With all the love escrita por SouumPanda


Capítulo 3
Now it's Craig's turn, love me.




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Após tomar um banho e jantar, coloquei meu pijama velho de moletom. Florence desenhava suas roupas no quarto e eu deitei na sala com um livro que tinha começado a ler, Mateo ainda estava com Aidam e as horas iam se arrastando e a curiosidade querendo me consumir em saber o que eles faziam juntos. A meia luz do abajur iluminava a sala, acabei adormecendo, ouvi passos leves pela casa, quando recuperei a consciência e vi Aidam ali parado na minha frente, estava sentado no chão para ficar com o rosto da altura do meu. Ele abriu um sorriso e eu fiz o mesmo, continuei deitada e ficamos por um tempo apenas nos olhando, logo sua mão acariciava meu rosto e aquilo me dava conforto.

— Onde está Matteo? – Falei em tom baixo e rouco e sorri.

— Ele dormiu, coloquei ele no berço. Florence está dormindo com a cara na escrivaninha. – Ele comentou e demos uma breve risada baixa. – Não quis te acordar quando te vi aí toda encolhida e ao mesmo tempo confortável. – Ele pausou e pressionei os lábios. – Ele é maravilhoso Cami, tão inteligente quanto você.

— Ele tem sua beleza e seu olhar persuasivo. – Comentei em tom humorístico e ainda baixo e novamente o silencio se fez na sala. A meia luz do abajur estava pessimamente perfeita desenhando os detalhes do rosto de Aidam, o silencio da fazenda, a respiração dele que mesmo sento baixa, era berrante perante o silencio que a gente fazia. Meu corpo estava sendo puxado ao dele, os lábios dele semiabertos puxando o ar que parecia estar denso entre nós. Em uma onda de impulso da lei eletromagnética nossos lábios foram atraídos um pelo o outro, ele sentado no chão, logo estava sentada em seu colo, com nossos corpos colados. Enquanto minha mão passava por todo seu cabelo o bagunçando, sentia meu coração pulsar lentamente. Como cada parte de mim era atraída a ele daquela forma? Queria ser dele em certos momentos e em outros apenas queria ele longe. Continuamos envolvidos naquele beijo, onde a língua dele explorava a minha, onde nossos corpos estavam unidos e nada tinha mudado em relação a nós. A mão dele deslizava para dentro da blusa do pijama, acariciando minha barriga e subindo até meus peitos, aquilo vez cada terminação nervosa do meu corpo pulsar e arrepiar. Um choque percorria por todo meu corpo me fazendo apenas o querer mais e mais ter aquela sensação em mim. Todo seu braço me abraçava, e seus lábios tocavam meu ombro em um beijo terno. Escutamos uma tosse e logo olhamos assustados. Era Florence nos olhando com um riso sem graça acho que por atrapalhar, sorri sem graça de volta e me recompus me levantando e Aidam fez o mesmo. – Florence ...

— Desculpa atrapalhar vocês. – Ela disse com a voz irônica. Passando e indo para a cozinha, abriu a geladeira e nós apenas observava ela. – Acho que já que não vão ficar juntos, deveriam parar de fazer isso que fazem. – Ela disse bebendo água e apontando para nós.

— Acho que o que fazemos não tem muito a ver com você Florence. – Retrucou Aidam um tanto sem paciência. O cutuquei com o cotovelo e fiz uma careta. – Melhor eu ir indo. – Aidam foi andando até porta e eu o acompanhei. Saímos na pequena varanda e fomos um pouco distantes de casa, quando o encarei. – Cami, sua irmã não é tão inocente quanto pensa sabia? 

— Mas ainda assim é minha irmã, não precisa falar com ela dessa forma. – Defendi Florence das ofensas que Aidam fazia.

— Só peço para não pensar que Florence é a menina pura que pensa, há maldade nos olhos dela Cami, que não sei te falar, mas me incomoda como ela nos olha. – Ele pausou e passou a língua brevemente entre seus perfeitos lábios beijando minha testa e me abraçando. - Sempre será a inocente Cami até quando?

— Até que a pessoa me prove ao contrário. – Comentei e sorri o olhando ainda abraçados. – Preciso entrar, obrigada por ficar com Matteo. Isso só vai fazer bem a vocês dois. – Disse nos afastando, respiramos fundo juntos e sorrimos também. – Olha Aidam, Florence tem razão temos que parar com isso.

— Não sei qual é seu problema, que não vê o quanto ficamos bem juntos. – Ele passou a mão pelo seu rosto aflito. – Mas se não quer isso Camille, tudo bem. Não terá mais, não ficarei atrás de você. Contato restritamente profissional e pelo Matteo. – Ele com o rosto sério e eu apenas forjei um sorriso e concordei.

— É o melhor para todos. – Falei em resposta e em tom terno. – Boa noite Aidam. – Me virei caminhando de volta para dentro de casa, entrei e Florence ainda estava na cozinha. – Boa noite Florence.

— Quando ele arrumar outra não adianta chorar irmã. – Ela comentou em um tom novamente irônico e eu arqueei uma sobrancelha a olhando. – Aidam é lindo, não demorara em encontrar alguém, mesmo que seja para esfregar na sua cara, ele vai encontrar. – Ela continuou e eu sorri afirmando.

— Se ele quiser isso, espero que ele seja plenamente feliz com a escolha. – Comentei passando por ela e pegando um copo de água.

— Camille, muitas pessoas queriam ter a oportunidade que tem. Já teve um filho com ele, qual a dificuldade em tentar ser uma família com ele? – Ela comentou de forma na qual realmente parecia preocupada com a situação.

— Não foi você que teve que lidar com toda a dor e com toda preocupação. E que foi magoada a cada telefonema e e-mail não respondido. Ele involuntariamente me magoou Florence. Não posso viver para sempre na sombra do Aidam. Meus padrinhos já fizeram bastante por mim, engravidei do filho deles, seria uma afronta a minha moral me aproveitar disso. – Coloquei o copo na pia e sorri ironicamente falando no mesmo tom. – Mas você também não sabe o que é ter uma moral a zelar. Se acha que a vida seria maravilhosa com Aidam, por favor vá e o pegue para você e verá o quão doentio e possessivo ele consegue ser.

— Alguns sacríficos são validos para a vida que ele pode proporcionar. – Ela comentou novamente com o mesmo tom e aquilo foi me irritando, mas respirei fundo.

— Nenhum sacrifício vale nossa liberdade querida irmã. – Respondi sorrindo e indo em direção ao quarto, algo em mim gelou a nuca. Acho que era o olhar de Florence sob mim. Porém não entendia o que tinha mudado nela, apesar de não termos nos falado tanto desde a volta de Aidam. Ela tinha mudado, mas não conseguia entender o porquê Aidam falava de Florence daquela maneira.

O dia amanheceu, após a pequena conversa com Florence, acordei me arrumei e tomei café. Arrumando as coisas de Matteo e o pegando para levar para a casa de Amália. Entrei na casa com Matteo ainda mole e dormente, a empregada veio pegar ele e leva-lo para o quarto que ele tinha na casa todos tomavam café, cumprimentei meus padrinhos com beijo no rosto de cada um e Aidam e eu apenas trocamos arqueadas de sobrancelhas.

— Sente-se com nós Cami, - Meu padrinho apontou para a cadeira ao lado de Amália e eu neguei com a cabeça.

— Não John, vou indo. Hoje preciso passar no apartamento antes de ir para o hospital. – Enquanto falava Aidam levantou o olhar para mim e não falou nada, apenas me encarava de forma estranha e até engraçada, nunca o vi quieto por tanto tempo. – Tenham um bom dia. – Fui saindo da casa e logo estava dirigindo em direção a Dallas. Coloquei na rádio e estava tocando uma música que escutava muito na adolescência, aquilo me deu certo sentimento nostálgico, estava cantarolando os trechos da música parada no farol “I'm just a new girl that came to your school that doesn't know anybody, but knows you. I know that you love me and my heart calls your name but this is not the right time this is not the right day”. Na verdade, foi um tiro no coração escutar essa música da Lu Alone. Quando parei no estacionamento subterrâneo do edifício que ficava o apartamento. Logo subi em uma breve visita, mais uma semana e tudo estava pronto, as obras estavam adiantadas e eu finalmente poderia sair da fazenda e de todas lembranças que ela me causava. Fiquei observando a designer decorar algumas coisas quando dei por mim, precisava ir.

O plantão foi se arrastando, a paciente de Craig não estava preparada para uma cirurgia no momento, não tinha muito o que se fazer em relação a ela. Almocei com Craig, sob o olhar ameaçador de Aidam, ele estava calado, não tinha se dirigido a mim desde ontem. Todos estávamos combinando de fazer o Happy Hours no karaokê, vi as residentes chamando Aidam, porém tentei ignorar ele o máximo que conseguia. Nos cruzávamos nos corredores, olhares levantados, engolir seco, coração e respiração descontrolada, mas nenhuma palavra. Eu realmente tinha pedido por isso, mas não saberia o quanto poderia doer. Fomos para o Family Karaoke & Entertainment, pelo menos em vinte pessoas e uma extensa mesa de bebidas e risada. Aidam estava calado a umas 7 pessoas de mim, observava tudo que fazia, como Craig tocava minha mão e ajeitava meu cabelo. As horas foram passando, estava alterada após algumas cervejas e petisco. Algumas vezes olhei para Aidam e ele conversava com uma residente, um tanto linda. Pele clara, cabelos ondulados e preto, olhos castanhos. Eles conversavam e olhava para mim, aquilo estava me deixando desconfortável, quando me levantei da mesa e em um salto Craig fez o mesmo, Aidam cresceu o olhar em nós e percebi seu maxilar pressionar os dentes e ficar marcado.

— Já vou indo pessoal. Da próxima vez, juro que canto. – Comentei rindo e todos rindo junto, já que tinha fugido do karaokê o tempo todo. Pela última vez meu olhar cruzou com o de Aidam e me virei para Craig. – Tudo bem, sente-se e fique à vontade. – Craig sorriu e negou e todos fizeram um coro seguido por um “awn”. Corei e fomos andando até a saída do bar e ele me acompanhou até o carro. – Não precisava me acompanhar Craig.

— Não teria graça se você não tivesse lá. – Ele comentou com bom humor e se aproximou, passei a mão em torno do pescoço dele e meus dedos acariciava sua nuca. – Não canso de falar o quão linda e brilhante você é Cami. – Ele comentou baixo e pelo impulso do meu corpo e da bebida, selei nossos lábios brevemente, sorrindo entre o breve beijo. – Me surpreendeu Camille Davis... – Interrompi o que ele comentaria iniciando um beijo mais intenso e não me importando em estar no estacionamento, ele me envolveu em um abraço que colou nossos corpos ainda mais, logo podia sentir um volume crescendo de Craig e aquilo fez meu corpo tremer. Fui parando o beijo com selinhos demorados.

— Melhor eu ir, se vemos amanhã? – Comentei e ele sorriu com seus dentes e sorriso perfeito e concordou com a cabeça. – E prometo que vou te ligar. – Falei sorrindo e selando nossos lábios novamente, quando escutei um alarme sendo destravado e era Aidam, entrando no carro e saindo em disparada com o mesmo. – Bom vou indo, meu filho está com a avó e esta tarde. – Abri o carro e entrei e Craig ficou observando enquanto eu saia e ia em direção a fazenda.

Matteo tinha acabado de dormir, deitei no sofá vendo um pouco de tv, podia ver o reflexo da luz do quarto de Aidam refletir pela janela, ele estava calado, o dia todo. Não percebi o quanto iria demorar a me acostumar com esse comportamento e o silencio dele. As imagens de um canal aleatório ia passando na tv, meu celular vibrava era mensagens, do Craig. Queria sair para jantar no próximo fim de semana, não sabia se o que estava fazendo era certo, mas aceitei. E ao fazer isso um sorriso involuntário brotou em meus lábios. Continuamos trocando algumas mensagens e logo fui deitar. Uma paz reinava em meu peito, junto com uma ansiedade natural, podia sentir meu coração em batidas irregulares e finalmente era por um sentimento bom.

A semana se arrastou, quando chegou no fim de semana saí com Craig em um jantar magnifico, a alguns dias não falava com Aidam, apenas trocas de olhares estranhos e constrangedores pelo corredor do hospital e quando pegava Matteo com ele. Estávamos apenas falando o necessário, um clima estranho se fez entre nós quando assumi meu relacionamento com Craig. Estava terminando de encaixotar algumas coisas que iria levar para o apartamento que finalmente estava pronto, Aidam estava com Matteo para que eu pudesse fazer a mudança. Tínhamos discutido pois ele não queria ficar tão longe de Matteo, mas não podia continuar ali. Terminei de encaixotar as coisas do Matteo e faltava apenas umas coisas no guarda-roupa. Levantei para levar a caixa de Matteo para o carro quando Craig apareceu e me abraçou e selou nossos lábios com um sorriso. Entreguei a caixa a ele e ajeitei meu cabelo que caia sobre o rosto pelo coque mal feito.

Coloquei algumas fotos em uma caixa, fotos do colegial, adolescência e obvio que continha Aidam na sua maioria. Aquilo apertou meu peito e engoli seco guardando antes que Craig aparecia, o que foi logo. O olhei e sorri ternamente, entreguei a caixa e respirei fundo, meu coração disparou, talvez com medo que ele abrisse e visse as fotos. Mas era extremamente apegada a fotos, não conseguiria me desfazer delas. Meu pai estava na varanda da casa quando saí e sorriu satisfeito.

— Quando terminar meu trabalho por aqui eu vou para lá, quero ver como ficou o apartamento e me despedir. Não acredito que vai morar sozinha Camille. – Ele disse e me abraçou e eu fiz o mesmo. – Não acredito que Matteo não vai estar aqui todos os dias.

— Sabe que pode ir nos visitar sempre papai e ele bom... – Respirei fundo e arqueei a sobrancelha. – Estará aqui pertinho sempre. – Sorri ternamente e pressionei os lábios. – Vou ir pegar ele. – Olhei para Craig que afirmou e sorriu. – Vai ligando o carro. – Tornei a abraçar meu pai. Florence não estava em casa, na verdade nem sabia aonde ela poderia estar, fui em direção a casa principal e abri a grande porta e Matteo brincava no grande tapete da sala, enquanto Aidam estava sentado no sofá o observando, ele me olhou e não sorriu nem nada. Coloquei as mãos no bolso de trás do meu short jeans e sorri de forma sem graça. – Vim pegar ele. Estamos indo. – Aidam se levantou e eu pisquei algumas vezes e logo se agachou onde Matteo brincava e o abraçou, engoli seco vendo eles. Tinham se aproximado muito desde a volta de Aidam.

— Tudo bem, pego ele na sexta – feira que vem e o levo no domingo. – Ele disse trazendo Matteo no colo e me passando ele. - Cuide-se em campeão. – Ele disse se dirigindo a Matteo e o beijou no topo da cabeça. – E você também Camille, se cuide. – Sorri e ele fez o mesmo, então saí da casa e ele me acompanhou até a porta, olhando Craig dentro do meu carro, logo coloquei Matteo na cadeirinha e entrando no carro. Aidam ficou nos olhando, entrelacei minha mão, na mão de Craig e fomos em direção a Dallas.

Era pouca as coisas que tinha que colocar no lugar, mas estava exausta. Era tarde, Matteo estava dormindo quando Craig e eu resolveu pedir algo para comer. Comemos comida tailandesa, terminando de comer, ele me observava e aquilo me deixava de certa forma constrangida.

— O que foi? – Falava limpando a boca e colocando na mesa de centro a caixa.

— Rostinho de princesa mas come feito uma draga. – Ele comentou gargalhando e eu espreitei o olhar e me aproximei selando nossos lábios e iniciando um beijo intenso, os lábios quentes e macios dele era tentador, meu corpo estava quente. Não sabia se era pela comida apimentada ou por estar com nossos corpos tão próximos. As coisas estavam esquentando, Craig estava deitado sobre mim no sofá e minha respiração e a dele estava densa, podia sentir o volume dele crescer entre minhas pernas, respirei fundo indo parando o beijo e respirando fundo quando ele me olhou. – O que foi Cami?

— Precisa ir. – Falei baixo e sem graça. Não estava pronta para fazer isso com ele, ele sorria e afirmou com a cabeça. Saindo de cima de mim e se sentando no sofá. Me apoiei sobre meus cotovelos e sem graça sorri, nos olhamos e ele negou com a cabeça enquanto passava a mão sobre a mesma.

— Faz o que Cami? Quase um mês que estamos juntos oficialmente? – Me encolhi enquanto ele falava. – Tudo bem, estou completamente apaixonado por você e sei que está travado nesse requisito. Tentarei ter paciência. – Ele disse em bom humor e sorriu, sorri da mesma forma para tentar não parecer constrangida. Logo ele se colocou em pé e eu fiz o mesmo e o acompanhei até a porta, ele me beijou ternamente e se abraçamos. – Vou esperar pelo dia que vai me convidar para ficar. – Ele sussurrou com os lábios próximos e tornou a selar nossos lábios e eu engoli seco e sorri. Logo ele partiu e eu pude tomar um banho e deitar. Parecia estranho, mas sabendo que não teria a aproximação de Aidam, consegui dormir melhor e assim como Matteo, dormi perfeitamente a noite toda.

Acordei após uma noite perfeita de sono, respirei fundo, e fui até o quarto do Matteo que ainda dormia, desci preparar o café, quando a campainha tocou e sabia que era a babá de Matteo, logo abri a porta para uma mulher de meia idade, com cabelos começando a ficar grisalhos, com sorriso acolhedor e olhar sereno. Ela entrou e me acompanhou até a cozinha, sentando ao balcão e nós duas tomando um café puro com torrada.

— Srta Davis, pode ficar tranquila tenho experiência com crianças. – Ela sorrio. – Como disse na entrevista e vi que Matteo é um bom menino, vamos se dar bem.

— Tenho certeza que ele vai te conquistar rapidinho Norma. – Falei terminando o café e me levantando. – Tenho que ir para o hospital. Mas se sinta em casa, coma o que quiser, faça o que quiser, não precisa usar sapato se não quiser, eu mesmo amo andar descalça. – Enquanto falava ela ria e concordava. – Vou subir, pode conhecer a casa, fique à vontade Norma e por favor me chame de Camille. – Falava subindo a escada, passei para ver Matteo que dormia como uma pedra e sorri ao vê-lo. Era completamente apaixonada por ele, como podia amar tanto uma pessoa como amava meu filho? Toda vez que pensava na imensidão desse amor, me pegava sorrindo.       

O dia se arrastou, estava saindo do hospital em direção ao estacionamento, pude ouvir a voz de Aidam e aquilo me fez se arrepiar e engoli seco me virando e ele parando na minha frente e não falando nada, ficamos nos olhando e por fim forjei um sorriso e ele fez o mesmo.

— Como está Matteo? – Ele perguntou com um sorriso torto e o olhar distante.

— Está bem, dormiu muito bem, acredite. – Comentei e me peguei sorrindo lembrando dele em casa e como parecia confortável em estar lá.

— Fico feliz, sinto falta de vê-lo todos os dias. – Ele suspirou e cruzamos nossos olhares brevemente que foi quebrado pelos passos de Craig que vinha e passou por Aidam selando nossos lábios, vi o constrangimento de Aidam e quando Craig o olhou ele arqueou a sobrancelha.

— Vamos Cami, vou passar em casa e te encontro no seu apartamento. – Craig comentou ignorando a presença de Aidam. Apenas afirmei e Craig foi em direção ao carro dele. Fiquei ainda olhando Aidam que estava totalmente imóvel no meio do estacionamento.

— Até mais Aidam. – Falei me virando e dando alguns passos até meu carro.

— Cami ... – Ele pausou enquanto o olhei e ele sorrio torto da forma que sempre me matou. O carro de Craig passou por ele e pisquei algumas vezes – Só se cuide. – Ele falou baixo mais auditivo.

 - Você também, não faça nenhuma besteira por aí. – Destravei o carro e quando notei Aidam já estava próximo novamente, me virei para observa-lo e sorri. – O que foi?

— Está realmente feliz com Craig? – Ele perguntou um tanto constrangido e eu pisquei algumas vezes, aquela pergunta me fez revirar o estomago e dar um nó no estomago. – Digo, você e ele se dão tão bem na cama quando eu e você se dava?

— Nem todo relacionamento é baseado no sexo Aidam. – Abri a porta do carro e revirei os olhos para ele, porém ele fechou a porta e eu me assustei pulando. – Está doido?

— Quer dizer que vocês nunca fizeram nada? – Ele disse com um humor na voz e passando a mão no queixo satisfeito com o que falava. Meu rosto queimava com vergonha e sabia que minhas bochechas estavam coradas.

— Porque você ... – Gaguejei e tornei a revirar os olhos. – AAAAAAHR, tchau Aidam. – Disse me tom alterado abrindo a porta e entrando no carro, logo dando partida e saindo do estacionamento o deixando lá, com aquele sorriso idiota no rosto.

Após a breve conversa no estacionamento, Aidam tinha ficado extremamente irritante, quando via Craig e eu juntos, sempre ria. Como se quisesse irritar Craig por saber que ainda não tínhamos feito sexo. Achei tão superficial ele achar que eu deveria já ter ido para cama com Craig. Somos adultos, acho que Craig entenderá quando me sentir confortável para isso. Nos dois primeiros fins de semanas quando Aidam foi buscar Matteo era Craig que abria a porta. O que me rendia muito constrangimento. Iria fazer quase dois meses que estava com Craig, ele era uma pessoa maravilhosa, carinhosa, paciente em tudo em relação a mim. Estávamos no sofá vendo um programa aleatório na tv como sempre fazíamos aos domingos, quando iniciamos um beijo mais intenso, logo estávamos envolvidos em um beijo no qual minha língua explorava cada canto da sua boca, subi em seu colo e logo pude sentir o volume crescer no meio das minhas pernas, sabia que Matteo poderia chegar a qualquer momento, porém sabia que queria Craig e que tinha que ser naquele momento. Logo o ajudei a tirar a camisa, mostrando o peitoral definido junto com o abdômen, aquele homem era desenhado. Minha mão percorreu por todo abdômen dele, parando no botão da calça e desabotoando, quando ele parou o beijo brevemente e fez uma careta e eu sorri maliciosamente, era quase engraçado em como conversávamos sem palavras e logo ele me ajudou a tirar a calça dele, ficando apenas de cueca box, com as belas coxas até mais grossas que a minha a amostra, engoli seco e passei a língua entre meus lábios, quando sentia os lábios dele tocar meu pescoço em beijos alternados por mordidas. Ele logo colocou a tirar minha roupa, primeiro a camisa que eu usava, seguido por meu short jeans confortável, ele me olhou e sorrio. Retornamos o beijo, ele se deitando sobre mim e eu com as pernas encaixadas no seu quadril, sentia o volume e digo de passagem que bem generoso roçando na minha vagina. Eu queria aquilo, podia sentir minha lubrificação apenas por sentir ele por cima da calcinha, logo ele desceu beijando meus peitos, que saltaram do sutiã, aquilo me fazia querer gemer alto, mas me controlei apenas me contorcendo e mordendo o lábio forte para abafar os gemidos roucos. Ele passava a língua em torno do meu mamilo que imediatamente estava rígido, ele sorria enquanto mamava em meus peitos aquilo estava me matando, sem mesmo a penetração saberia que se continuasse poderia gozar. Que homem era esse, porque tinha esperado tanto tempo? Ele desceu os beijos para minha barriga, que encolhia a cada beijo e mordida, era apenas uma distração para ele descer a calcinha e chegar aonde queria. E quando os lábios quentes dele beijaram meu clitóris um gemido involuntariamente alto saiu. A língua dele delicada deslizava e brincava com meu clitóris, enquanto minha mão passava por sua cabeça em forma de carinho, empurrava meu quadril contra a boca dele e aquilo me deixava ainda mais louca, um dos dedos ele introduziu lentamente em mim, fazendo movimento de vai e vem e brincando com meu clitóris o que era aquilo? Fazia tanto tempo que não fazia algo assim, estava ficando louca, quando ele percebeu que não conseguia mais aguentar, tirou o dedo de mim, descendo a língua e até meu canal e brincando com ela ali. Meu Deus, não me contive meu corpo teve frenéticos e incontroláveis espasmos e percebi que ele sorria satisfeito, se levantando e indo até perto da minha cabeça, tirando a cueca e colocando o pênis perto da minha boca. Era enorme, de fato não queria comparar pois o único que tinha visto era do Aidam, mas com jeito o engoli, o devorei na minha frente. Ele preenchia toda minha boca e sobrava um pouco, me coloquei a chupa-lo e passar a língua por todo ele, deixando a saliva escorrer por toda extensão daquele enorme pau. Fazia breve sucção na glande e podia ouvir os gemidos abafados que Craig segurava para não soltar, quando uma das mãos entrelaçou no meu cabelo pressionando contra o pênis dele o que me deu certa ânsia e logo ele tirou e se afastou. Se deitando sobre mim, encaixando meu quadril ao dele, e colocando lentamente o pau dele em mim, podia sentir ir me abrindo aos poucos, entrava com certa dificuldade, o riso satisfeito em seu rosto me deixava ainda mais excitada, quando entrou todo seu pau, ele se deitou abraçando meu corpo e se colocou a um movimento lento, porém intenso e forte de vai e vem. Sentia seu pau me penetrar profundamente, mordisquei o ombro dele abafando o gemido. Não sabia o quanto os vizinhos do andar de baixo podiam escutar ou se podiam né. Então evitava fazer escândalos. Com minhas pernas elevadas no quadril dele, ele desceu uma mão até minha coxa e apertou, eu apenas empurrava meu quadril contra o dele, logo ele se levantou ficando de joelho entre minhas pernas e continuava a me penetrar, porém de forma rápida e forte. Meu coração ia saltar para fora do corpo, toda excitação fazia minhas pernas tremerem. Ele não parava as estocadas intensas em mim, quando se inclinou para me ajeitar e puxar de forma que ficasse por cima dele enquanto ele sentava no sofá, ele abraçou meu corpo e beijou intensamente meus lábios quando se ajeitava para me estocar de baixo para cima, meu Deus o que era aquilo. Sentia meu clitóris raspar contra a pele dele e aquilo estava me enlouquecendo e podia sentir meus músculos quererem ter espasmos quando antes disso acontecer ele apenas me empurrava contra o pau dele, fazendo com que logo meu corpo tremesse e sentisse o pau dele pulsar dentro de mim freneticamente, e aquele movimentos de pulsar não parava. Ele tinha gozado pois sentia a porra escorrer para fora, pelo menos um pouco dela, quando nos olhamos e demos um breve beijo. Tinha sido fantástico, eu queria mais daquilo. Porém olhei para o relógio e subi tomar um breve banho com Craig.

Estava de roupão e terminando de pentear o cabelo molhado quando a campainha tocou, Matteo tinha chegado. Desci passando as mãos no cabelo molhado e abri a porta. Aidam assim que me viu abriu um sorriso e logo olhou para o chão da sala as roupas. Seu olhar ficou sério e um pouco perdido.

— Oi meu amor, se divertiu com o papai? – Eu falava com Matteo o pegando no colo e sorria para ele, quando meu olhar cruzou com o olhar perdido de Aidam. – Está tudo bem? Está passando mal? – Eu disse em tom preocupado, ele olhou por mim e escutei os passos de Craig quando me virei o vi de roupão e Aidam nos olhava confuso, mas já entendendo o que tinha acabado de acontecer.

— Ele se comportou muito bem. – Ele fez o breve comentário me passando a mochila de Matteo enquanto Craig parava atrás de mim tocando meu ombro e cumprimentando Aidam com um aceno com a cabeça. – Tenho que ir Camille. – Aidam falou transtornado, não entendia o porquê ele ficou daquele jeito ao presumir que tinha feito sexo com Craig.

— Você está bem? Quer entrar e tomar um copo de água, está se sentindo bem? – Eu realmente estava preocupada e ele afirmou se virando e saindo, chamando o elevador e quando as portas se fecharam nossos olhares tornou a se cruzar e aquilo foi uma facada em meu peito, Craig falava algo e eu não conseguia me concentrar em escutar o que dizia. Coloquei Matteo no chão e pisquei algumas vezes recuperando o foco. – O que falava? – Sorri sem graça para Craig e nos olhamos. Ele veio me enchendo de beijos e eu retribui.

— Estava falando que você é maravilhosa, linda e é minha. – Ele comentava me enchendo de beijos e eu retribuindo. – Vou pegar minhas coisas e vou para casa. – Ele disse de muito bom humor por sinal.

— Fica. – Falei de modo automático, porém realmente queria que ele ficasse. Vi um sorriso de vitória no rosto de Craig o que me fez rir. Me virei para Matteo que já estava tomado banho e jantado. – Vem filho mamãe vai te colocar no berço para dormir. – Subi com Matteo no colo para o quarto dele o colocando no berço e o beijando, quando fui para o quarto Craig já estava lá. Meu corpo estava tão relaxado que apenas queria deitar e ser abraçada até cair no sono. Arrumamos a cama e deitamos, logo me ajeitei no peito dele e ele se colocou a fazer cafuné. Apenas de estar satisfeita, o que tinha feito com Craig foi o mais puro sexo. Apesar de gostar muito dele, não fizemos amor. E senti um pouco de receio de talvez nunca fazer amor com ele como fazia com Aidam.


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