desculpa por tudo que fez que me deixou afastada dele e sem ele saber do Matteo.

— E agora? O que pretende fazer? – Sua pergunta me pegou de surpresa, e eu não pensei em mais nada, mordi os lábios, e dei de ombros.

— Vou deixar como está. – Disse um tanto sem contentamento.

— Camille, vamos cortar o bolo? – A voz de Aidam me pegou de surpresa e apenas sorri e afirmei. Será que ele tinha escutado alguma coisa? Antes de qualquer coisa acontecer, sai na frente do meu pai e pude sentir o olhar deles em mim.

 Cantamos parabéns para Matteo, ele comeu bolo e logo dormiu, era tarde também. Minha madrinha o levou para a casa para dormir e boa parte dos convidados já tinham ido. Me sentei em uma mesa, pegando uma dose de whisky e observando as pessoas, Craig veio até mim apenas com a camisa branca e sem gravata meio aberta pelo calor.

— Vou ajudar Florence a levar seu pai para casa, acho que ele bebeu demais. – Ele disse com tom de algo engraçado e eu dei um riso baixo e consenti. – Depois voltamos e continuamos a nos divertir.  – Ele saiu e tomei mais um gole do whisky e meus olhos curiosos caçou Aidam, pude ver ele se despedindo de alguns amigos incluindo Carrie que ia voltar para Londres pela graça de Deus. Ela era uma boa pessoa, mas me incomodava. Começou a tocar músicas mais lentas e bem piegas de fim de noite. James Bay – Let it Go e meu coração quis explodir em choro, eu cantarolava com lagrimas nos olhos, querendo cantar em plenos pulmões e no começo do refrão com a vista embaçada por lagrimas vi uma mão diante de mim estendida eu a peguei e fui puxada, logo Aidam encostou nossos corpos e senti seu cheiro embriagante. Deitei no seu ombro e se colocamos a dançar em silencio, naquele momento parecia só existir nós. Estávamos ofegantes, acho que no meu caso era pelo coração disparado e o choro segurado a instantes atrás, afastei a cabeça para nos olharmos. Ele abriu o sorriso mais lindo desse mundo. Nós girávamos e sorriamos apenas um para o outro, parece que a música nos descrevia e aquilo me atormentava ainda mais. Acabando a música começou Naked – James Arthur acho que o DJ estava de brincadeira com nós, continuamos ali embalados, Aidam ficava cantarolando essa música no meu ouvido aquilo me deixava ainda mais triste e com vontade de chorar quase no final da música nos olhamos e ele selou nossos lábios, meu corpo tremeu fiquei parada, não conseguia ter reação apenas me afastei e nos olhamos. Agora se toquei, todo mundo nos olhava, apenas neguei com a cabeça.

 - Cami, por favor. – Ele disse baixo e eu sai correndo dali, todos olhando. E ele veio atrás passei por Florence e Craig que ficaram me chamando e pararam para olhar eu correr para o meio das plantações, eu não queria parar de correr. – Camille. – Podia ouvir Aidam me gritar cai de joelhos no escuro chorando desesperada, não era para tanto eu sabia. Mas eu precisava desse choro, desse desespero. Logo senti as mãos de Aidam no meu ombro ele se abaixou e me abraçou por trás. – Camille, eu te amo. Não fique assim.

— Não mande eu não ficar assim. – Falava com a voz chorosa e com as lagrimas no meio. – Eu te odiei por tanto tempo, eu quis que você desaparecesse desse mundo. Eu te culpei por tudo de ruim e que não deu certo, te culpei por não conseguir me relacionar com ninguém. Agora você não pode voltar, e querer acabar com uma relação que demorei a construir. Eu te amei por muito tempo Aidam, até quando você não merecia. – Fiz uma pausa pois estava soluçando. – E odeio te amar ainda. – Nos olhamos e ele abriu um sorriso e eu neguei com a cabeça. – Por favor pare de me beijar, isso não ajuda em nada. Eu tenho Craig e odeio ficar magoando ele. Odeio o que acontece cada vez que nos vemos e nos deixamos ter uma oportunidade sozinhos. Eu não quero mais isso, quero ser feliz com Craig. – Respirei fundo parando de chorar.

— Ele te viu e me viu vindo para cá, acho que ele foi embora. – Aidam comentava baixo, quando eu pude escutar uma voz me chamando e uma luz acho que era a lanterna de algum celular. Me levantei e fui em direção a luz e Craig vinha ao nosso encontro. Ele me olhou e ficou parado ao ver Aidam. – Já estávamos indo.

 - O que aconteceu com vocês? – Craig comentou.  – Estou cansado Camille de ser sua desculpa para não estar com Aidam e está mais que na cara que você nunca vai me amar como você ama ele. – Craig suspirou.

— Podemos conversar sobre isso em casa? – Comentei indo em direção a ele. – Quero ir embora daqui. Tchau Aidam, amanhã venho buscar Matteo. – Disse saindo daquele breu na frente de Craig. – Me desculpe Craig, acho que realmente precisamos conversar, mas não aqui. Em casa, só nós dois. – Não me despedi de ninguém acho que não seria necessário após o que todos viram, entrei no carro e logo Craig entrou em seguida. Fomos em silencio para casa, mas assim que a porta se fechou eu me virei para ele. – Me perdoe Craig eu tentei.

— Camille, por favor. Vamos parar? Eu não aguento mais esses jogos entre vocês dois, se querem ficar juntos, fiquem. Se não querem fique sozinha. – Ele fez uma pausa e respirou fundo. – Por meses, estamos tentando fazer isso entre nós dar certo, mas apenas eu tenho o sentimento do comprometimento e do amor. Você é uma ótima pessoa, você é melhor mulher que já conheci e reconheço seu esforço em tentar me amar, em tentar me fazer feliz. Eu insisti em você por anos, desde a gravidez do Matteo mas tenho que reconhecer quando é hora de parar.

— Me desculpe Craig eu tentei de todas as formas fazer o certo. Mas parece que tudo sempre me levou a ele. – As lagrimas tornavam a rolar pelo meu rosto e eu estava em negação, como fui fraca, fui o pior ser humano que poderia existir. – Eu te amo, mas não da mesma forma, você foi e é o melhor amigo que uma pessoa pode ter por perto. Você foi tudo que eu precisava na vida. – Suspirei. – Lamento ter me conhecido assim, se me conhecesse antes iria me amar ainda mais, eu te conheci errado. Queria que tivesse sido diferente. – Fiz uma pausa e pressionei meus lábios. – Mas no fundo já sabia como iria terminar. Só não quero mais te magoar.

— Com a verdade eu nunca ficaria magoado. – Ele sorrio um tanto triste. – Isso é uma despedida de dois namorados, não de dois amigos. Sempre estarei aqui por você Camille. Sempre irei amar você mas de um jeito mais ternal. – Ele me abraçou e sorrimos e logo ele se afastou. – Vou subir pegar minhas coisas e você, vai pegar o Aidam. – Ele disse calmo e sorriso, mas seu olhar era de uma tristeza sem fim, meu coração estava leve, parecia que tudo estava caminhando para como deveria ser no final perfeito. Sai correndo de casa, descalça, com vestido sujo se poeira e o joelho um pouco ralado de instantes atrás. Eu dirigia para a fazenda como se fosse uma piloto de formula um, estava indo pegar meus dois amores, Aidam e Matteo. Eu coloquei a cabeça para fora ao entrar na estrada que ia para a fazenda e gritei tão alto que podia ouvir os ecos, logo avistei a fazenda e pisei o mais fundo que podia, parei o carro na entrada e sai correndo até a porta acho que minha madrinha me escutou desceu e abriu a porta e me viu sorrindo porem ela estava um tanto desnorteada pelo horário. Eu entrei na casa e a beijei ternamente e sorri olhando para a escada e ela sorriu e afirmou com a cabeça já entendendo o que estava prestes acontecer, era o final apropriado para uma história como a nossa, eu subia a escada como se estivesse rumando a caminha da gloria eterna, a moça que se apaixona pelo seu melhor amigo de infância, eles namoram, ele vai embora e a deixa gravida. Eles brigam, lutam, se estranham, se amam incondicionalmente, e tudo ruma para o final. Um flash de lembranças passava pela minha cabeça, cheguei até o quarto do Aidam, pude ouvir algo ele estava acordado, ótimo. Abri a porta. – Aidam, eu te .... – Tudo ficou parado, parecia que o tempo não andava mais. Florence estava nua em cima do Aidam, mas como? Eu estou vendo estrelas, o que está acontecendo aqui. E só senti minha cabeça no chão e tudo preto. E pude ouvir Florence chamar meu nome “Camille”.

Eu estava deitada em algo macio eu sentia meu corpo se afundar, sentia uma respiração em cima de mim, e o perfume dele, Aidam. Eu abri os olhos e ele estava com um olhar preocupado em cima de mim, fui abrindo os olhos e o vi mais claramente e quando abri os olhos ele sorrio aliviado.

— Cami que bom que acordou. – Ele disse em tom preocupado.

— Aidam. – Minha voz baixa o fez ele se abaixar mais e seu perfume ficou ainda mais embriagador, rangi os dentes. – Sai de perto de mim, como você pode? – Eu comecei a levantar a voz. – Eu terminei dignamente com Craig, vim correndo para você e você com minha irmã? – Fui me apoiando nos cotovelos enquanto falava e o olhar perdido dele me deixava ainda mais perdida. – A única coisa que vou pegar nesse momento é o MEU filho, todo meu. – Me sentei com a mão na cabeça agora, acho que a pancada doeu ou era as doses que tomei na festa. – Porque ele não merece um pai tão traído como você.

— Camille, não estou entendendo. – Ele disse preocupado. – Me despedi da Florence e vim para casa porque estava muito bêbado e dormi. Acho que apaguei, acordei assustado com você me chamando. – Ele estava preocupado e olhou para Florence que estava próxima, agora com um roupão.

— Claro, a Florence veio aqui pelada porque me viu entrando de certo. – Revirei os olhos e neguei com a cabeça. – Eu esperava mais de você Aidam. – Olhei para Florence. – Da minha irmã eu podia esperar isso mesmo. – Me levantei totalmente, ajeitei o vestido que estava judiado. – Você não me merece, nunca me mereceu. Cadê Matteo, vou levar ele.

— Querida por favor, não tire ele essa hora da cama, está tarde. Deite com ele no quarto. Amanhã com a cabeça mais fria você o leva e conversam também. – Minha madrinha interviu pelo neto, eu respirei fundo. Minha cabeça ainda doía e estava um pouco tonta. Afirmei com a cabeça. Aidam até tentou me segurar mas minha madrinha deu um tapa na mão dele e me acompanhou até Matteo, pude sentir o olhar e Florence e Aidam em mim e olhei uma última vez e entrei no quarto.

Fui tomar um banho rápido e coloquei um dos roupões que tinha no armário e deitei junto do Matteo e foi quase impossível pegar no sono, podia ouvir Aidam gritar com Florence. “O quão perturbada você é Florence? Sabe que amo sua irmã e ainda assim pode ter todo esse veneno dentro de si? “... “Sempre é Camille, Camille é bem sucedida, Camille pobrezinha foi mãe solteira, Camille é a sofredora. Ninguém me vê Aidam, eu estive aqui o tempo todo, fui sua amiga, te amei em segredo, te desejei, desejei ter o que minha irmã tinha. Ela tinha Craig e achei que era demais ter você também.” ... “Acho que você não consegue se ouvir Florence, precisa de eu tratamento bem forte para a cabeça, conversa com sua irmã, ela vai te receitar algo ótimo. Você não consegue nada na vida porque almeja a vida dos outros e sua vida nunca será a vida de ninguém. O que aconteceu aqui? Seja sincera comigo pelo menos dessa vez.” ... “Tirei sua roupa, você estava tão desmaiado que nem percebeu, e não sei com que você estava sonhando que foi fácil te deixar um pouco animado, e sentei em você e te senti finalmente por alguns minutos em mim, como foi bom Aidam, se estivesse acordado iria gostar, quer tentar agora?” --- “Você é doente garota, sai daqui.” ... “Camille nunca vai acreditar que você realmente estivesse dormindo, suas chances foram de 100% a 0% Aidam, boa noite.”  A porta bateu, acho que tinham acabado a discussão. Meu coração chorava pela minha irmã. Eu sempre a ajudei de todas as formas, dei sempre o meu melhor para ela e como podia fazer isso comigo? Eu estava desolada, abracei Matteo e se ajeitamos na cama, logo vi a luz do corredor invadir o quarto, a porta foi aberta. Ouvi os passos suaves e senti a mão de Aidam me acariciando, continuei com os olhos fechados, mas pelo coração estar disparado de nervoso a respiração estava acelerada. - Camille, espero que me perdoe pelo que aconteceu meu amor, tudo que eu mais quero é ser a família que merecemos ser. – Ele continuou ali parado não conseguia me virei e ele sorriu. – Camille per...

— Eu ouvi Florence e minha irmã está doente Aidam. – Engoli seco. - Não tem o que te perdoar. – Sorri mas acho que percebeu meu olhar triste e assim dei espaço e ele deitou junto de mim e Matteo, me abraçando e assim ficamos ali, até amanhecer.  

Foi uma noite perdida, tudo tinha saído errado. Matteo dormia e Aidam também, me desenrosquei do meio deles e fui tomar um banho, pensando em como minha irmã podia fazer isso comigo, estava me sentindo uma péssima irmã como se tivesse negligenciado Florence. Fiz meu melhor por ela, dei tudo que ela pediu, trabalhei enquanto fazia a faculdade para dar as coisas que ela precisava, ajudando sempre meu pai com tudo. Não permiti que ela trabalhasse enquanto cursasse a faculdade, ela é formada. Pode ter uma brilhante carreira se saísse da fazenda e se fosse essa vontade dela, eu ajudaria. Mas primeiro preciso tratar ela, ajudá-la a melhorar e se ver com o ser humano maravilhoso que sei que ela é. Quando saí do banho Aidam estava sentado observando Matteo dormir e se viu para me olhar, ele veio em minha direção e selou nossos lábios, logo sumindo o sorriso.

— Ontem a noite foi terrível. Eu me sinto culpado de alguma forma pela Florence e peço que não seja dura com ela. – Ele disse gentilmente e seu gesto me fez sorrir e selar nossos lábios. – Juntos vamos cuidar da Florence. – Nos envolvemos em um abraço e logo fomos se trocar para descermos tomar café. Coloquei uma roupa minha antiga que estava na casa do meu pai. Me senti a adolescente que mora na fazenda novamente, pedimos para a babá subir ficar com Matteo que ainda dormia e se reunimos com meus padrinhos para tomar café. O sorriso da minha madrinha era constrangedor, a felicidade dela estava em evidencia essa manhã.  

— Estive pensando Cami, podíamos cavalgar hoje... Até o riacho. – Aidam comentou rindo com certa malicia e eu corei, senti meu rosto esquentar.

— Tenho que ir para casa resolver algumas coisas e pegar minhas chaves com Craig – Comentei comendo torrada e tomando um gole do café que queimou meu lábio superior de tão quente. – Mas também acho que eu poderia resolver isso outro dia, acho que temos que conversar.  

— E claro que nós ficaremos com Matteo. – Comentou minha madrinha e eu concordei com a cabeça. Logo a porta foi abrindo com certo barulho, e passos apressados.

— Florence, vamos filha.  – Ouvia meu pai entrar correndo com a voz abafada pela respiração.

— Bom dia família, irmã. – Ela me olhou e eu estava sem reação. Quando foi que minha irmã perdeu a razão e eu não notei? Ela foi indo em direção do Aidam passando por mim e batendo seu ombro no meu pedindo espaço, segurou dos dois lados do rosto de Aidam e lascou um beijo, eu me tremi toda por dentro mas tentei manter a calma. – Bom dia meu amor. – Ela disse soltando o rosto de Aidam. – Pensei que hoje poderíamos ir para a cidade comprar algumas coisas do enxoval. – Ela continuou, eu cruzei os braços apenas a observando.

 - Você está doente Florence, vá para sua casa e descanse. – Aidam falava calmamente. – Prometo que quando acordar se sentirá melhor. E essas coisas que fica tanto imaginando vai passar. – Ele comentou e Florence não gostou muito pois seu semblante mudou.

— Aidam, você não entendeu que você me pertence e será meu não é? – Ela comentou com um certo tom de maldade de posse.

— Por favor filha. – Meu pai pegou no braço dela e foi puxando para fora, eu vendo a cena me entristecia ainda mais e mais. Com muita pena da minha irmã que estava perturbada.

Aidam e eu subimos para o quarto dele, Matteo estava tão cansado que ainda dormia, quando a porta se fechou ele já veio na minha direção e me beijou intensamente, que fez meu corpo todo tremer e como eu queria aquele homem agora em mim.