White Love escrita por Asiral


Capítulo 1
White Love


Notas iniciais do capítulo

Começando o ano de 2019 com uma Sesshorin!

Espero que gostem c:



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“I’ll Always be with Lord Sesshoumaru.

Forever, and ever.”

— Rin, InuYasha.

Ela caminhava pela vila carregando uma cesta com roupas molhadas, tendo a intenção de estendê-las em um varal em frente a casa que estava morando nos últimos sete anos. Sua manhã tivera sido relativamente monótona, se não fosse por um pequeno e importante detalhe: o lorde Sesshoumaru havia retornado de sua longa viagem.

A jovem estava nervosa com a presença dele ali. Sentindo todos os seus sentimentos borbulharem, queimando-lhe o peito instável e deixando-a ofegante a cada passo que dava em direção a sua residência. Ela suspirava a cada dois minutos, não sabendo como se acalmar. Fazia anos que não o via, e toda aquela ausência e saudade a estava afetando de uma forma inesperada. A última vez tivera um contato com ele, tinha sido uma despedida na qual ele explicara que não podia leva-la consigo, pois era muito perigoso.

Desde aquele dia ela o esperou esperançosa, desejando rever aquela silhueta alta e imponente mais uma vez, porém não imaginava que seu coração ficaria tão acelerado diante do olhar dourado do poderoso lorde demônio de longos cabelos platinados. Ou talvez sabia, porém preferia fingir que era madura o suficiente para lidar com suas emoções. Uma tola.

Ela estava tão despreparada. Tão distraída. Sentada diante de um lago, imaginando quando o veria novamente e, como mágica, as turvas águas cristalinas pareciam começar a refletir a imagem de seu querido e amado lorde. A princípio, ela pensou que era apenas a sua fantasiosa imaginação, criando ilusões e brincando com os seus delicados sentimentos. Contudo quando os seus joviais olhos castanhos encontraram aquele que lhe salvara da morte em meio aos arbustos da floresta, sua respiração parou, não acreditando que ele tivera retornado.

Tão ansiosa, tão tímida... E tão surpresa. Ela apertou os olhos, fechando-os com força enquanto balançava a cabeça para os lados, tentando esquecer aquela cena que teimava em se repetir em sua mente. “Não posso ficar desse jeito!” Ela dizia para si mesma, lembrando-se que não importava como ela se sentia, ela não podia evitar a presença de Sesshoumaru. “Tenho responsabilidades! Não posso agir assim! Eu não sou mais uma criança!” Ela se encorajava a manter a compostura, mesmo que em vão.

Estava quase chegando na casa de Kagome quando arregalou os olhos em espanto, o responsável por toda aquela agonia e timidez estava ali em pé, divinamente parado diante da humilde residência da sacerdotisa. Junto do lorde, estava seu fiel e leal seguidor, Jaken, um demoniozinho verde, careca e de grandes olhos esbugalhados, o qual lembrava um goblin de tão feio.

“Ali está ela, lorde Sesshoumaru!” Disse Jaken apontando para a moça com o seu cajado. “Rin! Que audácia sua deixar o lorde Sesshoumaru esperando! Onde estão os seus modos? Por acaso nem isso os humanos sabem fazer?” Bradou o irritado servo, sempre preocupado com a honra e a autoridade de seu mestre.

“Desculpe senhor Jaken, eu tinha coisas a fazer.” Disse Rin mostrando a cesta de roupas em suas mãos. E enquanto escutava os resmungos do verdinho, a moça não pôde evitar em olhar para o belo lorde de cabelos platinados, imediatamente sentindo o rosto formigar ao encontrar os sérios e penetrantes olhos dourados dele. “J-Já que o senhor está tão preocupado com isso, senhor Jaken...” Ela gaguejou, fugindo do olhar do poderoso demônio. “Aqui as roupas, o senhor mesmo pode estendê-las!” Disse jogando a cesta contra o rosto do servo, logo correndo para dentro da casa.

“Mas que absurdo!” Gritou Jaken completamente ultrajado com a atitude de Rin. “Veja lorde Sesshoumaru! Veja! Essa menina não tem o menor respeito por nós!” Reclamava o pequeno com raiva. “Devíamos castiga-la e a todos que moram neste lugar!” Propôs Jaken já preparando o seu cajado místico. “Deixe comigo, meu lorde! Eu irei fazê-los aprender!”

“Cale-se Jaken.” Ordenou o poderoso demônio, já cansado de ouvir a voz estridente de seu irritado servo. “Faça o que ela disse.” Comandou Sesshoumaru ainda observando a porta pela qual Rin havia atravessado, ignorando totalmente o desajeitado discurso de Jaken.

“M-mas meu lorde...” Insistiu o servo de pele verde, não conseguindo acreditar na ordem de Sesshoumaru. “I-Isto é...” Gaguejou o demônio inferior, abaixando os olhos esbugalhados para o amontoado de roupas molhadas dentro da cesta de palha, não sabendo como reagir diante daquela situação tão fora do comum.

“Eu não vou me repetir, Jaken.” Avisou Sesshoumaru finalmente desviando seus orbes de ouro até o servo teimoso, estreitando-os em uma expressão de desprezo e raiva. Intimidante e perigoso.

“S-Sim senhor, meu lorde! Imediatamente!” Gritou Jaken temendo a fúria de seu mestre, correndo para a direção do varal e esforçando-se para fazer o melhor trabalho possível. Enquanto estendia as roupas, resmungava: “Quando abuso! Tenho certeza que foi o inútil do InuYasha que ensinou a Rin a agir dessa forma!” Reclamava jogando a culpa toda no meio-irmão de seu mestre. “Mas eu fico feliz em saber que ela está bem...” Revelou enquanto chacoalhava um quimono molhado. “Não imaginava que os humanos envelheciam tão rápido, eu pensava que ela ainda era uma criança e não uma moça!” Comentava para si mesmo, baixinho.

Sesshoumaru observava o seu seguidor com serenidade, mergulhado em um profundo silêncio, logo voltando a fitar a porta da residência de InuYasha e Kagome, perguntando-se o motivo de Rin estar tão nervosa perto dele. Desde criança ela não parecia teme-lo, sabia que ela o respeitava e admirava – e talvez seja por isso que ela não tinha medo dele. Então por que ela estava o evitando? E com um minúsculo suspiro – quase imperceptível – o lorde decidiu caminhar para longe dali, retornando ao lago que a havia reencontrado. Convencido a deixa-la em paz por hora.

Escondida e espiando pela janela entreaberta, Rin assistiu Sesshoumaru se afastar da casa, caminhando calmamente. Ela soltou um longo suspiro de alívio, escorregando pela parede até sentar-se no chão, ainda tentando acalmar toda aquela confusão dentro de seu corpo. “O que farei? Não posso evita-lo!” Murmurou para si, apoiando o quente e rosado rosto nas trêmulas mãos geladas. “Eu queria tanto vê-lo, mas agora não consigo nem ficar perto dele!”

Rin ainda estava discutindo sozinha quando foi surpreendida com a entrada de Kagome, tendo o corpo estremecido com o susto. A ansiosa moça assistiu a sacerdotisa caminhar até a cozinha, carregando várias panelas, colheres de pau e alguns ingredientes que pareciam ser da era de Kagome. Curiosa, Rin tentou reprimir seus confusos pensamentos e perguntou o que a amiga estava fazendo. “Irei preparar alguns chocolates de dia dos namorados!” Respondeu Kagome animada.

“Chocolates?” Questionou Rin confusa, no tempo que vivia, aquilo não havia sido nem inventado – ou descoberto. “Dia dos namorados?” Repetiu ainda mais confusa, afinal, aquela data não lhe era familiar. “O que são essas coisas?” Perguntou seguindo a sacerdotisa, assistindo-a distribuir as panelas pela cozinha.

“Hmm...” Murmurou Kagome pensando em como poderia explicar para aquela jovem o significado daquele ato, sem ter de comentar como aquela data aquecia o comércio da era moderna. “De onde vim, nós temos uma data especial onde temos a oportunidade de expor os nossos sentimentos por alguém.”Falou Kagome. “E virou uma tradição utilizarmos chocolates para fazer isso.” Explicou pegando um pedacinho de uma barra e entregando para Rin. “Aqui, prove. É muito gostoso!”

Rin aceitou o pedaço de chocolate, o encarou por alguns segundos e dando de ombros, o comeu. A jovem arregalou os olhos ao sentir o doce derreter em sua boca, dizendo: “Que delícia!”

“Não é?” Disse Kagome com uma piscadela. “Este que eu lhe dei é chamado ‘chocolate ao leite’, ele é ligeiramente mais doce que o preto, que é amargo.” Explicou rapidamente. “Ele é o preferido entre as meninas na hora de fazer um doce e entrega-lo a alguém que você goste ou admire.” Comentou sorridente.

“Entendi...” Disse Rin ainda sentindo o delicioso gosto do chocolate em sua língua. “Então as garotas usam doces para expor seus sentimentos?” Questionou curiosa com a cultura do povo japonês moderno.

“Bom, algumas também usam os chocolates como uma forma de gratidão e expressar amizade. Depende muito da pessoa, entendes?” Respondeu Kagome tentando explicar. “Por exemplo: além do InuYasha, pretendo dar alguns doces para o Miroku, Sango e Shippou também.”

“Entendi.” Falou Rin começando a compreender melhor o significado daqueles doces. Os olhos castanhos da moça voltaram a observar os chocolates e um em especial chamou a sua atenção pela coloração clara. “E aquele chocolate ali?” Perguntou apontando para a barra.

“Oh, aquele é chamado de ‘chocolate branco’.” Revelou entregando um pedaço para a mais jovem. “Ele é mais doce que os escuros, e normalmente não é usando por nós, meninas.” Comentou dando de ombros, e após ouvir Rin indagar o porquê, respondeu: “Bem... Nós temos uma outra data chamada ‘White Day’, onde os garotos entregam para as garotas doces brancos.” Explicou.

“Então não posso usar esse chocolate?” Questionou Rin enquanto degustava o delicioso chocolate, já assumindo que aquele era o seu preferido.

“Bom, acredito que não tem problema em fazer algo com o chocolate branco, até porque ninguém aqui conhece a tradição...” Kagome subitamente interrompeu o seu discurso, arregalando os olhos e encarando Rin com espanto, e curiosidade. “Rin! Por acaso queres entregar chocolates para alguém?” Perguntou animada, ansiosa em saber quem seria o rapaz que conseguira roubar o coração da moça.

“E-Eu...” Gaguejou Rin envergonhada, sentindo o rosto formigar com a esperteza de Kagome. “S-Sim, eu acho que sim.” Revelou desviando o olhar da amiga, ouvindo a sacerdotisa vibrar com um gritinho de alegria.

“Ahh, que lindo!” Gritou Kagome, colocando as mãos no rosto sorridente. “Quem é menino?”Perguntou intrometida, aproximando-se de Rin, completamente sedenta por informações. “É o Kohaku?”Chutou com os olhos brilhantes, logo ouvindo a mais jovem questionar o motivo da sacerdotisa ter perguntado sobre o jovem exterminador de demônios. “Eu vejo vocês dois juntos as vezes, e vocês fazem um casal tão bonito!” Explicou ainda animada, logo levando a mão até o queixo, fazendo uma careta pensativa. “Mas se não for o Kohaku, quem é? Shippou? Não, não pode ser... Se bem que existem outros meninos na vila, poderia ser algum deles... Hmm...”

“Não se preocupe com isso.” Disse Rin abanando as mãos a frente do corpo, em uma tentativa de mudar a atenção de Kagome para outra coisa.

“Entendo, deves estar com vergonha, não é?” Riu Kagome ao ver o rosto rosado de Rin. “Tudo bem, vou manter a minha curiosidade sob controle.” Prometeu com uma piscadela, mesmo que por dentro ela estivesse se roendo de curiosidade. “Vamos preparar alguns doces, já sabes o que queres fazer?” Perguntou virando-se para as panelas. “Podemos fazer desde de bolos à bombons.” Explicou, comentando como fazer cada um dos doces.

“Acho que sei o que quero fazer.” Disse Rin decidida, buscando o pacote de chocolate escolhido para transformá-lo em algo especial. “Poderias me ajudar?” Pediu humildemente, com um sorriso otimista.

“É claro!” Respondera Kagome animada em ensinar algo novo a Rin, e contente em ser a primeira a saber que a moça estaria amando. Mesmo que não soubesse quem ou oque.

Passaram-se horas e Rin finalmente saiu da casa de Kagome. Em suas mãos estava um pequeno pacote cuidadosamente embrulhado – graças a ajuda da sacerdotisa. Olhando para o céu avermelhado com o pôr do sol, Rin se encontrou preocupada, começando a pensar que talvez as suas atitudes tivessem aborrecido o lorde demônio de cabelos platinado. Ela o procurou com o olhar, buscando pela silhueta imponente dele e antes que pudesse começar a se desesperar por não encontrar futuro dono dos seus doces, e de seus sentimentos, a moça ouviu a estridente voz de Jaken reclamar: “Rin! Como podes deixar o lorde Sesshoumaru esperando por todo esse tempo?!” Brigou o severo servo esverdeado com raiva. “Nunca vi o lorde Sesshoumaru ter de se humilhar tanto e esperar por uma humana!”

A informação dita por Jaken iluminou o rosto da moça com esperança. “O lorde Sesshoumaru está me esperando?” Questionou Rin com os olhos arregalados, apertando o embrulho em suas mãos com ansiedade e espanto, enquanto o seu coração acelerava, feliz em saber que o seu querido senhor não havia a deixado.

“Sim, ele está!” Respondeu Jaken cruzando os bracinhos, bufando alto. “Eu o vi sentado a frente de um lago.” Revelou. “Nunca vi meu lorde tão humilhado... E-Espera, Rin!” Ele gritou para a moça que corria, ignorando as reclamações do servo. “Rin! Quanta audácia dessa menina!” Praguejou o pequeno demônio.“Sempre me fazendo correr atrás dela!” Queixou-se correndo na mesma direção de Rin.

Ela corria com toda a sua força. Ofegante e ansiosa. Segurando com firmeza os seus sentimentos achocolatados. Ela queria vê-lo, estar com ele. Ainda temia ser rejeitada ou desprezada, porém seu desejo de estar junto do lorde de cabelos platinados era maior. Por um pequeno momento, Rin parecia não ter mais medo de expressar o que sentia. “Ele está me esperando!” Ela pensava sentindo o coração se alegrar, batendo fortemente. “Eu quero estar com ele!” Dizia em pensamentos, interrompendo os seus apressados pés ao encontrar o seu amado lorde sentado em frente ao lago o qual eles haviam se reencontrado. Tão sereno e belo. “Não quero mais me separar do lorde Sesshoumaru!” Pensava a moça, deixando um pequeno sorriso nascer em seus lábios amadurecidos.

“L-Lorde Sesshoumaru.” Ela o chamou ainda tentando recuperar o fôlego. Perdendo a voz ao assistir o poderoso demônio fita-la calmamente, levantar-se do chão gramado e caminhar até a jovem silenciosamente. Rin sentiu o rosto aquecer ao encarar o belo lorde tão perto, precisando abaixar o rosto e olhar para o chão, pois não sabia até quando o seu coração conseguiria aguentar. “E-Eu...Hm...” Ela gaguejou nervosa, escondendo o pacote em suas costas.

Ela havia hesitado. Perdido a pouca bravura que havia conseguido adquirir momentos atrás, sentindo o rosto aquecer e arder, enquanto as mãos tremiam congeladas. Uma boba apaixonada completamente perdida em seus próprios sentimentos confusos. Uma tola medrosa.

“Rin.” Ele a interrompeu, fazendo-a estremecer, sentindo a grave voz do poderoso demônio ecoar em sua mente. Dizer o nome dela era o suficiente para deixa-la ainda mais ansiosa e ofegante, respirando fundo a moça reuniu coragem suficiente para voltar a fitar aqueles calmos olhos dourados.

“S-Sim, meu lorde?” Disse quase hipnotizada com o brilho do olhar dele.

“Eu vim para dizer-lhe que não pretendo voltar mais a esta vila.” Revelou o poderoso demônio de cabelos platinado, com sua voz ainda calma, não demonstrando qualquer outro sentimento perante a sua decisão.

A fala direta do lorde parecia uma espada cortando o seu peito. Um ferimento profundo e doloroso. Um golpe inesperado, destruindo todas as suas esperanças e desmanchando os seus tão preciosos sentimentos. Com um nó na garganta, Rin sentiu as ardidas lágrimas molharem seus olhos castanhos, já imaginando que nunca mais veria o seu querido senhor. “Então...” Ela murmurou segurando o choro. “Isto é um adeus, meu lorde?” Ela perguntou desviando o rosto para o lado, mordendo os lábios trêmulos.

Ele permaneceu em silêncio, provavelmente observando o tolo e imaturo comportamento dela. Todavia Rin não tinha forças para encarar aquele ser pelo qual ela tanto admirava e, inevitavelmente, havia se apaixonado. A jovem temia que suas lágrimas egoístas o insultassem, sabia que ele não lhe diria nada, todavia não desejava trazer qualquer desgosto para o homem que lhe salvara a vida. Ainda mordendo os lábios, ela se arrependia de ter evitado o lorde o dia inteiro, de ter sido tão tola e não ter aproveitado ao máximo a presença dele naquela vila.

Rin apertava o pacote de doces com os dedos trêmulos, começando a aceitar que aquela poderia ser a sua última chance de finalmente revelar a Sesshoumaru tudo aquilo que ela sentia por ele. Começando a se convencer de que se ele não aceitasse os seus imaculados sentimentos, pelo menos ela teria tentado e não se arrependeria pelo resto da vida. Assim como já havia se arrependido de não ter estado com ele naquele dia.

Ela respirou fundo mais uma vez, sentindo as teimosas lágrimas escorrerem pelo rosto sem a sua permissão. Estava decidida em falar tudo. “Lorde Sesshomaru...” Ela murmurou, se praguejando ao perceber o quão sutil e engasgada tinham sido as suas palavras. Precisava de mais força. Mais coragem. Era a sua última chance.

“Se for o que desejares.” Ele a interrompeu, rompendo o pesado e doloroso silêncio que cercava o casal, uma resposta vaga que poderia ter diversos significados. Tal inesperada e confusa resposta obrigou Rin direcionar os olhos lacrimejados para o belo demônio, adquirindo uma expressão confusa em meio a tanta tristeza. Uma confusão de sentimentos que apenas ele, Sesshoumaru, poderia resolver.

“Como assim?” Ela questionou limpando a sufocada garganta, começando a sentir uma graciosa e traiçoeira ponta de esperança em seu dolorido peito. Mentalmente desejando um final feliz para a sua história até então recheada de aventura e drama.

“Eu vim para leva-la comigo.” Disse Sesshoumaru com serenidade, assistindo o rosto de Rin ganhar uma nova tonalidade, iluminando-se com as palavras calmas do lorde de cabelos platinados. “Contudo não o farei caso prefiras ficar aqui.” Falou o poderoso e belo demônio, expondo que não pretendia forçar a moça fazer algo que não desejasse. Revelando sutilmente que Rin era a única que poderia se dar ao luxo de negar ou pedir alguma coisa dele. A única.

“E-Eu quero ir com o senhor!” Falou a jovem sentindo os ombros mais leves e o coração libertado daquela tristeza e melancolia prematura. Feliz em saber o verdadeiro motivo de seu amado lorde ter vindo, e se achando uma tola por não ter dado a ele a chance de conversarem antes. Uma boba tirando conclusões precipitadas.

“Então que assim seja.” Falou Sesshoumaru não demonstrando muita diferença em sua expressão facial e timbre de voz, sempre mantendo-se calmo. Escondendo e provavelmente negando o alívio que tivera sentido ao ouvir o desejo de Rin. “Partiremos amanhã.” Ele avisou, já prestes a girar em seus calcanhares e permitir que a moça voltasse a sua casa para descansar.

“E-Espere lorde Sesshoumaru!” Ela pediu humildemente, assistindo o platinado demônio interromper a sua ação e voltar a fita-la com pequenos traços de curiosidade em seu fino rosto. “E-Eu tenho algo que gostaria de dar ao senhor...” Disse Rin tímida, oferecendo o pequeno embrulhe para o lorde. “São chocolates.” Ela disse, preferindo se acovardar por mais algum tempo e não revelar o verdadeiro significado daqueles singelos doces. “É uma forma de expressar a minha gratidão com o senhor, lorde Sesshoumaru.” Falou acanhada enquanto o demônio recebia o pacote com curiosidade e o abria. “Eu os fiz pensando no senhor, meu lorde. São humildes, mas espero que os aceite...” Falou desviando o olhar brevemente, temendo ver a reação de Sesshoumaru perante os seus sentimentos disfarçados de chocolates.

“Hm.” Murmurou a grave voz do platinado ao retirar um bombom branco de dentro do embrulho, observando-o com curiosidade e sentindo o forte cheiro doce que emanava do alimento. “Obrigado, Rin.”Agradeceu o poderoso demônio, calmamente levando o pequeno presente aos lábios finos e mordendo-o. Aceitando-o.

Escutar a graciosa e pesada voz de Sesshoumaru agradecer pelos doces aqueceu ainda mais o coração e o rosto de Rin. “E-Eu vou organizar as minhas coisas para a viagem!” Anunciou envergonhada e feliz, fazendo uma rápida reverência ao lorde e correndo para longe. Convencida de que, por hora, aquilo já era o suficiente para manter o seu coração alegre, sonhando com o seu final feliz. Acreditando que em breve ela teria maturidade e coragem suficientes para revelar tudo o que sentia, e se assim seu amado senhor permitisse, se entregar de corpo e alma a ele.

“Hey, Rin!” Gritou Jaken quase sendo pisoteado pela apressada jovem. “Essa menina não tem jeito mesmo!” Bufou o servo de pele verde, logo voltando a sua atenção para o seu imponente mestre e rapidamente questionando o que o platinado estava segurando: “O que é isso lorde Sesshoumaru?”Perguntou o pequenino aproximando-se até os pés do lorde. “Tem um cheiro doce.” Comentou fungando o ar, imediatamente se surpreendendo ao perceber que Sesshoumaru estava comendo aquele alimento suspeito. “L-Lorde Sesshoumaru! O senhor tem certeza que é seguro comer isso?” Perguntou preocupado com a segurança de seu mestre.

Obviamente Sesshoumaru não se dava ao trabalho de responder as intermináveis e irritantes perguntas de Jaken. O platinado estava mais interessado em compreender os verdadeiros motivos por trás daqueles doces, visto que ele sabia que Rin não estava sendo completamente sincera com ele.

“Hmmm...” Murmurou o verdinho observando seu mestre continuar a saborear o curioso alimento. “Será que foi a Rin que fez isso?” Indagou Jaken pensativo. “Será que era isso que ela passou a tarde inteira fazendo?” Continuava a falar o pequeno demônio, não percebendo um leve arquear de sobrancelhas de Sesshoumaru. “Lorde Sesshoumaru, por acaso o gosto disso é bom?” Questionou e mais uma vez a sua resposta foi o silêncio de seu senhor. “Acho que vou atrás da Rin para apressá-la, afinal iremos partir logo!”Falou Jaken decidido, caminhando novamente em direção da aldeia.

Sesshoumaru sempre preferiu o silêncio, pois não gostava de expor o que realmente estava pensando e sentindo. O extremamente adocicado sabor dos bombons não o havia agradado, era muito forte para o seu requintado paladar de demônio. Porém ele não conseguia parar de comê-los.

Com um sutil e raro sorriso, ele continuava a saborear cada um dos pequenos bombons. Pois dentro deles ele sentia o cheiro delicado de Rin. Pois toda aquela doçura quase enjoativa estava impregnada na adorável personalidade da moça. Graciosamente viciante.

Ele os saboreava pois ela tinha os feito para ele, humildemente oferecido a ele. Afinal, por mais absurdo que poderia parecer, aquela simples e alegre humana tinha em suas calorosas mãos o frio e intocado coração do todo poderoso demônio cão dos céus, Sesshoumaru.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Espero que tenham gostado :D
Como sempre, todo e qualquer comentário é mais do que bem-vindo ♥
Não seja um fantasma, exponha suas opiniões. Sejam estes elogios ou críticas, serão sempre bem vindas!

Ps: toda e qualquer semelhança com a fanfic "Danmed Curiosity" não foi uma coincidência ~
Uma breve continuação, talvez? :p

Byebye~



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