A chávena saltitava para perto do bule, a sua mãe, à espera de ser enchido novamente com o chá preto com aroma a maçã e canela. Assim cheio, voltou a saltitar, desta vez com mais cuidado para não entornar o conteúdo, até ao Chapeleiro Louco.
Este, de nome Arthur, pegou nela, agradecendo – os seus modos à mesa eram impecáveis.

Laura, a Alice desta curta história, observava com atenção a dança das borboletas, um espetáculo a não perder – assim que acabou, ela bateu palmas. Elas voaram para longe.

— O País das Maravilhas surpreende-me sempre.

— O mundo real é assim tão diferente? – Arthur perguntou. Laura olhou para ele e sorriu ao ver o laço do enorme chapéu a mudar o estilo.

— É.

Bastou ela levantar o prato para uma fatia de tarte de maçã saltar lá.

— Mas, sabes? – começou ela. – Estou feliz por ter ficado aqui, contigo.

Arthur corou imenso e desviou o olhar, bebendo o chá – ou não, ele já tinha bebido o conteúdo na chávena. Laura só sorriu.